sábado, 9 de janeiro de 2016

Profecia do Padre Pio poderia se cumprir com uma ajuda do Papa Francisco


O superior do convento dos capuchinhos em Pietrelcina, Pe. Marciano Guarino, informou que os restos do Padre Pio chegarão a esta cidade italiana 100 anos depois que o frade deixou a sua cidade natal. Deste modo, se cumpriria a profecia que o Santo fez sobre sua volta alguns anos depois de sua morte.

A urna com os restos do Padre Pio chegará a Pietrelcina logo depois de estar os primeiros dias de fevereiro na Basílica de São Pedro no Vaticano, por motivo do Jubileu da Misericórdia, graças ao Papa Francisco que desejou que que este seja um importante sinal da misericórdia de Deus.

Em agosto de 1968, pouco antes de sua morte, o Padre Pio conversou com o Pe. Mariano da Santa Croce, que lhe disse que voltaria para sua cidade natal “alguns anos depois de sua morte (…) O Senhor sabe… e o chamará também ao Paraíso. Depois da sua morte haverá sinais, prodígios, milagres, a Igreja o levará aos altares. Então, transladarão seu corpo deste lugar e será feita uma preciosa viagem a Pietrelcina”.

O Santo, assinalou o jornal Avvenire dos bispos italianos, juntou suas mãos e abaixou duas vezes a cabeça e disse ao sacerdote: “Assim será”.

Em 17 de fevereiro de 1916 e logo depois de um período de recuperação que transcorreu em vários conventos da região e em Pietrelcina, o Padre Pio deixou sua cidade natal para ingressar na comunidade religiosa de Santa Ana em Foggia, lugar no qual “aprendeu a conviver com as forças demoníacas que o atormentavam em sua cela durante as noites”.

Logo depois de uma temporada em Foggia, foi para San Giovanni Rotondo, onde serviu até sua morte em 23 de setembro de 1968.

O Pe. Marciano Guarino disse que chegou o momento no qual “nosso irmão retorne a ‘sua’ Pietrelcina, lugar no qual nasceu e respirou o ar de um bairro e uma cidade especial, escolhida por Deus para ser a terra de um santo”.

Os restos do Santo estarão em Pietrelcina entre os dias 11 e 13 de fevereiro, conforme informou a Tele rádio Padre Pio. 

Nós católicos devemos acreditar nas previsões de futurólogos?, responde um exorcista


Nos dias prévios à celebração de um Ano Novo proliferam os prognósticos e adivinhações sobre o que virá. Algo que muito poucos tomam em conta ao recorrer a estes supostos adivinhos, é que nem sequer os demônios podem ver o futuro, tal como o explica o famoso exorcista José Antonio Fortea, que explica porque nós católicos não devemos acreditar nos gurus e adivinhos de fim de ano.

Em seu livro Summa Daemoniaca, um livro de consulta sobre a matéria dos demônios e o exorcismo, o P. Fortea adverte: “Nem precisa dizer que se o futuro não se pode conhecer nem mesmo invocando os demônios, muito menos com essas práticas de astrologia, cartomancia, etc.”.

“Os demônios não sabem tudo, só o que podem deduzir, mas eles não veem o futuro”, assinala.

O Pe. Fortea indica que os demônios “com sua inteligência muito superior à humana podem deduzir por suas causas algumas coisas que acontecerão no futuro”, mas precisa que aquilo que pertence “à liberdade humana, está indeterminável e eles não o sabem”. 

No aniversário do massacre, Charlie Hebdo ofende os cristãos com “Deus assassino” na capa


O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano (LOR), publicou um artigo no qual critica a capa blasfema com que o semanário francês Charlie Hebdo comemora o primeiro ano do massacre praticado por extremistas muçulmanos em sua sede em Paris, no qual faleceram doze pessoas no dia 7 de janeiro de 2015.

Em um artigo intitulado “A fé manipulada”, o jornal do Vaticano afirma que a capa é “lamentável” e explica que foi publicada “há um ano dos assassinatos, com uma iconografia claramente cristã na qual estampou uma charge de Deus correndo como se fosse um terrorista, manchado de sangue e carregando um fuzil kalashnikov nas costas”.

Esta capa blasfema, prossegue LOR, “não é uma novidade: atrás da bandeira enganadora de uma laicidade sem compromissos, o semanário esquece uma vez mais aquilo que tantos dirigentes religiosos de todas as confissões não deixam de repetir para rejeitar a violência em nome da religião: usar Deus para justificar o ódio é uma verdadeira blasfêmia, como disse em várias ocasiões o Papa Francisco”.

“Na escolha do ‘Charlie Hebdo’ é claro o triste paradoxo de um mundo cada vez mais atento ao politicamente correto, ao ponto de chegar ao ridículo (como sublinhou o editorial de Paolo Mieli no Corriere della Sera do dia 4 de janeiro), mas que não quer nem reconhecer, nem respeitar a fé em Deus de todo o crente, qualquer que seja a sua religião”, ressaltou o diário católico.

Em seguida, o jornal também recordou as palavras do presidente do Conselho Francês de culto muçulmano, Anouar Kbibech, que disse que a capa do semanário é uma imagem que “fere todos os crentes de várias religiões: é uma caricatura que não ajuda, em um momento no qual precisamos permanecer lado a lado”.

Estas palavras, afirmou LOR, estão em sintonia com o comentário do episcopado francês, quando perguntou se este é o “tipo de polêmicas que a França precisa”. 

