Morro porque não morro! |
Celebramos a
morte, ressurreição e assunção da Virgem Maria.
Alguns talvez se
assustem com a afirmação por serem da opinião de que a Virgem Santíssima não
morreu, mas apenas "dormiu".
Podemos, no
entanto, afirmar com certeza que a Igreja ensina e sempre ensinou que a Virgem
Maria morreu. Foi somente a partir do século XIX, com a definição da Imaculada
Conceição, que alguns teólogos começaram a especular o contrário. Pio XII, não
querendo interferir na recente polêmica, não "definiu" a questão da
morte de Nossa Senhora. No entanto, o próprio Papa Pio XII, na própria
Constituição Apostólica em que define o dogma da Assunção, Munificentissimus
Deus, afirma muitas vezes este ensinamento tradicional (cf. algumas
citações abaixo).
Assim,
da mesma forma como Deus mostraria ao longo da história a predileção para com
muitos de seus santos através do milagre dos "corpos incorruptos",
ele também manifestou o amor singular para com a Virgem santíssima
preservando-a da corrupção do sepulcro com sua ressurreição e assunção aos
céus.
Mas, não é a
morte uma consequência do pecado original? A morte de Nossa Senhora não foi uma
consequência do pecado original, mas somente da natureza humana como tal. Adão
e Eva, no paraíso, eram imortais! Mas não por sua própria natureza. A
imortalidade de nossos primeiros Pais era um privilégio especial (dom
preternatural). Maria, assim como seu Filho Jesus, possuía um corpo com todas
as características da fragilidade de nossa condição humana.
Qual, então,
teria sido a causa da morte de nossa Mãe Santíssima? A tradição nos
fala de uma "morte de amor" (cf. São Francisco de Sales,
Tratado do Amor de Deus, livro 7, cap. 13-14; Santo Afonso, Glórias de Maria).