segunda-feira, 30 de setembro de 2013

João XXIII e João Paulo II serão canonizados em 27 de abril de 2014


Nesta segunda-feira, 30 de setembro, o Papa Francisco anunciou a data da canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII: 27 de abril de 2014, II Domingo de Páscoa, da Divina Misericórdia.

A decisão foi tomada durante o consistório ordinário público convocado especialmente para aprovar as causas de canonização dos dois pontífices. A celebração teve início às 10h (horário de Roma), e contou com a presença dos cardeais presentes em Roma. Dentre eles, dois brasileiros: Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.

A decisão de unir no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores foi explicada pelo Papa Francisco, em julho passado, como uma mensagem para a Igreja, porque os "dois são bons, são dois bons".


Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978. Nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.

Em quase 27 anos de pontificado, João Paulo II escreveu 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas.

Em seu pontificado, fortaleceu a fé da Igreja promulgando o Catecismo da Igreja Católica. Promoveu um intenso itinerário de vida espiritual com o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia e o Jubileu do Ano 2000 e criou as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), aproximando a Igreja dos jovens.

O primeiro milagre do Papa João Paulo II foi o da irmã francesa Marie Simon-Pierre, que ficou curada da doença de Parkinson. Com ele, teve início o processo de canonização de João Paulo II. O pontífice polonês foi proclamado beato pelo Papa emérito Bento XVI em 1º de maio de 2011, na Praça de São Pedro.

A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II no dia 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado do Papa em 1978.

Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa João XXIII, nasceu em 1881 na localidade de Sotto il Monte, Bergamo, onde foi pároco e professor no seminário, secretário do bispo e capelão do exército durante a I Guerra Mundial.

João XXIII iniciou a sua carreira diplomática como visitador apostólico na Bulgária, de 1925 a 1935; foi depois delegado apostólico na Grécia e Turquia, de 1935 a 1944, e Núncio Apostólico na França, de 1944 a 1953.

Em 1953, Angelo Roncalli foi nomeado Patriarca de Veneza e no dia 28 de outubro de 1958 foi eleito Papa, sucedendo a Pio XII. Aos 77 anos, em 1962, João XXIII, resolveu “arejar” a Igreja e inaugurou o Concílio Vaticano II. Morreu um ano depois.


“O Papa bom” foi declarado beato por João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000. Seu processo de canonização tem uma particularidade considerada rara na história da Igreja: ficou isento do reconhecimento de um segundo milagre - condição necessária para que um beato seja elevado a santo.
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Fonte: Portal Um

Notícias falsas na rede: O poema que o Papa Francisco não escreveu e as frases que não enviou pelo twitter.


Nas últimas semanas se atribuíram ao Papa Francisco palavras que nunca pronunciou. Uma das mais difundidas é um popular poema de autor desconhecido que começa com a frase "Precisamos de santos sem véu ou batina" e que o Pontífice jamais pronunciou, e agora se junta a uma longa lista de frases de inspiração através de uma conta no Twitter que o parodia.

Em julho passado, com ocasião de sua viagem ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, circulou em dezenas de sites – incluindo sites católicos- este poema atribuído no passado ao Beato João Paulo II e inclusive à Beata Teresa de Calcutá:

"Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade. Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.


Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem iPod. Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.

Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".

A origem do poema é desconhecida, mas a Internet oferece algumas pistas. O texto aparece traduzido ao inglês na Wikipédia em uma entrada de 3 de abril de 2005, no dia seguinte da morte de João Paulo II.

Nesta entrada, o usuário Henrique Vicente – cujo perfil na Wikipédia não contém dados adicionais – oferece a tradução ao inglês deste texto e assinala que se trata de uma suposta "carta de João Paulo II aos jovens" que já era "muito popular" no Brasil. O colaborador da Wikipédia admite na entrada que não conseguiu encontrar este texto no site oficial do Vaticano e que tampouco pôde achá-lo em outro idioma na Internet. Entretanto, não duvidava que fosse do hoje Beato e assegurava – sem fonte alguma – que o escreveu originalmente em português porque o Papa conhecia este idioma.

