quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

"Eu, homossexual, acredito que toda criança tem direito a um pai e a uma mãe"




Ele é declaradamente homossexual, mas o lobby gay o considera um traidor. Seu crime: achar que o casamento é prerrogativa exclusiva do casal formado por um homem e uma mulher e, principalmente, defender o direito das crianças a ser criadas por pai e mãe.

Jean-Pier Delaume-Myard foi o protagonista da fala mais interessante da edição italiana da Manif Pour Tous (“Manifestação para Todos”, movimento surgido na França que exerce o direito democrático de se manifestar nas ruas contra as novas legislações favoráveis ao casamento homossexual e à adoção de crianças por casais do mesmo sexo). No último sábado, a manifestação reuniu cerca de 4.000 pessoas em Roma, na maioria jovens e famílias, para expressar oposição ao projeto de lei Scalfarotto. O projeto “contra a homofobia” pretende considerar crime de opinião as posições contrárias ao casamento e adoção de crianças por homossexuais e, mais em geral, as posições contrárias à ideologia de gênero.

Após a entrada em vigor da lei Taubira, na França, Jean-Pier foi vítima de ameaças de morte pela internet. Ele é porta-voz da associação francesa Homovox, representante dos “homossexuais fora da caixa”, ou seja, aqueles que não aderem à chamada “cultura gay”. Seu livro, “Homossexual - Contra o casamento para todos”, foi censurado pela mídia por pressão de grupos LGBT. "Quem é mais homofóbico, a Manif Pour Tous ou eles?", questionou, com amarga ironia, diante da multidão reunida na praça Santi Apostoli.

Jean-Pier é homossexual, mas não se diz orgulhoso dessa inclinação e sim “um pouco envergonhado”. É católico, mas a sua batalha é laica, civil e aconfessional, de acordo com o espírito da Manif Pour Tous.


No final de 2012, o governo de François Hollande anunciou a lei Taubira para legalizar o casamento e a adoção de crianças por homossexuais na França. Os meios de comunicação franceses se alinharam quase unanimemente a favor, mas o porta-voz da Homovox declara: "Na verdade, eles estavam roubando a minha voz, a nossa voz, de nós, homossexuais, que não tínhamos pedido nada disso".

Jean-Pier decidiu então escrever para o site Nouvelle Observateur. Sua carta intitulada “Sou homossexual, não gay: chega dessa confusão!” atraiu mais de 110 mil visitas.
O ativista da Homovox acusa o lobby gay de marginalizar ainda mais os homossexuais, minando a sua aceitação social. "Os gays evocam uma cultura gay, um estilo de vida gay. Eles querem que o açougueiro, o padeiro, o vendedor de jornal sejam todos gays. Eles querem viver com outros gays... Já eu, como homossexual e como um indivíduo de uma nação, sempre fiz a escolha de agir sem me preocupar com a orientação sexual dos outros".

Ele faz uma nova pergunta incômoda: "Por que eles querem uma lei a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo? Para as pessoas homossexuais ou para as centenas de gays que vivem nas áreas chiques de Paris?".

O direito de casais homossexuais a adotar crianças, opina Jean-Pier, é "a folha de parreira" que esconde "a floresta da maternidade sub-rogada e da reprodução assistida", projeto de lei a ser discutido pelo parlamento francês em março.
"Eu luto em consciência e com todas as minhas forças para que cada criança tenha mãe e pai”, diz ele. “Se eu fosse heterossexual, teria esse mesmo objetivo, ou seja, a racionalidade".

"O meu compromisso não tem nada a ver com a minha orientação sexual. Eu me comprometi porque qualquer um que tem um pouco de compaixão pelos seres humanos não tem como aceitar que uma criança cresça sem pontos de referência sociais".

Uma criança, afirma Jean-Pier, não pode ser privada do afeto materno nem ser obrigada a perguntar um dia que era a sua mãe. Uma criança "não é moeda de troca, é um ser humano que tem o direito de saber a origem cultural, geográfica, social e religiosa dos seus pais".

Leis como a Taubira na França e a Scalfarotto na Itália farão com que "os homossexuais paguem o preço, porque são essas leis que estão criando homofobia". Os governos que endossam essas mudanças não têm "nenhum propósito além de destruir a família".

Antes de se despedir dos manifestantes sugerindo uma "grande manifestação europeia", o fundador da Homovox apresentou a sua proposta para as próximas eleições no continente: que os candidatos assinem uma carta “declarando proteger a família e respeitar as pessoas”, porque a família, além de ser “o melhor lugar para crescer e ser educado”, é “a célula fundamental da sociedade” e “garante o futuro e o progresso do país”.


