sexta-feira, 30 de maio de 2014

Olhar a bola e o social


A Copa do Mundo está se aproximando e a sociedade brasileira confirma sinais de que não tratará o futebol simplesmente com a habitual euforia. O “país do futebol”, cansado com o modo obsoleto de se fazer política, está emoldurando o mundial com a exigência de se promover mudanças. Não bastará, como de costume, fixar o olhar na bola. É imprescindível debater as questões sociais, investindo em transformações profundas. A euforia própria do futebol, com sua alegria que bem vivida congraça e inspira união de corações, precisa receber marcas incidentes. Trata-se de adicionar um componente cidadão que contribua para as reformas que o Brasil, especialmente o pobre, espera e precisa. Desta vez, a tática usada desde o Império Romano de distrair o povo das questões sociais e políticas com o entretenimento não pode funcionar.

Com frequência acompanhamos as notícias na imprensa sobre os jogos da Copa que, por exigência de seu órgão superior, poderiam ser realizados em oito estádios. Por isso mesmo, ninguém consegue entender a razão dos investimentos na construção extremamente onerosa aos cofres públicos dos estádios que são considerados desnecessários para o evento. Se confirmada a notícia, trata-se de outro indício da incompetência governamental no planejamento da destinação dos recursos que precisam ser suficientes para atender não apenas o futebol, mas, sobretudo, as necessidades inegociáveis e inadiáveis da saúde pública, educação, transporte, habitação, numa lista interminável de demandas e urgências.

O país do futebol tem nas mãos a oportunidade de não permitir que se manipule a euforia bonita e contagiante deste esporte. Uma tática obsoleta de “pão e circo” para desviar o olhar cidadão das questões que merecem críticas, respostas urgentes, encaminhamentos mais participativos e solidários. O discurso das ruas do ano passado, emoldurando a Copa das Confederações, efetivamente inaugurou esse novo tempo. São muitas as opiniões que apontam que os legados da Copa não serão como mostram as propagandas. De fato, o não cumprimento, ao longo de sete anos, a partir da escolha do Brasil para sediar o mundial, das promessas de investimento na infraestrutura, estradas, aeroportos, transporte urbano, com especial atenção para as conturbações das grandes regiões metropolitanas, um caos na vida do povo, é um legado negativo, que mostra a incompetência e a morosidade dos que estão gerindo a máquina pública.

Ser homossexual é um sofrimento, não uma escolha nem um pecado em si



Blogueiro e participante do universo ativista LGBT, começou-se a falar dele em 2011, quando Phillipe Ariño revelou que havia mudado de vida. Em 2013, ele guiou, em primeira linha, a batalha contra a legalização do "casamento para todos" francês; é autor do livro "L'homosexualité en vérité", que na França vendeu mais de 10 mil cópias.
 
Foi ele quem aconselhou Frigide Barjot, ex-porta-voz da "Manif pour tous", que não falasse de "heterossexualidade", porque "assim se perde não só a batalha, mas também a guerra".
 
Entrevistado por Tempi.it, Ariño explica que, "para salvar o ser humano, é preciso ir à origem do problema. É isso que tentamos fazer nas ruas com os veilleurs" (os "veladores").
 
Conte-nos sua história. Como você cresceu?
 
Eu tinha uma péssima relação com o meu pai e, na adolescência, eu não conseguia fazer amizades masculinas. Depois entendi e reconheci que minhas tendências homossexuais eram sintoma de uma "ferida": só dessa maneira meu sofrimento começou a diminuir.
 
Ser homossexual é um sofrimento; não é uma escolha, um pecado ou algo inócuo. Conheço mais de 90 pessoas com pulsões homossexuais que foram estupradas. Agora, o mundo LGBT me odeia porque conto isso, mas eu repito a eles também: a homossexualidade é uma ferida que não se alivia fazendo sexo. Se você não admitir isso, nunca terá paz.
 
Quando sua forma de entender a homossexualidade mudou?
 