Santo Adriano


Adriano nasceu no ano 635 no norte da África, mas com cinco anos mudou-se com a família para Nápolis. Nesta cidade fez-se beneditino e ordenou-se sacerdote.

Adriano foi um homem sábio. Conhecia profundamente as sagradas Escrituras. Sua inteligência o direcionou para ser embaixador do papa Vitalino e veio a ser um conselheiro papal.

Indicado para o episcopado, Adriano recusou-se, pois dizia não ter dignidade para ser um bispo da Igreja. Mesmo assim, aceitou ser conselheiro do Bispo Teodoro, um grande amigo que ocupou a sede do diocese de Cantuária, na Inglaterra. Adriano e Teodoro foram evangelizadores altamente bem sucedidos, junto ao povo inglês cuja maioria era pagã.

Adriano morreu em 9 de janeiro de 710. A sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação. 

ORAÇÃO


Deus de bondade, fazei de nós apóstolos da paz e dai-nos seguir sempre os caminhos do vosso filho Jesus Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.

Por que deixei o protestantismo?



Nasci em família de "católicos não-praticantes" e, tendo crescido sem nenhuma instrução religiosa, na adolescência comecei aos poucos a descobrir a fé do meu Batismo. No entanto, as dúvidas e uma fé imatura levaram-me ao protestantismo. Eu já conhecia bem a Igreja Católica quando fui atraído para lá, e cheguei a frequentar igrejas presbiterianas e pentecostais. Por algum tempo, estudei autores clássicos e atuais da tradição protestante, e fiz amigos neste meio (inclusive muitos cristãos piedosos e sérios). Também participei ativamente dos cultos, embora nunca tenha sido inscrito como membro de nenhuma igreja.

Aprendi muitas coisas boas com o cristianismo protestante. Existem vários artigos de fé que eles ensinam corretamente, como a autoridade e inspiração das Escrituras, a providência de Deus sobre o mundo, a divindade de Cristo e sua ressurreição, pontos importantes da moral cristã, etc. Admiro a ênfase que colocam na confiança em Cristo e na necessidade de conversão pessoal, e o modo apaixonado como alguns defendem esses artigos de fé. Deixei os protestantes porque percebi a necessidade de algo mais para seguir a Cristo plenamente – ser parte de Sua Igreja. Quanto a todas as coisas que eles pregam e vivem corretamente, não tenho dificuldade em reconhecê-las.

O que me levou ao protestantismo foi a mentalidade de querer investigar e entender perfeitamente todas as questões teológicas possíveis. É claro que muitas vezes eu ficava insatisfeito com a posição da Igreja Católica e então buscava compor meu próprio sistema teológico. O protestantismo me atraiu justamente pela promessa de "liberdade intelectual", que é inerente a ele. Por algum tempo acreditei que a fé poderia  desenvolver-se melhor sem as amarras da tradição católica, porém mantendo o essencial - a partir das Escrituras.

Mas o resultado dessa busca, depois de muita reflexão, é que o protestantismo tem grande dificuldade em manter este núcleo essencial da fé. Em vez de funcionar como Igreja de Cristo, ele cria confusão. Isso vem da própria mentalidade em que opera. E é isso que pretendo demonstrar a seguir. Este artigo é um esforço de resumir os pontos principais de uma longa reflexão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

São Severino


Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido por uma sequência de invasões dos povos bárbaros. Sua vida é muito importante, pois foi neste ambiente de conflitos que Severino soube espalhar as sementes do Evangelho de Jesus.

Severino nasceu no ano 410, na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso.

Em 454 encontramos Severino as margens do Rio Danúbio, fronteira com o então mundo pagão, acolhendo a população ameaçado pela destruição bárbara. Ao mesmo tempo, o jovem cristão fazia penitência e tentava atrair os pagãos para a vida cristã.

Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Segundo a tradição, Severino era dotado do dom das profecias e conseguia avisar populações inteiras sobre ataques bárbaros. Com isso evitava muitas mortes, pois as pessoas podiam refugiar-se em outros locais.

Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do salmo 150: "Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor".

ORAÇÃO


Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedeis o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Severino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Sobre Corpos e Almas


Uma das discussões mais recorrentes que tenho, tanto no meu trabalho quanto nas relações pessoais, é a respeito da questão da alma. De fato, estou cercado de “espiritualistas” e “materialistas” que insistem em me bombardear, a todo momento, com verdadeiras “catequeses” a respeito de suas posições filosóficas (seria talvez mais preciso dizer “religiosas”) e insistindo para que eu tome uma posição: entre corpo e alma, de que lado eu fico?

Sobre a “dominação mítica e as fábulas religiosas cruéis”