(14 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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Fonte: Zenit

Como os padres devem se vestir?


"Eu gostaria de perguntar, como todo respeito, se os padres devem usar “uniforme” somente quando estão em seus respectivos “trabalhos”, para onde foram enviados, ou se devem sempre estar identificados como sacerdotes, porque, na minha cidade, nenhuma congregação se identifica como padre (nem em missão, nem nos colégios, nem nas próprias paróquias), exceto na hora da Missa."
 
Sobre este tema é recorrer ao último documento da Santa Sé que trata do tema: o número 61 do Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros, na sua última versão, de 2013. É fácil encontrá-lo na internet, mas resumirei algo do seu conteúdo.
 
O documento afirma, em primeiro lugar, que o sacerdote deve ser reconhecido como tal, de maneira que sua roupa seja “sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor de um ministério público”. Acrescenta, a seguir, que sua realidade interior deve se manifestar no exterior, também desta forma.
 
Por isso, indica que o padre deve usar o hábito talar ou um hábito eclesiástico decoroso, que o distinga dos leigos, segundo as normas das conferências episcopais e os legítimos costumes locais.
 

Não podem ser considerados legítimos os costumes que se opõem às indicações anteriores. Obviamente, o documento está falando de situações cotidianas – pois às vezes há circunstâncias extraordinárias, como no caso da perseguição religiosa.
 
E conclui com um parágrafo que afirma que estas medidas não beneficiam apenas o povo, mas o próprio sacerdote, pois sua forma de vestir é uma lembrança permanente da sua entrega e missão, e também o protege: “Vestir o hábito clerical serve, ademais, para a salvaguarda da pobreza e da castidade”.


Estas são as disposições do Diretório. Considero que ele deve ser entendido sem uma rigidez excessiva, que iria contra o bom senso mais elementar (não se trata de vestir obrigatoriamente o hábito sacerdotal quando o padre vai fazer um dia de excursão na montanha), mas ao mesmo tempo com toda a exigência que se desprende das suas palavras.

 
Um esclarecimento pertinente é que tais palavras se dirigem fundamentalmente ao clero secular. O regular – os religiosos (na pergunta se mencionam “congregações”, o que corresponde a estes) – não é que fique de fora, mas é que cada instituto tem seu próprio hábito religioso. 

Atacada uma igreja copta-ortodoxa no Cairo


Um morto e dois feridos: este foi o triste saldo de um ataque perpetrado por um grupo de homens armados, ontem à tarde, contra a igreja copta-ortodoxa da Virgem Maria, em Gizé, no Cairo. As vítimas eram policiais que responderam aos disparos.

Os moradores conseguiram deter o carro dos agressores. Um deles foi entregue imediatamente às autoridades. O cúmplice foi preso algumas horas mais tarde. Segundo a agência de notícias Asia News, os dois homens detidos são ativos no panorama extremista islâmico.

Em sua mensagem de condolências à família do policial assassinado, o patriarca copta ortodoxo Tawadros II condenou duramente o ataque. O pe. Jerome Samir, da diocese do distrito, afirmou à agência MCN que nos próximos dias aumentarão as medidas de segurança inclusive nas igrejas menores, devido à ação, na região, de várias milícias armadas que "querem destruir a paz".


Todavia, continua a onda de violência que atingiu o Egito depois da expulsão dos Irmãos muçulmanos do governo logo após a grande manifestação do 30 de junho passado que viu cerca de 30 milhões de pessoas descerem às ruas. Sempre ontem, alguns homens armados mataram além do mais o general Mohamed Said, alto funcionário do ministério dos assuntos interiores do egito. O homicídio – informa a Radio Vaticana – acontece poucas horas antes do processo contra o ex presidente e líder islâmico Mohamed Morsi, acontecido no Cairo e faltando um dia do sinal verde do Conselho supremo do exército (Scaf), que deu o placet ao general al-Sisi, ministro da Defesa, para uma sua candidatura como futuro presidente.


(29 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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Fonte: Zenit

Francisco participará do 37º Congresso da Renovação Carismática

Presidente Internacional da Renovação Carismática,
Salvatore Martinez / Foto: site oficial do Movimento

O Papa Francisco participará do 37º Congresso da Renovação Carismática Católica, em Roma, nos dias 1 e 2 de junho próximo.

O anúncio foi feito pelo coordenador do movimento, Salvatore Martinez, em uma entrevista à Rádio Vaticano.

