terça-feira, 23 de junho de 2015

Um milhão na praça para testemunhar a beleza da família e dizer “não” à ideologia de gênero


Grande sucesso da manifestação “Defendamos os nossos filhos”, na praça de São João de Latrão. Mais de um milhão de pessoas estiveram presentes na tarde do dia 20 de junho de 2015, como informou entusiasticamente, do palco, Massimo Gandolfini, presidente do Comitê organizador. O evento, muito esperado, nasceu das bases, em menos de 20 dias, pelo “boca a boca” nas redes sociais, sem intenções partidárias ou confessionais, sem muita publicidade.

Uma fórmula que, porém, funcionou. Evidentemente estas ideologias sobre o “gênero” – e todos os derivados que, de maneira sorrateira, estão sendo paulatinamente introduzidos nas escolas italianas – alarmaram uma multidão de pais, que só estavam à espera de uma ocasião para se reunirem e denunciarem a ideologia de gênero, definida pelo Papa Francisco como um “erro da mente humana” que ameaça prejudicar a serenidade psicossexual de gerações inteiras (apesar de muitos chegarem a afirmar que o “gênero” seja apenas uma invenção de “católicos-talibãs”).

O objetivo principal da manifestação, todavia, foi protestar pacificamente contra o Projeto de Lei da senadora Monica Cirinnà, que introduz, de fato, o casamento e as adoções gay pela via jurisprudencial, e a prática do útero de aluguel. Sobre esses assuntos, todos estavam de acordo: os neocatecúmenos (que representaram o grupo mais numeroso, com 250.000 membros, vindos de todas as regiões italianas), Manif pour Tous, as Sentinelas em Pé, os recém-fundados “Parlamentares em prol da Família”, os Evangélicos, o Movimento Pró-Vida, a associação Agapo e muitos outros.

Homilética: Solenidade do Nascimento de São João Batista (24 de junho): "Ele veio para dar testemunho da luz e preparar o povo para a vinda do Senhor".


A Igreja celebra com muita alegria o nascimento de São João Batista como um acontecimento sagrado. Santo Agostinho diz: “Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo”.

Diz a Palavra de Deus: “Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio para dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo” (cf. Jo 1,6s; Lc 1,17).

O Prefácio da Missa apresenta João como o maior entre os nascidos de mulher, o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor; o Batista que batizou o autor do Batismo e o mártir que deu o verdadeiro testemunho de Cristo.

Diante de João Batista encontramo-nos com um homem coerente! Ele exige conversão pelo testemunho de vida e pela pregação. Convida-nos a preparar os caminhos do Senhor pela prática da justiça. A Palavra é Jesus. João constitui a ressonância da Palavra.

João apresenta a linha divisória entre os dois Testamentos. A sua pregação foi o começo do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1,1). E o seu martírio foi um presságio da Paixão do Salvador. Contudo, “João era uma voz passageira; Cristo é a Palavra eterna desde o princípio” diz santo Agostinho.

[…] A liturgia fez-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do cumprimento das promessas divinas: João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda (cf. Mt 11, 14; 17, 10-13). A sua festa recorda-nos que a nossa vida é inteira e sempre «relativa» a Cristo e realiza-se acolhendo-O, que é Palavra, Luz e Esposo, do qual nós somos vozes, lâmpadas e amigos (cf. Jo 1, 1-13; 1, 7-8; 3, 29). «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30): esta expressão do Batista é programática para cada cristão. […] (Bento XVI, Angelus, 25 de Junho de 2006).

João Batista continua a ser para os homens de hoje um grande modelo: de fidelidade ao Senhor, de humildade, de valentia, de sobriedade.

Vamos aprender com ele a amar a Jesus vivo aqui no meio de nós e que ele apresentou ao mundo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A novela e o ataque aos evangélicos


A televisão brasileira é objetiva e clara. Seus mentores, dirigindo-se às classes sociais mais simples, não se preocupam com elucubrações elegantes. Vão direto ao ponto! É exatamente o que está ocorrendo na novela Babilônia. Nossos irmãos, os evangélicos, são nitidamente escrachados. A trama e as falas das personagens pretensamente evangélicas não deixam dúvida a respeito da intenção do autor da novela: mostrar uma dicotomia visceral entre o que os evangélicos pregam e o que eles fazem na vida diária. No enredo, o pai da família de evangélicos é um prefeito - quase pastor - que toda hora evoca o “Altíssimo”, mas, na política, é um corrupto de primeira linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe, a qual também diz primar pelos valores cristãos e recorrentemente clama a Deus.

Por que denegrir a imagem dos evangélicos? Ora, o escopo de certa mídia é óbvio. São os deputados e senadores evangélicos, alguns deles pastores, que, com galhardia e independência, impedem o avanço de projetos contrários à família, como a ideologia de gênero, a lei da mordaça, o aborto, entre outras tantas depravações. Daí o ódio mefistofélico dos fautores de determinada “arte”, covardemente empenhados em profligar a reputação dos evangélicos.

Papa aos jovens: “É grande no amor quem sabe fazer-se pequeno para os outros”.


