sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O significado ritual do dom da paz na Missa




No dia 8 de junho último, solenidade de Pentecostes, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou a Carta Circular O significado ritual do dom da paz na Missa.



Respondendo a questões surgidas no seio da Igreja, especialmente a partir do Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, em 2005, o Documento afirma, após ter ouvido as Conferências Episcopais de todo o mundo, que se deve manter o “rito” e “sinal” da paz no lugar em que hoje está na Santa Missa, ou seja, entre o Pai-Nosso e a Fração do Pão. Exorta, porém, para que não haja distorção do ato, pois esta pode causar confusão entre os fiéis.



A Carta Circular tem, pois, lembrado ao início que, em duas ocasiões especiais, o Senhor Jesus ofereceu aos discípulos a sua Paz: a primeira, antes da Paixão, no cenáculo, ao dizer-lhes: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14,27); a segunda, depois da Ressurreição, no local em que os apóstolos se achavam escondidos por medo dos judeus, ao comunicar-lhes: “A paz esteja convosco” (Jo 20,19-23). Ora, é essa mesma paz que Ele oferece, hoje, à Igreja reunida na Celebração Eucarística para ser vivida e testemunhada no dia a dia.



O fato de estar o sinal da paz inserido antes da Comunhão – e aí ser mantido – demonstra que ele tem seu cume no Mistério Pascal de Cristo. Daí dizer, textualmente, o Documento que “o sinal da paz, portanto, se encontra entre o Pater noster – ao qual se une mediante o embolismo [“Livrai-nos de todos os males, ó Pai...” – nota nossa] que prepara ao gesto da paz – e a fração do pão – durante a qual se implora ao Cordeiro de Deus que nos dê sua paz. Com este gesto, que significa a paz, a comunhão e a caridade’, a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana, e os fiéis expressam a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes da comunhão sacramental’, isto é, a comunhão no Corpo de Cristo Senhor” (n. 2).



No entanto, o gesto da paz não deve menosprezar o valor sagrado da Santa Missa e o mistério da comunhão sacramental, por isso “a conveniência de moderar este gesto, que pode adquirir expressões exageradas, provocando certa confusão na assembleia precisamente antes da Comunhão. Seria bom recordar que o alto valor do gesto não fica diminuído pela sobriedade necessária para manter um clima adequado à celebração, limitando, por exemplo, a troca da paz aos mais próximos” (n. 3).

Os socialistas e a idolatria política





A nova e desrespeitosa versão do Pai Nosso, criada pelos socialistas da Venezuela, põe às claras o ateísmo e a idolatria dos regimes revolucionários.



Durante o III Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela - o partido de Hugo Chávez e do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro -, a militante María Estrella Uribe, uma delegada do grupo político, decidiu homenagear o falecido ditador do país, parodiando a oração cristã do Pai Nosso, a qual foi transformada em um idolátrico e desrespeitoso Chávez nuestro.



O texto, de autoria da própria delegada, justificado como um “compromisso espiritual”, pede que Chávez os livre da “tentação do capitalismo”, da “maldade da oligarquia” e do “crime do contrabando”. Após um “amém”, a petição termina com aplausos e brados de “Viva Chávez”, de toda a assembleia do partido.



Papa Francisco pede rapidez nos casos de nulidade de casamentos




Em uma mensagem enviada a 300 juízes dos tribunais eclesiásticos da América Latina, encarregados de administrar a justiça interna da Igreja, o Papa Francisco lhes pede que “não se atrasem em dar uma resposta aos casais que pedem a nulidade do seu matrimônio não válido”.
Assim o informou em 25 de agosto o portal Análise Digital, do Arcebispado de Madri (Espanha). A Igreja, assinala o portal, admite que o “sim, quero” que os noivos dão diante do altar pode estar viciado por alguma causa que torna o sacramento inválido. Para demonstrar essa invalidez, a lei eclesiástica prevê um processo que não deveria durar mais de ano e meio embora muitos costumem demorar cerca de 10 anos.


