sábado, 26 de julho de 2014

Combates entre forças sírias e jihadistas deixam mais de 70 mortos


Ao menos 74 pessoas, em sua maior parte combatentes, morreram em confrontos nas últimas 24 horas entre o Exército e os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte da Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Na véspera, o EI lançou ataques contra as províncias de Raqa (norte), Hasaka (nordeste) e Aleppo (norte), segundo o OSDH, que se baseia em uma rede de fontes civis, médicas e militares.


Este é o primeiro choque desta magnitude entre o EI e o regime. Os dois combatem os insurgentes que há três anos tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad.


As 74 pessoas morreram principalmente em confrontos em Hasaka e Raqa, onde os jihadistas lançaram ataques suicidas contra regimentos, brigadas e uma sede do Partido Baath no poder.


Entre estas vítimas, há ao menos 32 jihadistas, 30 soldados e 12 membros do Baath, segundo o OSDH.


Por outra parte, uma nova frente se abriu recentemente entre os rebeldes e seus ex-aliados da Frentre al-Nosra.


Na quinta-feira, os combates também explodiram pela primeira vez entre rebeldes sírios e os combatentes desse braço sírio da Al-Qaeda, até então aliados na guerra contra o regime Assad.


Estes confrontos inéditos tornam mais complexo este conflito entre rebeldes e regime, e agora também entre rebeldes e jihadistas ultrarradicais do Estado Islâmico (EI).


A Frente Al-Nosra era o principal aliado dos grupos rebeldes islamitas e moderados que tentam há mais de três anos derrubar o regime de Assad.

"Os confrontos entre a Al-Nosra e os rebeldes começaram no início de julho, mas a batalha mais sangrenta ocorreu há uma semana, na região de Khisr al-Shughur, na província de Idleb (noroeste)", indicou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.


"Esta batalha deixou dezenas de mortos entre as fileiras da Al-Nosra e da Frente de Revolucionários da Síria (FRS), uma coalizão de insurgentes moderados.


A FRS e a Al-Nosra reconheceram os confrontos em suas páginas do Facebook e trocaram acusações mútuas.


O EI, que no final de junho anunciou a criação de um "califado" islâmico entre Síria e Iraque, controla amplas zonas desses dois países e tenta expandir sua hegemonia.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

SOS Iraque: ن - um símbolo da perseguição torna-se um grito de socorro.


ن : somos todos nazarenos! 

Enquanto o olhar do mundo está em Gaza e na Síria, a situação dos cristãos de Moçul, cidade ao norte do Iraque, capital da Província de Ninawa, cerca de 400km Bagdá, está cada vez mais crítica. Eles estão sendo vítimas de uma limpeza religiosa por militantes sunitas linha-dura do Estado Islâmico (ISIL), que fuzilam os fiéis ou obrigam a abandonarem a cidade, caso não se convertam ao Islã ou pagam um imposto.

Pela primeira vez, em dois mil anos, cristãos de Moçul e os descendentes diretos dos assírio-caldeus tiveram que escolher entre a morte e o exílio, após os ultimato ISIL.

Além disso, iraquianos, em nome de sua fé, são forçados a fugir da cidade, sob a pressão de um ultimato emitido pelas jihadistas. Uma vez exilado, todos os seus bens e posses são extorquidos por esses radicais de ISIL. Os islamitas matam os cristãos e depois marcam com o símbolo ن (“N”), denunciando a condição “Nazareno”. O símbolo é uma letra do alfabeto árabe, que corresponde ao ‘N’ do alfabeto latino, a primeira letra de “Nasarah”, ou seja, Nazaré, termo pejorativo com que para os cristãos são designados no Alcorão.  

No vídeo abaixo o "califado" fez a demolição da Basílica do Profeta Jonas (Mosul=Nínive). A tumba dele, acredita-se estar lá:


Gaza, milhares de refugiados ajudados pela Caritas em escolas e igrejas

Faixa de Gaza

Um elemento que faz piorar a situação dos cidadãos de Gaza sob as bombas israelenses é a alta densidade populacional. Há, na Faixa de Gaza, cerca de 4.500 pessoas por quilômetro quadrado, cifra que torna difícil oferecer ajuda e abrigo a todos os civis que têm necessidade.
Dificuldade que a Caritas Jerusalém está tentando superar através de uma intensa mobilização em favor dos desabrigados. Há cerca de 130 000, dos quais 70 mil se concentraram nas escolas da ONU, aqueles que tiveram que deixar suas casas devido à operação militar israelense "Margem de Proteção”. Mais de 700 o número de mortes e pelo menos 4.000 feridos, razão pela qual os centros de saúde da Faixa de Gaza serem incapazes de lidar com a emergência.

