terça-feira, 19 de março de 2013

Em Missa de início do Ministério Petrino, Papa diz: “o verdadeiro poder é o serviço”.



Para a alegria das milhares de pessoas que se reuniram na praça de São Pedro, na manhã desta terça-feira, 19, o Papa Francisco caminhou de papamóvel entre os fiéis pouco antes de começar a celebração de início de seu ministério. Em um determinado momento, o Santo Padre chegou a descer do automóvel para cumprimentar alguns dos fiéis.

Conforme previsto, antes da Santa Missa, o Pontífice fez um breve momento de oração junto ao túmulo do Apóstolo Pedro – local de onde os diáconos saíram em procissão com o anel de pescador e o pálio, dois símbolos do pastoreio e da autoridade de um Papa.


Após a imposição dos dois símbolos, iniciou-se a Santa Missa. O Sumo Pontífice abriu a homilia mandando suas felicitações ao Papa emérito Bento XVI, uma vez que hoje, festa de São José, é celebrado o seu onomástico (celebrado pelas pessoas que tem o mesmo nome do santo lembrado naquele dia).

“Acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”, disse.

Ainda na homilia, o Santo Padre, após fazer confrontar os Evangelhos com a figura de São José, patrono da Igreja Universal, explicou o que significa um ministério da Igreja e sobretudo, o ministério do Bispo de Roma.

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na cruz”, destacou.

Ao fim da celebração, o Santo Padre recebeu, na Basílica de São Pedro, as delegações dos 132 países representados na Santa Missa. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, também cumprimentou o Santo Padre.



Mirticeli Medeiros
Enviada especial a Roma
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Fonte: Canção Nova.

segunda-feira, 18 de março de 2013

São José, esposo da virgem Maria e o Início do Pontificado do Papa Francisco


Hoje, a Santa Igreja rejubila por dois motivos: Celebra mais uma vez a solenidade anual de São José, Esposo da Santíssima Virgem Maria; e inicia hoje o Pontificado do Santo Padre Francisco, que assim, sob a protecção do Servo fiel e prudente, dá início oficial ao seu Ministério Petrino, e Pastor da Igreja Universal.

A Igreja, celebra pois, com digníssima solenidade a São José, “homem justo, amparo e sustentador de Jesus, o Filho de Deus”. É pouco o que dele nos diz o Evangelho; todavia, é suficiente para compreender a importante função que lhe foi confiada no desígnio salvífico divino. A sua “justiça” está intimamente ligada à sua docilidade radical no que diz respeito ao projecto de Deus.

Meditemos, pois, sobre a figura bíblica de São José, tão querida à tradição cristã e ao Papa Pio IX, que o proclamou Patrono da Igreja universal, a 8 de Dezembro de 1870.

A grandeza de São José, reside na enorme graça que Deus lhe fez, quando põe nas suas mãos e sob a sua autoridade, as pessoas mais amadas por Ele: o seu Filho, feito Homem, Jesus, e a sua Virgem Mãe, Maria. Comenta São João Crisóstomo: “Maria é confiada agora a José, como mais tarde Cristo a confiará ao seu discípulo” (Homilias sobre o Evangelho de S. Mateus 4, 6). Nenhum outro homem teve, nem jamais terá um tal encargo: cuidar e guardar o Filho de Deus, conviver com Ele e educá-l’O. No entanto, erraríamos, porém, se admirássemos apenas a familiaridade que José teve com Jesus. Uma veneração, que brota somente de uma simples admiração, não faria justiça ao caminho de fé percorrido por ele. Como nos recorda o apóstolo Paulo na segunda leitura da Missa de hoje, Deus não concede uma graça, sem fazer contas, com a fé daquele que chama: o crente não se torna justo pelo que consegue fazer por si mesmo, com os seus próprios esforços, mas “em virtude da justiça, que vem da fé”. Isto significa que àquele que é chamado, antes de mais nada, é-lhe pedido para se entregar totalmente a Deus e à Sua graça. Assim fez José: confiou em Deus, mesmo sem compreender os acontecimentos que o esperavam.

