sábado, 16 de janeiro de 2021

Papa Francisco e Bento XVI foram vacinados contra Covid-19



O Vaticano confirmou na quinta-feira, 14 de janeiro, que o Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI já receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19.

“Posso confirmar que como parte do programa de vacinação do Estado da Cidade do Vaticano até hoje a primeira dose da vacina para a Covid-19 foi administrada ao Papa Francisco e ao Papa Emérito”, informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, respondendo a perguntas dos jornalistas.

O Vaticano começou a administrar a vacina contra COVID-19 no 13 de janeiro, segundo informou a sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa Francisco já havia anunciado, em uma entrevista recente parcialmente transmitida no sábado, 10 de janeiro, em Canale 5, na Itália, que receberia a vacina COVID 19 nesta semana.
“Acredito que eticamente todos devem tomar a vacina. Porque está em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a vida dos outros”, disse o Santo Padre.

Papa não tem certeza se viajará ao Iraque devido à pandemia de coronavírus



A viagem do Papa Francisco ao Iraque, prevista para acontecer de 5 a 8 de março, está incerta devido às consequências da pandemia do coronavírus.

O Santo Padre, durante a entrevista que concedeu recentemente ao Canal 5 da Itália, afirmou que não sabe se essa viagem finalmente acontecerá.

No entanto, os organizadores continuam com os preparativos e o Patriarcado da Babilônia dos Caldeus já apresentou o lema e a logo da viagem apostólica.

O lema, "Todos sois irmãos", extraído de uma passagem do Evangelho de São Mateus, é uma declaração de intenções: o Papa vem propor uma ideia de fraternidade de tal modo que a viagem ao Iraque seria uma continuação da realizada em 2019 aos Emirados Árabes Unidos.

Em relação à logo, representa o mapa do Iraque com seus emblemas históricos: os rios Tigre e Eufrates e a palmeira. Uma pomba da paz voa com um ramo de oliveira sobre as bandeiras entrelaçadas do Iraque e do Vaticano.

Esta viagem é especialmente esperada pelas autoridades iraquianas que acreditam que a visita papal ajudará a resolver uma situação especialmente difícil. Por enquanto, o simples anúncio da viagem já teve alguns efeitos positivos para a convivência.

Um deles foi a inclusão do Dia de Natal entre os feriados nacionais, proclamado pelo Parlamento iraquiano.

Outro gesto, talvez mais do que um gesto, foi a decisão do líder muçulmano-xiita iraquiano, o clérigo Muqtada al Sadr, e chefe do grupo Sadrista com forte representação no Parlamento, de criar um Comitê encarregado de coletar informações sobre as denúncias de expropriação indevida de imóveis de proprietários cristãos em várias regiões do país.

A restituição das casas expropriadas aos cristãos é uma medida que visa a reconciliação entre iraquianos de diferentes religiões e um ato de justiça que Sadr vem promovendo desde 2016.

Além disso, o governo iraquiano está promovendo várias medidas para facilitar o retorno dos cristãos aos territórios dos quais foram expulsos pelo Estado Islâmico. Para o governo iraquiano, essa é uma medida necessária para a reconstrução do país.

Caso seja finalmente realizada, a viagem do Pontífice ao Iraque incluirá a capital, Bagdá, a Planície de Ur, ligada à memória de Abraão, e as cidades de Erbil, Mosul e Qaraqosh, na Planície de Nínive.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Papa ratifica ordenação sacerdotal reservada a homens ao conceder acesso de mulheres aos ministérios de acolitado e leitorado



Diante de interpretações desviadas, Francisco é bem claro: "A Igreja não tem de forma alguma a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres".

Acesso de mulheres aos ministérios de acolitado e leitorado é formalizado pelo Papa, de forma estável e institucionalizada, com mandato especial detalhado no motu proprio Spiritus Domini.

O documento modifica o primeiro parágrafo do cânon 230 do Código de Direito Canônico e estabelece que as mulheres podem ter acesso a esses ministérios por meio de um ato litúrgico específico.

