segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Conversão em massa na Alemanha após ataques islâmicos


Centenas de milhares de refugiados muçulmanos converteram-se ao cristianismo nos últimos meses. Embora em alguns dos seus países de origem a conversão seja vista como um delito que pode ser punido até com a pena de morte, as igrejas alemãs, protestantes e católicas, voltaram a celebrar missas com bancos lotados. Em algumas, como na da Trindade, no bairro berlinense de Steglitz, cerca de 80% dos fiéis são ex-muçulmanos.

Para o pastor Gottfried Martens, que já batizou 1.200 convertidos, os refugiados desejam romper definitivamente com o passado e aumentar suas chances de integração na sociedade alemã. Mas Daniel Ottenberg, da ONG Open Doors, encontra outra explicação. Com o debate sobre o terrorismo islâmico, muitos muçulmanos começaram a sentir um alto grau de insegurança em relação à própria religião.

— Eles cresceram na crença de pertencer à melhor religião do mundo, mas começaram a questionar isso depois que, em nome da religião, foram cometidos tantos atos de violência — sustenta Ottenberg.

Enquanto as duas grandes igrejas oficiais, católica e luterana protestante, veem os novos fiéis como uma chance de compensar as perdas dramáticas de membros nos últimos dez anos, as organizações muçulmanas reagem com cautela.

— Cada um deve agir de acordo com os seus próprios interesses — disse um representante do Conselho dos Muçulmanos na Alemanha.

Por outro lado, islamistas e fundamentalistas bombardeiam os novos cristãos com ameaças. Um estudo da Open Doors revela que muitos convertidos desistem do batismo na última hora com medo de pôr em risco os parentes que ficaram em seus países.

Mesmo em alguns locais que passaram pela Primavera Árabe, como o Egito, a conversão ao cristianismo é vista como um delito na sociedade muçulmana. Parentes dos convertidos podem ser alvo de represálias.

— Para os refugiados, o problema não é apenas os conflitos naturais que podem surgir entre os vindos das regiões de crise, traumatizados pela guerra e pela fuga, que vivem com frequência em abrigos lotados. O mais alarmante é o fato de que os fugitivos cristãos e de outras minorias religiosas cada vez mais são alvo da mesma perseguição e discriminação das quais eram vítimas nos seus países de origem — diz Daniel Ottenberg.

Praticamente todos os participantes da missa de domingo passado na Igreja da Trindade já passaram pelo trauma da perseguição religiosa, mas a maioria vê a nova religião como a perspectiva de uma vida melhor.

Palavra de Vida: “Um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos” (Mt 23,8).




Já faz mais de 70 anos que se vive a Palavra de Vida. Este folheto chega às nossas mãos. Lemos o seu comentário. Mas o que gostaríamos que permanecesse é a frase proposta, uma palavra da Sagrada Escritura, muitas vezes uma frase de Jesus. A “Palavra de Vida” não é uma simples meditação, mas nela é Jesus que nos fala, que nos convida a viver, levando-nos sempre a amar, a fazer da nossa vida um ato de doação.

Ela é uma “invenção” de Chiara Lubich, que assim nos descreveu a sua origem: “Eu tinha sede da verdade, por isso queria estudar filosofia. Ainda mais: como muitos outros jovens, eu buscava a verdade e acreditava que a encontraria através do estudo. Mas, eis uma das grandes ideias dos primeiros dias do Movimento, que imediatamente comuniquei às minhas companheiras: ‘Para que procurar a verdade, quando ela vive encarnada em Jesus, homem-Deus? Se a verdade nos atrai, deixemos tudo, busquemos Jesus e sigamo-lo’. E assim fizemos”.

Elas pegaram o Evangelho e começaram a sua leitura, palavra por palavra. Acharam-no completamente novo. “Cada palavra de Jesus era um facho de luz incandescente, todo divino! (…) Suas palavras são únicas, eternas (…), fascinantes, tinham sido escritas de forma divinamente escultural, (…) eram palavras de vida, que deviam ser traduzidas em vida, palavras universais no espaço e no tempo”. Descobriram que eram palavras não estagnadas no passado, não uma simples lembrança, mas palavras que Ele continuava a dirigir a nós, como a cada homem de qualquer tempo e latitude.1

Mas Jesus é realmente o nosso Mestre?