Em 2011, descobri a beleza da continência. Eu havia começado a reconhecer que alguma coisa não estava bem e voltei à Igreja. Durante uma conferência, falei da minha situação e percebi que me ajudava. E não só isso: explicando o meu drama, consegui ajudar muitas pessoas, incluindo homens e mulheres casados.
 
Foi difícil?
 
EU encontrei um caminho, mas há muitos. Outros também conseguem superar estas pulsões; eu descobri que, reconhecendo a minha ferida e oferecendo-a a Cristo e à Igreja, minha condição dolorosa se transforma em uma festa. Ao não praticar a homossexualidade, não estou dizendo "não" às minhas pulsões, mas "sim" a Deus: é um sacrifício para ter o melhor, o máximo, algo que antes eu não tinha. Podemos pensar que o Senhor só nos ama se estivermos bem, mas acontece o contrário: Ele ajuda quem precisa dele e, se você lhe oferece os seus limites, Ele faz grandes coisas.

Por que as relações homossexuais não o faziam feliz?
 
Ao me relacionar com outros homens ou olhar para eles de maneira possessiva, eu sentia satisfação no momento. Mas estava sozinho e nunca me sentia completo. É então que caímos na ilusão de achar que podemos viver a sexualidade como os outros, mas, na verdade, a sexualidade só pode ser vivida na diferença sexual.
 
O que mudou concretamente na sua vida?
 
Antes, eu me sentia sempre inferior aos homens, porque a homossexualidade é invejosa. Agora, após descobrir que Deus me ama e que sou seu filho, querido e amado, não me sinto inferior a nenhum homem. Assim, depois de muitos anos, descobri a beleza da amizade masculina, que eu não trocaria pelas relações do passado – quando eu fingia estar me realizando.
 
Pessoas como você, que abandonam seu passado, não são muito queridas pela comunidade LGBT. Como você se relaciona com o universo que frequentava?
 
Eles me colocaram na lista negra. Ficam me ameaçando e me etiquetam de homofóbico, mas eu não teria sobrevivido junto deles: é um mundo de mentiras, que exteriormente se mostra alegre, mas dentro está cheio de raiva e tristeza. A maioria dos atos homofóbicos e dos insultos contra as pessoas com tendências como as minhas provêm de pessoas que têm feridas como as minhas, que gritam e vociferam porque são frágeis.

Os ativistas podem aplaudir quando você fala, mas você só é visto em sua sexualidade, como se fosse um animal ou um indivíduo de série B que precisa ter direitos especiais. É por isso que eu digo que somos os piores inimigos de nós mesmos. Na Igreja, no entanto, encontrei pela primeira vez alguém que me acolheu como pessoa, levando em consideração tudo o que o Philippe é. 

Para onde vai a alma de um suicida?


Olá, padre, sempre tive esta dúvida porque várias vezes fui tentado ao suicídio por razões que não convém aqui explicar. De certo, para mim a vida não é bela, não consigo colher nada de positivo, mas não me mato, fique tranquilo, porque sempre me faltou coragem para as coisas mais banais, imagina para um suicídio. Mas teologicamente sempre me perguntei que fim terão as almas que se suicidam. Sei que é um debate teológico muito controverso, até alguns tempos atrás nem mesmo o funeral católico se fazia aos suicidas, agora a Igreja revisou algumas posições. Enfim, que fim têm essas almas? Uma pessoa que talvez em um ato de extrema fraqueza não consegue mais ir adiante, deve ser condenada a sofrer na eternidade? Obrigado pela resposta, um abraço.

Resposta do sacerdote

Caro,

Segundo a doutrina da Igreja a respeito do suicídio, encontramos no Catecismo da Igreja:

1. "Cada qual é responsável perante Deus pela vida que Ele lhe deu, Deus é o senhor soberano da vida; devemos recebê-la com reconhecimento e preservá-la para sua honra e salvação das nossas almas. Nós somos administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou; não podemos dispor dela” (CIC §2280).

2. “O suicídio contraria a inclinação natural do ser humano para conservar e perpetuar a sua vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo, porque quebra injustamente os laços de solidariedade com as sociedades familiar, nacional e humana, em relação às quais temos obrigações a cumprir. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo.” (CIC §2281).

