terça-feira, 26 de março de 2019

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apresenta campanha dedicada a religiosas «extraordinárias»


A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresentou hoje em Lisboa a sua campanha internacional de Quaresma, este ano com o lema ‘Mulheres Extraordinárias: Graças a Deus. Graças a si’, dedicada às religiosas católicas nos cinco continentes.

O encontro contou com a presença e testemunho da irmã Maria Mendes, missionária das Servas do Espírito Santo, evocando a experiência que viveu no seu país natal, Timor-Leste, aquando das manifestações pela independência.

De 1995 a 1999, fez parte da Comissão Justiça e Paz da Igreja Católica em Timor, tendo acompanhado os momentos de perseguição do regime indonésio e das milícias, quando a sua própria vida “esteve em perigo”.

“Tive de fugir de Timor para as Filipinas, por causa da situação política, após o referendo de 1999”, recordou, numa viagem de ambulância, escondida, ao longo de várias horas, e de avião.

A religiosa veio como missionária para Portugal, na localidade de Casal de Cambra (Patriarcado de Lisboa), com o desejo de “partilhar a vida” com os outros.

“Sinto que tenho lugar no coração deste povo”, observou.

Atualmente, a religiosa trabalha como assistente social, na Paróquia de São Nicolau, em Lisboa, junto de “famílias carenciadas”.

Após as “experiências dolorosas” que passou na sua pátria, a irmã Maria Mendes vive hoje numa comunidade internacional, que inclui uma religiosa indonésia.

“O valor mais importante é a reconciliação”, declarou.

Franciscanos lançam «apelo confiante» para ajudar Moçambique


O ministro provincial da Ordem dos Franciscanos Menores (OFM) em Portugal informou que, através da União Missionária Franciscana, vão juntar “a ajuda” que receberem de “toda a Família Franciscana Portuguesa” e enviá-la para Moçambique.

“Lanço o apelo confiante aos irmãos e irmãs, para que nos juntemos e atuemos já”, escreve frei Armindo Carvalho, relançado que “é tempo de atuar com ânimo e fé corajosa”.

O ministro provincial da OFM, que na sua mensagem divulga o NIB da União Missionária Franciscana, explica que o ciclone Idai “proclama Palavra de Deus a descobrir, e a responder” com um gesto de amor e solidariedade” e os donativos podem ser também entregues em “cheque bancário, envelopes ou em mão”.

Frei Armindo Carvalho salienta que vão destinar “à restauração da vida do povo moçambicano” a renúncia quaresmal 2019 das fraternidades e o “fruto da renúncia pessoal” que cada irmão fará e de seus conhecidos e amigos.
 


Neste contexto, vão também destinar o “contributo” que as Congregações Franciscanas disponibilizarem, bem como das “Fraternidades da OFS e suas famílias”, e de Ordens e Congregações Religiosas, da Família Franciscana Portuguesa.

“Desejo que nesta hora dolorosa para os Franciscanos e todo o povo de Moçambicano em geral, nos juntemos em fraterna e generosa ação de justiça e amor”, acrescenta o frade menor.

Cruz, sinal do cristão


Como Igreja, caminhamos juntos em um tempo de penitência quaresmal que culminará no grande “Aleluia” da Festa da Páscoa. Este tempo é marcado pela contemplação do sacrifício de Jesus; e o sinal do sacrifício salvífico é a cruz. Ela é o tesouro que contém em si todo o bem. No batismo fomos marcados com o sinal da cruz. Os sacramentos que nos fizeram crescer na graça, os pedidos e as orações, cada bênção que caiu sobre nós, – tudo, realmente tudo na vida cristã encontra sua identidade no selo da cruz.

Toda luz, toda força espiritual, todo motivo de esperança tem sua origem na cruz. O madeiro da vergonha dos escravos se tornou a fonte da renovação do mundo. Se quisermos ser discípulos de Jesus e alcançar a felicidade eterna, devemos seguir os seus passos; e nestes, cedo ou tarde, vamos encontrar a cruz. Mas na cruz, embebida com o precioso sangue de Cristo, brilha ao mesmo tempo a luz da vitória.

