segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

MA: Fieis católicos são incriminados por rechaçar "missa dos quilombos" realizada na Catedral de São Luís


A inculturação tem como finalidade transmitir as verdades do evangelho, apresentando-as de forma que os destinatários as possam compreender e viver, aproveitando as expressões culturais de povos não-europeus, que guardam, assim, sua identidade. Não é tarefa das mais fáceis, podendo facilmente descambar para o abuso. 

Foi o que ocorreu na Igreja Catedral da Arquidiocese de São Luís (MA) que, ao realizar no dia 15 de novembro a “missa dos quilombos”, virou alvo de críticas ao postar o vídeo em que um grupo de pessoas aparece dançando dentro da missa o chamado “tambor de crioula”, uma dança de origem africana praticada por inúmeros terreiros de candomblé e umbanda ao longo de todo o ano, para entoar cânticos às diversas entidades do Candomblé e da Umbanda, sobretudo em homenagem a São Benedito ou aos Pretos Velhos.

O objetivo da missa seria reforçar o combate ao racismo, à intolerância e ao preconceito mas a encenação virou alvo de protestos por parte dos católicos que criticaram que o evento tenha sido realizado dentro da Santa Missa, com alterações não permitidas pela liturgia católica.

Igrejas transformadas em discotecas: como o Papa lida com este fenômeno?


A Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, organizou em novembro o congresso “Deus não habita mais aqui? Redução dos locais de culto e gestão integrada dos bens culturais eclesiásticos“, promovido pelo Pontifício Conselho para a Cultura em parceria com a Conferência Episcopal Italiana.

Em debate esteve um fenômeno relativamente comum em países que já foram majoritariamente cristãos e que agora vivem um acelerado processo de laicização e esfriamento da fé, em especial no norte da Europa. Nessas regiões, muitas igrejas passaram pela assim chamada “redução de locais de culto“, ou seja, deixaram de ser templos católicos e foram vendidas. Algumas chegaram a ser transformadas em pousadas, museus, residências particulares e até mesmo bares, restaurantes e discotecas (é o caso da imagem principal desta matéria, que nos mostra a “ex-igreja” de San Giuseppe della Pace, em Milão).

No início do congresso, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, leu uma mensagem enviada pelo Papa Francisco na qual o Santo Padre recorda que os bens culturais da Igreja são testemunhas da fé da comunidade que os produziu ao longo dos séculos, sendo, por isso mesmo, instrumentos de evangelização.

Para Francisco, a constatação de que muitas dessas igrejas são hoje usadas para fins diversos daqueles que motivaram a sua construção deve ser interpretada como um sinal dos tempos e um chamado à reflexão.

118 entidades pró-vida e pró-família lançam nota pedindo Damares Alves como ministra


Damares Alves, advogada, pastora evangélica, assessora parlamentar e ativista pelos direitos dos indígenas, da vida desde a concepção e da família, tem uma legião de fãs espalhados pelo Brasil, graças aos anos que sacrificou para defender a vida dos outros. O nome de Damares – cotado para assumir o Ministério de Direitos Humanos – podia até ser desconhecido pelo jornalismo preguiçoso, limitado pela bolha progressista ou padecente de corrosivo preconceito anti-religioso, mas não há um só estado desse país que não tenha recebido, em algum momento, uma palestra de Damares Alves, contando seu dramático testemunho de vida ou alertando pais, igrejas e associações sobre as últimas ameaças à infância e à instituição familiar que eram tramadas no Congresso Nacional ou pelo PT, como o kit gay do MEC de Fernando Haddad.

É natural, portanto, que um número tão significativo de entidades dedicadas aos cuidados com gestantes, aos direitos dos nascituros, à proteção da instituição familiar e tantas outras, com várias motivações sociais, saiam imediatamente em defesa do nome de Damares, uma verdadeira unanimidade nesse meio, e alguém absolutamente capaz de dirigir o ministério.

Leia abaixo a manifestação publicada por esse grupo de entidades, e liderada pela Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família. A nota foi publicada neste sábado (01/12) e enviada em primeira mão ao Blog da Vida

Vaticano condena drogas e dependência de internet, jogos e sexo


Pela primeira vez foi realizada no Vaticano a Conferência Internacional "Drogas e dependências: Um obstáculo ao desenvolvimento humano integral", que reuniu pessoas envolvidas na luta contra o tráfico ilícito de drogas, como também no tema da prevenção, educação e reabilitação das vítimas destas substâncias e de outras dependências.

O evento foi realizado na Sala Nova do Sínodo entre 29 de novembro e 1º de dezembro, organizado pelo Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.

No início da palestra, o Prefeito do Dicastério, Cardeal Peter Turkson, destacou que procura enfatizar “o perigo das dependências que comprometem gravemente o uso da faculdade humana da liberdade e impedem o desenvolvimento de toda a pessoa, em todas as suas dimensões, além da promoção” da pessoa humana.

