terça-feira, 30 de agosto de 2016

Arquidiocese de São Luís convida fieis para ordenação presbiteral do diácono Ayrton Frank



A Igreja recebe seus ministros como dom de Deus e é chamada a acompanhar com suas preces o candidato ao Presbiterado. Em vista disso, para vivermos tal momento de graça nesse ano jubilar da Misericórdia, escolhemos tema e lema que devem guiar a nossa espiritualidade, desde o Tríduo vocacional até as primeiras missas. O tema, O cordeiro que está no meio do Trono será o seu pastor, é inspirado das páginas do Apocalipse e exprime o mistério de Cristo sobre as imagens do Cordeiro-Pastor e mostra como deve ser a identidade de um presbístero, embora ordenado para o ministério e configurado a Cristo, Bom Pastor, o sacerdote permanece um membro dos fieis. Ao mesmo tempo que é pregador também precisa ouvir a Palavra de Deus, ouvir de coração aberto a pregação dos outros. Se de um lado é aquele que abençoa, é também por outro, aquele que inclina a cabeça para receber as bênçãos dos outros.  Chamado de “padre” ele também é filho, irmão e amigo. É o ministro da Reconciliação, mas é também o homem do fracasso, da fraqueza e da limitação humana e precisa sentir-se por muitas vezes perdoado. Por fim, são pastores à medida que, são ovelhas Daquele que está sentado no trono e sabe dar a sua vida como um cordeiro que se sacrifica para “conduzir as fontes de água”. Se o tema esboça com clareza a identidade do presbítero, o lema exprime a missão que esse deve assumir: Levanta-te e vai (At 9,14), essas são as palavras que Deus dirige a Felipe, um dos membros do grupo dos “Sete”, cuja tradição muito antiga, considera-os como os primeiros Diáconos. Em consonância com o Documento de Aparecida, que visa uma formação de presbíteros missionários sempre prontos para agir em uma Igreja em saída como nos pede o papa Francisco. É sair da acomodação e ir ao encontro, é erguer-se  para servir e voltar alegre com a consciência da interpelação feita a todos os sacerdotes no dia de sua ordenação ao receber do povo as espécies do pão e do vinho: Vive o mistério que é colocado em tuas mãos.

Santos Félix e Adauto




Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos, no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo nos narram que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano, no ano 303.

A mais conhecida diz que, Felix era um padre e tinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido. Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho se declarou espontaneamente cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram. Logo após decapitarem Felix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isto, ele foi chamado somente de Adauto, que significa "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio". Ainda segundo estas narrativas eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da basílica de São Paulo fora dos muros. O Papa Sirício transformou o lugar onde eles foram enterrados numa basílica.

O cemitério de Comodila e o túmulo de Felix e Adauto foram reencontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas abandonadas. Só em 1903 a pequena basílica foi definitivamente restaurada descobrindo-se um dos mais antigos afrescos cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos Santos Paulo, Estevão, Félix e Adauto.  


Concedei-nos, Ó Deus Onipotente, a graça de sermos sempre firmes na fé, e pela intercessão de S. Félix e de Santo Adauto, dai-nos, Senhor, a graça que vos pedimos. Por Cristo Nosso Senhor, amém.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Terremoto também danificou igrejas emblemáticas do centro da Itália


O terremoto que atingiu os povoados italianos de Accumoli e Amatrice (Rieti), assim como Arquata del Tronto (Ascoli Piceno), danificou também uma parte do patrimônio artístico e religioso, destruindo basílicas e conventos que representam a memória histórica e religiosa do país.

Antes do terremoto

Segundo informou o jornal ‘Avvenire’, em Amatrice, o terremoto atingiu lugares importantes como a Basílica de São Francisco e a igreja de Santo Agostinho. De acordo com o Ministério de Bens Culturais, a esplêndida fachada da basílica – construída no século XIV –, perdeu seu óculo. Além disso, dentro dela há pinturas e afrescos do mesmo século.

No caso da igreja de Santo Agostinho – de 1428 –, um pedaço do teto e da fachada, feita de pedra arenisca foram derrubadas. Além disso, várias imagens religiosas ficaram danificadas e algumas destruídas.

Informaram que desde a madrugada de quarta-feira, a polícia estabeleceu várias medidas para proteger o patrimônio cultural e proteger as igrejas atingidas de possíveis roubos.

