quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Diferente do que afirmou erroneamente a mídia secular, Santa Sé respondeu, sim, às questões enviadas pela ONU.


O porta-voz do Vaticano disse hoje aos jornalistas que a Santa Sé respondeu às questões colocadas pela Comissão das Nações Unidas para os Direitos da Criança, frisando que a competência em casos de abusos sexuais é limitada.

Segundo o padre Federico Lombardi, a orientação dada às Conferência Episcopais é a de “agir a nível nacional”, fazendo com se cumpram as leis do país onde os crimes tenham ocorrido.

O organismo da ONU que trata da aplicação da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) enviou uma lista com 19 questões à Santa Sé, tendo em vista a audição periódica que vai ter lugar a 16 de janeiro do próximo ano, o que acontece com todos os países que ratificaram a convenção.

“A jurisdição da Santa Sé limita-se à Santa Sé” em relação à aplicação da referida Convenção, “à qual foi um dos primeiros a aderir”, lembrou o padre jesuíta.


“Quando as instituições particulares da Igreja estão envolvidos, isso não diz respeito à jurisdição da Santa Sé, mas é da responsabilidade das legislações dos respetivos países”, acrescentou o diretor da sala de imprensa.

O Papa Francisco publicou a 11 de julho um decreto (motu proprio) que aprovou a reforma do sistema penal no Estado do Vaticano e organismos da Santa Sé, tomando em consideração o que é definido na Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, com uma “ampla definição da categoria dos delitos contra os menores”.

Entre estes contam-se “a venda, a prostituição, o recrutamento, a violência e atos sexuais com crianças, produção e posse de pornografia infantil”.
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Fonte: Agência Ecclesia

Disponível em: Central Católica.com

Papa institui Comissão contra abusos e define 22 de fevereiro data do Consistório para a criação de novos Cardeais


Nesta quinta-feira, último dia de trabalhos para o Conselho de Cardeais com o Papa Francisco no Vaticano, os purpurados iniciaram o dia concelebrando a Missa com o Pontífice na Casa Santa Marta. Sobre a importante reunião, foi realizado um briefing na Sala de Imprensa da Santa Sé, do qual participou o Cardeal Seán Patrick O'Malley, Arcebispo de Boston e membro do Conselho de Cardeais, que anunciou as duas principais resoluções: a instituição de uma Comissão para a proteção das crianças e o Consistório para a criação de novos Cardeais em 22 de fevereiro.

“O Santo Padre decidiu constituir uma específica comissão para a proteção das crianças, com a finalidade de aconselhar o Papa Francisco sobre o empenho da Santa Sé na proteção das crianças e na atenção pastoral às vítimas dos abusos”, disse o Cardeal O’Malley.


Especificamente – observou o Cardeal - a Comissão vai informar sobre o estado atual dos programas para a proteção da infância; formular sugestões para novas iniciativas por parte da Cúria, em colaboração com bispos, conferências episcopais, superiores religiosos e conferências dos superiores religiosos; propor nomes de pessoas adequadas para a sistemática atuação destas novas iniciativas, incluindo leigos, religiosos, religiosas e sacerdotes com competência na segurança das crianças, nas relações com as vítimas, na saúde mental, na aplicação das leis, etc.


“A composição e as competências da comissão serão indicadas proximamente com maiores detalhes pelo Santo Padre, com um documento apropriado”, afirmou O’Malley.


Algumas linhas de ação da Comissão terão como linhas mestras a proteção das crianças, os programas de formação, protocolos para um ambiente seguro e ainda a cooperação com as autoridades civis, pastoral em apoio às vítimas e aos familiares, colaboração com especialistas para pesquisas, colaboração com bispos e superiores religiosos, entre outras.


Padre Lombardi, por sua vez, afirmou que também ficou decidido que o próximo encontro do “Conselho dos oito” será nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro e precederá imediatamente o Consistório do Colégio Cardinalício nos dias 20 e 21. No dia 22 de fevereiro será realizado o Consistório para a criação dos novos Cardeais e no dia seguinte está programada uma grande concelebração com os novos purpurados e o Colégio Cardinalício.



Ao final do briefing, o Cardeal O’Malley sintetizou os trabalhos de três dias, reiterando que ainda tem muito a ser feito: “Estudamos os diversos dicastérios; começamos a fazer algumas recomendações, mas o nosso trabalho apenas começou”. (JE)
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Se eu não fosse católico...


Se eu não fosse Católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá muito bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para fazer isso seria que, se Cristo ainda está presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como o era quando estava na terra, vivendo na carne.

Se você tiver que encontrar Cristo hoje, então procure uma Igreja que não se dá bem com o mundo. Procure por uma Igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os tempos modernos, como Nosso Senhor foi acusado de ser ignorante e nunca ter aprendido. Procure pela Igreja que os homens de hoje zombam e acusam de ser socialmente inferior, assim como zombaram de Nosso Senhor porque Ele veio de Nazaré. Procure pela Igreja, que é acusada de estar com o diabo, assim como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebu, príncipe dos demônios.