É óbvio, que confiar-se sempre e totalmente a Deus, não é simples, e nem é fácil. Quem percorre este caminho, atravessa muitas vezes momentos de escuridão e deve afrontar provas dolorosas. Na narração evangélica da missa deste dia santíssimo, fala-se da “noite” de José. Esposo prometido a Maria, antes de passar a viver com ela, vem a descobrir a misteriosa maternidade da sua futura Esposa e pergunta-se o que deve fazer. Sendo justo, sublinha o evangelista Mateus, por um lado, não quer cobrir com o seu nome, um Filho de quem ignora a paternidade, mas, ao mesmo tempo, convencido da virtude de Maria, decide a não entregá-la a um processo rigoroso previsto pela lei (Cf Dt 22, 20 ss). Em sonhos, o anjo fez-lhe compreender que Maria tinha concebido por obra do Espírito Santo e, confiando em Deus, José consente e coopera no plano de salvação. É verdade que Deus não lhe pede antecipadamente o seu consentimento. A “ingerência” – por assim dizer – divina – na sua vida matrimonial, a intromissão na mais íntima relação pessoal com a sua Esposa, a mudança do projeto de vida, não puderam senão suscitar nele dúvidas e interrogações. Com efeito, quem confia em Deus, nem por isso vê tudo claro. Quem acolhe Deus e os seus projetos, é chamado inevitavelmente a esvaziar-se de si e a renunciar aos próprios sonhos e desejos. Deus não chama, sem exigir; nem enche, sem esvaziar; não dá, sem tirar. Só quem aceita voluntariamente a perda de si mesmo, pode entrar na lógica de Deus.

200 mil pessoas são esperadas para a missa de início do ministério do Papa Francisco.




O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, também nesta segunda-feira, 18 de março, concedeu uma coletiva aos jornalistas. Ele revelou detalhes do almoço do Papa Francisco com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, após um encontro privado com ela de cerca de 20 minutos na Casa Santa Marta, no Vaticano.

Sobre a celebração de início de Pontificado, que será realizada nesta terça-feira, 19 de março, o padre recordou que a celebração é motivada também pela celebração do Padroeiro da Igreja Universal, São José. “No patamar da Basílica de São Pedro teremos à esquerda as personalidades eclesiásticas, arcebispos e bispos, não concelebrantes e também – muito provavelmente – as delegações das outras Igrejas e comunidades cristãs”, disse Lombardi.


São esperados mais de 200 mil fiéis. “À direita, teremos as delegações dos vários países, conduzidas pelos chefes de Estado, reinantes, ministros e assim por diante. A delegação argentina será conduzida pela Presidente Cristina Kirchner, a delegação brasileira pela Presidente Dilma Rousseff e a delegação italiana pelo Presidente Giorgio Napolitano”.

Nos primeiros setores da Praça São Pedro, abaixo do patamar, próximo à estátua de São Pedro, à esquerda, será destinado às delegações das outras religiões – judaica, islâmica, budista, sique, jainista – e os sacerdotes e seminaristas: fala-se de cerca de 1.200 pessoas.

Ao lado direito, diante da estátua de São Paulo, será destinado ao Corpo diplomático e autoridades. A praça estará aberta a todos, a partir das 6h30 da manhã. Não haverá necessidade de bilhetes.

O Pontífice deixará a Casa Santa Marta por volta das 8h45 locais e, a bordo do papamóvel, dará uma longa volta pela Praça São Pedro. Em seguida, ainda no papamóvel, por alguns minutos antes do início da celebração, saudará a multidão de fiéis passando pelos diversos corredores formados na praça.

Depois, irá até a Sacristia, que está próxima da estátua La Pietà, no interior da Basílica de São Pedro. A celebração começa às 9h30, no horário de Roma (5h30 em Brasília). Pe. Lombardi precisou que a cerimônia de amanhã é intitulada "Início do ministério petrino do bispo de Roma", mas que pode ser chamada também de “inauguração". “É a missa de início solene do serviço do Papa que é bispo de Roma, mas que é um serviço para a Igreja universal: o ministério petrino é um ministério para a Igreja inteira”, explicou.