O martírio do Pe. Hamel: o tormento dos cristãos orientais agora é o nosso!


A ameaça se realizou. Um padre foi degolado por muçulmanos enquanto celebrava a missa. Isso não aconteceu no Iraque, na Nigéria ou no Paquistão, mas numa pequena cidade da Normandia, sob o céu macio da nossa França como diz a canção.

Alguns estão atônitos face ao horror e se perguntam: por que nós? Por que um padre? Por que um homem de 86 anos?

E eles não saem do atordoamento: o padre Hamel mantinha relações amigáveis com a comunidade muçulmana. A mesquita de Saint-Etienne du Rouvray foi construída num terreno oferecido pela paróquia da cidade, informou “Le Point”. 

O medo é legítimo e atinge a todos nós, mas a surpresa é no fundo uma grave falta nossa.

Durante anos, nós, os cristãos ocidentais, vínhamos sendo avisados pelos nossos irmãos orientais que conhecem o furor islâmico há séculos.

Em 10 de agosto de 2014, o arcebispo de Mosul, Iraque, Mons. Amel Nona advertiu os europeus numa entrevista ao “Corriere della Sera”:

Policial diante da prefeitura de Saint-Etienne du Rouvray após o crime anunciado. D. Amel Nona: “vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”.
 
Nosso·sofrimento hoje constitui o prelúdio daquele que os europeus ocidentais e cristãos vão sofrer no futuro próximo (...) vós acolheis em vossos países um número crescente de muçulmanos. (...) Vós deveis assumir posições fortes e corajosas (...) vossos valores não são os valores deles (...) Se vós não percebeis em tempo, vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”.

Mas, a Europa e o mundo cristão adormecido ficaram surdos às previsões do arcebispo Nona. Agora elas se tornaram realidade.

A agradável esplanada do restaurante, o belo passeio à beira-mar e agora uma pequena igreja provincial: já não há na França refúgio para se proteger do ódio dos islâmicos.

O arcebispo de Rouen apelou para a fraternidade e as mais altas autoridades do Estado invocaram a unidade nacional. Mas esses apelos humanistas não vão ajudar.

Os nossos algozes, escreve Burckhardt, querem nos apresentar sua própria interpretação da palavra “Islã”. E, em verdade, é uma versão única de arma na mão pingando nosso sangue. É claro que eles acham que em parte já ganharam.

O nosso hino nacional já não é cantado com vibração. A hierarquia eclesiástica descreve também como “vítimas” àqueles que vêm de assassinar brutalmente um de seus ministros, como diz o comunicado do arcebispo no site da diocese “Rouen Catholique”.

As sociedades doentes batem em aqueles que identificam a doença e receitam o remédio. Cantam as doçuras do “viver juntos”, mas falam com virulência sem precedentes contra os fabricantes de “ódio” e os semeadores de “divisão”, leia-se contra você e eu, que não aguentam mais tanta felonia.

Pedagogia Litúrgica - Agosto de 2016: "Liturgia e Vocação".


A Liturgia é a fonte e o cume de todas as atividades da Igreja, diz a SC 10. Isto significa que todas as atividades eclesiais nascem na Liturgia e se destinam à Liturgia. Sendo a vocação uma atividade eclesial, é natural que a mesma nasça na Liturgia e tenha na Liturgia a sua realização. É o que proponho para a reflexão deste mês de agosto, um “mês temático” a partir da reflexão sobre o chamado vocacional.

Liturgia, fonte das vocações

Não é muito difícil perceber a Liturgia como fonte vocacional. Os sacramentos da Iniciação Cristã são chamados, são vocações ao discipulado, ao seguimento de Jesus Cristo, escolhendo Jesus para ser o Mestre da vida. Pela celebração Eucarística, nosso foco neste contexto pedagógico da Liturgia, todos os Domingos tem a característica de, pedagogicamente, propor e repropor o chamado à vida cristã de modos diversos e para finalidades diferenciadas da vida pessoal e social.