Este é mais um daqueles falsos dilemas em que somos, atualmente, apresentados nos debates e nas conversas, sejam as presenciais, sejam as virtuais, em redes sociais e similares. Tenho muitos amigos materialistas, ou assim declarados, que querem me convencer de que os “espiritualistas” estão errados, e que simplesmente não existe e nem pode existir algo como uma “alminha” que pilota o corpo humano, um “espírito” que habita em nós misteriosamente e que precede, sobrevive ou mesmo independe do corpo, e que a ele se junta acidentalmente em determinado tempo. Este mito “metafísico” é, dizem eles, a sobrevivência de velhos conceitos supersticiosos que precisam ser destruídos pela ciência e pela racionalidade contemporâneas. O corpo seria tudo: “toda física e toda metafísica, todo o sagrado e todo o profano, toda consciência e toda inconsciência”, como um deles me afirmou, categoricamente. Todo o resto, toda a metafísica que defende a existência desse “fantasma esotérico” (como ele chamava a alma humana) seria simplesmente o recurso moralista daqueles que “odeiam o corpo, odeiam a liberdade humana”. Assim, liberdade seria simplesmente a possibilidade de dizer sim a qualquer libido, a qualquer desejo, a qualquer inclinação corporal que não implique a destruição do corpo. O mais seria mera “dominação mítica, fábulas religiosas cruéis”. “Que nos deram vocês, os espiritualistas”, disse-me este meu amigo, “senão a repressão injusta e detestável dos prazeres corporais, em nome das suas fraquezas metafísicas? Vocês não admitem o culto do corpo, porque amam a repressão e a morte. Que fiquem com a morte, vocês que amam o martírio. Deixem a vida para nós, que somos fortes o suficiente para viver sem as ilusões religiosas dos fracos. Renunciaremos a este dualismo medieval entre corpo e alma, quando assumirmos a realidade exclusiva do corpo e do sim a todas as suas exigências!”

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A Igreja brilha com a luz de Cristo, diz Papa na festa da Epifania


HOMILIA
Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica Vaticana
Quarta-feira, 6 de janeiro de 2016


As palavras do profeta Isaías, dirigidas à cidade santa de Jerusalém, convidam-nos a sair – a sair dos nossos fechamentos, a sair de nós mesmos – para reconhecermos a luz esplendorosa que ilumina a nossa existência: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do Senhor amanhece sobre ti!» (60, 1). A «tua luz» é a glória do Senhor. A Igreja não pode iludir-se de brilhar com luz própria. Lembra-o Santo Ambrósio com uma bela expressão em que usa a lua como metáfora da Igreja: «Verdadeiramente como a lua é a Igreja (…) brilha, não com luz própria, mas com a de Cristo. Recebe o seu próprio esplendor do Sol de Justiça, podendo assim dizer: “Já não sou eu que vivo, é Cristo vive em mim”» (Exameron, IV, 8, 32). Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada n’Ele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos. Por isso, os Santos Padres reconheciam, na Igreja, o «mysterium lunae».

Temos necessidade desta luz, que vem do Alto, para corresponder coerentemente à vocação que recebemos. Anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer de entre muitas, nem é uma profissão. Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação, refletir a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam de conhecer o rosto do Pai!

Os Magos, de que nos fala o Evangelho de Mateus, são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que, a todos, chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel. Os Magos representam as pessoas, dos quatro cantos da terra, que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si. Esse é o serviço da Igreja, a luz que reflete, fazer emergir o desejo de Deus que cada um traz consigo. Como os Magos, ainda hoje, há muitas pessoas que vivem com o «coração inquieto», continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas. A inquietude do Espírto Santo que move o coração. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém. 

São Raimundo de Peñafort


Raimundo era um fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175 e desde muito pequeno interessou-se pela vida religiosa e pelos estudos. Foi um ótimo professor de artes e direito e nunca deixou de cuidar das pessoas mais pobres. 

Em 1220 foi ordenado sacerdote e vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos. Estando ao lado do papa o exortava para que recebesse os pobres com a mesma dignidade com que acolhia os mais ricos.

Não aceitou ser ordenado bispo por considerar-se indigno do cargo. Na mesma época ajudou Pedro Nolasco, que também seria santo, a redigir as constituições da nascente Ordem da Mêrcês para a Redenção dos Cativos.

Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, Raimundo volta para sua terra natal e torna-se um religioso, chegando depois a ser superior da Ordem na Espanha. Neste cargo foi zeloso e amigo de todos seus súditos.

Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Raimundo de Penhaforte morreu com cem anos, em janeiro de 1275. 

ORAÇÃO


Senhor, que destes a São Raimundo de Penhaforte a virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros, dignai-Vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para podermos cumprir livremente a vossa vontade.

Quebrando ídolos


Maldito o homem que confia em outro homem. (Jr. 17, 5)

O padre que deixa a batina. O famoso cantor que se envolve num escândalo extraconjugal. Um líder de comunidade que simplesmente abandona tudo e desaparece no mapa. A banda que deixa seus fãs a ver navios depois do show. A cantora que num momento de raiva xinga o técnico de som. Quem nunca soube ou presenciou algum caso desses? E quem nunca ouviu alguém dizer “por que eu vou viver isso se nem eles que pregam acreditam no que eles mesmos falam”?

Todos nós, especialmente quando adentramos uma nova realidade, precisamos nos espelhar em pessoas que se tornam nossos modelos de comportamento. Quando chegamos pela primeira vez num grupo de oração, chegamos meio calados, prestando atenção em como as pessoas se portam, como falam, como gesticulam e assim aprendemos os códigos de conduta que são aceitos ou que são considerados inconvenientes naquele local. Esse comportamento é perfeitamente saudável e mostra como sabemos agir em sociedade. Quando se trata de Igreja, a coisa se torna um pouco mais profunda porque envolve uma Verdade que nos é ensinada apenas por meio de líderes que pregam, cantam, celebram, creem e praticam-na. Ao experimentá-la e assumi-la para nossas vidas, tomamos esses líderes como modelos inquestionáveis de encarnação dessa Verdade.

