sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Grande marcha pela vida no Brasil ergue a voz contra o ativismo judicial


Uma grande marcha pela vida será promovida no Brasil no próximo dia 2 de dezembro, em São Paulo, a fim de levantar a voz contra o ativismo judicial que busca descriminalizar o aborto no país; além disso, une-se ao movimento internacional de países latino-americanos na defesa de leis que protejam as duas vidas: a do nascituro e a da gestante.

Segundo os organizadores, “os movimentos pró-vida no Brasil têm promovido marchas pela vida há muitos anos, em diversas cidades, frente ao risco constante de aprovação do aborto pelo Congresso Nacional”.

Porém, ressaltam que “atualmente setores pró-aborto chegaram até a driblar o sistema democrático para tentar impor essa prática através da ADPF 442/2017”, apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Esta ADPF 442 questiona os artigos 124 e 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. Assim, propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

“Por isso – explicam os organizadores –, no dia 02 de dezembro, nós brasileiros realizaremos uma grande concentração para a defesa de propostas, ideias e mensagens em defesa da vida, num ambiente de solidariedade, música e alegria”.

Assim, a Marcha pela Vida, apresentará entre seus objetivos e propostas: pressionar os poderes públicos a respeitarem a vida desde a concepção até a morte natural; promover a divulgação das associações que oferecem orientação e apoio às gestantes em crise; pedir a rejeição e improcedência da ADPF 442/2017; pedir a aprovação do projeto de lei (PL) 4754/2016 para coibir o ativismo judicial e impedir que o poder judiciário usurpe as funções e atribuições constitucionais do poder legislativo.

Conforme assinalam, a convocação desta marcha se dá na sequência de outras grandes manifestações públicas em países da América Latina como Peru, Argentina e Guatemala, que reuniram milhões de pessoas.

“A mensagem deixada por estas manifestações foi bem clara: os povos não querem legalizar o aborto, querem políticas públicas para salvar a vida dos dois e medidas para evitar o ativismo judicial dos Tribunais e órgãos de justiça que violem o equilíbrio dos Poderes e a democracia”, reforçam.

Para os organizadores, “a urgência dessa manifestação é cada vez mais clara quando pensamos no caso da Colômbia, que último dia 17 de outubro aprovou, por uma manobra ativista e antidemocrática do Tribunal Superior daquele país, o aborto até o nono mês”.

BH: Mãe e filha são encontradas mortas com um terço nas mãos


A tempestade que atingiu Belo Horizonte, MG, na noite de 15 de novembro de 2018 deixou várias ruas e avenidas alagadas.  Quase a metade do volume de chuva esperado para todo o mês de novembro desabou em poucas horas na capital mineira. 

As enchentes fizeram, pelo menos, quatro mortes. Entre elas, Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e a filha dela, Sofia Pereira, de 6. Elas foram encontradas mortas dentro do carro em que estavam. O veículo ficou coberto pela enxurrada.

O que mais chamou a atenção das equipes de resgate foi o fato de mãe e filha estarem abraçadas e com um terço nas mãos.

Este triste e forte episódio pode dizer muita coisa para nós, católicos. Isso mostra a força da fé e do amor – aqui, o amor de mãe, que transcende qualquer coisa pelo filho, como mostra o abraço, a proteção materna até o fim! 

CNBB lança nova tradução oficial da Bíblia


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na última quarta, 21, a nova tradução oficial da Bíblia em português.

Conforme recomendação do Concílio Vaticano II, a tradução é baseada nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos e comparada com a Nova Vulgata, a tradução oficial católica em latim. A nova edição oficial servirá como referência para a Igreja no Brasil em suas futuras publicações, como lecionários litúrgicos e documentos.

O projeto começou em 2007 e, portanto, levou 11 anos para ser concluído. A coordenação de tradução e revisão foi realizada pelos padres Luís Henrique Eloy e Silva, Ney Brasil Pereira (in memoriam) e Johan Konings. Os professores pe. Cássio Murilo Dias, Paulo Jackson Nóbrega de Souza e Maria de Lourdes Lima colaboraram.

A equipe de coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB comunica:

“Seguimos de perto a nova tradução que, depois do Concílio Vaticano II, foi publicada, em latim, para a Igreja Católica inteira, a Nova Vulgata. Ao mesmo tempo, levamos em consideração a fluência e a beleza, para que o texto possa entrar facilmente no ouvido e ser guardado no coração como alimento espiritual. Ao tomar por modelo a Nova Vulgata, não traduzimos do latim, mas dos textos originais em hebraico, aramaico e grego, segundo os mesmos critérios que tinham sido adotados para a nova tradução latina. Outro distintivo é que o texto inteiro da Bíblia foi retomado pela equipe dos três principais colaboradores para garantir a homogeneidade da linguagem e do estilo”.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Suprema leviandade


O Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou, em defesa do aborto, que “estão em jogo direitos fundamentais da mulher e do feto. A autonomia individual da mulher é um direito fundamental em jogo”. Disse também que "a mulher não é um útero a serviço da sociedade".