VISITA PASTORAL 
DO SANTO PADRE FRANCISCO 
EM TURIM

ENCONTRO COM CRIANÇAS E JOVENS

DISCURSO DO PAPA

Praça Vittorio
Domingo, 21 de junho de 2015

Queridos jovens,

Agradeço-vos esta calorosa recepção! E obrigado pelas vossas perguntas, que nos levam ao coração do Evangelho.

A primeira, sobre o amor, questiona-nos sobre o sentido profundo do amor de Deus, que nos é oferecido pelo Senhor Jesus. Ele mostra-nos até onde chega o amor: até ao dom total de si próprio, dando a sua vida, como contemplamos no mistério do Santo Sudário, quando nele reconhecemos o ícone do ''amor maior". Mas este dom de nós mesmos não deve ser imaginado como um raro gesto heroico ou reservado para uma qualquer ocasião excecional.

Podemos de fato assumir o risco de cantar o amor, de sonhar o amor, de aplaudir o amor...sem deixarmo-nos tocar e envolver com ele! A grandeza do amor revela-se no cuidar das pessoas necessitadas, com lealdade e paciência; por isso é grande no amor quem sabe fazer-se pequeno para os outros, como Jesus, que se fez servo.

Amar é fazer-se próximo, tocar a carne de Cristo nos pobres e, nos últimos, abrir à graça de Deus as necessidades, os apelos, as solicitações das pessoas que nos circundam. O amor de Deus, assim, entra, transforma e torna grandes as coisas pequenas, torna-as sinal da sua presença. S. João Bosco é nosso mestre, precisamente, pela capacidade de amar e educar a partir da proximidade que ele vivia com os rapazes e os jovens.

À luz desta transformação, fruto do amor, podemos responder à segunda questão, sobre a falta de confiança na vida. A falta de emprego e de perspectivas para o futuro, certamente, ajuda o movimento da própria vida, colocando muitos na defensiva: pensar em si mesmos, gerir o tempo e os recursos de acordo com o seu próprio bem, limitar os riscos de qualquer generosidade...São todos sintomas de uma vida mantida e preservada a todo custo e que, no final, pode levar à resignação e ao cinismo. 

Papa no Angelus: O Sudário é um ícone de amor


VISITA PASTORAL DO SANTO 
PADRE FRANCISCOA TURIM

ANGELUS

Praça Vittorio
Domingo, 21 de junho de 2015

No final desta celebração, os nossos pensamentos se voltam à Virgem Maria, Mãe amorosa e zelosa para com todos os seus filhos, que Jesus os confiou a Ela, da Cruz, ao se oferecer com um grande gesto de amor. O ícone deste amor é o Sudário, que continua a atrair tantas pessoas aqui para Turim. O Sudário atrai pelo rosto e o corpo martirizado de Jesus e, mas, ao mesmo tempo, conduz ao rosto de cada pessoa sofredora e perseguida injustamente. Ele nos conduz para a mesma direção do dom do amor de Jesus: ‘O amor de Cristo nos interpela’. Estas palavras de São Paulo se tornou o lema de São José Benedito de Cotolengo.

Recordando o ardor apostólico de tantos sacerdotes santos desta terra, partindo de Dom Bosco, do qual recordamos o bicentenário de seu nascimento, saúdo com gratidão, os sacerdotes e religiosos. Vocês se dedicam, com esforço, ao trabalho pastoral e estão ao lado das pessoas e dos seus problemas. Encorajo-os, pois, a continuar, com alegria, seu ministério, visando sempre o essencial no anúncio do Evangelho. Agradeço também a presença dos irmãos Bispos do Piemonte e Valle d´Aosta, e os exorto a permanecerem sempre ao lado dos seus sacerdotes, com carinho paternal e calorosa proximidade.

Uma outra proposta da homossexualidade desde a visão cristã do mundo - Antropologia teológica


É sabido que Deus a todos criou por amor. O ato criacional de Deus não está destacado de sua substância, senão que é um desdobrar daquilo que Deus é em si mesmo. A natureza criada - e nela o ser humano como Coroa da obra da criação - possui em si uma certa imperfeição. Não em relação a si mesma, mas, em relação a Deus. Deus é perfeito e em relação a Ele tudo o mais não é. Deus é Absoluto, e em relação a Ele tudo o mais é relativo. Desde este ponto de vista, a obra criada é imperfeita e relativa sempre a Deus. Aqui entro no delicado e controverso assunto da homossexualidade.

