sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dia da Bíblia




No último domingo do mês de setembro celebramos o Dia Nacional da Bíblia. A Igreja no Brasil dedica este mês à Bíblia. A motivação deste mês temático vem do fato de a Igreja celebrar em 30 de setembro a memória do grande santo e doutor da Igreja, São Jerônimo, que, a pedido do Papa Dâmaso (366-384), preparou a tradução da Bíblia em latim, a partir das línguas originais. Foi um trabalho gigantesco, que demandou muitos anos e estudos. São Jerônimo dizia que quem não conhece os Evangelhos não conhece Cristo.



São Jerônimo (347-420), chamado de “Doutor Bíblico”, nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é um dos Padres da Igreja Latina; sabia o grego, o latim e o hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Em 379, foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a 385 foi secretário do Papa São Dâmaso. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor à Igreja e à Sé de Pedro.



Conhecer a Palavra de Deus é fundamental para todo cristão. A Carta aos hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12). Jesus conhecia profundamente o Antigo Testamento.  Isso é o suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto, Ele venceu o demônio lançando em seu rosto, por três vezes, a santa Palavra.  Quando o tentador pediu que Ele transformasse as pedras em pães para provar Sua filiação divina, Jesus lhe disse: “O homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8,3c).



É preciso acolher, ler e estudar a Bíblia todos os dias! O Papa Francisco insiste sempre em levarmos no bolso (e nos aplicativos) um exemplar do Evangelho para ler durante o dia onde quer que estejamos. Isso nos faz aquecer a alma com um trecho dela; e saber usá-la nos momentos de dor, dúvida, angústia, medo etc. Abra a Palavra, deixe Deus falar a seu coração. E fale com Deus; é a maneira mais fácil de rezar (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação). O Espírito Santo nos ensina essa verdade pela boca do profeta Isaías; cuja boca tornou “semelhante a uma espada afiada” (Is 49,2): “Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não voltam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à Palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado a minha vontade e cumprido a sua missão” (Is 55,10).

Catequese com o Papa Francisco sobre sua viagem à Albânia



 CATEQUESE Praça São Pedro – Vaticano Quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Hoje gostaria de falar da viagem apostólica que realizei à Albânia domingo passado. Faço isso antes de tudo como ato de agradecimento a Deus, que me concedeu realizar esta visita para demonstrar, também fisicamente e de modo tangível, a proximidade minha e de toda a Igreja a este povo. Desejo, depois, renovar o meu reconhecimento fraterno ao episcopado albanês, aos sacerdotes e aos religiosos e religiosas que trabalham com tanto empenho. O meu grato pensamento vai também às autoridades que me acolheram com tanta cortesia, bem como a quantos cooperaram para a realização da visita.

Esta visita nasceu do desejo de ir a um país que, depois de ter sido oprimido por longo tempo por um regime ateu e desumano, está vivendo uma experiência de pacífica convivência entre as suas diversas componentes religiosas. Parecia-me importante encorajá-lo neste caminho, para que o prossiga com tenacidade e aprofundem todos os aspectos em vantagem do bem comum. Por isto, no centro da viagem, esteve um encontro inter-religioso onde pude constatar, com viva satisfação, que a pacífica e frutífera convivência entre pessoas e comunidades pertencentes a religiões diversas não só é desejável, mas concretamente possível e praticável. Eles a praticam! Trata-se de um diálogo autêntico e frutuoso que evita o relativismo e leva em conta as identidades de cada um. Aquilo que as várias expressões religiosas têm em comum, de fato, é o caminho da vida, a boa vontade de fazer o bem ao próximo, não renegando ou diminuindo as respectivas identidades.

O encontro com os sacerdotes, as pessoas consagradas, os seminaristas e os movimentos leigos foi a ocasião para fazer grata memória, com momentos de particular comoção, dos numerosos mártires da fé. Graças à presença de alguns idosos, que viveram em sua carne as terríveis perseguições, ecoou a fé de tantos testemunhos heroicos do passado, os quais seguiram Cristo até extremas consequências. Foi justamente da união íntima com Jesus, do relacionamento de amor com Ele que surgiu para estes mártires – como para cada mártir – a força para enfrentar os acontecimentos dolorosos que os conduziram ao martírio. Também hoje, como ontem, a força da Igreja não é dada tanto pela capacidade de organização ou das estruturas, que são necessárias, mas a Igreja não encontra sua força ali. A nossa força é o amor de Cristo! Uma força que nos apoia nos momentos de dificuldade e que inspira a atual ação apostólica para oferecer a todos bondade e perdão, testemunhando assim a misericórdia de Deus.

Em prisão domiciliária ex-núncio acusado de abusos





A Santa Sé anunciou nesta terça-feira que o antigo Núncio Apostólico na República Dominicana vai ficar em prisão domiciliária, enquanto aguarda julgamento por causa de acusações de abusos sexuais de menores.