“A emoção e comoção de todos os membros da Renovação são grandes, mas, honestamente, eu não imaginava que ele se uniria a nós com tanta simplicidade, generosidade e paternidade. Será, então, como um grande Cenáculo aberto”, afirma Salvatore.


O evento  será realizado no Estádio Olímpico de Roma e terá como tema: “Convertei-vos! Acrediteis! Recebei o Espírito Santo! Por  uma Igreja em saída missionária”.
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Fonte: Canção Nova

Nota de Solidariedade às famílias das vítimas do acidente na Linha Amarela


O arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, emitiu nota de solidariedade às famílias das vítimas fatais do acidente ocorrido nesta manhã na Linha Amarela. No texto o cardeal eleito deseja, também, uma rápida recuperação aos feridos e manifesta sua proximidade espiritual neste momento difícil.


Leia a nota na íntegra.


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Fonte: Arquidiocese de São Sebastião - Rio de Janeiro - RJ

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Nota por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.


1.            A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB se une neste 28 de janeiro - Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo – a todos que se empenham para eliminar a lamentável prática do trabalho escravo que envergonha o país e avilta a dignidade humana.

2.            Esta data nos traz à memória, neste ano, os dez anos do assassinato dos profissionais do Ministério do Trabalho, mortos de forma brutal enquanto cumpriam a tarefa de fiscalização de possível situação de trabalho escravo no Município de Unaí-MG. Remete-nos também à Campanha da Fraternidade-2014 que conclamará a sociedade brasileira a tomar consciência do tráfico humano, “uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas”, conforme alerta do Papa Francisco.

3.            Tráfico humano e trabalho escravo são atividades que têm, na miséria e na desigualdade social, espaço fértil para a ação de traficantes e exploradores, movidos pela ganância e pela certeza da impunidade. Implicam grave desrespeito aos direitos da pessoa humana, à sua dignidade, e, no caso do trabalho escravo, negam o direito de livre exercício da atividade laboral. Identificar e denunciar tais crimes é dever de toda a sociedade.


4.            Causa perplexidade a disseminação da prática do trabalho escravo em diferentes ramos da economia, envolvendo pessoas do campo e da cidade, na agropecuária, na construção civil, na indústria têxtil, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros e até em situações familiares classificadas como servidão doméstica. São imigrantes que chegam ao Brasil em busca de trabalho e sobrevivência, e brasileiros que migram internamente sonhando melhores condições de vida.

5.            Diante desta triste realidade, urge reafirmar de forma inequívoca o inalienável valor da vida e da dignidade humanas que transcendem qualquer atividade econômica. Criada à imagem e semelhança de Deus, toda pessoa humana é templo de Deus que não pode ser profanado.

6.            Cabe ao Estado brasileiro, em primeiro lugar, adotar medidas que erradiquem esta chaga social que vitima milhares de irmãos e irmãs. É sua responsabilidade defender e proteger os que lutam pelo fim do trabalho escravo, bem como garantir às vítimas desta prática infame a reinserção na sociedade. É dever do Estado, ainda, punir de maneira exemplar os responsáveis por este crime que clama aos céus.

7.            Que Jesus Cristo, enviado do Pai para proclamar a libertação aos presos e dar liberdade aos oprimidos (cf. Lc 4,18), seja a força e a luz de todos que lutam por um Brasil justo e solidário.


Raymundo, Cardeal, Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Steiner
Bispo-Auxiliar de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB


Santa Maria e a dor da saudade


No dia 27 de janeiro de 2013 aconteceu na cidade de Santa Maria, por imprudência e más condições de segurança, uma tragédia que vitimou 242 jovens, ferindo outros 116 e marcando para sempre um número considerável de famílias. A tragédia de Santa Maria ficará para sempre na história não só daquela cidade, mas também do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. 

Com a divulgação das imagens e notícias a respeito daqueles fatos, subseguiram manifestações de diversas autoridades públicas, entidades, pessoas mais ou menos próximas às vítimas e suas famílias, organizações sociais, etc. A partir de então, surgiram várias iniciativas, foram tomadas medidas com o objetivo de exigir maior segurança de locais destinados a eventos, festas, diversão com concentração de público.