Wikipédia se define como "um projeto de enciclopédia Web multilíngue de conteúdo livre baseado em um modelo de edição aberta" e assegura que "qualquer pessoa com conexão a Internet pode editar" seus conteúdos com um pseudônimo.

Entretanto, Wikipédia tem como normas a "verificabilidade: todos os artigos devem incluir referências às fontes de onde provém a informação" e que "as fontes de onde provém a informação devem ser fontes confiáveis". Resulta evidente que a publicação deste poema não cumpriu com estes requisitos.

Pouco depois da beatificação de João Paulo II, o texto de sua suposta carta –em realidade nunca escrita pelo Papa Wojtyla– voltou a circular massivamente, desta vez em espanhol e com algumas "atualizações". Por exemplo, enquanto a primeira versão em português dizia "que escutem Walkman" –os antigos sistemas de fitas cassetes portáteis da empresa Sony– a nova versão diz Ipod, da empresa Apple.

Ou seja, segundo a lenda urbana, o Papa estava fazendo publicidade de empresas específicas, desde a Coca Cola até a Apple, que entre outras coisas, censura na sua loja Itunes conteúdos cristãos, como ocorreu com um aplicativo da "Declaração de Manhattan" de numerosos líderes católicos e evangélicos a favor da vida, da família, da liberdade religiosa e do matrimônio verdadeiro.

Com ocasião da recente Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o poema apócrifo passou de repente a ser atribuído ao Papa Francisco; embora o Pontífice argentino seja ainda mais crítico do consumismo, da dependência às grandes firmas capitalistas e da claudicação dos jovens católicos ao consumismo e ao ser indistinguíveis do mundo.

Atenção a @PontifexFrases

A este conteúdo de duvidosa origem na Wikipédia, somam-se vários perfis no Twitter e páginas de fãs no Facebook que tomando o nome do Papa Francisco divulgam frases como se fossem de sua autoria.

Nas últimas semanas cobrou notoriedade no Twitter o perfil @PontifexFrases, que usando a mesma imagem da conta oficial do Papa Francisco no Twitter, divulgava frases de inspiração em espanhol que os usuários atribuíram ao Pontífice e eram compartilhadas diariamente por centenas de internautas nas redes sociais.


Embora os administradores da conta se definam como uma paródia do Papa no Twitter, o uso da imagem oficial do Pontífice e a publicação de frases soltas sem citar a fonte, confundiu a muitas pessoas. A conta já tem mais de 60 mil seguidores. A única conta oficial do Papa no Twitter em espanhol é @Pontifex_es e em português @Pontifex_pt.
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Criatividade. Este conceito nunca esteve presente na Liturgia cristã. É-lhe totalmente estranho!

Missa das crianças

Na antiguidade mais primitiva, não havia ainda textos litúrgicos formados. É natural, é claro: a Igreja não nascera feita! Fundada pelo Cristo-Deus, foi plasmada pelo Seu Santo Espírito, conforme Sua própria promessa.

Mesmo não havendo ainda textos fixos para o rito liturgico, havia, no entanto, esquemas fixos, que os ministros sagrados deveriam seguir à risca. Portanto, cada ministro, tanto quanto pudesse, uns mais, outros, menos, compunham as orações. Em geral, escreviam-nas antes. Mas, dentro de um esquema fixo. A palavra chave nunca foi criatividade, mas fidelidade à Regra de Fé da Igreja e à lex orandi, isto é, à norma de oração da Igreja.