"Os nossos 18 profissionais estão trabalhando incansavelmente nessa terrível situação, com os nossos centros médicos móveis que operam nas escolas e na distribuição de kits de sobrevivência para as famílias amontoadas nas escolas, em colaboração com a ONU", diz à agência Fides o padre Raed Abusahliah, diretor da Caritas Jerusalém. "Desde ontem - acrescenta o sacerdote palestino residente em Ramallah – tomamos por uma semana a responsabilidade dos refugiados na Igreja Ortodoxa e na escola católica". São quase 1300 pessoas, maioritariamente muçulmanos, na igreja greco-ortodoxa de São Porfiro e outras 700 pessoas na Igreja católica da Sagrada Família.

Após críticas, Israel afirma que Brasil é 'anão diplomático'.


O governo israelense reagiu com irritação à decisão do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, de chamar de volta ao país para consultas o embaixador em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho. O Brasil foi o segundo país a tomar essa decisão depois do Equador, na semana passada. Em nota oficial, a chancelaria israelense expressou “desapontamento” com a decisão do governo do Brasil:

“A decisão não reflete o nível de relacionamento entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Passos como esse não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Ao contrário, dá respaldo ao terrorismo e, naturalmente, afeta a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países pelo mundo”.

— Essa é uma infeliz demonstração de porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, se mantém um anão diplomático. O relativismo moral por trás dessa medida transforma o Brasil num parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas em vez de contribuir para soluções — disse à imprensa israelense o porta-voz da chancelaria, Yigal Palmor.

O embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, disse ao GLOBO, que o governo de seu país está surpreso e decepcionado com a atitude do governo brasileiro. Lembrado que o principal argumento usado pelo Itamaraty foi a morte de centenas de civis palestinos, boa parte mulheres e crianças, na Faixa de Gaza, Eldad afirmou:

— (As autoridades brasileiras) só veem um lado. Não vimos, uma única vez, qualquer menção do Hamas. Nossa expectativa era de pelo menos uma palavra de simpatia, de compaixão para com os civis israelenses, que também estão sob fogo de foguetes e mísseis. Foi uma surpresa. Como sabemos, nenhum país do mundo atuou desta maneira.

Presidente de Israel deixa o cargo em meio a ofensiva


O presidente israelense, Shimon Peres, símbolo do diálogo com os palestinos, deixa suas funções nesta quinta-feira, em plena ofensiva contra a Faixa de Gaza.

Seu sucessor, Reuven Rivlin, eleito pelos deputados em 10 de junho, fará seu juramento em uma cerimônia discreta na Knesset, o parlamento.

Os prefeitos e outros dirigentes municipais de localidades expostas aos disparos de foguetes de Gaza foram convidados para o ato para "mostrar que o mais importante hoje em Israel é a operação 'Barreira Protetora'", a operação militar israelense contra o Hamas palestino, afirmaram em um comunicado conjunto o novo presidente Rivlin e o presidente da Knesset, Yuli Edelstein.

Reuven Rivlin, do Partido Likud, foi eleito o 10º presidente de Israel com 63 votos contra seu adversário, o centrista Meir Sheetrit, que recebeu o apoio de 53 dos 120 deputados do parlamento.

Rivlin, conhecido pelo caráter afável e por seu extravagante senso de humor, faz parte da ala mais radical do Likuk, rejeita a criação de um Estado palestino e apoia a política de colônias nos territórios palestinos ocupados.

Advogado de profissão e com 74 anos, também é famoso por sua defesa da democracia e dos direitos civis, que lhe valeram o respeito da esquerda e, inclusive, da minoria árabe israelense.

Duas vezes presidente do Parlamento, ele substituirá Peres, que, com seu carisma e popularidade, aproveitou os sete anos de mandato para promover uma mensagem a favor da paz.