A Liturgia é fonte vocacional porque continuamente renova a proposta de viver o Evangelho, não permitindo que a vocação perca o contado com o chamado divino. Entende-se, por isso, que o descaso para com a celebração sacramental, especialmente da Penitência e da Eucaristia, enfraquece a resposta vocacional e até mesmo pode levar a perder o seu vigor, adoecendo-a e deixando-a morrer.

Liturgia, cume da vida cristã

Do ponto de vista que a Liturgia é o cume da vida cristã, a realização da vida cristã, também é facilmente perceptível, considerando que todo compromisso vocacional é selado dentro de uma celebração litúrgica. Assim é para o Matrimônio e o mesmo se diga para a consagração à Vida Religiosa e as Ordenações sacerdotais. O mesmo poderíamos dizer de diversos ministérios.

Todo compromisso existencial, do ponto de vista vocacional, sempre acontece na Liturgia e se dirige para ser celebrado na Liturgia porque é na celebração litúrgica que a pessoa se compromete com a resposta vocacional diante de Deus e diante da comunidade reunidade em assembléia.

Papa se despede de Cracóvia: "Não sei se estarei no Panamá mas Pedro estará".




VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO À POLÔNIA
POR OCASIÃO DA XXXI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
(27-31 DE JULHO DE 2016)

ENCONTRO COM OS VOLUNTÁRIOS DA JMJ
 E COM O COMITÉ ORGANIZADOR E BENFEITORES
DISCURSO DO SANTO PADRE
Cracóvia, Tauron Arena
Domingo, 31 de julho de 2016


Queridos voluntários!

Antes de regressar a Roma, sinto desejo de vos encontrar e sobretudo agradecer a cada um de vós pelo empenho, generosidade e dedicação com que acompanhastes, ajudastes e servistes os milhares de jovens peregrinos. Obrigado também pelo vosso testemunho de fé que, unido ao de muitíssimos jovens provenientes de toda a parte da terra, é um grande sinal de esperança para a Igreja e para o mundo. Dando-vos por amor de Cristo, experimentastes como é belo comprometer-se por uma causa nobre… Assim começa este discurso que escrevi… Não sei se é bonito ou feio… Cinco páginas... Um pouco chato!... Entrego-o [entrega-o ao bispo encarregado da JMJ].

Dizem-me que posso falar em qualquer língua, porque todos tendes tradutor... É verdade? [Sim!] Falo em espanhol? [Sim!]

A preparação duma Jornada da Juventude é toda ela uma aventura. É entrar numa aventura e... chegar: chegar, servir, trabalhar e, depois, despedir-se. Em primeiro lugar, a aventura, a generosidade. Quero agradecer a vós todos, voluntários e benfeitores, por tudo aquilo que fizestes. Quero agradecer pelas horas de oração que fizestes. Porque sei que esta Jornada foi organizada com muito trabalho, mas também com muita oração. Obrigado aos voluntários que dedicaram tempo à oração, para que a pudéssemos realizar.

Obrigado aos sacerdotes, aos sacerdotes que vos acompanharam. Obrigado às religiosas que vos acompanharam, aos consagrados. E obrigado a vós que entrastes nesta aventura, com a esperança de conseguir chegar ao fim.

O bispo, quando fez a vossa apresentação, mandou-vos (não sei se entendeis a palavra) um «piropo» [um galanteio]. Compreendestes? Fez-vos um elogio, dizendo que «vós sois a esperança do futuro». E é verdade, mas sob duas condições. Quereis ser esperança para o futuro ou não? [Sim!] Tendes a certeza? [Sim!] Mas… sob duas condições! Não, não é preciso pagar o bilhete de entrada. A primeira condição é ter memória. Perguntar-me donde venho: memória do meu povo, memória da minha família, memória de toda a minha história. O testemunho da segunda Voluntária era cheio de memória, cheio de memória! Memória dum caminho percorrido, memória daquilo que recebi dos adultos. Um jovem sem memória não pode ser esperança para o futuro! Está claro? [Sim!]

«Padre, como faço para ter memória?» Fala com os teus pais, fala com os adultos; sobretudo fala com os avós. Está claro? Assim, se quiserdes ser esperança do futuro, deveis receber a tocha da mão do vosso avô e da vossa avó.