Logo cedo, os primeiros formulários litúrgicos foram sendo colocados por escrito e fixados. Finalmente, no século IV, com a liberdade de culto concedida aos cristãos, surgiram os grandes textos litúrgicos no Oriente, como a estupenda liturgia de São João Crisóstomo, e do Ocidente (pense-se na antiquissíma Tradição Apostólica de Hipólito de Roma). No Ocidente, a formação dos grandes textos foi mais complexa por vários motivos históricos e culturais. Em todo caso, no séculos VI e VII já se tinham os grandes formulários litúrgicos e a soleníssima Missa Estacional romana, que influenciaria toda a liturgia da Missa da Igreja latina (a Igreja do Ocidente, da qual o Bispo de Roma é o Patriarca, além de Papa de toda a Igreja do Oriente e Ocidente).

Por que os católicos batizam crianças?

Cartaz elaborado pela Sexta Região Eclesiástica da Igreja Metodista,
reforçando uma orientação canônica: 
"O batismo de crianças deve ser conservado na Igreja".

Recebemos algumas alegações contra o Batismo de crianças e as resumimos neste artigo.

1.    "Batizei meu filho mais velho a algum tempo atrás, e um crente me questionou porque fizera tal coisa e se eu cria na bíblia Sagrada..." 

Primeiro Erro: Falso orientador

O primeiro erro seu foi buscar orientação de "um crente" ( = protestante = inimigo de Cristo e da Igreja).

Você foi justamente buscar ajuda do seu inimigo. É claro que ele aproveitou a oportunidade para enganá-lo.

Onde está na Bíblia que você deve "OUVIR UM CRENTE"?

- Meu caro, você deveria buscar orientação dos bispos católicos que são os sucessores dos apóstolos, pois na Bíblia diz para VOCÊ OUVIR OS APÓSTOLOS. Leia: Lc 10,16.

2. "ao contrário do meu soberbo e arrogante pensamento resolvi ler a nossa Bíblia...".


Segundo Erro – Bíblia mal interpretada.

- Você foi buscar na Bíblia, já com os versículos dirigidos pelo "falso orientador". Portanto você caiu na armadilha do inimigo, pois Bíblia mal interpretada leva à perdição: 2Pd 3,16. Até o diabo citou versículos bíblicos para tentar Jesus no deserto (Mt 4).

- O certo seria você buscar orientação nos documentos da Igreja (No Catecismo), pois Jesus disse para ouvir a Igreja: Mt 18,17. Mas você desobedeceu, por isso caiu em outra armadilha do inimigo.

3. "a suposição de que os apóstolos batizavam casas inteiras que aparece mencionado no livro de Atos do Apóstolos caiu-me por terra..." 

Terceiro Erro - Palavra de Deus é suposição?

Você nega a Palavra de Deus e inventa coisas que não estão escritas na Bíblia. A Bíblia diz que os apóstolos batizavam famílias inteiras SEM QUALQUER EXCEÇÃO. Será que em todas essas famílias não havia uma criança sequer?

- Família de Cornélio: "Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra... Então Pedro tomou a palavra: Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo"(At 10,44.47,48).

- Família de Lídia: ". Foi batizada juntamente com a sua família "(At 16,15);

- Família do carcereiro de Paulo: "Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família." (At 16,33).

- Outro argumento falso é basear no fato de Jesus ter sido batizado adulto. É claro que não podia ser batizado como criança, pois foi Ele que instituiu o Batismo!

Também Abraão foi circuncidado com 99 anos(Gn 17,24), pois foi com ele que começou a Circuncisão. Mas todos foram circuncidados(Gn 17,23), cada qual na sua idade: Assim Ismael foi circuncidado com 13 anos(Gn 13,25) e Isaac com apenas 8 dias(Gn 21,4). No Antigo Testamento, a circuncisão era o rito de inclusão da pessoa no povo de Deus, é POIS UMA FIGURA DO BATISMO !!!

Onde Está escrito que batizavam SÓ ADULTOS? Onde está escrito que batizavam a todos, exceto crianças?

4. "Mc 16,15-16 .... QUEM CRER E FOR BATIZADO " invalidou totalmente o meu batismo de criança..." 