Veja o quarto que o Papa Francisco havia escolhido para seus últimos anos de vida


O Papa Francisco nasceu e foi criado em uma casa no bairro de Flores em Buenos Aires e em seus últimos anos de Arcebispo decidiu passar seus últimos anos em um lar para sacerdotes idosos localizado nesta região.

O bairro de Flores é caracterizado por casas baixas e antigas junto com edifícios modernos e grande movimento comercial. Jorge Mario Bergoglio viveu neste lugar até ingressar no seminário quando tinha 21 anos.

Há poucos dias, o sacerdote argentino Fabián Báez publicou em seu Twitter a foto do quarto que o Cardeal Bergoglio havia escolhido.

Santa Joana Maria da Cruz




Joana nasceu na França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Com seu trabalho sustentava a família, mas encontrava também tempo para cuidar dos idosos abandonados e pobres, reservando para eles uma parte de seus rendimentos.

Aos vinte e cinco anos deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estevão. Nesse meio tempo ingressou na Ordem terceira, fundada por São João Eudes. Sua vocação de auxílio aos idosos a conduziu até a casa da senhora Lecogue, onde morou por doze anos, convertendo-se em uma amiga, mais do que uma enfermeira.

Com a morte de senhora, Joana herdou suas poucas economias e mobília. Com estes poucos recursos alugou um apartamento onde passou a acolher idosos doentes e aandonados. Outras companheiras de Joana se uniram à ela na missão e surgiu o primeiro grupo formando uma Associação para os pobres. Em 1841, deixam o apartamento e alugam para uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento.

Este convento se tornou a casa mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, na qual Joana imprimiu seu próprio carisma: "a doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades". Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, mas pode ver sua obra de caridade espalhar-se rapidamente por toda a Europa. 


Senhor Pai de bondade, dai-nos a graça de seguir o zelo de santa Joana pelos idosos e respeitar as pessoas da terceira idade como verdadeiros filhos de Jesus Cristo. Que vive e reina para sempre.

Rumo à Suécia: católicos e luteranos entre memória e globalização


Existe um longo trabalho por trás da comemoração comum da Reforma programada para o próximo dia 31 de outubro, na Suécia: o documento “Do conflito à comunhão”, as divisões e as guerras do passado, o ecumenismo na época da secularização do confronto Norte-Sul.

No dia 31 de outubro, Francisco estará em Lund, na Suécia, para participar, junto com vários representantes da Igreja Luterana, de uma cerimônia comemorativa dos 500 anos da Reforma. Um evento ecumênico no mínimo excepcional, se olharmos para os últimos cinco séculos de história europeia e mundial, e se, apenas por um momento, considerarmos a série de fatos formidáveis e, muitas vezes, trágicos decorrentes da escolha do monge Martinho Lutero de pendurar as suas 95 teses na porta da catedral de Wittenberg.

Por outro lado, por trás do encontro que irá ocorrer no dia 31 de outubro, há um longo trabalho de preparação: pensava-se em uma comemoração compartilhada há diversos anos, e, para esse fim, foi feito um percurso articulado.

Nas últimas semanas, tinha sido o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que deu algumas informações importantes em uma entrevista ao jornal L’Osservatore Romano. Sobre como católicos e luteranos prepararam a cerimônia comum, ele explicou: “Trabalhamos em um documento que indique como católicos e luteranos podem comemorar juntos a Reforma. Intitula-se ‘Do conflito à comunhão’, e é a base do guia litúrgico católico-luterano ‘Oração comum’, que será usado no dia 31 de outubro para a cerimônia na Catedral de Lund”.

Não só isso: “Além disso, no estádio de Malmö – disse ainda o cardeal –, serão apresentados os aspectos mais importantes do trabalho comum desenvolvido pelo Serviço Mundial (World Service) da Federação Luterana Mundial (FLM) com a Caritas Internationalis: acolhida dos refugiados, promoção da paz e da justiça climática”.

Nigéria: Grupo de muçulmanos queimam 8 cristãos vivos, acusados de blasfêmia


Permanece vivo na Nigéria o horror causado pela morte de oito pessoas queimadas vivas em uma casa na cidade de Zamfara, na Nigéria setentrional, por um grupo de muçulmanos que perseguiam um jovem estudante convertido ao cristianismo, acusado de blasfêmia contra o profeta Maomé.