Procure a Igreja que em tempos de intolerância (contra a sã doutrina,) os homens dizem que deve ser destruída em nome de Deus, do mesmo modo que os que crucificaram Cristo julgavam estar prestando serviço a Deus.


Procure a Igreja que o mundo rejeita porque ela se proclama infalível, pois foi pela mesma razão que Pilatos rejeitou Cristo: por Ele ter se proclamado a si mesmo A VERDADE. Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo assim como Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens. Procure a Igreja que em meio às confusões de opiniões conflitantes, seus membros a amam do mesmo modo como amam a Cristo e respeitem a sua voz como a voz do seu Fundador.

E então você começará a suspeitar que se essa Igreja é impopular com o espírito do mundo é porque ela não pertence a esse mundo e uma vez que pertence a outro mundo, ela será infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo. Pois só aquilo que é de origem divina pode ser infinitamente odiado e infinitamente amado. Portanto, essa Igreja é divina.



+ Arcebispo Fulton J. Sheen
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Disponível em: Jesus o Bom Pastor

Também vós, ficai preparados!


Qual é o sentido da vida humana? Por que existimos? Há um motivo consistente para a prática do bem e para evitar o mal? Há muitos modos de compreender a vida, dependendo das culturas, dos sistemas filosóficos, das ideologias, das religiões. Essa  questão é crucial para o espírito humano, que tenta responder a ela através de suas múltiplas expressões simbólicas e culturais.

Não é o caso de analisar, aqui, as muitas respostas. Vamos refletir algo sobre as respostas do Cristianismo, a nós apresentadas como “Evangelii gaudium” – boa notícia -  através da pregação constante da Igreja. Em particular, algumas convicções basilares aparecem no tempo litúrgico do Advento.

Trazemos em nós um anseio irreprimível de superação das nossas limitações, de plenitude e de paz. Isso move continuamente a humanidade a trabalhar, a buscar soluções, a mover-se para uma perfeição, que conseguimos alcançar apenas em parte. Leva também à certeza de que o “pior” não é o “melhor” e, portanto, não nos conformamos com as coisas que vão mal, mas continuamos a lutar.

A fé cristã, baseada na Palavra de Deus, apresentada com abundância no Advento, nos diz que isso não é sonho vazio, nem utopia alienante. Deus não nos fez para a frustração, mas para a plenitude. Nossa vida não se esgota na precariedade insuperável do “reino terrestre”, mas está voltada para o “reino celeste”, ao qual Deus nos atrai e chama a participar, por sua graça e benevolência. Vivemos de “esperança segura”.


Enquanto nos debatemos “entre angústias e sofrimentos, alegrias e esperanças”, não estamos sozinhos, mas podemos contar com a ajuda de Deus, que veio ao nosso encontro e nos estendeu a mão por meio do seu Filho, o Cristo, Ungido de Deus. Por isso, nossa vida não precisa estar mergulhada na desorientação e tristeza. Desde agora, sabemos onde está a luz, o caminho, a porta, o pão a água, a companhia segura durante o nosso peregrinar neste mundo. Depende de nós, aceitar a companhia de Deus e sua paterna providência, ou rejeitá-la.

Advento: o Senhor está chegando!


O começo do ano litúrgico nos apresenta uma perspectiva completa do nosso futuro. Nosso futuro é o céu. Nascemos para o céu e ele é a nossa pátria definitiva. Mas este futuro surge com conotações dramáticas, porque o homem rompeu sua relação com Deus, com o seu Criador e Senhor, e comprometeu seriamente o seu futuro.
 
Deus, no entanto, lhe oferece novamente a salvação rejeitada. A história do homem, portanto, se torna uma luta dramática entre seus extravios e Deus, que vai ao encontro desse homem perdido, oferecendo-lhe sua casa, abrindo-lhe seus braços, dando-lhe seu perdão e esbanjando com ele sua misericórdia. Verdadeiramente, Deus é amigo do homem – e mais ainda do homem destruído pelo pecado e pelos seus próprios extravios.
 
Neste caminho de ida e volta, neste cruzar de caminhos (de Deus ao homem e do homem a Deus), situa-se Jesus Cristo, o Filho de Deus enviado pelo Pai, que vai em busca do ser humano.

Círio de Nazaré torna-se Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO


A celebração do Círio de Nazaré na cidade de Belém, no Pará, foi inscrita nesta quarta-feira (04) como Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO. Deste modo, esta manifestação religiosa e cultural para a integral a relação de outras 257 manifestações culturais em todo o mundo, que representam expressões do patrimônio imaterial que se transmitem e perpetuam nas comunidades humanas. 

Com a aprovação da candidatura brasileira, realizada no âmbito da 8ª Sessão Ordinária do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, o Brasil passa a ter quatro elementos de seu patrimônio intangível declarados pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade: Expressões orais e gráficas dos Wajãpis; Samba de Roda do Recôncavo Baiano; Frevo e agora Círio de Nazaré. 