Esquecemo-nos, no entanto, de que, embora cristãos, permanecemos humanos e ninguém está isento de cair numa tentação – inclusive, todos caímos, diariamente e várias vezes por dia. Dessa forma, para cada líder religioso que cai infelizmente ele acaba carregando consigo várias outras pessoas que contavam com seu exemplo para continuar crendo naquela Verdade que ele defendia com tanto ardor. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Epifania do Senhor*


Epifania significa "manifestação". Jesus se dá a conhecer. Embora Jesus tenha aparecido em diferentes momentos a diferentes pessoas, a Igreja celebra como Epifanias três eventos:

Epifania aos Reis Magos (cf. Mt 2, 1-12).
Epifania a São João Batista no Jordão (cf. Mt 3, 13-17).
Epifania a seus discípulos e começo de Sua vida pública com o milagre em Caná (cf. Jo 2, 1-12).

A Epifania que mais celebramos no Natal é a primeira. A festa da Epifania tem sua origem na Igreja do Oriente. Diferentemente da Europa, no dia 6 de janeiro tanto no Egito como na Arábia se celebra o solstício, festejando o sol vitorioso com evocações míticas muito antigas. Epifanio explica que os pagãos celebravam o solstício invernal e o aumento da luz aos treze dias desta mudança; nos diz também que os pagãos faziam uma festa significativa e suntuosa no templo de Coré. Cosme de Jerusalém conta que os pagãos celebravam uma festa muito antes dos cristãos com ritos noturnos nos quais gritavam: "a virgem deu à luz, a luz cresce".

Entre os anos 120 e 140 dC os gnósticos trataram de cristianizar estes festejos celebrando o batismo de Jesus. Seguindo a crença gnóstica, os cristãos de Basílides celebravam a Encarnação do Verbo na humanidade de Jesus quando foi batizado. Epifanio trata de dar-lhes um sentido cristão ao dizer que Cristo demonstra assim ser a verdadeira luz e os cristãos celebram seu nascimento. Até o século IV a Igreja começou a celebrar neste dia a Epifania do Senhor. Assim como a festa de Natal no ocidente, a Epifania nasce contemporaneamente no Oriente como resposta da Igreja à celebração solar pagã que tentam substituir. Assim se explica que a Epifania no oriente se chama: Hagia phota, quer dizer, a santa luz. Esta festa nascida no Oriente já era celebrada na Gália a meados do séc. IV onde se encontram vestígios de ter sido uma grande festa para o ano 361 dC. A celebração desta festa é um pouco posterior à do Natal.

Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração à qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.

De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que por sua cultura e espiritualidade cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica sabemos que são magos, que vieram do Oriente e que como presente trouxeram incenso, ouro e mirra; da tradição dos primeiros séculos nos diz que foram três reis sábios: Belchior, Gaspar e Baltazar. Até o ano de 474 d.C seus restos estiveram na Constantinopla, a capital cristã mais importante no Oriente; em seguida foram trasladados para a catedral de Milão (Itália) e em 1164 foram trasladados para a cidade de Colônia (Alemanha), onde permanecem até nossos dias.


Ó Deus que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

* No Brasil a Epifania é celebrada no domingo entre 2 e 8 de janeiro. 

Jovem queima Bíblia durante encontro de ateus no Acre.


Este fato triste que aconteceu no Acre nos faz refletir sobre algumas verdades que não são contadas em muitas de nossas escolas e universidades…

Em um evento ateu que diz lutar por um Estado sem religião, a Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, foi queimada, no Acre. O responsável pela 4ª edição do “Encontro Nacional de Ateus” (ENA), Felipe Zanon, militante petista, formado em história e estudante do 3º período do curso de Direito da Universidade Federal do Acre (UFAC), disse que a queima da Bíblia Sagrada foi “para protestar contra o mal causado pelo cristianismo ao longo de sua história”. Ele afirma que autorizou o ato blasfemo. Quem fez a queima da Bíblia foi o vocalista da banda Violação Anal, Roberto Oliveira. Ele queimou um exemplar da Bíblia em meio a apresentação de sua banda, na 4ª edição do Sara(te)u – Uma noite dionisíaca realizada na UFAC.

O militante petista disse: “Eu acredito em mim mesmo, no que sou, no que posso! Respeito os demais, suas crenças… Não temos problema nenhum em quem crer ou não em Deus. Nós buscamos a laicidade do Estado, queremos um estado sem religião, todos merecem o mesmo respeito…”


A matéria abaixo citada afirma que Felipe Zanon “já foi policial militar, mas foi expulso da corporação por indisciplina. Em julho do ano passado, foi preso preventivamente acusado de agredir e chantagear garotas com vídeos íntimos. Ao menos quatro jovens, com idades entre 16 e 21 anos, denunciaram o rapaz”.

Reitero a fala de Felipe Zanon que diz “lutar por um Estado sem religião”; ora, a nossa Constituição Federal não impõe aos brasileiros nenhuma religião, e defende a liberdade religiosa. Quem deseja amar, adorar e servir a Deus, que nos deu a Bíblia Sagrada, é o povo. O Estado brasileiro é laico, mas o povo é religioso. Ao menos 90% dos brasileiros são cristãos (católicos, protestantes, ortodoxos, anglicanos, etc…) e têm a Bíblia como Santa Palavra de Deus. Ora, não se pode ofender de maneira tão bárbara a maioria do povo católico. Segundo o Código Penal configura crime. Quem deseja ser respeitado, precisa antes respeitar os outros. Este homem afirmou: “Respeito os demais, suas crenças…”. Se fosse verdade não autorizaria e aprovaria um gesto que ofende a esmagadora maioria cristã. Suas palavras não condizem com o gesto tão ofensivo.