Ultraje na catedral da Sé de São Paulo


Yuri Tripodi, conhecido por seus protestos de fundo “esquerdantizante”, como andar de biquine numa praia, resolveu fazer um ato para dentro da catedral da Sé (São Paulo).

No ato que ele descreve em seu Facebook como “ul-traje para ocasiões fúnebres”, Yuri entra com uma roupa indecente em referência a Lady Gaga na catedral.

Essa postagem em seu Facebook gerou muita polêmica na rede social e consequentemente inúmeros comentários na postagem. Essa movimentação, por sua vez, gerou um certo desconforto aos que apoiaram o ultraje. De forma que uma amiga de Yuri disse para ele printar a página, pois entre os comentários haviam ameaças… Yuri respondeu-a dizendo:

Ofensiva de Israel matou mais de 730 palestinos em Gaza


A ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza matou 84 palestinos na quarta-feira e manhã desta quinta, elevando a mais de 730 o número de óbitos no território - a maioria civis - em 17 dias de ataques, informaram os serviços locais de segurança.

O conflito, iniciado no dia 8 de julho, também matou 34 israelenses, sendo 32 militares em combates e dois civis vítimas de um foguete disparado da Faixa de Gaza.

Em Gaza, o porta-voz dos serviços de emergência, Achraf al-Qodra, informou 66 mortes na quarta-feira e outras 18 na madrugada e manhã desta quinta devido aos ataques israelenses.

Em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, seis palestinos de uma mesma família, incluindo duas crianças, foram mortos na manhã desta quinta em um bombardeio israelense.

"Seis membros da família Al-Aftal, incluindo uma menina de cinco anos e um menino de três, estão mortos", disse Achraf al-Qodra.

Muitas crianças estão entre as vítimas dos ataques aéreos e disparos de artilharia do Exército hebreu contra diversos setores da Faixa de Gaza, destacou o porta-voz.

Dois seminaristas cristãos iraquianos são forçados a abandonar os estudos

Eles faziam um curso que prepararia o clero iraquiano
para dar atendimento pastoral aos cristãos traumatizados
pela guerra e pela perseguição.

Em meio a números espantosos, como o dos 5.500 civis assassinados só nos primeiros seis meses de 2014, e notícias estarrecedoras como a da expulsão em massa dos cristãos de Mossul, o nível de sofrimento dos cristãos iraquianos é quase inimaginável.
O arcebispo Warda, de Erbil, no Iraque, declarou recentemente que “há milhares de exemplos do sofrimento dilacerante dos cristãos iraquianos; milhares de exemplos dessa dor sem sentido e assassina. A dor e a tristeza em nossas comunidades são palpáveis. Desde 2003, não há mais nenhuma pessoa que não tenha sido atingida pela tragédia”.
Inúmeros cristãos iraquianos perderam familiares e amigos e estão traumatizados pelos anos de guerra e de instabilidade. Mesmo antes da invasão do EI (Estado Islâmico), eles já eram ameaçados persistentemente pela existência de artefatos explosivos ainda não detonados e pela opressão praticada por uma parte dos vizinhos muçulmanos.

Ajudar essas pessoas a se recuperar emocionalmente de mais de uma década de terror e de perdas é um desafio monumental. Viver em condições desse tipo desencadeia incontáveis outros problemas emocionais e psicológicos, como a profunda apatia entre os jovens sem esperança no futuro, o escapismo via drogas e vício em pornografia e a violência contra membros da própria família.

Estas necessidades não satisfeitas foram identificadas pela Fundação SALT, uma ONG sediada na Holanda e focada em ajudar os cristãos de toda a Mesopotâmia. A fundação tem conseguido oferecer aos cristãos iraquianos ajuda humanitária, projetos de desenvolvimento socioeconômico, programas de capacitação profissional e até mesmo o pagamento de cirurgias, entre outros esforços.
Para proporcionar aos cristãos iraquianos um cuidado pastoral que abranja a vastidão de problemas descrita acima, a SALT também fechou parceria com o Instituto norte-americano de Ciências Psicológicas (IPS, na sigla em inglês), que ministra cursos de pós-graduação em psicologia.