Quarto Erro - Falsa interpretação de Mc 16,15-16.

É evidente que não basta ser batizado. É preciso crer em Jesus. Mas a fé vem pelo ouvido (Rm 10,13). É por isso que muitos católicos receberam o Batismo, mas depois são enganados por esses falsos pastores, pois não receberam a fé. Os seus pais não cumpriram o compromisso de transmitir a fé ao filho batizado ainda criança. E a pessoa adulta ao invés de buscar a Palavra que lhe falta é iludida a ser batizada de novo nessas seitas perversas, quando está escrito: "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo."(Ef 4,5). Onde está escrito que se deve RE-BATIZAR?

As crianças são pois batizadas na fé dos pais. Os pais receberam autoridade de falar em nome dos filhos.

No Evangelho Jesus mostra claramente a autoridade dos pais sobre os filhos e realiza curas e libertações dos filhos através do pedido dos pais:
Jesus cura a filha da mulher cananéia: Mt 15,28: "Disse-lhe, então, Jesus: Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora sua filha ficou curada."

Jesus não perguntou se a filha queria ser curada ou não, mas realizou conforme o pedido da mãe !!!

Jesus cura o filho de um oficial do rei: "Vai, disse-lhe Jesus, o teu filho está passando bem! O homem acreditou na palavra de Jesus e partiu. Enquanto ia descendo, os criados vieram-lhe ao encontro e lhe disseram: Teu filho está passando bem"(Jo 4,50-51).

- Além do mais, nem tudo está na Bíblia (Jo20,30;21,25). Por isso a TRADIÇÃO É NECESSÁRIA. Em Jo 4,2 diz que os discípulos de Jesus batizavam. Você sabe como eles batizavam? Não está escrito!!!

Então é preciso aprender com eles na prática... Na Bíblia não está!

"Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças" (São Cipriano, ano 248 - Carta a Fido).

"Onde não há escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte batismal ou ser derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em situação constante, seja em determinadas ocasiões, então se use qualquer água disponível. Dispa-se-lhes (sic?) de suas roupas, batize-se primeiro as crianças, e se elas podem falar, deixe-as falar. Se não, que seus pais ou outros parentes falem por elas" (Hipólito, ano 215 - Tradição Apostólica 21,16).

"A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito" (Orígenes, ano 248 - Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5,9).

- ISTO É A TRADIÇÃO: A IGREJA APRENDEU COM ELES...Sem a Igreja e a Tradição você está perdido:

Só fica inventando...

Aí estão os testemunhos dos primeiros cristãos que aprenderam com os apóstolos e os apóstolos aprenderam com Jesus.

Agora eu pergunto:


E esses falsos pastores? Com quem eles aprenderam? Com Lutero? 
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Ex-exorcista de Salvador adverte sobre artimanhas do demônio


"A Igreja Católica realiza exorcismos ainda hoje. A Igreja nunca deixou de ter exorcistas e de fazer exorcismos". A afirmação é de dom Gregório Paixão, 48 anos, bispo de Petrópolis (RJ), que, até o final de 2012, foi bispo-auxiliar de Salvador e exorcista oficial na arquidiocese soteropolitana.

Dom Gregório conta que foi exorcista por nove anos e meio na Arquidiocese de Salvador e que começou a exercer a função quando ainda vivia no Mosteiro de São Bento. Após ser ordenado bispo, em 2006, permaneceu no ministério. Nesse tempo, realizou seis exorcismos. Ao menos 70 casos lhe foram apresentados para avaliação.

"A maioria dos casos era de desequilíbrios de ordem emocional ou psiquiátrica, somente", disse o prelado. Para a escolha de um exorcista, o sacerdote, dizem as normas católicas, deve ter profundo conhecimento teológico e filosófico, além de equilíbrio afetivo e psíquico.
Dom Gregório Paixão tem doutorado em antropologia pela Universidade Aberta de Amsterdã, onde também leciona antropologia cultural. Hoje é o bispo referencial na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a área da cultura.