Jovens cristãos da Nigéria: não à Sharia

Os fatos remontam à 22 de agosto: os agressores chegaram na casa onde o jovem havia sido acolhido depois de ter sido perseguido, colocando fogo na habitação com oito pessoas dentro.

As Igrejas cristãs no país condenaram com veemência o ataque. Em uma declaração da Associação Cristã da Nigéria (CAN), o Presidente da Comissão Jovem da organização, Daniel Kadzai, recordou a coexistência de duas orientações na Nigéria: a laica, da Constituição nigeriana, e a sharia, em vigor nos Estados setentrionais, de maioria muçulmana.

“O primado do direito – afirmou ele – não pode ser respeitado em um país em que reina um dualismo jurídico, que abre caminho para as perseguições contra os cristãos”.

“Enquanto o Governo se felicita pelos recentes sucessos na luta contra o terrorismo do Boko Haram – lamentou – é triste constatar que as forças de segurança são incapazes de perseguir e prender quem ataca os cristãos".

O pesar do Fórum dos Anciãos Cristãos da Nigéria

Profundo pesar pelo ocorrido foi expresso também pelo Fórum dos Anciãos Cristãos da Nigéria (NCEF), também membro do CAN, que denuncia a progressiva islamização do país.
Em uma nota, o Presidente Solomon Asemota, salienta como o Comitê para os serviços de informação e segurança, instituído recentemente pelo Presidente Muhammadu Buhari, seja formado quase que exclusivamente por muçulmanos.

Como são muçulmanos também, o próprio Chefe de Estado, os Ministros da Defesa e do Interior e os Chefes do Estado Maior do Exército e da Aeronáutica. Também na área da educação – denuncia o Presidente do Fórum – os postos-chave são ocupados por muçulmanos.

Precursor de Cristo no nascimento e na morte




O santo precursor do nascimento, da pregação e da morte do Senhor, mostrou no momento da sua luta suprema uma coragem digna de atrair o olhar de Deus. Como diz a Escritura: Se aos olhos dos homens foi atormentado, a sua esperança estava cheia de imortalidade. Com razão celebramos festivamente o dia do seu novo nascimento, dia que ele tornou memorável com a sua própria morte e ilustrou com a gloriosa púrpura do seu sangue. Merecidamente veneramos com alegria espiritual a memória daquele que selou com o martírio o testemunho que dera do Senhor.

São João sofreu a prisão e as cadeias e deu a sua vida em testemunho do nosso Redentor, a quem devia preparar os caminhos. Não lhe foi pedido pelo perseguidor que negasse a Cristo, mas que calasse a verdade. E no entanto, ele morreu por Cristo.

Cristo disse: Eu sou a verdade. Por isso, foi por Cristo que São João derramou o seu sangue, porque foi pela verdade que o derramou. Se com o seu nascimento, a sua pregação e o seu baptismo dera testemunho de Cristo que havia de nascer, pregar e batizar, também com o seu martírio precursor deu testemunho da futura paixão do Senhor.
Assim terminou a sua vida este homem tão insigne e valoroso, derramando o seu sangue depois de longo e penoso cativeiro. Ele que anunciara a liberdade duma paz superior, é lançado pelos ímpios na prisão; é encerrado na escuridão do cárcere aquele que veio para dar testemunho da luz e a quem a própria Luz, que é Cristo, denominou como uma lâmpada que arde e alumia; e foi batizado com o próprio sangue aquele a quem foi concedido batizar o Redentor do mundo, ouvir a voz do Pai que falava do Filho, ver a graça do Espírito Santo que descia sobre Ele. Por isso, longe de lhe parecer penoso, era pelo contrário fácil e desejável para ele suportar pela verdade os tormentos temporais, que lhe faziam antever a recompensa das alegrias eternas.

A morte não era para João Batista apenas uma realidade inevitável da natureza. Ele desejou-a como o melhor modo de confessar o nome de Cristo e receber assim a palma da vida eterna. bem diz o Apóstolo: A vós foi concedido por Cristo não só acreditar n’Ele, mas também sofrer por Ele. E se ele diz que sofrer por Cristo é um dom concedido aos eleitos, é porque os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória futura que se há-de manifestar em nós.



Das Homilias de São beda Venerável, presbítero
(Hom. 23: CCL 122, 354.356-357) (Sec. VIII)