3. “Se for cometido com a intenção de servir de exemplo, sobretudo para os jovens, o suicídio assume ainda a gravidade do escândalo. A cooperação voluntária no suicídio é contrária à lei moral. Perturbações psíquicas graves, a angústia ou o temor grave duma provação, dum sofrimento, da tortura, são circunstâncias que podem diminuir a responsabilidade do suicida.” (CIC §2282).

4. “Não se deve desesperar da salvação eterna das pessoas que se suicidaram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, oferecer-lhes a ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida.” (CIC §2283). 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Papa fala sobre celibato, abusos e outros temas


No avião que o trouxe de volta ao Vaticano, ontem [26], o Papa Francisco conversou durante quase uma hora com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. 

Abusos contra menores

“Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo. É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a uma problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero.”


Celibato dos padres


“Há padres católicos casados, nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”

Eventual renúncia

“Eu farei o que o Senhor me dirá de fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”

Ortodoxos


“Com Bartolomeu falamos de unidade, que se faz em caminho, jamais poderemos fazer a unidade num congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’.


Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu na semana que vem. O meu, ao invés, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho conjunto sobre este problema.”

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Mensagem do Papa à Organização Internacional do Trabalho


Mensagem do Papa Francisco ao Diretor-Geral 
da Organização Internacional do Trabalho, 
por ocasião da 103ª Sessão em Genebra, Suíça
Quarta-feira, 28 de maio de 2014


Ao Senhor Guy Ryder
Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

No início da criação, Deus criou o homem como guardião de sua obra, encarregando-o de cultivá-la e protege-la. O trabalho humano é parte da criação e continua a obra criadora de Deus. Esta verdade nos leva a considerar que o trabalho é um dom e um dever. O trabalho, portanto, não é apenas uma mercadoria, mas ele tem sua própria dignidade e valor. A Santa Sé manifesta o seu apreço a contribuição da OIT para a defesa da dignidade do trabalho humano no contexto do desenvolvimento social e econômico por meio da discussão e cooperação entre governos, trabalhadores e empregadores. Estes esforços estão a serviço do bem comum da família humana e promovem a dignidade dos trabalhadores em todos as partes.

Esta Conferência se reúne em um momento crucial na história econômica e social, que apresenta  desafios para o mundo todo. O desemprego está se expandindo tragicamente as fronteiras da pobreza (cf. Discurso à Fundação Centesimus Annus Pro Pontífice, 25 de maio de 2013). Isto é particularmente desanimador para os jovens desempregados, que podem  facilmente sentirem-se desmoralizados, perdendo a consciência do seu valor e sentirem-se alienados da sociedade. Esforçando-nos para aumentar as oportunidades de emprego, afirmamos a convicção de que “no trabalho livre, criativo, participativo e solidário, o ser humano expressa e reforça a dignidade de suas vida” (Evangelii gaudium, 192).

Na catequese, Papa recorda sua viagem à Terra Santa


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 28 de maio de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Nos dias passados, como vocês sabem, fiz uma peregrinação à Terra Santa. Foi um grande dom para a Igreja e dou graças a Deus por isso. Ele me guiou naquela Terra abençoada, que viu a presença histórica de Jesus e onde se verificaram eventos fundamentais para o judaísmo, o cristianismo e o islã. Desejo renovar a minha cordial gratidão a Sua Beatitude o Patriarca Fouad Twal, aos bispos dos vários ritos, aos sacerdotes, aos franciscanos da Custódia da Terra Santa. Estes franciscanos são bravos! O seu trabalho é belíssimo, aquilo que eles fazem! O meu grato pensamento vai também às autoridades jordanianas, israelenses e palestinas, que me acolheram com tanta cortesia, diria também com amizade, bem como a todos aqueles que cooperaram para a realização da visita.