"Após a escolha, o sacerdote estuda demonologia e angelologia. Depois disso, especializa-se em temas específicos para detectar se a suposta possessão se trata de problema psíquico, de uma histeria ou problema de personalidade. Então, encaminha-se a pessoa ao psiquiatra, psicólogo ou psicanalista", diz dom Gregório.


 
A Igreja, que não nega a existência e atuação de Satanás e seus demônios, é cautelosa quanto ao tema. Na apresentação da versão em português do texto Ritual de Exorcismo, revisto em 1998 pelo papa João Paulo II, há a seguinte consideração: "A ciência, no entanto, tem demonstrado que, nos casos tidos como possessão diabólica, no passado, apenas 3% podem ser levados a sério".

Definição - Mas dom Gregório ressalta que somente o sacerdote pode determinar se há ou não a possessão demoníaca. E que apenas o sacerdote ou bispo podem realizar o ritual. "Tudo deve estar ligado ao segredo de confissão para que o possesso não seja exposto. Um diácono ou um leigo não têm autorização para exorcizar", aponta o bispo.

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, da Arquidiocese de Cuiabá (MT), ressaltou, em aula proferida no início de setembro, que o mal psiquiátrico e a possessão podem ocorrer ao mesmo tempo. O sacerdote iniciou um curso de demonologia para leigos, seminaristas e outros padres em site que mantém.

No Ritual de Exorcismo também há a proibição de que um ritual seja acompanhado por qualquer veículo de comunicação social. "A pessoa não pode ser exposta", disse dom Gregório. Sobre o fato de não ser notícia corrente o nome de um exorcista, explica: "Muitos procurariam o exorcista quando deveriam ir a um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista".

O que leva para o inferno é a tentação e o pecado

A maioria das pessoas se interessa pela possessão e pelo exorcismo quando a preocupação maior deveria ser com a tentação, que é a ação normal e diária do demônio (ver infográfico na página A5), e com a confissão. Isto é o que diz, por exemplo, o padre Paulo Ricardo de Azevedo.

“Lidamos todos os dias com tentações demoníacas, e isto não nos apavora. Isto faz parte da fé católica tranquila”, diz o sacerdote de Cuiabá. O demonólogo espanhol José Fortea, autor da Summa Daemoniaca, diz que a atenção maior destinada ao exorcismo que à confissão tem origem no desejo pelo que é espetacular.

Dom Gregório Paixão também salienta que a confissão dos pecados livra dos ataques do demônio. Alguns santos foram possuídos ou atacados, como Santa Gemma Galgani (1878-1903) e São Pio de Pietrelcina (1887-1968). “Mas estes fatos ocorrem com pessoas muito santas, e são um mistério”, comenta padre Adilton Lopes.

O padre Paulo Ricardo arremata: “A possessão não leva ninguém ao inferno. O que leva para o inferno é a tentação e o pecado”.

Armas - A principal arma contra as tentações demoníacas são as orações conhecidas como mandatum, que consistem em dar uma ordem para que o ser do mal se afaste.

É atribuída a São Bento (480-547) uma das mais antigos orações deste gênero. “A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, Satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mal o que tu me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”, rezava São Bento.


Na oração do Pai Nosso, que a tradição cristã diz ter sido ensinada por Jesus Cristo, há pedido para que Deus não deixe que as pessoas caiam em tentação. O padre Paulo Ricardo ressalta que Jesus não ensina a pedir que a tentação não aconteça, mas que se resista a ela.
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Fonte: UOL

Comer bombons de Cosme e Damião, pode ou não pode?