A cerimônia começará no túmulo de São Pedro, no centro da Basílica, sob o altar central, e se realizará na praça que, segundo a tradição, é também o lugar do martírio de São Pedro, porque o Circo de Nero ocupava também esta área. A missa desta terça-feira será celebrada entre o túmulo e o lugar do martírio de São Pedro, de quem o Papa é Sucessor.

Da Sacristia o Papa irá ao túmulo de São Pedro, sob o altar, e será acompanhado pelos patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas Orientais Católicas. “Não somente o Papa, mas também os chefes das Igrejas Orientais Católicas descem ao túmulo de Pedro, e são uma dezena, entre patriarcas e arcebispos maiores: quatro são cardeais, e os outros seis, ao invés, não são cardeais, mas têm outra dignidade e, portanto, se fazem presentes para esta missa de amanhã e concelebrarão também eles junto aos cardeais”, explicou Lombardi.

Ao todo, serão 180 concelebrantes com o Papa Francisco. Durante a procissão de dentro da Basílica para fora dela será cantado o "Laudes Regiae", ou seja, Louvores ao Rei: “o Rei é Cristo, evidentemente”, recorda padre Lombardi. Nesta celebração se invocam também explicitamente os Santos papas, após os Apóstolos. O mais recente é São Pio X.

A procissão sai da porta esquerda da Basílica e os primeiros ritos, antes ainda que comece a missa, são a entrega do pálio e do anel ao Papa, que são os sinais de seu ministério.

O pálio será entregue e imposto ao Papa pelo protodiácono, Jean-Louis Tauran, o mesmo que anunciou o Habemus Papam do Balcão Central da Basílica Vaticana. Este pálio é do mesmo que tinha Bento XVI, idêntico. Após a entrega do pálio, há uma oração que é feita pelo Cardeal protopresbítero, ou seja, o primeiro da Ordem dos Presbíteros.

Depois, se tem a entrega do anel que será feita pelo Cardeal Decano, Angelo Sodano, que é o protoepiscopo, ou seja, o primeiro da Ordem dos Bispos. Em seguida, os três primeiros cardeais das três ordens entregam o pálio, rezam e entregam o Anel do Pescador, que não é de ouro.

"O anel se chama 'Anel do Pescador' porque São Pedro era um pescador, como sabemos, e Jesus o fez tornar-se pescador de homens. Porém, no anel que desta vez o Papa receberá é representado São Pedro com as chaves. Este anel é obra de um famoso artista italiano, Enrico Manfrini, e é de prata dourada", explicou Pe. Lombardi.

Em seguida se terá lugar o ato de "obediência" feito por seis cardeais. 


"Nas grandes celebrações – explicou –, inclusive na Páscoa, por exemplo, existe a tradição de se ter o latim e o grego para recordar a Igreja do Ocidente e a Igreja do Oriente, as duas grandes dimensões da tradição da Igreja. Por simplicidade, nesta missa, o Evangelho será cantado somente em grego, porque o latim já estará presente em muitas outras partes" – ressaltou Pe. Lombardi.

A celebração durará cerca de duas horas e a homilia será feita em língua italiana. A celebração se concluirá com o "Te Deum". Depois haverá a saudação do Papa aos chefes de delegações, provenientes de diversos países do mundo inteiro.

A seguir, o Papa entrará na Basílica, deixará as vestes litúrgicas, irá para diante do altar central e os chefes das delegações dos vários países entrarão na Basílica para saudar o Santo Padre.


As delegações das outras Igrejas e confissões cristãs e das outras religiões encontrarão o Papa, na Sala Clementina, no Vaticano, no dia seguinte, quarta-feira, às 11h locais.
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Fonte: CNBB.