Um jovem me diz: "padre, porque Deus criou o homossexual nesta sua condição se Deus é amor?" E ainda: "Se Deus sabe de antemão que a homossexualidade é pecado, porque então cria alguém homossexual?" Perguntas difíceis, mas, muito pertinentes que podem nos ajudar a compreender um pouco mais daquilo que é o projeto de Deus para o ser humano. Em primeiro lugar Deus não cria uma pessoa para ser assassino, outra para ser estuprador, outra para ser ladrão e outra para ser homossexual. A natureza criada - que não é Deus - é por si mesma imperfeita. Uma árvore não é simétrica. Nem nosso próprio corpo o é. Se perfeição for simetria e se, em relação à criação o objeto referencial da simetria for a perfeição de Deus, então ninguém é perfeito, pois, nenhum ser humano por santo que seja nunca se aproximará da essência divina senão por graça do próprio Deus que se lhe revela. Assim, já se pode descartar a hipótese de que Deus tenha criado intencionalmente uma pessoa para que ela sofra. Se esta hipótese for levada adiante, haverá que se admitir a existência do mal em Deus. Admitir a existência do mal em Deus é o pecado dos anjos decaídos que se tornaram demônios. Deus é o Bem e nele nunca há mal algum. Conforme o argumento ontológico de Santo Anselmo, Deus é aquele que nada de maior, excelente, belo, verdadeiro e puro pode ser pensado. Se, deste modo, Deus é a essência em existência, logo, nele não há nenhuma possibilidade para conceber o mal e criá-lo. Portanto, afirmar que Deus possa criar alguém para fazê-lo sofrer com esta ou aquela realidade humana, é ilógico uma vez que Deus não pode conceber o sofrimento como mal ou desejo sádico.

A segunda questão da primeira pergunta referente à criação do homem - e em questão o homossexual - é: Deus não cria o homem condicionado a ser isto ou aquilo, como se afirmou anteriormente. No texto que escrevi sobre a liberdade afirmo que somos dotados do livre-arbítrio por Deus desde a criação. Portanto, escolhemos o que queremos para a nossa vida. Tal escolha pode ser ou não conforme o plano de Deus. Acusar Deus de ser mal, despótico, sádico e um criador de marionetes é não ter a maturidade necessária nem a liberdade presumida para assumir a própria vida e as próprias escolhas. Noutras palavras: é ser um bebê chorão apontando o dedo pra todo mundo e acusando a todos - e até a pobre da pedra - de ter tropeçado e arrancado o tampo do dedão.

domingo, 21 de junho de 2015

A encíclica de Francisco diz não à ideologia de gênero


Que o papa Francisco está bem atento às questões relacionadas com as raízes biológicas e antropológicas do homem, já era claro faz tempo. Em várias ocasiões durante as últimas semanas, o papa recordou a necessidade de salvaguardar a complementaridade entre homem e mulher, chamando-a de "vértice da criação de Deus".

Esta sensibilidade do papa se refletiu também na encíclica “Laudato sì”. Numa passagem crucial do texto, ele destaca que "não se pode propor uma relação com o ambiente que prescinda da relação com as outras pessoas e com Deus". Tal atitude, avisa Francisco, evitando qualquer equívoco ambientalista, não passaria de "individualismo romântico disfarçado de beleza ecológica e um sufocante fechar-se na imanência". Em suma, o respeito pelo homem precede e antecipa o respeito pelo meio ambiente.

Já na catequese de 5 de junho de 2013, Dia Mundial do Meio Ambiente, o Santo Padre salientou que "cultivar e salvaguardar" são conceitos que não compreendem apenas "a relação entre nós e o meio ambiente, entre o homem e a criação", mas envolvem "também as relações humanas". Daí a necessidade, sentida por Francisco, de redescobrir uma "ecologia humana", termo usado pela primeira vez por São João Paulo II na “Centesimus Annus”. O papa polonês observou que, "para além da destruição irracional do ambiente natural, deve-se lembrar a destruição ainda mais grave do ambiente humano, que está longe de receber a atenção necessária".

A ligação entre aquele aviso da “Centesimus Annus” e as solicitações do papa Francisco está no discurso que Bento XVI pronunciou no Bundestag, o parlamento federal alemão, em setembro de 2011. "O homem também tem uma natureza que ele deve respeitar e que não pode manipular à vontade. O homem não é apenas uma liberdade que ele cria para si mesmo. O homem não cria a si mesmo. Ele é espírito e vontade, mas é também natureza, e a sua vontade é justa quando ele respeita a natureza, a escuta e aceita a si mesmo como aquilo que é e que não foi ele quem criou". 

Fundação AIS convida portugueses a rezar pela libertação do padre Mourad, sequestrado na Síria


Dia 21 de Junho, precisamente um mês após o sequestro do padre Jacques Mourad, na Síria, a Fundação AIS lança uma campanha de oração, a nível internacional, pela libertação deste sacerdote.

O padre Mourad, de que se desconhece completamente o paradeiro, foi sequestrado, juntamente com um seu colaborador, Boutros Hanna Dekermenjian, em Al Qaryatayn, na Síria, a 21 de Maio.

A notícia do rapto deste sacerdote deixou consternada a população local, que apreciava particularmente o trabalho que vinha desenvolvendo, em especial junto das populações mais necessitadas, idosos e crianças, sendo conhecido como “um amigo dos muçulmanos”.

Prior do Mosteiro de Mar Elias, Jacques Mourad terá sido levado, no dia 21 de Maio, por quatro homens armados que o obrigaram a entrar num automóvel.

Dias antes do rapto, o Mosteiro de São Elias acolhera numerosos refugiados oriundos da cidade de Palmira que, entretanto, caíra nas mãos dos jihadistas do “Estado Islâmico”.