É impressionante como um juiz da Suprema Corte da República pode ter uma visão tão míope e um pensamento tão raso e cínico num tema moralmente tão relevante!

Direito fundamental da mulher não tem nada a ver com assassinato de embriões! Para o Excelentíssimo togado, qual o estatuto do embrião? Qual o direito do ser humano no ventre materno? Qual seria o direito do feto?

domingo, 11 de novembro de 2018

Palavra de Vida: «Olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).


«Olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).

Quantas vezes ouvimos alguém bater à nossa porta… Pode ser o carteiro ou o nosso vizinho do lado ou o amigo do nosso filho, mas também pode ser um desconhecido… O que quererá? Será prudente abrir a porta e deixar entrar em casa quem não conhecemos bem?

A verdade é que esta Palavra de Deus, retirada do Livro do Apocalipse, convida-nos a dar hospitalidade a qualquer visita inesperada.

O autor deste livro, muito instrutivo para os cristãos, dirige-se aqui à antiga igreja de Laodiceia, em nome do Senhor Jesus, que morreu e ressuscitou por amor a toda a criatura humana.

Fala com a autoridade que deriva desse amor. Louva, corrige e convida a aceitar a ajuda poderosa que o próprio Senhor gostaria de oferecer a esta comunidade de crentes, desde que eles estejam dispostos a reconhecer a Sua voz e a “abrir-Lhe a porta”.
«Olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).

Hoje, como então, a comunidade cristã, na sua totalidade, é convidada a vencer os medos, as divisões, as falsas seguranças, para receber a vinda de Jesus. De facto, Ele apresenta-se diariamente sob variadíssimos ‘trajes’: nos sofrimentos quotidianos, nas dificuldades da coerência pessoal, nos desafios por escolhas importantes na vida. E, muito especialmente, nos rostos dos irmãos ou irmãs que encontramos no nosso caminho.

Mas há aqui também um convite pessoal de Jesus a “ficarmos” com Ele num momento de intimidade. Como se faz com um amigo, no silêncio do entardecer, sentados à volta da mesa. Esse é o momento mais propício para um diálogo, que exige escuta e abertura.

Para tal é preciso silenciar todos os rumores em nós, condição para que possamos reconhecer e ouvir a Sua voz, o Seu Espírito, o único capaz de afastar os nossos medos e fazer-nos abrir a porta do coração.

Neste sentido, Chiara Lubich conta-nos uma sua experiência pessoal: «É preciso fazer calar tudo em nós, para descobrirmos a Voz do Espírito Santo dentro de nós. É preciso extrair essa Voz, como se extrai um diamante do lodo: limpá-la, pô-la à vista e oferecê-la no momento oportuno, porque é Amor e o Amor deve ser dado. É como o Fogo que, em contacto com a palha ou outro combustível, arde. Caso contrário, apaga-se. O Amor deve crescer em nós e alastrar»(1).

Diz o Papa Francisco: «O Espírito Santo é uma dádiva. […] entra em nós e faz frutificar, para que depois possamos dá-lo aos outros. […] Portanto, o Espírito Santo tem a função de nos descentrar do nosso eu para nos abrir ao “nós” da comunidade: isto é, receber para dar. Nós não estamos no centro, somos apenas um instrumento daquela dádiva para os outros»(2).

Papa Francisco: "não à lista de preços dos sacramentos".


Durante a missa celebrada na Casa Santa Marta, o pontífice comentou o episódio evangélico da “purificação do templo” e convidou a todos a refletir sobre o zelo e o respeito que reservamos hoje às nossas Igrejas.

As Igrejas são “casa de Deus” e não “mercados” ou salões sociais dominados pelo “mundanismo”. Foi a reflexão que o Papa Francisco ofereceu durante a missa celebrada na capela da Casa Santa Marta nessa quinta-feira, 9.

Partindo da passagem do Evangelho segundo João (Jo 2, 13-22), o pontífice explicou as motivações por trás da impetuosidade de Jesus, que expulsou os mercadores do templo. O Filho de Deus é movido pelo amor, pelo “zelo” pela casa do Senhor “convertida em mercado”.

Os ídolos escravizam

Entrando no templo, onde se vendiam “bois, ovelhas e pombos”, na presença dos “cambistas”, Jesus reconhece que aquele lugar estava povoado por idólatras, homens prontos para servir “ao dinheiro” em vez de a “Deus”. “Por trás do dinheiro está o ídolo – reiterou o papa Bergoglio na homilia –, e os ídolos são sempre de ouro. E os ídolos escravizam”.