Quanta luz vem da cruz! Ela nos diz que a nossa separação de Deus foi superada no momento em que o Filho de Deus se sacrificou pelas nossas culpas e, morrendo, pediu perdão por nós. Nenhuma das nossas iniquidades é maior que o perdão de Cristo. Até mesmo aquele que foi condenado por ser culpado recebe a promessa: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). É por isso que o incentivo vale para todos: “Coragem!”

Na cruz esta perspectiva de salvação é oferecida a todos nós. Mas cada um individualmente deve colocar os seus próprios pecados aos pés da cruz e dobrar os joelhos diante de Jesus infinitamente misericordioso. Concretamente isso significa fazer uma boa confissão sacramental, com um coração arrependido e o propósito sincero de não mais pecar. Mesmo sabendo que, por causa da nossa fraqueza, vamos cair de novo, cada um de nós deve dar esse passo para a confissão! Está na hora de aprender a apreciar de modo novo este sacramento.

Famílias cristãs forçadas a saírem celebram seu retorno à Síria


Famílias Cristãs forçadas a saírem de sua cidade por causa de grupos extremistas comemoraram recentemente o retorno à Síria com uma cerimônia que celebra a reconstrução de seus lares.

Durante a celebração, paroquianos lotaram a Igreja de Saint Mary, na Vila de Krak des Chevaliers (Al Husn). Eles também receberam uma placa de pedra, dizendo ‘Jesus é a Minha Rocha’. Da mesma forma, foram distribuídas garrafas com água benta simbolizando a finalização da restauração das casas devastadas. O violento combate que destruiu as moradias durou dois anos, no auge da guerra.

Quem presidiu a cerimônia foi o Arcebispo da Igreja Greco-Católica Melquita, Nicolas Sawaf, da Lattakia. Ele agradeceu à Fundação Pontifícia ACN, que tornou possível o programa de reconstrução de 55 moradias. O Arcebispo declarou: “Considerando tudo o que as pessoas sofreram, a violência e o ódio, quem imaginaria que essas casas seriam reconstruídas? Para mim, é um sonho. Meus sinceros agradecimentos à ACN.”

Refletindo sobre a implicação dos vizinhos nos ataques às casas de Cristãos, ele continuou: “Nós devemos lembrar que, enquanto cidadãos cristãos da Síria, temos uma missão especial de amor, compaixão e reconciliação. Assim, não devemos odiar nossos inimigos, nós devemos perdoá-los.”

França: Doze Igrejas foram atacadas e vandalizadas em uma semana


Uma dúzia de igrejas católicas foram profanadas em toda a França durante o período de uma semana em um caso notório de vandalismo anticristão.

A recente onda de profanações da igreja intrigou tanto a polícia quanto os líderes eclesiásticos, que em sua maioria permaneceram em silêncio enquanto as violações se espalhavam pela França.

No domingo passado, os saqueadores incendiaram a igreja de Saint-Sulpice - uma das maiores e mais importantes igrejas de Paris - pouco depois da missa das 12 horas.

A polícia concluiu que o incêndio foi criminoso e agora está à procura de possíveis suspeitos. A restauração da igreja dos danos causados ​​pelo incêndio teria custado várias centenas de milhões de euros.

Em Nimes (departamento de Gard), perto da fronteira com a Espanha, a igreja de Notre-Dame des Enfants foi profanada de maneira particularmente odiosa, com vândalos pintando uma cruz com excremento humano, saqueando o altar principal e o tabernáculo, e roubando as hóstias consagradas, que foram descobertas mais tarde entre pilhas de lixo.

Da mesma forma, a igreja de Notre-Dame em Dijon, no leste do país, sofreu o saque do altar-mor e as hóstias também foram tiradas do tabernáculo, espalhadas pelo chão e pisoteadas.

Em Lavaur, no departamento sulista de Tarn, a igreja da aldeia foi atacada por jovens, que torceram um braço de uma representação do Cristo crucificado para fazer parecer que ele estava fazendo um gesto obsceno.

Nas periferias de Paris, no departamento de Yvelines, várias igrejas sofreram profanações de importância variável, em Maisons-Laffitte e em Houilles.

Embora os comentaristas relutem em atribuir uma origem religiosa ou cultural específica às profanações, todos compartilham um evidente caráter anticristão.

Paraguai: Senado se declara pró-vida e pró-família


Em 21 de março, a Câmara de Senadores do Paraguai aprovou um projeto pelo qual se declarou "pela vida e pela família".