O pedido de mais celeridade nos processos de nulidade do matrimônio foi transmitido pelas máximas autoridades da Rota Romana faz alguns dias na Universidade Católica Argentina (UCA) onde se realizou um curso de atualização sobre o matrimônio.


De Roma chegou o decano desse tribunal, o italiano Pio Vito Pinto, e dois auditores, o espanhol Alejandro Arellano Cedillo e o argentino Alejandro Bunge, que até maio do ano passado foi decano da Faculdade de Direito Canônico da UCA.


No caso da Argentina, a Conferência Episcopal disse que entre 2003 e 2013 ingressaram 1926 pedidos de nulidade no Tribunal eclesiástico nacional, dos quais 88 por cento (1.689) recebeu resposta favorável. Quer dizer que, analisados os fundamentos e as provas apresentados em duas instâncias, dois tribunais diferentes coincidiram em que o sacramento em questão “nunca existiu” ou “foi inválido”. Do resto, os casos que não tiveram duas sentenças não se sabem como terminaram. A apelação à Rota Romana, terceira instância, é opcional e a causa não volta para o país.

A lição da Bíblia Católica na Bíblia Protestante




A Bíblia de um católico que foi ”evangélico” antes um dia foi insultada pela bíblia protestante que andava esquecida lá no fundo da estante.

Disse a bíblia protestante: - olha como sou magrinha, eu fiz lipoaspiração e sete livros que tinha joguei na lata do lixo, tu continuas gordinha.

A católica respondeu: confessaste teu pecado, retiraste por vaidade os sete livros sagrados que chamavas de “espúrios” com intuito de arrancá-los ...

... Mentias que a Igreja pôs sete livros em mim lá no Concílio de Trento, mas isso foi assim. A Bíblia de Guttemberg bem advoga por mim....

... A Bíblia de Gutemberg 100 anos antes de Trento, se você a folhear vê os sete livros dentro, pondo fim de uma vez a teu engodo nojento ...

... Os livros que retiraste pastor já vende pro “crente” mais caro que toda bíblia, enganando muita gente. Só arrancaram os livros para vender novamente. ..

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Em quem votar






Aproximam-se as eleições. Devemos encará-las com seriedade para votar certo e bem, pois do nosso voto também depende o futuro do nosso país e a definição da vida política de nossa pátria. Por isso, nós, Bispos do Estado do Rio de Janeiro, fizemos uma pequena cartilha de recomendações para essas eleições, que tem sido distribuída nas igrejas.

A Igreja não tem partidos nem candidatos. Não impõe nomes a serem sufragados nem obriga a votar em determinados candidatos. Somos contra o clientelismo e o chamado “voto de cabresto”. Assim como a Fé, o voto deve ser racional. A Igreja deixa à livre e responsável decisão dos eleitores católicos a escolha em quem votar. Ajuda-nos, porém, nessa reflexão. Diz, sobretudo, em quem não votar. Há candidatos e partidos que não podem receber o nosso apoio.

Procure conhecer os candidatos: conduta, ideias e partidos. Observe se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pela vida humana desde a concepção até a morte natural. Não vote em candidatos ou partidos, que sejam favoráveis ao aborto e à eutanásia. Vote apenas em candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.

Jamais se deve votar em candidatos comprovadamente corruptos. “É muito difícil que um corrupto consiga voltar atrás”, falou o Papa Francisco aos Parlamentares italianos. Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, pois o homem público deve ter honestidade. Diga não à corrupção. Mas não só dos políticos e candidatos como à tentação de corrupção, que cada um de nós sente: não favoreça a corrupção eleitoral, à compra de votos, votando por interesse material e não com consciência. Voto não é troca de favores.

O rito da Paz na Missa (Paulo VI)




Segundo o Missal Romano e a instrução Redemptionis Sacramentum, comecemos pelo mais básico: ao terminamos de rezar o “Pai Nosso” e não respondemos “amém”, porque há um complemento a oração que Nosso Senhor nos ensinou que é a oração que o sacerdote, de braços abertos reza:

Livrai-nos de todos os males, ó Pai,e dai-nos hoje a vossa paz.
Ajudados pela vossa misericórdia,sejamos sempre livres do pecado
e protegidos de todos os perigos,enquanto, vivendo a esperança,
aguardamos a vinda de Cristo Salvador.