Todos os anos, no dia 27 de setembro, em diversas regiões do Brasil há uma farta distribuição de um saquinho quase irresistível, recheado com doces de Cosme e Damião. Quem nunca comeu não foi criança, ou então é daqueles protestantes que veem capeta, capeta everywhere. Mas quem é católico não precisa ter grilo com essas coisas!

Alguém aí já viu alguém “recebendo santo” ou entoando hits da Clara Nunes após comer uma maria-mole do saquinho de Cosme e Damião? Eu, nunca.

É bem verdade que a tradição de distribuir docinhos em homenagem aos santos nada tem a ver com o catolicismo, sendo originada na Umbanda. Nessa religião, pelo sincretismo, São Cosme e São Damião formam um trio com Doum: são entidades infantis. Daí a distribuição de guloseimas, para agradar os pequenos. Já no catolicismo, Doum não existe, e São Cosme e Damião nada tinham de crianças: eram irmãos gêmeos, médicos e mártires.

“Deurrrrmilive de comer os doces desses ídolos!”, alguns dizem. Porém, São Paulo desmistifica isso em uma de suas cartas (I Coríntios 8). Naquela comunidade, os cristãos estavam confusos: seria pecado ou não comer carnes que foram sacrificadas em altares de deuses pagãos? A situação era complicada, pois boa parte da carne vendida nos mercados havia sido antes ofertada aos ídolos, assim como a refeição oferecida na casa de um amigo pagão.


São Paulo respondeu que comer essas carnes não fazia nem bem nem mal. Tanto fez quanto tanto faz, pois os ídolos não são NADA! O mesmo pode-se dizer dos doces de Cosme e Damião: não trazem em si nenhum bem nem mal; não há neles nenhuma “mágica” benéfica ou maldição. Portanto, tanto faz comê-los ou não!


Mas São Paulo bem sabia que nem todos os cristãos tinham o mesmo nível de conhecimento. Por isso, pediu que os cristãos mais esclarecidos evitassem comer carnes ofertadas aos ídolos, para não dar a impressão aos menos esclarecidos de que estavam praticando idolatria (o que de fato não estavam). Entendam: a carne em si nada tinha de mal, o mal estava na cabeça dos outros!

Esse conselho não se aplica aos doces de Cosme e Damião, pois quem os come, em 99% das vezes, nem mesmo pensa em religiosidade. Igualmente, um menino que brinca com um boneco do Thor não está idolatrando uma divindade viking. Outro dado relevante: boa parte das pessoas que dão doces de Cosme e Damião não têm o menor contato com religiões afro! Isso já é parte da cultura brasileira, independente de religião.

Assim, quem come doce de Cosme e Damião com a consciência de que são só doces, e ídolos não existem, não peca. Mas o católico que come esses doces pensando que neles há algum tipo de “magia”, esse peca.

Outro exemplo: quem veste branco nas comemorações do Ano-Novo pensando que isso vai lhe trazer coisas boas, esse peca. Mas quem veste branco pra entrar no clima da festa, pra seguir a tradição, esse não peca. O pecado não está nas coisas nem no ato, mas na consciência com que fazemos as coisas!

O mesmo não se pode aplicar ao ato de jogar flores para Iemanjá: é um ato explícito de homenagem. Ainda que a pessoa não creia no orixá, está sinalizando a todos à sua volta que crê, afinal, ninguém joga flores ao nada – joga para “alguém”. Nesse caso, a tradição cultural não exclui o pecado de idolatria.


Agora, misinfi, deem licença, que eu vou comer mais um doce do meu saquinho…
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Fonte: O Catequista

domingo, 29 de setembro de 2013

Papa celebra para catequistas: despertar a memória de Deus no outro


HOMILIA
Santa Missa pela Jornada dos Catequistas 
em ocasião do Ano da Fé
Praça São Pedro
Domingo, 29 de setembro de 2013


1. Ai daqueles que vivem comodamente em Sião e daqueles que vivem tranquilos,... deitados em leitos de marfim (Am 6, 1.4), comem, bebem, cantam, divertem-se e não se preocupam com os problemas dos outros.