O promotor de Justiça do Tribunal de primeira instância do Estado da Cidade do Vaticano convocou Józef Wesolowski que já tinha sido condenado em fase inicial pela Congregação da Doutrina da Fé à redução ao estado laical no final de um processo administrativo penal canónico.

Segundo o padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, estão em causa “graves atos de abuso contra menores” na República Dominicana.

Sacerdote editor da Ignatius Press responde a polêmicas declarações do Cardeal Kasper a respeito da Comunhão aos casais de segunda união




O Pe. Joseph Fessio, fundador e editor da Ignatius Press, a editora encarregada de publicar o livro “Remaining in the Truth of Christ: Marriage and Communion in the Catholic Church” (Permanecendo na verdade de Cristo: Matrimônio e comunhão na Igreja Católica) o qual critica a postura do Cardeal Walter Kasper que propõe que católicos divorciados em nova união possam receber a Eucaristia, respondeu às polêmicas declarações do Cardeal a respeito do livro que deve ser lançado em Outubro no contexto do Sínodo para as Famílias.

O livro “Remaining in the Truth of Christ: Marriage and Communion in the Catholic Church” (Permanecendo na verdade de Cristo: Matrimônio e comunhão na Igreja Católica) reúne diferentes ensaios sobre o enfoque pastoral da Igreja a respeito dos católicos divorciados em nova união. Entre os autores destes ensaios se encontram cinco cardeais e outros estudiosos. São eles: Dom Gerhard Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Raymond Leo Burke, Prefeito do Tribunal da Signatura Apostólica Vaticana; Walter Brandmüller, presidente emérito do Comitê Pontifício de Ciências Históricas; Dom Carlo Caffarra, Arzobispo de Bolonha e um dos teólogos mais próximos a São João Paulo II em matérias de matrimônio e família e Dom Velasio De Paolis, Presidente emérito da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé.

Na introdução do livro, a Ignatius Press assinala que os ensaios são uma resposta ao livro do Cardeal Walter Kasper “The Gospel of the Family” (O Evangelho da família), publicado este ano, no qual o purpurado propõe que os católicos divorciados em nova união possam receber a Eucaristia.

A controvérsia sobre o tema surgiu quando o Cardeal Kasper pronunciou um discurso de duas horas perante os Cardeais reunidos em um consistório realizado em fevereiro deste ano. Em seu discurso, Kasper se centrou no tema da família e defendeu sua postura expressa ainda em outras entrevistas e discursos seus.

Brasil tem patronos dos Catequistas e dos Químicos




A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos da Santa Sé confirmou São José de Anchieta como patrono dos catequistas do Brasil e o beato Francisco de Paula Castelló i Aleu como  patrono dos profissionais Químicos do Brasil. A decisão foi tomada atendendo ao pedido do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, feito em julho de 2013.

Dom Damasceno alegou em sua solicitação a “veneração fervorosa e contínua” dada pelo clero e dioceses do país ao santo que “se dedicou ao ensino e à transmissão da catequese no território brasileiro” e ao bem-aventurado “que não hesitou doar a sua vida totalmente a Cristo”.

São José de Anchieta

Canonizado pelo papa Francisco, no dia 03 de abril de 2014, o chamado Apóstolo do Brasil é considerado pelo presidente da CNBB um modelo evangelizador e missionário.
“Nos ensinou que o Evangelho, ao ser anunciado, deve ser inculturado, levando em conta a cultura das pessoas ao qual se destina”, disse dom Damasceno na ocasião da canonização.

Natural de Tenerife, nas Ilhas de Canárias, na Espanha, Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534 e chegou ao Brasil em 1553. Foi responsável pela criação do colégio de Piratininga no dia 25 de janeiro de 1554, que deu origem à cidade de São Paulo.

No decorrer de sua vida, o santo passou por lugares como São Paulo, Espírito Santo e Bahia propagando os ensinamentos do Evangelho. Faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta, no Estado do Espírito Santo), em 9 de junho de 1597.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Estado Islâmico: “Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes e escravizaremos as suas mulheres”


Estado Islâmico fez um apelo aos seus milicianos e seguidores para que matem “de qualquer forma” os cidadãos norte-americanos, europeus e dos países que apoiam a coalizão militar contra eles no Iraque e na Síria, e advertiram a estas nações que pagarão um “preço alto” por atacar-lhe.

“Ataquem os soldados, patrões e tropas dos tawaghit (aqueles que excedem os limites fixados por Alá). Ataquem os seus policiais, agentes de segurança e de Inteligência, assim como os seus agentes traidores. Destruam as suas camas. Amarguem as suas vidas e ocupem-se deles”, indicou Abú Muhamad al Adnani, o porta-voz do Estado Islâmico, em um comunicado publicado na Internet e difundido pelo jornal digital 'The Long War Journal'.

