terça-feira, 3 de junho de 2014

Discurso do Papa Francisco à Renovação Carismática Católica


DISCURSO
Papa Francisco fala aos participantes do
37ª Convocação Nacional da Renovação Carismática Católica
Domingo, 1º de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs !

Eu os agradeço pela acolhida. Certamente alguém falou para os organizadores que eu gosto muito dessa música, “Vive Jesus, o Senhor”. Quando eu celebrava na catedral de Buenos Aires a Missa com a Renovação Carismática, após a consagração, e depois de alguns segundos de adoração em línguas, cantávamos esta canção com tanta alegria e com força, como vocês cantaram hoje. Obrigado! Senti-me em casa!

Agradeço a Renovação no Espírito, o I’CCRS e a Fraternidade Católica,  por este encontro com vocês, que me dá tanta alegria. Agradeço também a presença dos primeiros que tiveram uma forte experiência do poder do Espírito Santo, creio que a Paty esteja aqui… Vocês, Renovação Carismática, receberam um grande presente do Senhor. Vocês nasceram de um desejo do Espírito Santo como “uma corrente de graça” na Igreja e para a Igreja. É isto que os define: “uma corrente de graça”.

O primeiro dom do Espírito Santo, qual é? O dom de si mesmo, que é amor e te faz apaixonar-se por Jesus.  E este amor muda a  vida. Por esta razão, se diz “nascer de novo para a vida no Espírito”. Como Jesus disse a Nicodemos. Vocês  receberam  o grande dom da diversidade dos carismas, a diversidade que leva à harmonia do Espírito Santo, ao serviço da Igreja.

Quando penso em vocês carismáticos, me vem a mesma imagem da Igreja, mas de um modo particular: penso em uma grande orquestra, na qual, cada instrumento é diferente do outro, e também as vozes são diferentes, mas todos são necessários para a harmonia da música. São Paulo nos diz, no capítulo 12 da Primeira Carta aos Coríntios.

Portanto, como é uma orquestra, ninguém na Renovação pode pensar em ser mais importante ou maior que o outro, por favor ! Porque, quando alguém de vocês pensa que é mais importante que o outro, maior que o outro, começa a peste! Ninguém pode dizer: “Eu sou o chefe”. Vocês, como toda a Igreja, tem um só chefe, um só Senhor: o Senhor Jesus. Repitam comigo: Quem é o chefe da Renovação? O Senhor Jesus! Quem é o chefe da Renovação? (Os participantes repetem) O Senhor Jesus! E podemos dizer isso com a potência que nos dá o Espírito Santo, porque ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor”, sem o Espírito Santo.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos reflete sobre as diferentes expressões de fé


Irmãos e Irmãs da Caminhada Ecumênica!

Nós, representantes das igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), nos dirigimos a vocês na paz e na graça do nosso Senhor Jesus Cristo.

Mais uma vez estaremos unidos, celebrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no período de 1 a 8 de junho. Refletiremos este ano o tema “Acaso Cristo está dividido?”, motivados pelo lema de 1 Cor 1, 1-17.

Esta Semana foi organizada pelos irmãos e irmãs do Canadá, país marcado pela diversidade de idiomas, cultura, clima e diversas expressões de fé. Nossos irmãos do Canadá afirmam: “A primeira carta aos Co¬ríntios também aponta um caminho pelo qual podemos valorizar e acolher os dons dos outros, mesmo agora no meio das nossas divisões”.

A polêmica em torno do crucifixo do Papa e a evidente perseguição.


Pois é, caro leitor.

Parece que tem gente na Igreja que não tem mais o que fazer, afinal, graças a Deus todo mundo dentro da Igreja está bem instruído, não se tem mais desobediência litúrgica…. enfim, com a ausência de problemas, devemos fazer picuinha contra o Papa, pensam eles.

