quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Quem ganha as eleições?




Muitos consideram as eleições como expressão da verdadeira vontade popular, manifestada pela maioria. Chegam mesmo a dizer: “vox populi, vox Dei”, “a voz do povo é a voz de Deus”. Mas será mesmo assim? Será que realmente ganham os melhores os mais preparados para o cargo? Ganha a eleição quem tem mais sabedoria, prudência, competência, honestidade, ou ganha quem grita mais, quem foi melhor apresentado pelos marqueteiros e formadores de opinião, criadores de sonhos no imaginário popular?! Sem considerar muitos outros fatores, devemos dizer que nem sempre ganha quem merece.



É a grande discussão sociológica e filosófica sobre a verdadeira representatividade? Já foi dito com propriedade: “sufrágio universal, mentira universal!”. Sim, porque muitas vezes o povo vota influenciado pela propaganda, pelos formadores de opinião, sem muita reflexão e conhecimento pleno do que significa o seu voto.



Jesus foi condenado à morte, a pedido da maioria da população. Na eleição proposta pelo governador romano, Pôncio Pilatos, entre Barrabás e Jesus, este último foi fragorosamente derrotado, porque o povo sufragou Barrabás, revolucionário e homicida, condenando o inocente à morte.



Mas, por que Jesus perdeu essa eleição? A morte de Jesus foi realmente o desejo da maioria do povo? Jesus, tão querido por todos, cercado pelas multidões, aclamado pela população ao entrar em Jerusalém, foi condenado por esse mesmo povo, cinco dias depois?! Ou será que esse povo foi manobrado por uma minoria ruim, mas muito hábil? O Evangelho diz que os chefes, os manipuladores de opinião, influenciaram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus. Ele mesmo, ao morrer na cruz, pediu por eles perdão ao Pai, dizendo que eles não sabiam o que faziam. Já não eram mais povo; tinham se tornado massa. O povo pensa. A massa é que é manobrada. Nem sempre podemos dizer que a eleição seja expressão da vontade do povo. Talvez seja só da massa.



Quando aconteceu a Ressurreição de Jesus, fato incontestável, diz o Evangelho de São Mateus (28, 11-15), que os sumos sacerdotes judeus, com os anciãos, “deliberaram dar bastante dinheiro aos soldados; e instruíram-nos: ‘Contai o seguinte: ‘Durante a noite vieram os discípulos dele e o roubaram, enquanto estávamos dormindo’. E se isso chegar aos ouvidos do governador, nós o tranquilizaremos, para que não vos castigue”.



Eles aceitaram o dinheiro e fizeram como lhes fora instruído. E essa versão ficou divulgada entre os judeus, até o presente dia”. Vê-se que o suborno e a mentira são de longa data. Por analogia, quando da proposta da escolha entre Jesus e Barrabás, ao lerem os intérpretes a passagem “os sumos sacerdotes e os anciãos, porém, instigaram as multidões para que pedissem Barrabás e fizessem Jesus morrer” (Mt 27, 20), concluem que os inimigos de Jesus distribuíram dinheiro ao povo para que escolhessem Barrabás. A compra de votos também é de longa data.



Dom Fernando Arêas Rifan

Bispo da Administração Apostólica Pessoal 

São João Maria Vianney (RJ) 



Estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) promove Semana de Satanismo




Desde quarta-feira, (22/10), está circulando nas redes sociais a realização do evento “VI Semana de Satanismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)” que está previsto para acontecer no dia 13 de novembro e que é promovida por grupos de alunos da instituição e adeptos da prática.



Entre as atividades do evento citadas no convite estão uma roda de leitura da “bíblia satânica”, orgias, rituais e invocação de demônios. Segundo o convite, o evento acontecerá no Centro de Ciências Humanas, situado no campus da instituição.

CNBB manifesta preocupação com direitos indígenas



 Os direitos dos povos indígenas
Nota da CNBB

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília nos dias 21 a 23 de outubro de 2014, manifesta sua preocupação com a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal-STF que anulou os efeitos da Portaria Declaratória nº 3.219/2009, do Ministério da Justiça, que reconhece a Terra Indígena Guyraroká, do Povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, como de ocupação tradicional indígena.