As previsões da Bíblia para este novo ano


No começo de todo novo ano, acontece sempre a mesma coisa: na televisão, nos jornais, no rádio, somos literalmente inundados pelas previsões de astrólogos e adivinhos. Mas, dado que a única verdadeira profecia está contida na Bíblia, decidimos lhes apresentar as previsões da Sagrada Escritura para este novo ano.

Se você nasceu entre o dia 1º de janeiro e o dia 31 de dezembro, então está sob a influência da "graça de Deus, portadora de salvação para todos os homens" (Tito 2, 11).

Fortuna: A estrela da manhã é Jesus Cristo, já que, "graças à bondade misericordiosa do nosso Deus (…), seremos visitados pelo sol que nasce do alto" (Lucas 1,78).

Amor: Sua felicidade reside em ser amado por Deus e em amá-lo em troca, pois "nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 8,39).

Férias: "O Senhor guardará os teus passos, agora e para todo o sempre" (Salmo 120,8).

Saúde: "Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos" (2 Timóteo 2,11); " Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças" (Filipenses 4,6).

Dinheiro: “O meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo" (Filipenses 4,19); "Aprendi a contentar-me com o que tenho" (Filipenses 4,11). 

São Carlo de Sezze


Carlo era um frei franciscano repleto do Espírito de Deus. Trabalhava como cozinheiro, porteiro e jardineiro. Padres, leigos, religiosos e religiosas o procuravam para pedir conselhos.

Nasceu em 22 de outubro de 1613, em Sezze, Itália, Sua família tinha muitas posses, mas o jovem não se interessava pelos bens materiais. Com 22 anos entrou num convento fransciscano. Sua simplicidade era tanta que, mesmo com a insistência dos familiares, não quis ordenar-se sacerdote.

Mas a graça de Deus concedeu a Carlo o dom de ouvir e aconselhar as pessoas. Embora Carlo cuidasse apenas da horta e da cozinha do convento, sempre acontecia ser enviado para outras cidades para que pudesse aconselhar bispos e cardeais.

Frei Carlo tinha pouca instrução, mas escrevia belíssimas páginas espirituais e autobiográficas, numa gramática acidentada, porém, eficiente. Falece em 6 de janeiro de 1670, no Convento de São Francisco, na cidade de Roma. 


ORAÇÃO


Deus, Pai e Senhor da criaturas, derramai sobre nós suas bênçãos e dai-nos, pela intercessão de São Carlo, encontrar-te nas coisas mais simples da vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Jovem agnóstico se converte à Igreja Católica através da arte sacra


O Papa Bento XVI ensinou, certa feita, que “uma obra de arte pode abrir os olhos da mente e do coração, impelindo-nos rumo ao alto”. Foi justamente o que aconteceu com Osamu Tanimoto. Filho de um engenheiro elétrico e de uma dona de casa, esse artista japonês descobriu a Fé enquanto estudava as obras clássicas do Renascimento, em Florença – e se tornou parte de um movimento global de artistas que estão redescobrindo a Igreja Católica.

Confira a seguir trechos de uma entrevista exclusiva concedida por esse jovem pintor ao site Regina Magazine.

O primeiro contato com a arte

Osamu, conte-nos sobre a sua vida no Japão e sobre a relação da sua família com as artes.

Fui criado em Tóquio, o caçula de três irmãos. Meu pai era professor de engenharia elétrica e minha mãe, dona de casa. Meu irmão mais velho é consultor e o outro trabalha em um banco. Minha família não tinha nada a ver com artes. Meu pai, principalmente, não entendia por que eu perdia meu tempo com isso… Era a impressão que ele tinha, até um dia ele perceber que as artes valiam a pena. Não posso culpá-lo por nada, porque toda a arte contemporânea confunde as pessoas e faz com que elas questionem se, afinal, os artistas não são apenas pessoas “fora da caixa” sem qualquer habilidade ou virtude. Eles não parecem pessoas à procura da verdade e da beleza.

Ainda que desde jovem eu fosse sempre entusiasmado com a arte, estudei educação na Universidade de Waseda, em Tóquio, para fazer a vontade do meu pai, que não queria que eu seguisse a carreira de artista.

Depois, mudei-me para a Temple University, para tentar estudar fora e seguir seriamente a profissão artística. Lá, encontrei meu primeiro professor de pintura a longo prazo, Walderedo, que retratou as florestas amazônicas e os americanos nativos. Comecei a reproduzir obras-primas, com as mesmas técnicas que eram utilizadas antigamente, como o afresco, a têmpera de ovo, a ponta de prata etc. No mesmo ano, entrei na nova Academia Russa de Arte, em Florença, para estudar desenho, pintura e composição. Fui treinado na tradição acadêmica russa e graduei-me em 2014 com o meu trabalho de conclusão The Return of the Prodigal Son (“O Retorno do Filho Pródigo”). Hoje, trabalho como professor na Escola de Arte Sacra, desde 2013.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sebastião, o padroeiro do Rio


Iniciamos um novo ano! As perspectivas e sonhos são muitos! Porém, sabemos que a sociedade será nova se as pessoas o forem. A vida cristã vivida com generosidade e coerência deve ser um sinal para esse mundo cansado e abatido por tantas violências, guerras e problemas. O exemplo dos santos nos anima a seguir ainda mais a Jesus Cristo, nosso Salvador. A Igreja que caminha na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro inicia o novo ano celebrando com alegre solenidade o seu padroeiro. A partir do dia 7 de janeiro, começaremos a viver a Trezena de São Sebastião, o anunciador da Misericórdia de Deus. Será também uma maneira de comemorar os 450 anos dessa cidade que, com suas belezas e mazelas, tem uma grande responsabilidade em nosso país e se prepara para acolher a primeira Olimpíada da América Latina.

