quinta-feira, 9 de maio de 2019

Quando o silêncio não é a resposta


Em meio às discussões e disputas ocasionadas pelas denúncias de graves erros doutrinários, abusos litúrgicos e instrumentalização da Igreja para a promoção de uma agenda esquerdista por parte da CNBB, surgiram muitos sofismas e ideias equivocadas, especialmente por quem se esforçava para defender o indefensável ou silenciar os denunciantes.

Algumas verdades precisam ficar bem claras:

01- As graves denúncias foram feitas com base em fatos e podem ser comprovadas com farta documentação

Muitos tentaram desqualificar as denúncias dizendo que se tratavam de fofocas, mal-entendidos, meias verdades ou mesmo mentiras, quando na realidade se tratam de fatos que podem ser demostrados de maneira clara e inequívoca.

02- Expor os erros da CNBB não significa atacar a Igreja

Não se pode simplesmente identificar a Igreja com a CNBB, do contrário teríamos que aceitar que a Igreja Católica mudou sua doutrina, ou, o que é pior, que está fadada ao erro no tocante ao seu ensinamento de fé e moral; pois há uma clara discrepância entre a doutrina da Igreja Católica e o que ensina a CNBB.

Por exemplo:

– A Igreja Católica ensina que a legítima defesa é um direito e até mesmo um dever, podendo-se fazer uso das armas para repelir o agressor; mas a CNBB é contra o direito do cidadão de bem possuir armas e está militando pelo desarmamento;

– A moral católica ensina que os criminosos devem ser impedidos de continuar atuando e serem separados do convívio social; enquanto as cartilhas da CNBB ensinam que prisão não resolve, defendendo uma política de desencarceramento;

– A Igreja Católica condena o socialismo, mostrando ser este incompatível com a fé cristã; enquanto a CNBB pauta boa parte de sua visão de sociedade em uma perspectiva socialista;

– A Igreja Católica defende a propriedade privada e condena a invasão das mesmas; enquanto a CNBB incentiva a invasão de terras e financia o MST e outros movimentos revolucionários que promovem invasões e depredações;

– A Igreja Católica na defesa da família combate vigorosamente a ideologia de gênero; enquanto a CNBB em suas cartilhas utiliza a terminologia dos ideólogos de gênero.

Por essas e muitas outras é que não se pode de modo simplista identificar a Igreja Católica com a CNBB, a doutrina católica e o ensinamento da CNBB.

03- A Igreja Católica é nossa mãe e mestra e não a CNBB

Embora sejam estruturas legais e previstas no Direito Canônico, as Conferências Episcopais não fazem parte da hierarquia da Igreja Católica, de modo que suas iniciativas, doutrinas ou declarações não obrigam nem o clero nem os fiéis, salvo naquilo que é previsto pelo próprio direito ou determinado pela Santa Sé.

Portanto, não se pode dar à Conferência Episcopal o mesmo status e função que tem a Igreja mesma. Neste sentido podemos afirmar que somos filhos da Igreja e não da CNBB.

Vaticano: Papa quer católicos e judeus juntos para superar preconceitos e combater antissemitismo


O Papa convidou hoje católicos e judeus a unir forças para superar preconceitos e combater o antissemitismo.

Francisco recebeu os membros do Pontifício Instituto Bíblico, que está a promover, em Roma, o congresso ‘Jesus e os Fariseus. Um reexame interdisciplinar’.

“No nosso mundo, os estereótipos negativos tornaram-se, infelizmente, muito comuns. Um dos estereótipos mais antigos e prejudiciais é justamente o de ‘fariseu’, especialmente se usado para denigrir os judeus”, refere o discurso entregue pelo pontífice aos participantes na assembleia.

Estudos recentes, prossegue Francisco, reconhecem que hoje se sabe menos dos fariseus do quanto acreditavam as precedentes gerações. Estamos menos certos de suas origens e de muitos de seus ensinamentos e práticas.