Além disso, o Cardeal Turkson assinalou que atualmente existem indivíduos que "são menos conscientes dos seus limites" e pareceria que "as dificuldades existenciais poderiam encontrar uma solução e uma resposta através da busca de produtos que poderiam fazer-nos esquecer dos problemas, acalmariam as inquietudes e dariam a impressão de viver uma vida quase perfeita, embora fosse irreal".

O Purpurado advertiu que "a dependência de drogas, como também a da internet, dos jogos, do sexo, atentam fortemente contra a liberdade da pessoa, que é a expressão fundamental da dignidade de todo ser humano”.

Por esta razão, o Cardeal Turkson condenou que "esta chaga deve ser firmemente condenada porque é alimentada por homens sem escrúpulos que, cedendo à tentação de ganhos fáceis, semeiam morte ceifando esperanças e destruindo muitas famílias”.

Milhares se reúnem em São Paulo contra o aborto e o ativismo judicial


A cidade de São Paulo voltou a ser o palco de uma Marcha pela Vida no último domingo, 2 de dezembro, quando cerca de 15 mil pessoas saíram às ruas para unir suas vozes e proclamar “salvemos as 2 vidas”, em uma manifestação que os organizadores classificaram como uma “grande festa”.

“Foi, na verdade, uma grande festa pela vida, com músicas, gritos de guerra, frases, todos cantando o hino”, contou um dos coordenadores do evento, Guilherme Montoro Mellim.

“Antes de começar a Marcha – recordou –, abriu o sol e, minutos depois que terminou, começou a chover. Isso nos alegrou bastante”.

Segundo Mellim, que esteve à frente da marcha juntamente com Fábio Gonçalves, um dos destaques deste evento foi a capacidade de “reunir tantas pessoas em torno de uma causa comum, isto é a defesa da vida”.

“Muitos foram para a Marcha preocupados com os abusos do STF (Supremo Tribunal Federal), com seu ativismo que vem se sobrepondo às competências do Congresso; outros se uniram porque acreditam e defendem a sacralidade da vida humana”, sublinhou o coordenador, ressaltado que em todos a “defesa da vida” era o que os unia.

Além disso, o coordenador da Marcha indicou que o evento teve ainda “impacto nas outras pessoas que passavam pelo local”, algumas das quais “paravam por cinco, dez minutos para ouvir o que estava sendo dito”.

Para Guilherme Mellim, outro destaque desta marcha foi ter unido diferentes pessoas, como “autoridades religiosas, políticos, jornalistas, professores universitários, médicos, advogados”.

Entre os diferentes nomes que fizeram parte deste evento estiveram, por exemplo, Padre Paulo Ricardo; o intelectual católico Bernardo Pires Küster; o especialista em Bioética e coordenador do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery; a deputada estadual eleita Dra. Janaína Paschoal; entre outros.

“Várias pessoas foram para a Marcha para ouvir o que eles tinham a dizer, a explicar”, indicou Guilherme Mellim, citando, por exemplo, a questão do ativismo judicial, os “problemas jurídicos, como o STF tem passado por cima do Congresso para tentar legislar sobre o aborto”.

Islamistas atentam contra vida de filhas de Asia Bibi


Um grupo de islamistas disparou contra a casa que refugia duas das filhas de Asia Bibi, denunciou Joseph Nadeem, que está cuidando da família da mãe católica desde que foi sentenciada de morte em 2010 acusada falsamente por blasfêmia.

"Estamos com medo. Nos últimos dias, os islamistas dispararam contra a porta da nossa casa. Estamos recebendo ameaças constantemente e em mais de uma ocasião nos perseguiram", disse Nadeem, cuja família acolhe duas filhas de Asia.

Em declarações à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Nadeem contou a dura experiência que estão vivendo desde que a Suprema Corte do Paquistão declarou Bibi inocente do crime de blasfêmia, no último dia 31 de outubro.

Como Asia Bibi e seu esposo Ashiq são praticamente analfabetos, Nadeem os ajuda com advogados e acompanhou durante anos Ashiq e a sua filha Eisham em suas viagens ao exterior, testemunhando o seu sofrimento e oferecendo apoio a Asia.

Posteriormente, em uma sentença histórica em 31 de outubro, a Suprema Corte declarou inocente a mãe de cinco filhos e ordenou que ela fosse libertada. Entretanto, Nadeem disse que, "quando absolveram a Asia, tivemos que fugir", e acrescentou que tanto Bibi como o seu esposo estão em um lugar seguro, protegidos pelo governo, mas a sua família não poderia estar com eles.