Tais iniciativas são certamente úteis, necessárias e urgentes. Existe, hoje, um consenso bastante vigoroso em torno do dever premente de se investir nesta causa. Infelizmente somos vistos como o povo do “jeitinho”. Para tudo se encontra um “jeitinho”. Existe ‘jeitinho’ para burlar as leis de trânsito, para passar de ano na escola, para, talvez, ter energia elétrica, ou água, sem estar registrado na rede; ‘jeitinho’ para conseguir esse ou aquele documento; ‘jeitinho’ para burlar o fisco, para tirar ganho desse ou daquele contrato – especialmente se estiver envolvido o bem público! Enfim, nós brasileiros, somos conhecidos pelo ‘jeitinho brasileiro’!


Sem desrespeitar a memória dos que tombaram na tragédia de Santa Maria, sem desrespeitar as exigências legais necessárias e urgentes para promover a segurança de todos que frequentam espaços públicos e sem minimizar a seriedade da situação da segurança geral de nosso povo, reconhecemos, sim, que em tantas situações buscamos o famoso ‘jeitinho’. Não seria demais propor o engajamento decidido e determinado de todos na causa da segurança pública e na educação necessária para tanto. Esta certamente é uma causa que não pode ser delegada; cada cidadão de boa vontade precisa sentir, saber e aprender da própria responsabilidade. Não podemos esquecer as perdas irreparáveis causadas pela imprudência de alguns, o ‘jeitinho’ de poucos e, talvez, a indiferença de outros.

Respeitar a memória dos falecidos pode ser uma obra de misericórdia! Mas pode também ajudar a todos a resgatar um aspecto importante da convivência humana: o cuidado. Sim, precisamos talvez ainda aprender a cuidar uns dos outros e, ao mesmo tempo, nos deixar cuidar uns pelos outros. É verdade que o jovem quase que naturalmente busca aventuras, que gosta, por vezes, de experiências extremas... Entretanto, não se pode desconsiderar princípios básicos seja da própria natureza, seja da natureza em geral! Cuidar e nos deixar cuidar – eis o que nos compete!


A saudade é coisa bela e ao mesmo tempo triste. Bela porque expressa carinho, respeito, bem querença. Triste porque, por vezes, parece insaciável. A saudade deixa marcas! Diante da tragédia de Santa Maria não foram poucas as famílias, os jovens, cidadãos que ficaram marcados pela dor da saudade. Por isso, resta-nos, sim, o silêncio respeitoso – não a indiferença! Como sociedade precisamos certamente expressar nossa solidariedade e ao mesmo tempo nos comprometer a trabalhar em prol do necessário para que tais tragédias não se repitam! Aos familiares dos jovens que sofreram as consequências daquele incêndio expressamos palavras de conforto que nossa fé conserva: “para aqueles que creem a vida não é tirada, mas transformada”.

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

O que fazer quando meu filho se comporta mal na Missa?


Uma criança chorando durante a Missa é sinal de que a Igreja continua viva, com sua missão de evangelizar as nações. Muitos pais de família têm medo de levar seus filhos pequenos à Missa por receio de chamar a atenção ou receber uma bronca do padre.
 
Outros pais usam seus filhos como desculpa para não ir à Missa, “enquanto eles são pequenos”, sem perceber que, nos primeiros anos de vida, é extremamente importante que as crianças vão à Missa, para ir descobrindo como ela é e aprender a participar dela.
 
Há um mal-entendido com alguns pais de família que pensam que os padres não querem as crianças na Missa. Se não há crianças na Missa de hoje, onde estará a Igreja de amanhã? As crianças podem ir se integrando à comunidade de fé, mas é natural que seja difícil no começo. A Missa é estruturada, há diferentes movimentos, é todo um ritual, e isso pode ser complicado para qualquer criança, no início.
 
As crianças podem ir aprendendo a participar da Missa se os seus pais dedicam tempo a explicar-lhes o que acontece nela e quais são os comportamentos adequados nesse contexto. Isso exige tempo e dedicação, não é fácil, mas, com disciplina, fé e bom exemplo, a lição será bem aprendida.
 
Alguns pais não voltam mais à Igreja quando o padre pede que mantenham seus filhos ao seu lado e sob controle. Para mim, o barulho das crianças na Missa é um sinal de vida, de vitalidade, é um sinal de que a Igreja ainda continua se regenerando por meio de uma nova vida.
 
Mas com isso não estou dizendo que quero uma sinfonia de ruídos na Missae que ninguém se incomode em acalmar a situação. O problema, a meu ver, não é que uma criança chore ou faça barulho (especialmente se é um bebê), e sim os pais que não dão atenção aos filhos. Se os pais pelo menos tentam manter seus filhos bem comportados na Missa, o que mais lhes podemos pedir? A dificuldade se dá quando os pais não prestam atenção nos filhos.