“Portanto, a pesquisa interdisciplinar sobre questões literárias e históricas acerca dos fariseus, debatida pelo Congresso, ajudará a adquirir uma visão mais verdadeira deste grupo religioso, contribuindo também para combater o antissemitismo.”

Considerações sobre a "Mensagem da CNBB ao povo brasileiro"



A "mensagem da CNBB ao povo brasileiro", publicada por ocasião da sua 57a. Assembleia Geral, está mais para "manifesto da militância cnbbista contra o povo brasileiro" [1].

Basta o mínimo de informação para ser capaz de identificar, no "manifesto" da Conferência dos Bispos, estereótipos, tipos, lugares comuns, distorções - e as falsificações! - que lotam o discurso comuno-esquerdista. Como é possível que Bispos católicos subscrevam uma "mensagem" que utilize o já batido e furado conceito de "feminicídio"? Mas não é só isso.

A CNBB - Conferência dos Bispos acusa o governo brasileiro de fazer a "opção" por um "liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população". É óbvio que não estou aqui para uma defesa do liberalismo, o bom senso mostra que sem os parâmetros devidos ele pode sim gerar problemas. Mas, onde está esse "liberalismo exacerbado e perverso" que a Conferência dos Bispos denuncia? Que políticas sociais foram "ignoradas", tendo em vista até mesmo a concessão de um "13o" para o Bolsa Família?

Fala-se no "cuidado especial" com a "educação" que, segundo os Bispos, está "gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e desconsideração da importância das pesquisas". É patente que todo o alarde feito com o tal corte de verbas é instigado sobretudo pelos que mais usufruem das próprias verbas, ou por quem ainda se deixa enganar pelo discurso idealizado e embelezado a respeito da educação e das universidades. Falo com conhecimento de causa, pois sou formado em Filosofia, exatamente em uma das "disciplinas" que a CNBB diz ser "necessária" para a "formação humana". E eu vi com os meus próprios olhos o contrário: a mais absoluta degradação humana, moral e intelectual. Várias vezes dei o meu testemunho nas redes sociais sobre a universidade. Militância comunista, território livre para o tráfico e o consumo de drogas, o turismo acadêmico pelo país e pelo mundo, desvio de verbas e de bolsas de pesquisa, etc., etc. Pesquisas completamente estúpidas que eu mesmo conferia semanalmente estampadas pelos corredores. É que o cidadão não sabe que paga com o seu dinheiro suado "pesquisas" sobre a propaganda do sabão em pó OMO, ou para avaliar se na "Odisseia" de Homero, Penélope de fato ouviu o canto dos pretendentes - para não falar de outros absurdos que vieram a público. E a CNBB vem me falar, com um país praticamente quebrado, em "desconsideração da importância das pesquisas"? O que esses Bispos sabem a respeito do ambiente e da pesquisa universitária? Santa paciência...

A Conferência dos Bispos ainda repete o grito de ordem comunista: "é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras". Mas quais direitos foram cortados e suprimidos?

A CNBB desarmamentista prega: "o verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento 'Não matarás' e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas". Prega com palavras de um falso "amor", e esconde o próprio Catecismo da Igreja Católica, que prevê a legítima defesa, inclusive armada e, se necessário for, ao ponto de matar o agressor (CIC 2263, 2264 ss.).

"Povos originários". A CNBB fala da "ameaça aos direitos dos povos indígenas", como se fosse realmente representante dos índios. Expressa muito mais as posições dos "índios" fabricados em universidades, fantasiados pelos "movimentos sociais" e pelo CIMI. Conselho Indigenista Missionário, ligado à própria CNBB, e envolvido em uma série de escândalos, sendo inclusive objeto de CPI [2]. A Conferência dos Bispos estaria também explorando os "povos indígenas"? Como responde a tantas denúncias?