A celebração solene será no dia 20 de janeiro, quando teremos a graça de celebrarmos o padroeiro de nossa Arquidiocese, de nossa cidade e de nossa Sé Catedral Metropolitana: São Sebastião. Além da missa de manhã na Basílica Menor de São Sebastião, o belo momento de unidade da cidade deve ser a grande procissão à tarde, que percorrerá as ruas até a nossa Catedral de São Sebastião, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Começamos, assim, a viver o novo ano dentro do Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa Francisco.

São Sebastião é um dos santos mais famosos entre o povo brasileiro. Por causa de sua poderosa intercessão e incontáveis milagres obtidos, ele se tornou padroeiro de muitas cidades, e outras tantas cidades e bairros por todo o Brasil receberam o nome de São Sebastião. Ademais, São Sebastião é protetor contra a peste, a fome e a guerra, sendo a sua proteção confiada aos semoventes e às lavouras.

A fortaleza para superar os diferentes tipos de dificuldades e situações foi um traço que marcou a vida de São Sebastião, e ele nos anima a ter o mesmo espírito de confiança total em Deus e audácia cristã para fazer da vida uma caminhada segura rumo à felicidade. 

Cresce a tensão com o Irã pelo assassinato do imã xiita Al-Nimr


Não se aplacam as polêmicas depois da execução do imã xiita Nimr Bakr al-Nimr, ordenada pelo governo saudita em 2 de janeiro. Após os protestos de rua em Teerã, no Bahrein e no Sudão, a Arábia Saudita decidiu romper as relações diplomáticas com o Irã. O ministro de Assuntos Exteriores de Riad, Adel al-Jubair, disse ao vivo na televisão que os diplomatas de Teerã tinham 48 horas para deixar a Arábia Saudita.

O gesto só alimenta a cólera no Irã, já bem elevada. Até o líder supremo Ali Khamenei interveio invocando um "castigo divino" pela execução de um religioso que tinha simplesmente manifestado "críticas públicas, sem convidar os fiéis a pegar em armas nem ter participado de conspirações sombrias". As fortes acusações foram acompanhadas de uma imagem mais que eloquente no site oficial do líder supremo: um carrasco formado por duas metades, uma vestindo o branco saudita e a outra o preto do Estado Islâmico.

Mais moderado, o presidente iraniano Hassan Rohani condenou a execução de Al- Nimr e também os 400 manifestantes iranianos que atacaram no sábado a embaixada saudita em Teerã, chamando-os de "extremistas culpados por atos injustificáveis". Os protestos terminaram com um ato simbólico: os manifestantes trocaram a placa da rua Boustan, endereço da embaixada saudita, por uma com o nome do xeque Nimr. Até agora, 40 pessoas foram presas pela polícia iraniana. 

Angelus: Abrir a porta do nosso coração à Palavra de Deus para que o mal não prevaleça


SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
PAPA FRANCISCO

ANGELUS
Praça São Pedro
Domingo, 03 de Janeiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom domingo!

A liturgia de hoje, segundo domingo depois do Natal, apresenta-nos o Prólogo do Evangelho de João, no qual se proclamou que "o Verbo - ou a Palavra criadora de Deus - se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Essa Palavra, que habita no céu, na dimensão de Deus, veio ao mundo para que a escutássemos e pudéssemos conhecer e tocar com a mão o amor do Pai. O Verbo de Deus é seu próprio Filho unigênito, feito homem, cheio de amor e fidelidade (cf. Jo 1,14), é o próprio Jesus.

O evangelista não esconde a dramaticidade da Encarnação do Filho de Deus, salientando que ao dom do amor de Deus se contrapõe a não aceitação dos homens. [O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. (cf. vv. 9-10). Eles fecharam a porta ao Filho de Deus. É o mistério do mal que ameaça também as nossas vidas e que exige a nossa vigilância e atenção para que não prevaleça. O livro de Gênesis diz uma frase que nos faz entender isso: diz que o mal "jaz à porta" (ver 4.7). Ai de nós se o deixarmos entrar; seria ele que fecharia a nossa porta a qualquer pessoa. Em vez disso, somos chamados a abrir a porta do nosso coração à Palavra de Deus, a Jesus, para nos tornarmos seus filhos.

No Dia de Natal já foi proclamado este solene início do Evangelho de João; hoje nos é proposto mais uma vez. É o convite da Santa Mãe Igreja para acolher esta Palavra de salvação, este mistério de luz. Se a acolhermos, se acolhermos Jesus, cresceremos no conhecimento e no amor do Senhor, aprenderemos a ser misericordiosos como Ele. Especialmente neste Ano Santo da Misericórdia, façamos com que o Evangelho se torne cada vez mais carne também em nossas vidas. Aproximar-se do Evangelho, medita-lo, encarna-lo na vida cotidiana é a melhor maneira de conhecer Jesus e levá-lo aos outros. Esta é a vocação e a alegria de todo batizado: mostrar e dar Jesus aos outros; mas para isso devemos conhece-lo e tê-lo dentro de nós, como Senhor de nossas vidas. E Ele nos protege do mal, do diabo, que está sempre agachado à nossa porta, em frente ao nosso coração e quer entrar.

Com uma explosão renovada de abandono filial, nos confiamos mais uma vez a Maria: a sua doce imagem de mãe de Jesus e mãe nossa, a contemplamos nestes dias no presépio.