Isto quer dizer que as mulheres que leem a Palavra de Deus durante as celebrações litúrgicas ou que servem no altar como ministrantes ou como dispensadoras da Eucaristia passam a contar com um reconhecimento institucionalizado e oficial.

A sua participação no altar não é nenhuma novidade, já que a prática podia ser autorizada pelos bispos. Mas ainda não havia mandato institucional próprio. De fato, quando São Paulo VI aboliu as chamadas “ordens menores” em 1972, o acesso a esses ministérios ficou reservado apenas ao sexo masculino porque eles eram considerados ministérios preparatórios para uma eventual ordenação sacerdotal.

Promotores do aborto buscam grandes mudanças em 2021 com administração Biden



Os promotores do aborto nos Estados Unidos esperam que, com a nova administração do presidente eleito, o democrata Joe Biden, novas políticas sejam geradas e funcionários relacionados à agenda abortista no país sejam nomeados para ampliá-la.

"A Planned Parenthood está comprometida a se aliar com a administração Biden-Harris para assegurar que a saúde sexual e reprodutiva não se prejudique na política de saúde nem quando sejam feitas nomeações", disse Alexis McGill Johnson, presidente da organização abortista Planned Parenthood, em um artigo publicado em 31 de dezembro no site Elle.

“No primeiro dia, queremos que Biden emita uma ordem executiva demonstrando o compromisso do governo em fazer avançar o acesso ao cuidado da saúde e impedir políticas prejudiciais como o Título X, que impediu os pacientes de acessar ao cuidado de saúde em centros sanitários de Planned Parenthood ”, indicou Johnson.

O Título X é um programa federal criado em 1970 sob a Lei de Serviços de Saúde Pública que fornece fundos de planejamento familiar para clínicas em todo o país para contraceptivos e outros serviços de planejamento familiar.

A lei estabelece que os fundos não podem ser usados ​​para "programas nos quais o aborto é um método de planejamento familiar".

Johnson pediu ao governo Biden-Harris que “faça mudanças críticas” em Título X para que mais pessoas possam se beneficiar desses fundos.

Johnson também espera que a nova administração rejeite a Emenda Hyde, uma lei de 1977 que proíbe o uso de fundos federais para pagar abortos.

Em sua opinião, essa norma "é uma política discriminatória que impede as pessoas de obter seguro saúde através do Medicaid ou outros programas financiados pelo governo para ter acesso à cobertura de aborto legal e seguro".

Novo Núncio Apostólico apresenta suas credenciais ao presidente do Brasil



O novo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, entregou quinta-feira, 7 de janeiro, suas credenciais ao presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informa o site da Presidência da República, Bolsonaro recebeu na quinta-feira os recém-nomeados embaixadores na cerimônia de entrega de cartas credenciais, sendo eles: Luis Filipe Melo e Faro Ramos, embaixador de Portugal, e Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico da Santa Sé.

A carta credencial, explica o Planalto, “é uma carta formal enviada de um Chefe de Estado para outro, que formaliza o envio de um embaixador do país de origem ao país de acolhimento”.

Dom Giambattista Diquattro foi nomeado representante diplomático da Santa Sé no Brasil pelo Papa Francisco em 29 de agosto de 2020 e substitui Dom Giovanni D’Aniello, o qual foi nomeado Núncio na Rússia em 1º de junho do ano passado.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

EUA: Bispos católicos condenam violência no Capitólio



O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos da América (USCCB) condenou, em comunicado, os protestos violentos desta quarta-feira no Capitólio norte-americano, que resultaram em quatro mortes.

“Uno-me às pessoas de boa vontade para condenar a violência no Capitólio dos Estados Unidos. Não é assim que somos, como americanos. Rezo pelos membros do Congresso e da equipa do Capitólio, pela polícia e por todos aqueles que trabalham para restaurar a ordem e a segurança pública”, referiu o arcebispo de Los Angeles, D. José H. Gomez.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados por manifestantes pró-Trump no Capitólio; o debate no Senado foi retomado pelas 20h00 locais (01h00 de hoje, em Lisboa).