Santa Sé apresenta brasão do novo Papa




A Rádio Vaticano divulgou na manhã desta segunda-feira, 18 de março, o brasão do Papa Francisco. O símbolo possui a mensagem "Miserando atque eligendo" - "Com misericórdia o chamou".

No Escudo, em seus traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.


O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiante e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.

Abaixo, encontram-se a estrela e a flor de nardo. A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José.
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Fonte: CNBB.

domingo, 17 de março de 2013

Íntegra do primeiro Angelus com o Papa Francisco.



Irmãos e irmãs, bom dia!

Depois do primeiro encontro de quarta-feira passada, hoje posso cumprimentar de novo vocês todos. E estou feliz por fazê-lo justamente no domingo que é o Dia do Senhor, e isso para nós cristãos é muito importante e bonito encontrarmo-nos, falarmos, justamente aqui numa praça, uma praça que, como mostra a imprensa, tem o tamanho do mundo.

Esse 5º Domingo de Quaresma nos fala do episódio da mulher adúltera que Jesus salva da condenação à morte. Surpreende essa atitude de Jesus. A gente não ouve palavras de desprezo; não ouvimos palavras de condenação, mas somente de amor, de misericórdia. Palavras que nos convidam à conversão: “Eu também não te condeno. Vai e, de agora em diante, não peques mais.” (Jo 8,11)


Irmãos e irmãs, o rosto de Deus é um rosto de um Pai misericordioso. Vocês já pensaram na paciência de Deus? Na paciência que ele tem com cada um de nós? É a sua Misericórdia! Ele tem sempre paciência conosco, nos entende, não se cansa de perdoar se soubermos voltar para ele sempre com o coração arrependido. É grande a misericórdia do Senhor, assim diz o salmo.

Nestes dias, eu consegui ler um livro de um cardeal, Cardeal Kasper, um ótimo teólogo, sobre a misericórdia, e aquele livro me fez muito bem. Não, não estou fazendo publicidade do livro do cardeal. Não é isso! Mas, esse livro me fez muito bem, muito bem mesmo! O Cardeal Casper diz nesse livro que ouvir a palavra misericórdia já muda tudo. É a melhor palavra que gente pode ouvir. Ela muda o mundo. Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo. Nós precisamos entender bem a misericórdia de Deus. Esse Pai misericordioso que tem tanta paciência. Vamos lembrar o profeta Isaías que afirma que mesmo que nossos pecados fossem vermelhos, o Amor de Deus vai torná-los brancos como a neve. É muito bonita a misericórdia!

Lembro-me que logo que me tornei bispo em 1992, chegou em Buenos Aires a Nossa Senhora de Fátima. Foi feita uma grande Missa para os doentes e fui lá confessar. Quase no fim da Missa eu me levantei porque tinha que fazer uma crisma e veio perto de mim uma senhora idosa, muito humilde, muito simples, com mais de 80 anos. Eu olhei para ela e disse: Vovó, (na Argentina se diz sempre vovó às pessoas idosas) você quer se confessar? Sim, ela respondeu. Mas a senhora não pecou? Ela disse: todos nós pecamos! Mas olha que talvez o Senhor não lhe perdoe. O Senhor vai perdoar todos, disse ela, com certeza! Como a senhora sabe? Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo não existiria, ela respondeu. Então senti a vontade de lhe perguntar se havia estudado na Universidade Gregoriana porque ela usou uma sabedoria interior sobre a misericórdia de Deus. Não esqueçamos jamais essa palavra! Deus nunca cansa de nos perdoar. Mas padre, qual é o problema? Somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Somos nós que nos cansamos de pedir. Não nos cansemos mais de pedir perdão porque o Pai é amoroso, é cheio de misericórdia por nós e nos perdoa sempre.

Nós também temos que aprender a ser misericordiosos com todos. Vamos invocar a intercessão de Nossa Senhora que teve em seus braços a misericórdia de Deus feita homem, como menino.