Prometeis-me que, para preparar a JMJ/Panamá, falareis mais com os avós? [Sim!] E, se os avós já partiram para o Céu, falareis com os idosos? [Sim!] E interrogá-los-eis? Perguntar-lhes-eis? [Sim!] Perguntai a eles. São a sabedoria dum povo.

Assim, para serdes a esperança, a primeira condição é ter memória. «Vós sois a esperança do futuro»: disse-vos o bispo.

A segunda condição: se, para o futuro, sou esperança e, do passado, tenho memória, resta-me o presente. Que devo fazer no presente? Ter coragem. Ter coragem! Ser corajoso, ser corajoso, não me assustar. Ouvimos o testemunho, a despedida, o testemunho-despedida deste nosso companheiro que foi vencido pelo câncer. Queria estar aqui e não chegou; mas teve coragem: coragem de enfrentar e coragem de continuar a lutar, mesmo nas piores condições. Hoje este jovem não está aqui, mas ele semeou esperança para o futuro. Então, para o presente: coragem. Para o presente? [Coragem!] Audácia, coragem. Está claro?

Então se tiverdes… (qual era a primeira coisa?)… [Memória!] e se tiverdes… [acrescentam eles: «Coragem!»]... sereis a esperança... [do futuro]! Está tudo claro? [Sim!] Muito bem.

Não sei se estarei na JMJ/Panamá, mas posso garantir-vos uma coisa: Pedro estará na JMJ/Panamá. E Pedro perguntar-vos-á se falastes com os avós, se falastes com os idosos para ter memória; se tivestes coragem e audácia para enfrentar as situações e se semeastes para o futuro. É a Pedro que dareis a resposta. Está claro? [Sim!]

Que Deus vos abençoe abundantemente! Obrigado. Obrigado por tudo!

E agora, todos juntos, cada qual na sua língua, rezemos à Virgem: «Ave, Maria...»
Peço-vos que rezeis por mim. Não vos esqueçais. Dou-vos a bênção. [BÊNÇÃO].
Ah, já me estava a esquecer! Como era?... [Memória, coragem, futuro!].

O amor de Cristo




Toda a santidade e perfeição da alma consiste em amar a Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem e nosso redentor. É a caridade que une e conserva todas as virtudes que tornam o homem perfeito.

Não merece Deus, porventura, todo o nosso amor? Ele amou-nos desde a eternidade. «Lembra-te, ó homem – diz o Senhor – que fui Eu o primeiro a amar-te. Ainda tu não tinhas sido dado à luz, nem o próprio mundo existia, e já Eu te amava. Amo-te desde que existo».

Sabendo Deus que o homem se deixa cativar com os benefícios, quis atraí-lo ao seu amor por meio dos seus dons. Por isso disse: «Quero atrair os homens ao meu amor com aqueles laços com que eles se deixam prender, isto é, com os laços do amor». Tais precisamente têm sido todos os dons feitos por Deus ao homem. Deu-lhe uma alma, dotada, à sua imagem, de memória, inteligência e vontade; deu-lhe um corpo com os seus sentidos; para ele também criou o céu e a terra e toda a multidão dos seres; por amor do homem criou tudo isto, para que todas aquelas criaturas estejam ao serviço do homem e o homem O ame a Ele em agradecimento por tantos benefícios.

Mas não Se contentou Deus com dar-nos todas estas formosas criaturas. Para conquistar todo o nosso amor, foi muito mais além e deu-Se a Si mesmo totalmente a nós. O Pai Eterno chegou ao extremo de nos dar o seu único Filho. Quando viu que estávamos todos mortos pelo pecado e privados da sua graça, que fez Ele? Pelo amor imenso, melhor – como diz o Apóstolo – pelo seu excessivo amor por nós, enviou o seu amado Filho, para satisfazer por nós e para nos restituir à vida que perdêramos pelo pecado.

E dando-nos o seu Filho (a quem não perdoou para nos perdoar a nós), deu-nos com Ele todos os bens: a graça, a caridade e o paraíso; porque todos estes bens são certamente menores que o seu Filho: Ele que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não haveria de dar-nos com Ele todas as coisas?       