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Paquistão: Asia Bibi, cristã que escapou de condenação à morte, está no Canadá



Asia Bibi, a cristã paquistanesa que passou oito anos no corredor da morte acusada de blasfémia, deixou o seu país e reuniu-se com familiares no Canadá.

A notícia foi confirmada pelo seu advogado, que fala num “grande dia”, informa a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Saif Ul Malook disse ainda que o asilo no Canadá foi o resultado do trabalho de ativistas, diplomatas e organizações que lutaram durante estes “tempos difíceis” pela “liberdade de Asia Bibi”. 

O Supremo Tribunal do Paquistão rejeitou em janeiro um recurso contra a sua decisão de absolver a cristã das acusações de blasfêmia, pelas quais tinha sido condenada à morte.

CCJ do Senado vota hoje a PEC da Vida, contra a legalização aborto



A proposta de 2015 será votada hoje (8) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e visa impedir o maldito ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) na matéria do aborto.

O Supremo já legalizou através de seu ativismo, e contra a vontade da maioria do povo e do Legislativo, o aborto eugênico de fetos portadores de anencefalia (ADPF 54). Agora visam aumentar a promoção do aborto eugênico para casos de microcefalia (ADI 5581) para que possam legalizar o aborto em todos os casos até a 12ª semana (ADPF 442). O maior ativista do aborto no Supremo é o Min. Luís Roberto Barroso.

A proposta (PEC da Vida) quer alterar o artigo 5º da Constituição Federal para garantir o direito à vida “desde a concepção” como cláusula pétrea (imutável).

Defensores do movimento pró-vida tentam avançar no Senado. Nesta quarta-feira, 8, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa vota a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 29, de 2015, que deseja mudar o artigo quinto da Constituição Federal para garantir o direito à vida “desde a concepção”. Na prática, se for aprovada, a PEC irá dificultar alterações legais favoráveis ao aborto (assassinato) no futuro.

A proposta é apoiada pela bancada evangélica e pelos católicos romanos, que a batizaram de “PEC da Vida”. Originalmente, a PEC foi apresentada em 2015 pelo ex-senador protestante Magno Malta, mas foi desarquivada no começo deste ano a pedido do senador Eduardo Girão (PODE-CE) – Girão é membro do grupo “Movida”, que se dedica a extinguir a possibilidade de abortos em qualquer situação. No relatório feito pela senadora Juíza Selma (PSL-MT), apresentado à CCJ no dia 24 de abril, a parlamentar foi favorável ao texto e defendeu que “o direito à vida desde a concepção é o principal de todos os direitos humanos”.

Papa afirma que “não há acordo” na comissão sobre a ordenação de diaconisas


Na conferência de imprensa a bordo do avião que retornou de Macedônia para Roma, o Papa Francisco indicou que o estudo da Comissão sobre a possibilidade de ordenar diaconisas na Igreja parou e seus resultados a matéria “até agora não vai”.

“O fundamental é que não há certeza de que foi uma ordenação com a mesma forma e com o mesmo propósito da ordenação masculina. Alguns dizem que há dúvida. Vamos seguir em frente no estudo. Não tenho medo de estudar, mas até o momento não vai ”, disse o Santo Padre, respondendo a uma pergunta sobre a comissão que ele criou em 2016 para analisar o papel das diaconisas na Igreja Católica.

O Santo Padre recordou que, após uma consulta recebida da União Internacional de Superiores Gerais (UISG) em 2016, ordenou a criação de uma comissão de estudos que “esteve e trabalha há quase dois anos. Eles eram todos diferentes, todos os sapos de diferentes poços. Todo mundo pensava diferente, mas eles trabalharam juntos e concordaram em um certo ponto ».

No entanto, ele disse, “cada um deles tem sua própria visão que não concorda com a dos outros. E lá eles pararam como comissão e cada um está estudando para continuar adiante ”.