Palavras duras estas do profeta Amós, mas que nos advertem para o perigo que todos corremos. O que denuncia este mensageiro de Deus, o que coloca diante dos olhos de seus contemporâneos e também diante dos nossos olhos hoje? O risco de acomodar-se, da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de ter como centro o nosso bem-estar. É a mesma experiência do rico do Evangelho, que vestia roupas de luxo e todo dia dava banquetes abundantes; isto era importante para ele. E o pobre que estava à sua porta e não tinha de que se alimentar? Não era tarefa sua, não o olhava. Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade transformam-se o centro da vida, apoderam-nos, nos possuem e nós perdemos a nossa própria identidade de homens: vejam bem, o rico do Evangelho não tem nome, é simplesmente “um rico”. As coisas, aquilo que possui são a sua face, não há outro. 

Mas podemos nos perguntar: como isto acontece? Como os homens, talvez também nós, caímos no perigo de fechar-nos, de colocar a nossa segurança nas coisas, que no fim roubam-nos a face, a nossa face humana? Isto acontece quando perdemos a memória de Deus. “Ai daqueles que vivem comodamente em Sião”, dizia o profeta. Se falta a memória de Deus, tudo se nivela, tudo se nivela ao “eu”, sobre o meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros, perdem a consistência, não contam mais nada, tudo se reduz a uma só dimensão: o ter. Se perdemos a memória de Deus, também nós perdemos a consistência, também nós nos esvaziamos, perdemos a nossa face como o rico do Evangelho! Quem corre atrás do nada se torna ele mesmo nulidade – diz um outro grande profeta, Jeremias (cfr Jer 2, 5). Nós somos feitos à imagem e semelhança de Deus, não à imagem e semelhança das coisas, dos ídolos!

2. Então, olhando-vos, pergunto-me: quem é o catequista? É aquele que protege e alimenta a memória de Deus; protege-a em si mesmo e a desperta nos outros. É bonito isto: fazer memória de Deus, como a Virgem Maria que, diante da ação maravilhosa de Deus em sua vida, não pensa na honra, no prestígio, nas riquezas, não se fecha em si mesma. Pelo contrário, depois de ter acolhido o anúncio do Anjo e ter concebido o Filho de Deus, o que faz? Parte, vai até a anciã parente Isabel, também esta grávida, para ajudá-la; e no encontro com ela  seu primeiro ato é a memória do agir de Deus, da fidelidade de Deus na sua vida, na história do seu povo, na nossa história: “A minha alma glorifica o Senhor...porque olhou para a humildade da sua serva...de geração em geração a sua misericórdia” (Lc 1, 46. 48. 50). Maria tem memória de Deus. 


Neste cântico de Maria há também a memória da sua história pessoal, a história de Deus com ela, a sua própria experiência de fé. E é assim para cada um de nós, para cada cristão: a fé contém propriamente a memória da história de Deus conosco, a memória do encontro com Deus que se move primeiro, que cria e salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que aquece o coração, das suas ações de salvação com a qual nos doa a vida, nos purifica, nos cura, nos alimenta. O catequista é propriamente um cristão que coloca esta memória a serviço do anúncio; não para fazer-se ver, não para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade. Falar e transmitir tudo aquilo que Deus revelou, isso é a doutrina em sua totalidade, sem cortar ou acrescentar. 

São Paulo recomenda ao seu discípulo e colaborador Timóteo sobretudo uma coisa: Lembre-se, lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos, que eu anuncio e pelo qual sofro (cfr 2 Tm 2, 8-9). Mas o Apóstolo pode dizer isto porque ele primeiro lembrou-se de Cristo, que o chamou quando era perseguidor dos cristãos, tocou-o e transformou-o com a sua graça. 