A ultima novidade dos desocupados de plantão é que, vejam só,  o Papa (figura máxima do catolicismo) tem escondido a cruz por ter vergonha. Ao mesmo tempo, os acusadores apresentam-se como guardiões da fé e gritam: Vejam, o Papa apostatou….

O mais irônico, e trágico,  é a alegria que eles contam a suposta apostasia. Anunciam como quem anunciam a vinda de Cristo, algo que seria escandaloso (caso tivesse ocorrido) é dito com um sorriso descomunal nos lábios. Não seria nada leviano afirmar que esses aguardam ansiosamente que a Igreja Católica finalmente enxerguem que eles são o novo Papa ou talvez essa alegria provenha da desobediência tão enraizada neles. Acredito que eles sintam-se melhor em não obedecer ninguém, logo é urgente provar que o Papa não é mais o Papa. Pobres almas!

Por que casar-se é melhor que juntar-se?


A Igreja Católica enfrenta atualmente grandes desafios diante da erosão da figura do casamento em diversas sociedades, sobretudo ocidentais. Pelo que se prevê, a proliferação das uniões livres e dos divórcios serão temas centrais no sínodo da família, que será realizado no início de outubro, no Vaticano, de acordo com um prognóstico de Fernando Pliego, pesquisador social em temas como a família.

De acordo com estudos sociológicos, “observa-se uma queda muito importante da população que se casa, e um aumento importante das uniões livres. Há alguns países nos quais a situação já se inverteu: há mais uniões livres que casamentos”.
 
“Esta é uma realidade muito importante diante de qualquer decisão que a Igreja Católica tomar sobre o casamento e a vida das famílias”, especificou Fernando, com base nas pesquisas internacionais que fundamentam seus estudos.
 
O pesquisador considerou que “é oportuno que o sínodo faça uma análise adequada da realidade”.


Pentecostes e Copa


Nos antigos povos, Pentecostes era Festa das Colheitas, realizada com muita alegria e solenidade. A celebração era dedicada exclusivamente a Javé. Uma festa ecumênica, aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16,11-12). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus. Reconhecia-se e afirmava-se o compromisso de fraternidade e a responsabilidade de promover os laços comunitários.

Hoje Pentecostes é chamada de Festa da Unidade, da presença do Espírito unificador, enviado por Cristo cinquenta dias após o domingo da Ressurreição e sete dias depois da Ascensão. No dinamismo da cultura, na diversidade dos dons, o Espírito Santo é proclamado como Aquele que veio para superar a “confusão babilônica”, os resquícios da “Torre de Babel” que reinam numa sociedade marcada por tantas situações extremistas e desumanas.

Os pecados dos antepassados influenciam nossas vidas?


Querido padre Gabriele, algumas vezes ouvimos falar no âmbito carismático de “árvore genealógica”. O que o senhor pode dizer a respeito?

Esta é uma questão controversa. Há quem sustente que as consequências de culpas morais graves, das quais mancharam os próprios antepassados - como por exemplo homicídios, abortos, suicídios, práticas mágicas etc. -, se propagam às gerações sucessivas. Atenção, não a culpa moral, que é sempre e somente pessoal, mas as suas consequências, como por exemplo a tendência inata a repetir os mesmos atos pecaminosos dos antepassados. Uma espécie de “inclinação” espiritual, que chegaria aos filhos, netos, bisnetos e assim desceria na árvore genealógica. Como se transmitem os caracteres hereditários fixos na transmissão da vida, assim seria para aqueles espirituais.

Para livrar-se desta tendência, cada descendente deveria renunciar a eles com um estilo de vida cristã. Através de um caminho de purificação, se alcançaria - uma vez individualizada a tendência pecaminosa, que pode beirar a compulsividade - a emendar-se nela. Isto seria de qualquer modo a transmissão do caráter “doente” aos descendentes. A tese é difusa por nós com o livro do psiquiatra inglês Kenneth McAll, Até as raízes, o qual sustenta - citando casos por ele notados - que a causa dos males pode depender de questões de geração.