Lamenta, igualmente, a anulação, pela mesma 2ª Turma do STF, da Portaria 3.508/2009 que declara a Terra Indígena Porquinhos, no Maranhão, como de posse permanente do grupo indígena Canela-Apãniekra.

A garantia dos territórios aos povos indígenas é um direito conquistado e consignado na Constituição Federal, com árdua luta de muitas pessoas da sociedade brasileira. Infelizmente, interesses econômicos têm impedido a demarcação das terras indígenas, que é a concretização do direito constitucional. Por isso, grande parte dos povos indígenas do Brasil continua vivendo exilada de suas terras devido ao esbulho e à violência histórica cometida contra suas comunidades.

Transex destrói lógica gayzista na TV




Talita Oliveira é um travesti que ganhou fama na internet após contestar publicamente a militância gayzista sobre os crimes de homofobia. De uma sinceridade admirável, Talita não apenas não se dobrou ao vitimismo e no programa Superpop ( 20.10.2014), exibido na Rede TV,  deixou os gayzistas presentes numa saia justa. 



Perguntada pela apresentadora o porque da mídia não dar espaço para opiniões como a dela, Talida foi direto ao ponto:



“Porque hoje no Brasil tem uma conscientização da homofobia muito grande… para usar para o lado politico. As pessoas (os gayzistas) estão usando os homossexuais para entrar na politica.”



A jogada de mestre da argumentação de Talita consiste em que ela não pode ser considerada insensível aos problemas dos gays, já que ela não apenas vive tais consequências, mas vivendo em tais condições, tem a possibilidade de denunciar os denunciantes. Certamente Talita compreende a estratégia politica atrás dos que orquestram a marcha pro-LGBT.



Do alto da autoridade de estar num grupo supostamente ameaçado, Talita diz claramente que não está sob risco, pois no Brasil, segundo ela, não existe crime de homofobia. Sobretudo, existe uma guerra civil instaurada que mata a todos, sem distinção. Pra ilustrar seu raciocínio denunciou o caso de João Donati:



Então, a polícia conseguiu câmeras que registraram o momento onde ele (João Donati) e o rapaz (seu assassino) entraram num terreno e obviamente tiveram relações sexuais. Gente, um homofóbico não transa antes de matar…



Seguindo sua analise, Talita ainda denuncia a inconsistência semântica da palavra:

Homofóbico nem combina com o que dizem, né?! Porque “homo” quer dizer semelhante e “fóbico” (vem de) fobia. Então, a palavra já diz, não tem nada a ver….

Quando os católicos são menos católicos que os não católicos




A Igreja católica não define as suas questões de doutrina com base no voto da maioria. Mesmo assim, são feitas constantes pesquisas de opinião pública entre os católicos para descobrir o que eles pensam sobre uma ampla quantidade de assuntos, em geral polêmicos. Acontece que os pesquisadores contabilizam como “católicas” as respostas de qualquer entrevistado que simplesmente se identifique como católico, mesmo sem ser praticante. Assim, não temos muitos números confiáveis ​​que nos mostrem o que fiéis católicos praticantes realmente pensam.
Há pesquisas, no entanto, cujos resultados são interessantes em si mesmos, inclusive quando a sua autenticidade como “opinião católica” é altamente questionável. Este é o caso de um levantamento recém-publicado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Saint Leo [São Leão, ndr].

De acordo com a pesquisa da Saint Leo, 68% dos católicos norte-americanos acreditam que os católicos divorciados que voltaram a se casar deveriam ser autorizados a receber a comunhão, contra 18% que acham que não e 14% que se dizem indecisos. O placar, também esmagador, fica em 66% contra 21% para os que acham que a Igreja deveria aceitar a contracepção artificial. A sólida maioria dos entrevistados que se disseram católicos (50% contra 33%) também acabaria com a proibição do sexo extraconjugal. E uma ligeira maioria também aceitaria o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Eu sei, eu sei. Você já conhece esse tipo de pesquisa (e vai ver muitas outras iguais a elas no ano que vem). O que você pode (e deve) se perguntar é de que modo as perguntas foram formuladas e de que maneira os resultados foram registrados. Mais importante ainda: você deve questionar a própria amostragem. Afinal, se as mesmas perguntas fossem dirigidas a católicos praticantes, os resultados seriam bem diferentes. Mas de tudo isso você já sabe.