O catequista então é um cristão que leva em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos outros. É um desafio isto! Desafia toda a vida! O próprio Catecismo o que é senão a memória de Deus, memória da sua ação na história, do ser fazer-se próximo a nós em Cristo, presente na sua Palavra, nos Sacramentos, na sua Igreja, no seu amor? Queridos catequistas, pergunto a vocês: somos nós a memória de Deus? Somos verdadeiramente como sentinelas que despertam nos outros a memória de Deus, que aquece o coração? 

3. “Ai daqueles que vivem comodamente em Sião”, diz o profeta. Qual caminho percorrer para não ser pessoas “despreocupadas”, que colocam a sua segurança em si mesmo e nas coisas, mas homens e mulheres da memória de Deus? Na Segunda Leitura, São Paulo, escrevendo sempre a Timóteo, dá algumas indicações que podem sinalizar também o caminho do catequista, o nosso caminho: tender à justiça, à piedade, à fé, à caridade, à paciência, à brandura (cfr 1 Tm 6, 11). 

O catequista é homem da memória de Deus se tem uma constante, vital relação com Ele e com o próximo; se é homem de fé, que confia verdadeiramente em Deus e coloca Nele a sua segurança; se é homem de caridade, de amor, que vê todos como irmãos; se é homem de "hypomoné", de paciência, de perseverança, que sabe enfrentar as dificuldades, as provações, os insucessos, com serenidade e esperança no Senhor; se é homem brando, capaz de compreensão e misericórdia. 


Rezemos ao Senhor para que sejamos todos homens e mulheres que protegem e alimentam a memória de Deus na própria vida e sabem despertá-la no coração dos outros. Amém. 

Setembro é o mês da Bíblia, sendo que no último domingo comemora-se o Dia Nacional da Bíblia


O mês de setembro chega trazendo a Primavera em nosso hemisfério e, junto com a beleza do tempo, o tema da Sagrada Escritura. O fato de celebrarmos, no dia 30 de setembro, o dia do patrono dos estudos bíblicos, São Jerônimo, fez com que pudéssemos aprofundar esse tema durante este mês. Setembro é o mês da Bíblia, sendo que no último domingo comemora-se o Dia Nacional da Bíblia.

A cada ano, a Igreja do Brasil trabalha um tema. Estamos aprofundando o tema do discipulado e da missionariedade à luz do evangelho lido aos domingos, neste ano, São Lucas. Aqui em nossa Arquidiocese, o fato de a catequese apresentar nas paróquias e nos vicariatos a “feira bíblica” tem mais de 25 anos de tradição. Uma maneira renovada das crianças aprofundarem seus estudos e partilharem com os visitantes da feira.

Outro belo momento é o que vivemos neste final de semana: a assembleia dos círculos bíblicos! Um dia feriado para marcar nossa vida arquidiocesana: partilharmos a experiências dos círculos bíblicos e aprofundar o tema anual por vicariatos. Os círculos bíblicos são sementes das comunidades que formam as paróquias como rede de comunidades.

Este dia será também a oportunidade que o Papa Francisco pediu para vivermos em oração e jejum pela paz! É véspera da festa da Natividade de Nossa Senhora. Uma tradição antiga na vida monástica faz de cada véspera de uma festa mariana um tempo de oração, penitência e jejum. E neste ano com uma motivação a mais: a Paz!

Sem dúvida que para tudo isso a leitura orante da bíblia ou a lectio divina aos poucos vai entrando na realidade de nosso povo, que passa a colocar a Palavra de Deus como início da reflexão que vai iluminar a realidade das pessoas. São passos que pouco a pouco os grupos e comunidades começam a dar. Sempre em torno da Sagrada Escritura. Ela nos traz a revelação de Deus para a nossa salvação.

Na sua misericórdia e sabedoria, quis Deus nos revelar-se a si mesmo na pessoa de Cristo e pela unção do Espírito Santo, para que tivéssemos acesso a Ele e participássemos de sua glória.