“Isso chama a nossa atenção e nos faz pensar em como nós tratamos os nossos templos, as nossas igrejas. Se realmente são casa de Deus, casa de oração, de encontro com o Senhor. Se os sacerdotes favorecem isso. Ou se elas se assemelham aos mercados. Eu sei... algumas vezes eu vi – não aqui em Roma, mas em outra parte –, eu vi uma lista de preços. ‘Mas como? Os sacramentos são pagos?’ ‘Não, é uma oferta.’ Mas se querem dar uma oferta – que devem dar – que a coloquem na caixinha das ofertas, às escondidas, que ninguém veja quanto você dá. Ainda hoje existe esse perigo: ‘Mas devemos manter a Igreja. Sim, sim, sim, é verdade.’ Que os fiéis a mantenham, mas na caixinha das ofertas, não com uma lista de preços.”

China: Polícia prende bispo reconhecido pelo Vaticano


A polícia chinesa deteve o bispo de Wenzhou (Zhejiang), Dom Pietro Shao Zhumin, na manhã desta quinta-feira, e ele ficará afastado de sua diocese por um período "de 10 a 15 dias".

A detenção do Bispo ocorreu após a prisão de vários sacerdotes e a remoção de cruzes em três dioceses católicas.

Dom Shao tem 55 anos e pertence à comunidade não oficial ou clandestina, que não é reconhecida pelo governo. Entretanto, o Prelado é reconhecido pela Santa Sé como Bispo de Wenzhou.

Segundo informações da agência Asia News, a polícia chama a sua detenção de “período de férias”, mas na verdade "são períodos de interrogatórios e doutrinação".

Por isso, os fiéis pedem a todas as comunidades da Igreja no mundo inteiro para que rezem pelo seu Bispo.

Esta não é a primeira vez que o Prelado é levado pela polícia. Nos últimos dois anos, ele foi preso pelo menos cinco vezes. A última vez foi em maio de 2017 e foi libertado sete meses depois.

Asia News informou que, como bispo clandestino, nos períodos de detenção é pressionado para que se submeta à política religiosa da China, a qual exige registrar-se ante o governo como membro da Associação Patriótica Católica da China; mas isso implica a adesão ao projeto de uma Igreja "independente" do Vaticano que Dom Shao rejeita. Entretanto, também é apreciado pela comunidade "oficial".

Em sua diocese, há cerca de 130 mil fiéis no total, dos quais cerca de 80 mil são da comunidade clandestina. Há aproximadamente 70 sacerdotes, divididos também nas duas comunidades.

Durante algumas décadas, a diocese permaneceu muito dividida, mas agora as duas comunidades trabalham juntas.

Nesta diocese, os sacerdotes que fazem parte da comunidade oficial também sofrem as restrições do governo e, por exemplo, não podem visitar os túmulos dos sacerdotes ou bispos clandestinos apreciados por todos os fiéis.

Nas igrejas oficiais e não oficiais, a polícia proíbe a entrada de menores de 18 anos na Missa dominical.

Depois do Acordo Provisório assinado entre a China e o Vaticano para a nomeação de bispos, a Associação Patriótica Católica da China aumentou o seu controle e a perseguição contra comunidades clandestinas ou subterrâneas, indicou Asia News.

Libertam Asia Bibi no Paquistão


As autoridades do Paquistão libertaram em 7 de novembro a mãe católica Asia Bibi, que pegou um voo para sair do país para um lugar seguro.

Segundo BBC, o advogado de Asia Bibi, Saif Malook, informou que a mulher acusada de blasfêmia contra o islã e cuja condenação à morte foi anulada há alguns dias, deixou o Paquistão acompanhada por sua família.

Antes de sair do país, Asia Bibi deixou a prisão de mulheres de Multan, onde esteve presa desde 2010.

Em 31 de outubro, o Supremo Tribunal do Paquistão anulou a pena de morte contra esta mãe de cinco filhos, o que gerou protestos de extremistas muçulmanos, os quais exigiram que o governo executasse a mulher.

Devido aos protestos, em 2 de novembro, o governo chegou a um acordo com o grupo extremista Tehreek-e-Labbaik Paquistão (TLP) para não permitir a saída do país de Asia Bibi e para que o Supremo Tribunal revisasse o caso.

Em 5 de novembro, Asgiq Masih, esposo de Asia Bibi, disse à imprensa alemã que “a situação atual é muito perigosa para nós. Não temos segurança e estamos nos escondendo aqui e ali, normalmente mudando de lugar. Acho que os clérigos cercarão a Suprema Corte no dia da audiência”.

“Realmente ficarei com muito medo de ir nesse dia, mas acredito que Deus tem nos protegido e também continuará nos protegendo. Coloco toda a minha confiança em Deus”, concluiu.

Por sua parte, o advogado Malook saiu há alguns dias do Paquistão diante das ameaças de morte que recebeu. “Eu preciso continuar vivo para dar prosseguimento à batalha legal por Asia Bibi”, disse o jurista em declarações a AFP.