Das Obras de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo
(Tratado sobre a Prática do amor a Jesus Cristo, edição latina, Roma, 1909, pp. 9-14) (Sec. XVIII)

O que São Paulo quis dizer com "pregar outro Jesus"?




"Porque quando aparece alguém pregando-vos outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber outro espírito, diferente do que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso do que haveis abraçado, de boa mente o aceitais" (2Cor 11,4).

O Apóstolo nos mostra a possibilidade do nome de Jesus ser pregado sem se referir singularmente ao nosso Senhor, isto é: se junto ao anuncio do Cristo vier uma doutrina estranha, um Evangelho diferente (Gl 1,8), não é o Senhor Jesus que está sendo anunciado. Por isso, na vulgata, encontramos o termo "outro Cristo" (alium Christum) e no texto grego lemos "um Jesus distinto" ou "diferente".

O texto é primitivo e totalmente atual, haviam judaizantes que difundiam o nome de Jesus e obrigavam o julgo da lei mosaica aos cristãos, doutrina judaizante severamente combatida por São Paulo (Gl 5,4). O contexto escrituristico nos mostra que não há o mesmo espírito quando Jesus é anunciado sob um fundamento distinto da Igreja que vem dos apóstolos (apostólica). Daí São Paulo dizer: "outro Jesus, diferente daquele que vos temos pregado".

São Lucas relata sobre uns judeus que ao anunciar o nome de Jesus os demônios os ironizaram e os espancaram (At 19,13-16). O que acontece hoje no protestantismo é justamente isso que São Paulo condena de forma tão acérrima: as pessoas vão às placas denominacionais e aceitam um Jesus de acordo com aquela "igreja" sectária. Em cada denominação protestante prega-se um Jesus distinto. Esses “jesuses” difundidos no protestantismo não são o mesmo Jesus dos apóstolos, o Cristo enviado por Deus só fundou uma Igreja (Mt 16,18) e só tem uma doutrina (Tt 1,9). É por isso que muitos Católicos, como eu, não se sentem bem quando ouvem um protestante falar o nome de Jesus, pois sabemos que se refere a outro senhor, outro espírito e outro evangelho, apenas usam o mesmo nome do nosso, aquele cujo nome é a causa de nossa alegria.

Existem vários “jesuses” inventados pelos protestantes, um do reino material contrário ao crucificado, o qual através de São João nos ensinou que “NADA DESSE MUNDO VEM DO PAI” (1Jo 2,16), um jesus filho de uma mulher comum e cheio de irmãos carnais, contrário ao das Escrituras o qual é filho de uma Santa virgem e Imaculada (cf. Lc 1,28; Is 7,14; Ez 44,2).

Santo Afonso Maria de Ligório





Afonso de Ligório nasceu no dia 27 de setembro de 1696, no povoado de Marianela, em Nápoles, na Itália. Filho de pais cristãos, ricos e nobres que ao se depararem com sua inteligência privilegiada deram-lhe todas as condições e suporte para se tornar uma pessoa brilhante. 

Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe se preocupava em educá-lo nos caminhos da fé e do Cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso, músico, poeta, escritor e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico. Ele sempre foi muito prudente, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Era um advogado bem sucedido, mas em uma ocasião, por influência políticas desonestas, acabou perdendo uma importante causa. Após este acontecimento, decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. Ele concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Seu pai demorou a aceitar sua decisão, mas vendo as ações do filho, acabou reconhecendo a graça de Deus presente nele. Afonso colocou seus talentos a serviço do povo de Deus. Em suas pregações usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor.

As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam a reconciliação e orientação, através do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era seu lema, dizia: "Deus me enviou para evangelizar os pobres". Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, destinada exclusivamente à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Em 1762 aceitou ser o Bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos. Entretanto, a saúde enfrequecida o fez retirar-se de volta para o convento, onde continuou a escrever. Durante a vida chegou a escrever mais de 120 livros e tratados. Dentre os mais célebres estão: Teologia Moral; Glórias de Maria, Visitas ao SS. Sacramento e o Tratado sobre a oração. Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos no dia 1º de agosto de 1787. Santo Afonso é doutor da Igreja e padroeiro dos confessores e moralistas.  


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Afonso Maria de Ligório, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.