O documento apresentado pelos senadores María Eugenia Penner, Hermelinda Alvarenga, Dionisio Amarilla, Blas Lanzoni, Rodolfo Friedmann e Sergio Godoy foi aprovado por 24 votos a favor, 9 contra e 12 ausentes.

O projeto de declaração incentivaria as instituições a participarem e promoverem programas que destaquem o valor insubstituível da família como uma instituição natural e núcleo fundamental da sociedade.

Franciscano é premiado como o melhor professor do mundo




Peter Tabichi, irmão franciscano e professor de ciências, foi premiado com o Nobel da Educação (Global Teacher Prize) 2019, por seu trabalho significativo na educação em uma das zonas de extrema pobreza do Quênia.

Sua vitória foi anunciada no Fórum Mundial de Habilidades e Educação, em 23 de março de 2019. O prêmio foi entregue pelo renomado ator Hugh Jackman na cerimônia realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos. O irmão franciscano foi escolhido entre 10 mil professores indicados de 179 países.

O religioso de 36 anos doa 80% de seu salário para projetos da comunidade local, ensina na Escola Secundária Keriko Mixed Day, em Pwani Village, que fica em uma parte distante do Vale do Rift, no Quênia, e acolhe jovens estudantes de diversas culturas e religiões que se esforçam para obter um futuro melhor.

"Sinto-me genial. Não posso acreditar, estou muito feliz por estar entre os melhores professores do mundo. Ser o melhor professor do mundo", afirmou após receber o Prêmio de Educação.

Recebeu também um milhão de dólares que serão usados ​​em benefício da educação em sua comunidade.

"Vou devolver este prêmio à sociedade, porque sou um religioso. Nossas necessidades estão atendidas: comida, roupas, tudo. Então, me fará muito feliz a maneira como esse grande momento beneficiará a sociedade", refletiu o irmão Tabichi.

"Os jovens da África já não serão mais barrados pela falta de expectativas, a África produzirá cientistas, engenheiros, empresários cujos nomes serão um dia famosos em todos os cantos do mundo. E as jovens serão uma parte importante desta história", assinalou à BBC.

Afirmou que "para ser um grande professor é preciso ser criativo para abraçar a tecnologia. É importante promover formas modernas de ensino".

Papa estabelece novas regras para a vida religiosa nos casos de ausência ilegítima, no Código do Direito Canônico


Na manhã desta terça-feira, 26, foi apresentado o “Motu Proprio Communis vita” do Papa Francisco, documento que estabelece modificações no Código do Direito Canônico, relativas a casos de ausências ilegítimas das comunidades. No contexto dos “efeitos discutíveis” de um “afastamento”, aspecto fundamental da identidade religiosa, deve ser colocado o conteúdo do motu proprio Communis vita do Papa Francisco. O documento foi aprovado em 19 de março de 2019 e nele é modificado o cân.694 do Código de Direito Canônico.

No parágrafo 1 foi acrescentado um terceiro motivo de demissão ipso facto do Instituto Religioso: a ausência ilegítima da casa religiosa prolongada, segundo o cân. 665 § 2 por doze meses ininterruptos, sem o desconhecimento do paradeiro do mesmo religioso. O motivo citado, acrescenta-se aos dois pontos já presentes, ou seja, o ponto número 1: caso tenha abandonado notoriamente a fé católica, e o ponto número 2: caso tenha contraído ou atentado matrimônio, mesmo só civilmente.

No mesmo motu proprio, o Pontífice esclareceu, acrescentando o § 3, o procedimento a ser seguido no caso do novo motivo de demissão, integrando ao procedimento já descrito no § 2 do mesmo cânone, que permanece igual. Esta modificação favorece a solução de particulares situações ligadas ao tema da ausência ilegítima de um religioso da casa religiosa, com particular referência aos religiosos que “às vezes não podem ser encontrados”.

A medida foi tomada devido o fenômeno ter-se tornado particularmente relevante nos últimos anos. Muitos afastam-se ilegitimamente da casa religiosa sem a licença do Superior, outros, mesmo com a licença por tempo determinado, não retornam às suas comunidades. Desse modo colocam-se em um estado de ausência ilegítima.