Saúdo cordialmente a todos os peregrinos. Obrigado pela sua acolhida e pelas suas orações. Rezem por mim, eu peço! Dou também um abraço a todos os fiéis de Roma e também a todos vocês que vêm de várias partes da Itália e do mundo, assim como a todos os que estiveram conosco pelos meios de comunicação.

Eu escolhi o nome do padroeiro da Itália, São Francisco de Assis, e isso reforça a minha relação espiritual com esta terra onde, como vocês sabem, estão as origens da minha família. Mas Jesus nos chamou para fazermos partes de uma nova família, a sua Igreja. Nessa família de Deus, caminhamos juntos no caminho do Evangelho.

Que o Senhor os abençoe! Que Nossa Senhora esteja com vocês! Não se esqueçam disso: o Senhor nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de perdoar. Um bom domingo e um bom almoço a todos!
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Fonte: Canção Nova.

Manhã de pároco do Papa



Papa Francisco chegou à Paróquia de Santa Ana, dentro da Cidade do Vaticano, pouco antes das 9h locais, para celebrar a missa deste domingo, 17 de março. Antes de entrar na pequena igreja, o Pontífice parou para cumprimentar a multidão que o aguardava do lado de fora. Apertou mãos, fez carinho nas crianças e trocou palavras com muitas pessoas.

Chegando perto da Porta Angélica, confim com a cidade de Roma, o Papa reconheceu dois sacerdotes argentinos que estavam em meio aos fiéis e os chamou para a missa. Francisco foi recebido pelo vigário para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri.


Sua homilia foi breve e tratou do episódio evangélico do perdão concedido por Jesus à mulher adúltera, por ele salva da lapidação com as palavras “Quem não tem pecado atire a primeira pedra”.

“Digo humildemente – começou – para mim, a mensagem mais forte do Senhor é a misericórdia. Acredito que às vezes, nós somos como aquele povo: por um lado, queremos ouvir Jesus, mas por outro, gostamos de criticar ou condenar os outros”.

O Papa disse que não é fácil entregar-se à misericórdia de Deus, porque é um abismo incompreensível; mas devemos fazê-lo! E garantiu que Jesus perdoa os pecados, tem a capacidade “de esquecer”, gosta se lhe contamos nossas coisas; beija, abraça e diz “Não te condeno; vai e não peque mais”.

“Este é o único conselho que dá. E mesmo se voltarmos depois de um mês e lhe contarmos novos pecados, o Senhor não se cansará de perdoar: jamais. Somos nós que nos cansamos de Lhe pedir perdão. Pedimos a graça de não nos cansarmos de pedir perdão” – encerrou.

Antes de terminar a missa, o Papa Francisco interrompeu por alguns momentos a celebração para homenagear um jovem missionário.

Foi ao microfone e disse que dentre os fiéis, alguns não eram membros da paróquia, mas que “hoje são como paroquianos”:

“Quero lhes apresentar um padre que trabalha com meninos de rua, com os abandonados. Fez muito por eles, como uma escola que restitui dignidade aos meninos e meninas da rua, que agora, amam Jesus. E pediu a Gonsalvo que fosse ao altar para cumprimentar todos. O padre trabalha no Uruguai, onde fundou a escola João Paulo II.

Ao encerrar a missa, o Papa saiu e apertou as mãos de todos, um por um, abraçando a falando com mais intimidade com alguns.
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Fonte: CNBB.

Papa Francisco envia primeira mensagem no Twitter



Papa Francisco será um pontífice em comunicação com as novas gerações através das mídias sociais?

A resposta veio neste domingo, 17, por volta das das 8:17 (horário de Roma – 4:17 hora do Brasil) quando o novo sucessor de Pedro enviou a sua primeira mensagem no Twitter:

“Queridos amigos, de coração vos agradeço e peço para continuardes a rezar por mim. Papa Francisco” disse no perfil de lingua portuguesa @Pontifex_pt



Esta foi a primeira mensagem do Papa que, segundo especialistas, deve continuar o esforço de fortalecer a presença da Igreja nas redes sociais e a evangelização da geração conectada.