O presidente da USCCB sublinha que “a transição pacífica de poder é uma das marcas” do país.

“Neste momento preocupante, devemos comprometer-nos novamente com os valores e princípios da nossa democracia e unir-nos como uma nação sob Deus”, escreve o responsável católico, rezando por “sabedoria e a graça de um verdadeiro patriotismo e amor à pátria”.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

A exemplo dos Magos, adorar Deus, pede Papa na Festa da Epifania


HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Solenidade da Epifania do Senhor
Basílica de São Pedro
Quarta-feira, 6 de janeiro de 2021




“O evangelista Mateus assinala que os Magos, quando chegaram a Belém, «viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No» (Mt 2, 11). Adorar o Senhor não é fácil, não é um dado imediato: requer uma certa maturidade espiritual, sendo o ponto de chegada dum caminho interior, por vezes longo. Não é espontânea em nós a atitude de adorar a Deus. É verdade que o ser humano precisa de adorar, mas corre o risco de errar o alvo; com efeito, se não adorar a Deus, adorará ídolos – não existe meio termo, ou Deus ou os ídolos, ou para usar uma palavra de um escritor francês: “Quem não adora a Deus, adora o diabo” – e, em vez de ser crente, tornar-se-á idólatra. É assim, aut aut.

Neste nosso tempo, há particular necessidade de dedicarmos, tanto individualmente como em comunidade, mais tempo à adoração, aprendendo cada vez melhor a contemplar o Senhor. Perdeu-se um pouco o sentido da oração de adoração, devemos retomá-lo, quer comunitariamente como na própria vida espiritual. Por isso, hoje, queremos aprender com os Magos algumas lições úteis: como eles, queremos prostrar-nos e adorar o Senhor. Adorá-lo seriamente, não como disse Herodes: “Diga-me onde é o lugar e irei adorá-lo”. Não, essa adoração não está certo. Com seriedade!

Das leituras desta Eucaristia, recolhemos três expressões que podem ajudar-nos a entender melhor o que significa ser adorador do Senhor; ei-las: «levantar os olhos», «pôr-se a caminho» e «ver». Essas três expressões nos ajudarão a entender o que significa ser um adorador do Senhor.

A primeira expressão – levantar os olhos –, encontramo-la em Isaías. À comunidade de Jerusalém, pouco antes regressada do exílio e agora caída em desânimo por causa de dificuldades sem fim, o profeta dirige-lhe este forte convite: «Levanta os olhos e vê» (Is 60, 4). Convida-a a deixar de lado cansaço e lamentos, sair das estreitezas duma visão limitada, libertar-se da ditadura do próprio eu, sempre propenso a fechar-se em si mesmo e nas preocupações particulares. Para adorar o Senhor, é preciso antes de mais nada «levantar os olhos», ou seja, não se deixar enredar pelos fantasmas interiores que apagam a esperança, nem fazer dos problemas e dificuldades o centro da própria existência. Isso não significa negar a realidade, fingindo-se ou iludindo-se que tudo corre bem. Não. Mas olhar de modo novo os problemas e as angústias, sabendo que o Senhor conhece as nossas situações difíceis, escuta atentamente as nossas súplicas e não fica indiferente às lágrimas que derramamos.