1.            O escopo principal desta peregrinação foi comemorar o 50º aniversário do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras. Aquela foi a primeira vez em que um Sucessor de Pedro visitou a Terra Santa: Paulo VI inaugurava assim, durante o Concílio Vaticano II, as viagens fora da Itália dos Papas na época contemporânea. Aquele gesto profético do Bispo de Roma e do Patriarca de Constantinopla colocou uma pedra milenar no caminho sofrido, mas promissor, da unidade de todos os cristãos, que desde então deu passos relevantes. Por isso, o meu encontro com Sua Santidade Bartolomeu, amado irmão em Cristo, representou o momento culminante da visita. Juntos, rezamos no Santo Sepulcro de Jesus, e conosco estavam o Patriarca Grego-Ortodoxo de Jerusalém, Theophilos III e o Patriarca Armênio Apostólico Nourthan, além de arcebispos e bispos de diversas igrejas e comunidades, autoridades civis e muitos fiéis. Naquele lugar onde ressoou o anúncio da Ressurreição, sentimos toda a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo; e realmente isso faz tanto mal, mal ao coração. Ainda estamos divididos; e naquele lugar onde ressoou justamente o anúncio da Ressurreição, onde Jesus nos deu a vida, ainda nós estamos um pouco divididos. Mas, sobretudo, naquela celebração repleta de recíproca fraternidade, de estima e de afeto, ouvimos forte a voz do Bom Pastor Ressuscitado que quer fazer de todas as suas ovelhas um único rebanho; sentimos o desejo de sanar as feridas ainda abertas e prosseguir com tenacidade o caminho rumo à plena comunhão. Uma vez mais, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer esta divisão, e peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que fizemos aos outros irmãos. Todos somos irmãos em Cristo e com o Patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhamos a vontade de caminhar juntos, fazer tudo aquilo que hoje podemos fazer: rezar juntos, trabalhar juntos pelo rebanho de Deus, procurar a paz, proteger a criação, tantas coisas que temos em comum. E como irmãos, devemos seguir adiante.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Gruta da Natividade em Belém é atingida por incêndio acidental

A Gruta da Natividade é vista nesta terça-feira (27) após um incêndio. Lâmpada a óleo provocou fogo (Foto: Musa Al Shaer/AFP)

A gruta da Natividade de Belém, na Cisjordânia, ficou levemente danificada por um incêndio acidental ocorrido nesta terça-feira, indicou à AFP o governador de Belém.

Uma lâmpada a óleo provocou um incêndio por volta da 1h30 GMT (22h30 de Brasília) que queimou as cortinas nas paredes da gruta, o local onde, segundo a tradição cristã, Jesus nasceu, indicou Abdel Fatah Hamayel.

Homilia do Papa Francisco em Missa no Cenáculo


VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À TERRA SANTA
HOMILIA
Santa Missa com os Ordinários da Terra Santa 
e com a comitiva papal no Cenáculo
Segunda-feira, 26 de maio de 2014

Amados Irmãos!

Um grande dom nos concede o Senhor, ao reunir-nos aqui, no Cenáculo, para celebrar a Eucaristia. Enquanto vos saúdo com fraterna alegria, desejo dirigir um pensamento afetuoso aos patriarcas orientais católicos que participaram desses dias da minha peregrinação.

Aqui, onde Jesus comeu a Última Ceia com os Apóstolos; onde, ressuscitado, apareceu no meio deles; onde o Espírito Santo desceu poderosamente sobre Maria e os discípulos. Aqui nasceu a Igreja, e nasceu em saída. Daqui partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração.

Jesus ressuscitado, enviado pelo Pai, no Cenáculo comunicou aos Apóstolos o seu próprio Espírito e, com esta força, enviou-os a renovar a face da terra (cf. Sal 104, 30).

Sair, partir, não quer dizer esquecer. A Igreja em saída guarda a memória daquilo que aconteceu aqui; o Espírito Paráclito recorda-lhe cada palavra, cada gesto, e revela o seu significado.

O Cenáculo recorda-nos o serviço, o lava-pés que Jesus realizou, como exemplo para os seus discípulos. Lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente. Quer dizer servir o pobre, o doente, o marginalizado, aquele que me é antipático, aquele que me tira a paciência.