O Papa Francisco também disse que “no diaconato feminino, há uma maneira de concebê-lo não com a mesma visão do diaconato masculino. Por exemplo, as fórmulas de ordenação diaconal encontradas até agora pela comissão não são as mesmas para a ordenação do diácono masculino e são mais parecidas com o que hoje seria a bênção abacial de uma abadessa ”.

Isto, explicou o Santo Padre, “é o resultado de alguns deles. Estou falando um pouco de boatos, do que me lembro. Outros dizem “não, isso é uma fórmula diaconal”, mas eles argumentam. Não está claro. Havia diáconas no começo, mas foi a ordenação sacramental ou não? E isso é discutido e não está claro ».

Em mensagem ao povo brasileiro, CNBB critica principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro



MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO

“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5)

Suplicando a assistência do Espírito Santo, na comunhão e na unidade, nós, Bispos do Brasil, reunidos na 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, no Santuário Nacional, em Aparecida-SP, de 1 a 10 de maio de 2019, dirigimos nossa mensagem ao povo brasileiro, tomados pela ternura de pastores que amam e cuidam do rebanho. Desejamos que as alegrias pascais, vividas tão intensamente neste tempo, renovem, no coração e na mente de todos, a fé em Jesus Cristo Crucificado-Ressuscitado, razão de nossa esperança e certeza de nossa vitória sobre tudo que nos aflige.

“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20)

Enche-nos de esperançosa alegria constatar o esforço de nossas comunidades e inúmeras pessoas de boa vontade em testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, comprometidas com a vivência do amor, a prática da justiça e o serviço aos que mais necessitam. São incontáveis os sinais do Reino de Deus entre nós a partir da ação solidária e fraterna, muitas vezes anônima, dos que consomem sua vida na transformação da sociedade e na construção da civilização do amor. Por essa razão, a esperança e a alegria, frutos da ressurreição de Cristo, hão de ser a identidade de todos os cristãos. Afinal, quando deixamos que o Senhor nos tire de nossa comodidade e mude a nossa vida, podemos cumprir o que ordena São Paulo: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!’ (Fl 4,4) (cf. Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exultate, 122).

Nossos Bispos reunidos


Como todos os anos, vimos pedir aos nossos fiéis orações especiais pelos seus Bispos, pois é interesse de todos que os seus pastores os guiem bem. Porque está acontecendo em Aparecida a 57ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estou presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva, tratando de assuntos importantes para a Igreja no Brasil.

Durante a Assembleia, os Bispos celebram a Santa Missa, rezam em comum o Ofício Divino, fazem retiro espiritual e tratam de assuntos importantes e necessários à vida da Igreja.

A Assembleia desse ano, entre muitos outros assuntos, tem como tema central as “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023”. Na linha de continuidade com as Diretrizes passadas, as DGAE 2019-2023 têm como objetivo geral ANUNCIAR A ALEGRIA DO EVANGELHO, no Brasil cada vez mais urbano, e formar discípulos, em comunidades de fé, saindo em missão rumo às periferias existenciais, em solidariedade com os pobres, sofridos e abandonados, no cuidado da casa comum, testemunhando o reino de Deus.

Cinco urgências foram definidas: estado permanente de missão; iniciação à vida cristã; animação bíblica da vida e da pastoral; comunidade de comunidades; serviço à vida plena para todos. Diante da cultura urbana, cada vez mais abrangente, as DGAE 2019-2023 estão estruturadas a partir da imagem da comunidade cristã como “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9). No centro, como eixo, está a Comunidade Eclesial Missionária, sustentada por “quatro pilares”: Palavra, Pão, Caridade e Missão.

Além dos temas religiosos, a Assembleia trata de outros assuntos de interesse geral: “A Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política... não pode nem deve se colocar no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Deve inserir-se nela pela via da argumentação racional e deve despertar as forças espirituais, sem as quais a justiça não poderá firmar-se nem prosperar” (Deus caritas est, n. 28).