Este olhar que, apesar das vicissitudes da vida, permanece confiante no Senhor, gera a gratidão filial. E, quando isto acontece, o coração abre-se à adoração. Pelo contrário, quando fixamos a atenção exclusivamente nos problemas, recusando-nos a levantar os olhos para Deus, o medo invade o coração e desorienta-o, gerando irritação, perplexidade, angústia, depressão. Nestas condições, é difícil adorar ao Senhor. Se isto acontecer, é preciso ter a coragem de romper o círculo das nossas conclusões precipitadas, sabendo que a realidade é maior do que os nossos pensamentos. Levanta os olhos e vê: o Senhor convida-nos, em primeiro lugar, a ter confiança n’Ele, porque cuida realmente de todos. Ora, se Deus veste tão bem a erva no campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais não fará Ele por nós? (cf. Lc 12, 28). Se levantarmos o olhar para o Senhor e considerarmos a realidade à sua luz, descobrimos que Ele nunca nos abandona: o Verbo fez-Se carne (cf. Jo 1, 14) e permanece conosco sempre todos os dias (cf. Mt 28, 20). Sempre.

Quando levantamos os olhos para Deus, os problemas da vida não desaparecem, não, mas sentimos que o Senhor nos dá a força necessária para enfrentá-los. Assim, «levantar os olhos» é o primeiro passo que predispõe para a adoração. Trata-se da adoração do discípulo que descobriu, em Deus, uma alegria nova, uma alegria diferente. A alegria do mundo está fundada na posse dos bens, no sucesso ou noutras coisas semelhantes, sempre com o “eu” no centro. Pelo contrário, a alegria do discípulo de Cristo tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, cujas promessas nunca falham, apesar das situações de crise em que possamos chegar a encontrar-nos. Então a gratidão filial e a alegria suscitam o desejo de adorar o Senhor, que é fiel e nunca nos deixa sozinhos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Palavra de Vida: «Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos.»



Todos os anos, cristãos de várias Igrejas dedicam um tempo comum à oração (1), para pedirem juntos ao Pai a graça da unidade, de acordo com o desejo de Jesus. 

Jesus pediu a unidade “para que o mundo acredite” (Jo 17,21): é através da unidade que o mundo se transforma, que se gera a comunhão, a fraternidade e a solidariedade. A unidade é fundamentalmente uma dádiva de Deus. Por isso, é indispensável pedi-la ao Pai, com insistência e confiança.

Um grupo de pessoas que, em Espanha, vive a Palavra de vida, fez esta experiência. Já há alguns anos que, precisamente durante a Se- mana de Oração pela Unidade dos Cristãos, sentiam a necessidade de rezar, pedindo a graça da unidade, e de estabelecer pontes. Escreve a Margarida: «Contactámos com o responsável diocesano pelo ecumenismo, os párocos, o sacerdote ortodoxo e os pastores evangélicos. Reunimo-nos para rezar, como cristãos unânimes, primeiro na paróquia católica e em seguida na ortodoxa, e sempre as nossas igrejas se encheram daquela alegria que vem da presença de Deus. É Ele que abre os caminhos da unidade».

Para este ano de 2021, a comunidade monástica de Grandchamp (2) propôs, como luz para este caminho, um lema muito eficaz, tirado do evangelho de João:

«Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos.» 

É um veemente apelo a viver e a trabalhar pela unidade dos cristãos nestes dias tão especiais, continuando depois durante o ano inteiro, e a vida inteira. As divisões entre nós são uma ferida grave que precisa de ser curada, primeiro pela misericórdia de Deus e depois pelo compromisso de nos conhecermos, de nos estimarmos e de testemunharmos juntos o Evangelho. Com estas palavras, Jesus indica-nos os passos que devemos dar: antes de tudo, “permanecer” no Seu amor. 

É preciso, para isso, estreitar mais fortemente a nossa relação pessoal com Ele, confiar-Lhe a nossa vida, acreditar na Sua misericórdia. De facto, Jesus, fielmente, “permanece” sempre connosco. Ao mesmo tempo, Ele chama-nos a segui-Lo com decisão para, como Ele, fazermos da nossa existência uma oferta agradável ao Pai. Propõe-nos que O imitemos atendendo com delicadeza às necessidades das pessoas que partilham connosco uma pequena ou grande parte do nosso dia, desinteressadamente e com generosidade, para assim produzirmos “muitos frutos”.