Esta oração é a continuação direta do Pai Nosso, onde, por nós, o sacerdote pede a paz e nossa libertação do mal e do pecado, enquanto aguardamos a Segunda Vinda de Cristo. Então, confiantes nós respondemos:

Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

Então, sozinho e de braços abertos, o sacerdote reza a oração pela Paz. Mas, não são todos que rezam esta oração? Não! Isso foi um “erro” litúrgico que se difundiu e, infelizmente, tornou-se comum. Porém, é apenas o sacerdote ordenado que age in persona Christi, ou seja, na pessoa de Cristo que clama, como primeiro representante de toda a Igreja, pela paz. Recapitulando, o sacerdote sozinho e de braços abertos reza:

Senhor Jesus Cristo
dissestes aos vossos Apóstolos:
Eu vos deixo em paz, eu vos dou a minha paz.
Não olheis os nossos pecados,
mas a fé que anima vossa Igreja;
dai-lhe, segundo o vosso desejo,
a paz e a unidade.
(Aqui ele junta as mãos e conclui)
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.

“E nós não fazemos nada, então?”, podem perguntar alguns. Fazemos sim! Nós damos nossa confirmação e anuência ao pedido do sacerdote dizendo “Assim seja!”, com nosso:

Amém.

E aqui vem o mais belo de todos os momentos. Depois de suplicar pela paz a sua Igreja, sendo que nós fazemos parte da Igreja Militante, o sacerdote, nos saúda com a mesma saudação de Jesus Ressuscitado aos apóstolos (Jo 20,21):

A paz do Senhor esteja sempre convosco!

No que respondemos:

O amor de Cristo nos uniu!

Missionárias Xaverianas são assassinadas em Burundi - África




Três reigiosas xaverianas foram assassinadas na tarde deste domingo, 07, na paróquia de Kamenge, Burundi, no continente africano.

De acordo com informações da Agencia Nacional italiana, as religiosas, Irmã Olga Raschietti ( tia do diretor do Centro Cultural Missionário em Brasília, padre Estevão Raschietti), Lucia Pulici e Bernadetta Borgian foram assassinadas no convento, em uma tentativa de assalto, por uma pessoa, supostamente desequilibrada.

“A morte das Irmãs Lúcia e Irmã Olga Pulici no convento, em  Kamenge é uma grande dor. Eu gostaria de estender minhas mais profundas condolências às famílias e à ordem das Missionárias Xaverianas de Maria, disse a ministra das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini. "Mais uma vez, disse, assistimos o sacrifício daquelas que, com dedicação total, gastaram a própria vida aliviando os sofrimentos que ainda existem no continente africano”. E acrescentou: “Um sacrifício sobre o qual o governo se empenha na busca de esclarecimentos da parte de Burundi, país no centro dos conflitos que nas últimas décadas ensanguentaram em particular as região da África dos grandes lagos, a começar por Ruanda.

A ministra afirmou, também, que farão o possível para transportarem o mais rápido possível os corpos das missionárias para a Itália.

A Superiora Geral das Missionárias Xaverianas, Irmã Giordana Bertacchini fala  sobre a perda das missionárias.

Um amor incondicional pela gente daquela terra: as três irmãs assassinadas tinham retornado a Burundi  não obstante as suas condições, que não eram boas. Eram três missionárias idosas com graves problemas de saúde que há pouco haviam retornado  a serviço daquele povo”, disse à Agência Fides, a superiora Geral das Missionárias Xaverianas de Parma, Itália, a Irmã Giordana  Bertacchini.