A celebração do Círio de Nazaré é realizada em Belém do Pará no segundo domingo de outubro, reunindo milhares de pessoas que participam da procissão em honra a Nossa Senhora de Nazaré, naquela que é considerada uma das maiores procissões religiosas do mundo. A imagem da Virgem Maria em madeira é conduzida desde a Catedral da Sé até a Praça do Santuário de Nazaré.

 
A proteção a tradições culturais e folclóricas da humanidade é regida pela Convenção Internacional para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada pela 32ª Conferência Geral da UNESCO em outubro de 2003 e em vigor desde abril de 2006. (JE)
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Conselho Mundial de Igreja dedicará dia de aprofundamento sobre Exortação de Francisco


“Um documento empenhativo e estimulante”: assim, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) define a Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, a primeira do Papa Francisco.

Para o Secretário-Geral do CMI, Rev. Olav Fykse Tveit (foto), a Exortação é “mais do que um simples texto que transmite a mensagem do Sínodo sobre a evangelização. Responde à necessidade de renovação da Igreja em todos os níveis do ponto de vista do chamado a ser uma Igreja em missão”.

E acrescenta: “O tom do documento é aberto e, ao mesmo tempo, empenhativo e estimulante”. O Pastor norueguês recorda que o Conselho Mundial de Igrejas acaba de concluir sua X Assembleia, que se realizou em Busan (Coreia do Sul), de 30 de outubro a 8 de novembro, durante a qual as 345 Igrejas-membro refletiram sobre a necessidade de renovação da Igreja e do movimento ecumênico, além da missão de viver a partir das “margens da sociedade”.

Ver. Tveit evidencia, portanto, um “paralelo” entre o caminho empreendido pelo CMI depois de Busan e as reflexões do Papa Francisco. Por isso, o Conselho decidiu organizar no mês de janeiro uma jornada especial de discussão e estudo sobre a Exortação.


“O CMI e a Santa Sé – lê-se no comunicado da instituição – continuam a trabalhar em estreito contato um com o outro no decorrer das últimas décadas através do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.”


No site do Conselho, os membros são convidados a lerem a “Alegria do Evangelho” através de um link que leva ao texto da Exortação. 
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bispo iraquiano denuncia perseguição aos cristãos: "Nos ajudem, por favor!"

Na Paróquia de S. George (igreja caldéia), policiais cristãos fazem a segurança
contra possíveis ataques por parte de muçulmanos fanáticos.

“No Iraque há cada vez menos cristãos. A violência, o medo, a falta de trabalho e de segurança, nos empurra para fora do país, para longe de nossas casas e de nossas famílias.” Dom Shlemon Warduni contou sobre a tragédia que parece não ter fim.

“O futuro dos Cristãos no Iraque, e em todo o Oriente Médio, é muito obscuro e pode se dizer que realmente existe um plano para retirar os cristãos.” É o que descreve Dom Shlemon Warduni, 70 anos, Bispo auxiliar de Bagdá, do Patriarcado Caldeu da Babilônia, sobre a terrível situação em que se encontram os cristãos no seu país e em toda a região.

A convite da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Dom Warduni recordou, numa conferência na Igreja do Sacramento, em Lisboa (Portugal), todo histórico de violência e intolerância que se tem exercido sobre as comunidades cristãs no Iraque durante os últimos anos.


As histórias que contou têm um traço comum: a tragédia que se abateu sobre a comunidade cristã: “Devem ter ouvido falar sobre os ataques contra os cristãos em Bagdá, Mosul e outros lugares do Iraque. Usando a força, queriam [os muçulmanos radicais] que os cristãos deixassem as suas casas e, sob ameaças de morte, exigiam à conversão ao islamismo. Depois ocorreu uma outra tragédia para os nossos cristãos de Mosul, quando vários foram assassinados e, consequentemente, muitas famílias obrigadas a fugir da cidade… Então eu lhe pergunto, como podem viver os cristãos nesta situação tão trágica?”

Como podem viver assim? A pergunta do Bispo já contém a resposta que permite explicar o êxodo em massa dos cristãos do Iraque, reduzidos, atualmente, a não mais de 400 ou 500 mil em todo o país. Defendendo um caminho de paz, alicerçado na oração, o Bispo iraquiano afirmou que “é preciso condenar todas as guerras, todas as formas de terrorismo e, com amor, construir uma cultura onde o homem pode ser salvo e viver com dignidade”.


Agradecendo a oportunidade oferecida pela AIS para explicar, pessoalmente, a opressão que os cristãos tem sofrido no seu país, o Bispo auxiliar de Bagdá terminou a conferência, em Lisboa, lançando um apelo às dezenas de pessoas presentes na Igreja do Sacramento: “Nos ajudem, por favor, com as vossas orações, e peçam que Nossa Senhora nos proteja!”
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