A Idade Média foi "noite escura"?


- “A Idade Média terá sido, em virtude da predominância da religião católica, um período de obscurantismo?” (L.M. - Salvador-BA).

A Idade Média é por vezes considerada qual «noite de mil anos» que se abateu sobre a civilização, constituindo, pela barbárie e ignorância de seus homens, verdadeira mancha no decorrer da História.

É o que, conforme alguns autores, a própria designação «Idade Média» deveria incutir. Esta foi forjada pelos humanistas do séc. XVI, que com tal denominação queriam caracterizar o período da língua latina, que vai da idade clássica antiga ao Renascimento da mesma, no séc. XVI. Entre duas épocas áureas estaria [então] uma fase intermediária ou «média», fase apagada ou decadente na História do idioma latino.

Em 1688, o historiador alemão Cristóvão Keller (Cellarius) na sua «Historia Medii Aevi» (="História da Idade Média") adotou pela primeira vez o nome no setor da História da Civilização, o que dava a entender que o período decorrente entre a Idade Antiga e a Renascença foi igualmente uma época apagada e decadente.

Nem todos os autores, porém, concordaram com tal modo de ver...

O historicismo do século passado tinha a Idade Média na conta de período cheio de realizações construtivas.

Vejamos o que há de objetivo nestas diversas apreciações.

1)     O período Antigo ou Greco-Romano da civilização termina com a ruína do Império Romano, o qual cedeu aos golpes das invasões bárbaras (Roma caiu em 476). A Europa e a África Setentrional foram ocupadas pelos germanos invasores que, após haver derrubado as instituições antigas, eram incapazes de construir a vida social, pois careciam de valores culturais correspondentes. Ora, tendo desaparecido a figura do Imperador no Ocidente, a única autoridade capaz de tomar as rédeas da situação europeia dos séculos V/VII era a autoridade eclesiástica: o Papa, então, os bispos e os monges se puseram a preservar da perda total os valores da civilização greco-romana, utilizando-os na confecção de nova síntese cultural.
2)       
Não há dúvida de que a Religião Católica foi altamente benemérita neste trabalho de reconstrução; criaram-se valores e instituições de vulto no início e no decurso da Idade Média. Detendo-nos apenas na história da educação e da cultura, devemos mencionar que foram os clérigos e monges que asseguraram o ensino primário nas escolas catedrais, monacais e palatinas (isto é, erguidas respectivamente junto a uma igreja catedral, a um mosteiro, a um palácio de rei).

Papa fala da Ascensão de Jesus e recorda mandato missionário.


REGINA COELI
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 1º de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Hoje, na Itália e em outros países, celebra-se a Ascensão de Jesus ao céu, ocorrida quarenta dias após a Páscoa. O Ato dos Apóstolos conta este episódio, a separação final do Senhor Jesus dos seus discípulos e deste mundo (cfr At 1, 2.9). O Evangelho de Mateus, em vez disso, relata o mandato de Jesus aos discípulos: o convite a ir, a partir para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação (cfr Mt 28, 16-20). “Ir”, ou melhor, “partir” se torna a palavra-chave da festa de hoje: Jesus parte para o Pai e ordena seus discípulos a partirem para o mundo.

Jesus parte, sobe ao Céu, isso é, retorna ao Pai do qual tinha sido mandado ao mundo. Fez o seu trabalho, então retorna ao Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos apóstolos – e também o nosso olhar – às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Ele mesmo havia dito que iria para lá nos preparar um lugar no Céu. Todavia, Jesus permanece presente e ativo nos acontecimentos da história humana com o poder e os dons do seu Espírito; está próximo a cada um de nós: mesmo se nós não O vemos com os olhos, Ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo aos cristãos perseguidos e discriminados; está próximo a cada homem e a cada mulher que sofre. Está próximo a todos nós, também hoje está aqui conosco na praça; o Senhor está conosco! Vocês acreditam nisso? Então digamos juntos: o Senhor está conosco!