Irmã Lucia Pulici, havia festejado no mês de julho, cinquenta anos de vida religiosa. Ela e Irmã Olga Raschietti sempre trabalharam na África. O Convento de Kamenge, onde aconteceu a tragédia se encontra a um quarteirão setentrional de Bujumbura, um centro  Xaveriano para jovens,  que promove a convivência entre diversas etnias.

A misericórdia muda o coração e a vida, diz Papa na Catequese



 CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 10 de agosto de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

No nosso itinerário de catequeses sobre a Igreja, estamos nos concentrando em considerar que a Igreja é mãe. Na última vez, destacamos como a Igreja nos faz crescer e, com a luz e a força da Palavra de Deus, nos indica o caminho da salvação e nos defende do mal. Hoje gostaria de destacar um aspecto particular desta ação educativa da nossa mãe Igreja, isso é, como ela nos ensina as obras de misericórdia.

Um bom educador aponta para o essencial. Não se perde nos detalhes, mas quer transmitir aquilo que realmente conta para que o filho ou aluno encontre o sentido e a alegria de viver. É a verdade. E o essencial, segundo o Evangelho, é a misericórdia. O essencial do Evangelho é a misericórdia. Deus enviou o seu Filho, Deus se fez homem para nos salvar, isso é, para nos dar a sua misericórdia. Jesus diz isso claramente, resumindo o seu ensinamento para os discípulos: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36). Pode existir um cristão que não seja misericordioso? Não. O cristão necessariamente deve ser misericordioso, porque isto é o centro do Evangelho. E fiel a este ensinamento, a Igreja só pode repetir a mesma coisa aos seus filhos: “Sede misericordiosos”, como o é o Pai, e como o foi Jesus. Misericórdia.

E então a Igreja se comporta como Jesus. Não faz lições teóricas sobre amor, sobre misericórdia. Não difunde no mundo uma filosofia, uma via de sabedoria… Certo, o Cristianismo é também tudo isso, mas por consequência, reflexo. A mãe Igreja, como Jesus, ensina com o exemplo, e as palavras servem para iluminar o significado dos seus gestos.

A mãe Igreja nos ensina a dar de comer e de beber a quem tem fome e sede, a vestir quem está nu. E como faz isso? Com o exemplo de tantos santos e santas que fizeram isto de modo exemplar; mas o faz também com o exemplo de tantos pais e mães, que ensinam aos seus filhos que aquilo que sobra para nós é para aqueles a quem falta o necessário. É importante saber isso. Nas famílias cristãs mais simples, sempre foi sagrada a regra da hospitalidade: não falta nunca um prato e uma cama para quem tem necessidade. Uma vez uma mãe me contava – na outra diocese – que queria ensinar isto aos seus filhos e dizia a eles para ajudar e dar de comer a quem tem fome; ela tinha três filhos. E um dia, no almoço – o pai estava fora a trabalho, estava ela com os três filhos, pequenos, 7, 5 e 4 anos, mais ou menos – e bateram à porta: era um senhor que pedia o que comer. E a mãe lhe disse: “Espere um minuto”. Entrou e disse aos filhos: “Há um senhor ali que pede o que comer, o que fazemos?”. “Demos a ele o que comer, mãe, demos a ele!”. Cada um tinha no prato um bife com batatas fritas. “Muito bem – disse a mãe – peguemos a metade de cada um de vocês e demos a ele a metade do bife de cada um”. “Ah não, mãe, assim não é bom!”. “É assim, você deve dar do seu”. E assim esta mãe ensinou aos filhos a dar de comer da própria comida. Este é um belo exemplo que me ajudou muito. “Mas não me sobra nada…”. “Dai do teu!”. Assim nos ensina a mãe Igreja. E vocês, tantas mães que estão aqui, sabem o que devem fazer para ensinar aos seus filhos para que partilhem as suas coisas com quem tem necessidade.

A mãe Igreja ensina a estar próximo de quem está doente. Quantos santos e santas serviram Jesus deste modo! E quantos simples homens e mulheres, a cada dia, colocam em prática esta obra de misericórdia em um quarto de hospital, ou de uma casa de repouso, ou na própria casa, ajudando uma pessoa doente.