Ciúme e incompreensão desmembram a Igreja, diz Papa



 CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Quando se quer evidenciar como os elementos que compõem uma realidade estão estreitamente unidos uns aos outros e formam juntos uma só coisa, usa-se muitas vezes a imagem do corpo. A partir do apóstolo Paulo, esta expressão foi aplicada à Igreja e foi reconhecida como o seu traço distintivo mais profundo e mais belo. Hoje, então, queremos nos perguntar: em que sentido a Igreja forma um corpo? E por que é definida como “corpo de Cristo”?

No Livro de Ezequiel, é descrita uma visão um pouco particular, impressionante, mas capaz de infundir confiança e esperança nos nossos corações. Deus mostra ao profeta um vale de ossos, separados uns dos outros e ressecados. Um cenário desolador.. Imaginem toda uma planície cheia de ossos. Deus lhe pede, então, para invocar sobre eles o Espírito. Naquele momento, os ossos se movem, começam a se aproximar e a se unir, sobre eles crescem primeiro os nervos e depois a carne e se forma assim um corpo, completo e cheio de vida (cfr Ez 37, 1-14). Esta é a Igreja! Recomendo hoje que peguem a Bíblia em casa, no capítulo 37 do profeta Ezequiel, não se esqueçam, e leiam isto, é belíssimo. Esta é a Igreja, é uma obra-prima, a obra-prima do Espírito, que infunde em cada um a vida nova do Ressuscitado e nos coloca uns próximos aos outros, um a serviço do outro e como apoio do outro, fazendo assim de todos nós um só corpo, edificado na comunhão e no amor.

A Igreja, porém, não é somente um corpo edificado no Espírito: a Igreja é o corpo de Cristo! E não se trata simplesmente de um modo de dizer: mas o somos realmente! É o grande dom que recebemos do dia do nosso Batismo! No sacramento do Batismo, de fato, Cristo nos faz seus, acolhendo-nos no coração do mistério da cruz, o mistério supremo do seu amor por nós, para nos fazer depois ressurgir com ele, como novas criaturas. Assim nasce a Igreja, e assim a Igreja se reconhece corpo de Cristo! O Batismo constitui um verdadeiro renascimento em Cristo, torna-nos parte dele, e nos une intimamente entre nós, como membros do mesmo corpo, do qual ele é a cabeça (cfr Rm 12, 5; 1 Cor 12, 12-13).

Em Consistório, Papa fala dos cristãos no Oriente Médio



PALAVRAS DO PAPA Consistório Ordinário Público Sala do Sínodo Segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Eminências, queridos patriarcas e irmãos no episcopado,

Após o fechamento da terceira Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre família, quis dedicar este Consistório, além de algumas causa de canonização, a uma outra questão que está muito no meu coração, ou seja, o Oriente Médio e, em particular, a situação dos cristãos na região. Agradeço-vos pela vossa presença.

Temos em comum o desejo de paz e de estabilidade no Oriente Médio e a vontade de favorecer a resolução dos conflitos através do diálogo, da reconciliação e do empenho político. Ao mesmo tempo, queremos dar a maior ajuda possível às comunidades cristãs para apoiar sua permanência na região.

domingo, 19 de outubro de 2014

Papa Francisco destaca devoção mariana do beato Paulo VI



 ANGELUS Praça São Pedro – Vaticano Domingo, 19 de outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs,

Ao término desta solene celebração, desejo saudar os peregrinos provenientes da Itália e de vários países, com um pensamento atencioso para as delegações oficiais. Em particular, saúdo os fiéis das dioceses de Bréscia, Milão e Roma, ligadas de modo significativo à vida e ao ministério do Papa Montini. Agradeço a todos pela presença e exorto a seguir fielmente os ensinamentos e o exemplo do novo beato.

Ele foi um incansável apoiador da missão ad gentes; testemunha isso, sobretudo, na Exortação apostólica Evangelii nuntiandi, com a qual quis despertar o ímpeto e o empenho pela missão da Igreja. Esta exortação ainda é atual, conserva toda a sua atualidade! É significativo considerar este aspecto do Pontificado de Paulo VI, justamente hoje que se celebra a Jornada Missionária Mundial.