Depois do Angelus 

Família de Nazaré é escola para toda família, diz Papa


FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ
PAPA FRANCISCO

ANGELUS
Praça São Pedro
Domingo, 27 de Dezembro de 2015


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Estes jovens cantam muito bem. Parabéns!

No clima de alegria que é próprio do Natal, celebramos neste domingo a festa da Sagrada Família. Lembro-me do grande encontro de Filadélfia, no passado mês de Setembro; das numerosas famílias encontradas durante as viagens apostólicas; e daquelas do mundo inteiro. Gostaria de as saudar com afecto e gratidão, especialmente neste nosso tempo, no qual a família está sujeita a incompreensões e dificuldades de vários tipos que a enfraquecem.

O Evangelho de hoje convida as famílias a descobrir a luz de esperança que provém da casa de Nazaré, na qual se desenvolveu com alegria a infância de Jesus, o qual — diz são Lucas — «crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens» (2, 52). O núcleo familiar de Jesus, Maria e José é para cada crente, especialmente para as famílias, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos o cumprimento do desígnio divino de tornar a família uma especial comunidade de vida e de amor. Aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser «igreja doméstica», para fazer resplandecer as virtudes evangélicas e tornar-se fermento de bem na sociedade. Os traços típicos da Sagrada Família são: recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade.

Do exemplo e do testemunho da Sagrada Família, cada família pode obter indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida, e pode haurir força e sabedoria para o caminho de cada dia. Nossa Senhora e são José ensinam a acolher os filhos como dons de Deus, a gerá-los e educá-los cooperando de forma maravilhosa na obra do Criador e doando ao mundo, em cada criança, um novo sorriso. É na família unida que os filhos levam a sua existência ao amadurecimento, vivendo a experiência significativa e eficaz do amor gratuito, da ternura, do respeito recíproco, da compreensão mútua, do perdão e da alegria.

Gostaria de meditar sobretudo acerca da alegria. A verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo casual nem fortuito. É uma alegria fruto da harmonia profunda entre as pessoas, que faz apreciar a beleza de estar juntos, de nos apoiarmos reciprocamente no caminho da vida. Mas na base da alegria há sempre a esperança de Deus, o seu amor acolhedor, misericordioso e paciente para com todos. Se não abrirmos a porta da família à presença de Deus e ao seu amor, a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e apaga-se a alegria. Ao contrário, a família que vive a alegria, a alegria da vida, a alegria da fé, comunicando-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.

Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reinem a serenidade e a alegria, a justiça e a paz, que Cristo nascendo trouxe como dom à humanidade.

Depois do Angelus 

"O perdão de Deus cura o coração e reaviva o amor", diz Papa


FESTA DE SANTO ESTEVÃO, PROTOMÁRTIR
 PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça São Pedro
Sábado, 26 de Dezembro de 2015


Amados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje celebramos a Festa de santo Estêvão. A recordação do primeiro mártir segue-se imediatamente à solenidade do Natal. Ontem pudemos contemplar o amor misericordioso de Deus, que se fez carne por nós; hoje vemos a resposta coerente do discípulo de Jesus, que dá a própria vida. Ontem nasceu na terra o Salvador; hoje nasce no céu a sua testemunha fiel. Tanto ontem como hoje, manifestam-se as trevas da rejeição da vida, mas resplandece ainda mais vigorosamente a luz do amor, que vence o ódio e inaugura um mundo novo.

A hodierna narração dos Actos dos Apóstolos contém um aspecto particular, que aproxima santo Estêvão ao Senhor. Trata-se do seu perdão antes de morrer lapidado. Pregado na Cruz, Jesus tinha dito: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34); de maneira semelhante, Estêvão «posto de joelhos, exclamou em alta voz: “Senhor, não tenhais em conta este seu pecado”» (At 7, 60). Por conseguinte, Estêvão é mártir, que significa testemunha, porque faz como Jesus; com efeito, é uma verdadeira testemunha que se comporta como Ele: quem reza, quem ama, quem doa, mas acima de tudo quem perdoa, porque o perdão, como evoca a própria palavra, é a expressão mais elevada do dom.

Mas — poder-nos-íamos perguntar — para que serve perdoar? É somente uma boa acção, ou produz algum resultado? Encontramos uma resposta precisamente no martírio de Estêvão. Entre aqueles para os quais ele implorou o perdão havia um jovem chamado Saulo, que perseguia a Igreja e procurava destruí-la (cf. At 8, 3). Pouco tempo depois, Saulo tornou-se Paulo, o grande santo, o apóstolo dos gentios. Tinha recebido o perdão de Estêvão. Podemos afirmar que Paulo nasce da graça de Deus e do perdão de Estêvão.

Também nós nascemos do perdão de Deus. Não apenas no Baptismo, mas cada vez que somos perdoados o nosso coração volta a nascer, é regenerado. Cada passo em frente na vida de fé traz gravado no início o sinal da misericórdia divina. Porque só quando somos amados podemos, também nós, amar. Recordemo-lo, porque isto nos fará bem: se quisermos progredir na fé, antes de tudo é necessário receber o perdão de Deus; encontrar o Pai, que está pronto para perdoar tudo e sempre, e que precisamente perdoando purifica o coração e reaviva o amor. Nunca podemos cansar-nos de pedir o perdão divino, porque somente quando somos perdoados, quando nos sentimos perdoados, aprendemos a perdoar.