“Se podem matar um infiel norte-americano ou europeu, especialmente os franceses sujos e vingativos, ou um australiano, um canadense ou qualquer infiel que promova a guerra infiel, incluindo aqueles cidadãos que aderiram à coalizão contra o Estado Islâmico, confiem mais uma vez em Alá e os matem de qualquer forma que se possa fazer”, destacou. "Conquistaremos a sua Roma, destruiremos as suas cruzes, escravizaremos as suas mulheres com a permissão de Alá, o elevado", assegurou.

No seu comunicado, intitulado “Em verdade, o vosso senhor está sempre vigilante”, o porta-voz do Estado Islâmico ameaça aos Estados Unidos e a “todos” os seus “aliados”, definindo-os como “cruzados”. “Saibam que o tema é mais perigoso do que imaginaram e maior do que previram”, assegurou. “Advertimos-lhes que hoje estamos em uma nova era, onde o Estado, seus soldados e seus filhos não são escravos. São pessoas que não conhecem a derrota faz tempo", explicou.

Padre candidato a cargo político. Pode?



Eis a orientação do decreto Apostolicam Actuositatem, do Concílio Vaticano II, a propósito da missão dos leigos na esfera pública:” Os católicos [leigos] versados em política, e devidamente firmes na fé e na doutrina cristã, não recusem cargos públicos, se puderem, por uma digna administração, prover o bem comum e, ao mesmo tempo, abrir caminho para o evangelho.” (n. 14).

Os documentos do Concílio Vaticano II, de um modo geral, frisam que é papel do leigo, não do padre, atuar diretamente na política partidária. Eis o que estatui a constituição dogmática Lumen Gentium: “É, porém, específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o reino de Deus, exercendo funções temporais, e ordenando-as segundo Deus.” (n. 31b). A secularidade dos leigos, caríssima aos integrantes do Concílio, é juridicamente confirmada pelo código canônico (C.I.C.). Leia-se a tradução do cânon 225, § 2.º: “Têm [os leigos] também o dever especial, cada um segundo a própria condição, de animar e aperfeiçoar com o espírito evangélico a ordem das realidades temporais e, assim, dar testemunho de Cristo, especialmente na gestão dessas realidades [como deputado, senador, vereador, prefeito, governador, presidente etc.] e no exercício das atividades seculares.” O Catecismo da Igreja Católica perfilha a mesma concepção sobre o múnus do leigo: “A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs.” (n. 899).

Na verdade, o aludido catecismo católico é contundente: “Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Esta tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos.” (n.º 2442).

O bem paga mais que o dinheiro, diz Papa em centro caritativo na Albânia



 Viagem Apostólica à Albânia Encontro com crianças do Centro Betânia
e com representantes de assistidos
de outros centros caritativos do país Igreja do Centro Domingo, 21 de setembro de 2014

Queridos amigos do Centro Betânia,

De coração vos agradeço pela vossa jubilosa recepção! E sobretudo agradeço-vos pela recepção que aqui se oferece cada dia a tantas crianças e adolescentes carecidos de tratamento, de carinho, de um ambiente sereno e de pessoas amigas que sejam também verdadeiros educadores, um exemplo de vida e um apoio.

Em lugares como este, todos somos confirmados na fé, todos nos sentimos ajudados a crer, porque vemos a fé fazer-se caridade concreta. Vemo-la levar luz e esperança a situações de grave contrariedade; vemo-la reacender-se no coração de pessoas tocadas pelo Espírito de Jesus, que disse: «Quem receber um destes meninos em meu nome é a Mim que recebe» (Mc 9, 37). Esta fé que opera na caridade move as montanhas da indiferença, da incredulidade e da apatia e abre os corações e as mãos para fazer o bem e irradiá-lo. Através de gestos humildes e simples de serviço aos pequeninos, passa a Boa Nova de Jesus que ressuscitou e vive entre nós.

Além disso, este Centro testemunha que é possível uma convivência pacífica e fraterna entre pessoas pertencentes a várias etnias e a diferentes confissões religiosas. Aqui as diferenças não impedem a harmonia, a alegria e a paz; antes, tornam-se ocasião para um conhecimento mais profundo e mútua compreensão. As diferentes experiências religiosas abrem-se ao amor respeitoso e eficaz para com o próximo; cada comunidade religiosa exprime-se através do amor e não da violência; não se envergonha da bondade. Esta, a quem a faz crescer dentro de si, dá uma consciência tranquila, uma alegria profunda, mesmo no meio de dificuldades e incompreensões. E até perante as ofensas sofridas, a bondade não é fraqueza mas verdadeira força, capaz de renunciar à vingança.

O bem é prêmio em si mesmo, aproximando-nos de Deus, Sumo Bem. Faz-nos pensar como Ele, faz-nos ver a realidade da nossa vida à luz do seu desígnio de amor para cada um de nós, faz-nos saborear as pequenas alegrias de cada dia e ampara-nos nas dificuldades e nas provações. O bem paga infinitamente mais do que o dinheiro, que, pelo contrário, desilude porque fomos criados para acolher o amor de Deus e dá-lo, por nossa vez, aos outros, e não para medir tudo em termos de dinheiro ou de poder.