Desde então, as filhas de Asia Bibi, junto com a família Nadeem, tiveram que mudar de casa quatro vezes. "Os islamistas nos caçam e toda vez que percebemos que corremos perigo, fugimos imediatamente. Nem sequer podemos comprar comida. Só saio à noite com o rosto coberto", declarou Joseph.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Palavra de Vida: «Alegrai-vos sempre no Senhor!» (Fl 4, 4).


O apóstolo Paulo escreve à comunidade de Filipos, numa altura em que ele próprio está em graves dificuldades, vítima de uma perseguição. Todavia, a estes seus caros amigos ele aconselha, ou melhor, quase ordena para que “estejam sempre alegres”.

Mas será possível dar uma ordem como esta?

Olhando ao nosso redor, não é fácil encontrar motivos de serenidade, e muito menos de alegria!

Diante das preocupações da vida, das injustiças da sociedade, dos atritos entre os povos, é já um grande desafio não nos deixarmos desencorajar, derrotar, ou não nos fecharmos em nós mesmos.

Em todo o caso, Paulo faz-nos o convite:
«Alegrai-vos sempre no Senhor!».

Qual é o seu segredo?

«[…] há uma razão para que, apesar de todas as dificuldades, nós temos que estar sempre alegres. É a própria vida cristã, levada a sério, que permite isto. Por ela, Jesus vive em plenitude dentro de nós e, com Ele, não podemos deixar de estar na alegria. É Ele a fonte da verdadeira alegria, porque dá sentido à nossa vida, guia-nos com a sua luz, liberta-nos de todos os medos, tanto por aquilo que aconteceu no passado, como pelo que ainda nos espera. Dá-nos força para vencermos todas as dificuldades, tentações e as provações que possamos encontrar» (1).

A alegria do cristão não é um mero otimismo, nem a segurança do bem-estar material, nem sequer a alegria de quem é jovem e está de boa saúde. Acima de tudo, é fruto do encontro pessoal com Deus, no mais íntimo do coração.

"Um homossexual não pode ser sacerdote, nem consagrado", afirma o Papa Francisco.


O Papa Francisco afirmou que um homossexual não pode ser candidato para o sacerdócio ou a vida consagrada e que os formadores devem ser “exigentes” neste ponto.

“A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso. Temos de ser exigentes. Em nossas sociedades, parece até mesmo que a homossexualidade está em moda e essa mentalidade, de alguma maneira, também influência na vida da Igreja”, assinala o Papa no livro “A força da vocação”, de Publicações Claretianas, que será lançado em 3 de dezembro.

Em um trecho do livro, adiantado nesta sexta-feira por ‘Religión Digital’, o Santo Padre assinala que o preocupa a presença de pessoas com tendência homossexual no clero e na vida consagrada. “É algo que me preocupa, porque talvez em um momento não se enfocou bem”, indicou.

Francisco disse que nos candidatos ao sacerdócio ou à vida consagrada, “temos que cuidar muito na formação a maturidade humana e afetiva. Temos que discernir com seriedade e ouvir também a voz da experiência que a Igreja tem. Quando não se cuida do discernimento em tudo isso, os problemas crescem. Como dizia antes, acontece que no momento talvez não dão a cara, mas depois aparecem”.

“A questão da homossexualidade é uma questão muito séria que se deve discernir adequadamente desde o começo com os candidatos, se for o caso”, reiterou na entrevista realizada por Pe. Fernando Prado, diretor da editora claretiana de Madri.

Francisco recordou que certa vez “tive aqui um bispo um pouco escandalizado que me contou que soube que em sua diocese, uma diocese muito grande, havia vários sacerdotes homossexuais e que teve que enfrentar tudo isso, intervindo, em primeiro lugar, na formação, para formar outro clero distinto”.

“É uma realidade que não podemos negar. Na vida consagrada também não faltam casos. Um religioso me contava que, em visita canônica a uma das províncias de sua congregação, havia se surpreendido. Ele via que havia bons rapazes estudantes e que inclusive alguns religiosos já professos eram gays”, relatou.

O Papa disse que o religioso “duvidava da questão e me perguntou se havia algo de errado nisso. ‘Em suma – dizia ele – não é tão grave; é apenas expressão de um afeto’”.

“Isso é um erro”, advertiu Francisco. “Não é só expressão de um afeto. Na vida consagrada e na vida sacerdotal, este tipo de afetos não tem lugar. Por esse motivo, a Igreja recomenda que as pessoas com esta tendência radicada não sejam aceitas no ministério ou na vida consagrada. O ministério ou a vida consagrada não é seu lugar”.

Em seguida, assinalou que “aos padres, religiosos e religiosas homossexuais, é preciso instá-los a viver integramente o celibato e, sobretudo, que sejam primorosamente responsáveis, procurando não escandalizar nunca nem suas comunidades nem o santo povo fiel de Deus vivendo uma vida dupla. É melhor que deixem o ministério ou sua vida consagrada antes do que viver uma vida dupla”.