No entanto, perdoar não é algo fácil, é sempre muito difícil! Como podemos imitar Jesus? Por onde devemos começar, para perdoar as pequenas ou grandes injustiças que padecemos todos os dias? Antes de tudo pela oração, como fez Estêvão. Começa-se pelo próprio coração: é mediante a oração que conseguimos enfrentar o ressentimento que sentimos, confiando à misericórdia de Deus aquele que nos fez algum mal: «Senhor, peço-vos por ele, peço-vos por ela!». Sucessivamente, descobrimos que esta luta interior para perdoar purifica do mal e que a oração e o amor nos libertam das correntes interiores do rancor. É muito feio viver no rancor! Todos os dias nós temos a ocasião para nos formar no perdão, para viver este gesto tão excelso que aproxima o homem a Deus. À maneira do nosso Pai celestial, também nós nos tornamos misericordiosos, porque através do perdão vencemos o mal com o bem, transformamos o ódio em amor e tornamos o mundo mais puro.

A Virgem Maria, a quem confiamos aqueles — e, infelizmente, são deveras numerosos — que, como santo Estêvão, padecem perseguições em nome da fé, os nossos inúmeros mártires de hoje, oriente a nossa oração para receber e conceder o perdão. Receber e conceder o perdão!

Depois do Angelus 

São João Nepomuceno Neumann


João Nepomuceno nasceu na Boêmia, no dia 28 de março de 1811. Entrou para o seminário em 1831. Era autodidata e tornou-se fluente em vários idiomas. Por causa do grande número de padres de sua região, o bispo não queria ordená-lo sacerdote. João então resolveu mudar-se para os Estados Unidos da América. 

A diocese de Nova Iorque possuía apenas três dúzia de padres para mais de duzentos mil católicos. Padre João recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando. 

Padre João tinha a intenção de participar de uma congregação, por isto procurou padres redentoristas, que se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as Regras dos redentoristas na América, em 1842. Em 1847 foi eleito pela Congregação o superior geral dos redentoristas nos Estados Unidos. 

O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu introduzir no país as escolas católicas. 

Ele morreu de repente, no dia 05 de janeiro de 1860, enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal.


ORAÇÃO:

Deus de amor e de bondade, cujo graça renova a vida humana a cada dia, concedei-nos, pela intercessão de João Neumann, as forças necessárias para enfrentar os desafios que pretendem enfraquecer nossa fé. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

5 remédios de São Tomás de Aquino para acabar com a tristeza


Todos nós já passamos pela experiência de dias tristes, nos quais é difícil superar aquele peso interior que contamina todo estado de ânimo e afeta as relações. Existe algum truque para superar o mau humor e recuperar o sorriso? São Tomás de Aquino propõe 5 remédios surpreendentemente eficazes contra a tristeza, confira:

Primeiro remédio: fazer algo prazeroso

É como se o teólogo, há sete séculos, já tivesse intuído a ideia moderna de que o chocolate é um antidepressivo. Pode parecer uma visão materialista, mas é evidente que um dia cheio de amarguras pode acabar bem graças a uma cerveja, um bom filme ou um jantar com seu prato favorito, por exemplo.

Este não é um materialismo incompatível com o Evangelho: sabemos que o Senhor Jesus participou com prazer de refeições e banquetes, antes e depois da ressurreição, e aproveitou muitas coisas boas da vida.

Há também um salmo que afirma que o vinho alegra o coração do homem – mas é preciso lembrar que a Bíblia condena a embriaguez, claro!

Segundo remédio: chorar

Muitas vezes, um momento de melancolia pode ficar pior quando não conseguimos desabafar; é como se a tristeza se acumulasse dentro de nós, até tornar impossível fazer qualquer coisa.

O choro é uma linguagem, uma maneira de expressar e de desfazer o nó de uma dor que às vezes se torna sufocante. Jesus também chorou. E o Papa Francisco recorda que “certas realidades da vida só podem ser vistas com olhos limpos pelas lágrimas”.

Terceiro remédio: a compaixão dos amigos

Conversar com os amigos, desabafar com eles pode ser um grande alívio para quem passa por um momento de tristeza.

Quando a pessoa se sente um pouco triste e tende a ver tudo cinza, é muito eficaz fazer um gesto de abertura a algum amigo ou conhecido de confiança. Às vezes, basta uma mensagem ou uma ligação para contar ou escutar um amigo, e o panorama da vida fica mais claro. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Imagem de Nossa Senhora é atacada no Rio Grande do Sul


Um ato de vandalismo danificou uma imagem de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha (RS), recém-inaugurada. Imagens de câmeras de segurança registraram a ação de dois homens, na madrugada de domingo, 3, por volta das 2h35, atacando a estátua.

O vídeo, publicado na página de Facebook do Santuário dedicado à Virgem, mostra quando dois homens chegam de moto ao local, descem, atacam a imagem com golpes, ateiam fogo e vão embora. A estátua ficou com os dedos da mão quebrados e os pés queimados. A imagem da devota Joaneta (camponesa que testemunhou a aparição da santa em 1432) ficou com o nariz e as mãos estragadas.  


Os responsáveis pelo ato ainda não foram identificados. Em sua página na rede social, o Santuário afirma que “qualquer informação sobre os elementos envolvidos será de grande ajuda”.

Após o ocorrido, foi divulgada uma nota de repúdio, que expressa a perplexidade “diante de tal atitude”.

“Toda a forma de intolerância e fundamentalismo religioso não edificam. O nosso tempo exige respeito, diálogo entre as culturas e as religiões”, afirma a nota.