Daniel Machado
Enviado especial a Roma
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Fonte: Canção Nova.

Papa conta como escolheu o nome ‘Francisco’.



Dando continuidade aos seus primeiros compromissos como Sucessor de Pedro, o Papa Francisco participou na manhã deste sábado, 16, de um encontro com os jornalistas que fizeram a cobertura do Conclave. O encontro aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Em um primeiro momento, o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, fez uma saudação inicial ao Santo Padre.

Já em seu discurso, o Papa contou qual foi a inspiração para a escolha de seu nome de pontificado: Francisco. Ele explicou que o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, esteve ao seu lado no Conclave, principalmente quando a contagem dos votos já havia alcançado 2/3 e os cardeais já sabiam quem seria o novo Papa. Nesse momento, o Papa contou que Dom Cláudio o abraçou, o beijou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”.


Em relação aos pobres, o Papa logo pensou em São Francisco de Assis. E enquanto o escrutínio continuava, ele disse que pensou na questão das guerras, e Francisco é um homem da paz, então veio ao seu coração o nome Francisco de Assis.

“Para mim é o homem da pobreza, da paz, que ama e guarda a criação. Neste momento, infelizmente, não temos uma relação tão boa com a natureza, com a criação. Como eu gostaria de uma Igreja pobre, como eu gostaria de uma Igreja junto aos pobres”.

Agradecimentos

Papa Francisco destacou que estava muito feliz em poder participar desse encontro no início de seu ministério e agradeceu a todos os jornalistas.

“Agradeço o serviço que vocês prestaram levando notícias para o mundo inteiro, vocês realmente trabalharam. Nesses dias, todos os olhos do mundo católico, mas não só dos católicos, se voltaram aqui para este lugar, para a Praça São Pedro. Todos se voltaram para os ritos da Igreja católica, noticiando todos os acontecimentos da vida da Igreja, da Santa Sé e, em particular, daquilo que é próprio do ministério petrino”, disse.

Francisco também agradeceu a todos os que comunicaram aquilo que é justo da vida da Igreja, que é a fé. Ele enfatizou que a Igreja, mesmo sendo uma instituição humana e histórica, com tudo aquilo que comporta, não tem uma natureza política, mas essencialmente espiritual, porque ela é o povo de Deus, o santo povo de Deus, que caminha em direção ao encontro com Jesus Cristo.

“Somente colocando nesta perspectiva é possível dar razão aquilo que é a Igreja católica. Cristo é presente na vida da Igreja. Entre todos os homens, Cristo escolheu o seu vigário, que é o Sucessor de Pedro, mas Cristo é o centro, e não o Sucessor de Pedro. Cristo é o fundamento da vida da Igreja”.

O Santo Padre também agradeceu pelo empenho que os jornalistas tiveram, sobretudo, de terem buscado o conhecimento da natureza da Igreja, o seu caminho no mundo. E todo esse trabalho, segundo Papa Francisco, está em comunhão com a Igreja.

“Há uma comunhão, porque a Igreja existe para comunicar a verdade, a bondade e a beleza. O que deveria aparecer claramente é que somos todos chamados não a comunicar a nós mesmos, mas essa tríade existencial que é a verdade, a bondade e a beleza”.

A benção

Ao final da audiência, o Papa expressou seu desejo de abençoar o trabalho de todos os jornalistas e de que todos possam conhecer Cristo e a verdade da Igreja. Ele confiou o trabalho de todos à intercessão da Bem Aventurada Virgem Maria, estrela da nova evangelização.

A benção foi dada de coração, e não como de costume. O gesto do Papa foi em respeito aos presentes que poderiam não ser católicos. “Muitos de vocês pertencem à Igreja católica, outros não são cristãos, mas eu gostaria de dar essa benção a cada um de vocês, respeitando a consciência de cada um, porque cada um de vocês é filho de Deus”.

No momento dos cumprimentos com os membros do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Papa recebeu de presente um Ipad.


Jéssica Marçal
Da Redação
_______________________________________Fonte: Canção Nova.