segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nova Era: uma revolução silenciosa ameaça a Civilização Cristã



Impregnado de mística esotérica de origem oriental, o movimento denominado Nova Era, como uma verdadeira serpente naja, seduz muitas almas que dele se aproximam, hipnotizadas por seu encanto mágico e pela promessa de “ser como deus”.

O leitor provavelmente já observou, tanto em livrarias quanto em lojas de discos, seções com o título New Age (ou Nova Era). E que esse material é oferecido ao público, em diversas cidades do Brasil, mesmo em livrarias que se apresentam como católicas.

Estamos sendo, na realidade, agredidos por uma invasão silenciosa de um dos maiores inimigos da Civilização Cristã.

Nestes dois mil anos de cristianismo, nunca a sociedade esteve tão influenciada por idéias ocultistas, esotéricas, mágicas ou pseudo-místicas, como nos dias de hoje.

Corrompido pela decadência moral e pelo enfraquecimento dos princípios religiosos, o Ocidente é invadido por uma grande variedade de práticas contrárias à Santa Igreja.

Com efeito, assistimos hoje ao surgimento de diversas correntes religiosas — também denominadas filosóficas — que se infiltram entre os católicos e operam uma verdadeira revolução silenciosa.



O diretor da “Folha de S. Paulo”, Otávio Frias Filho, assim descreveu essa situação:

“1. Todos os deuses, todas as crenças, todos os sistemas religiosos serão aceitos ao mesmo tempo. Como os antigos romanos, toleraremos todos exatamente por não acreditar a fundo em nenhum deles. 2. Nossa fé se reduziu à crença numa energia cósmica qualquer, uma “força”. [...] 4. Gnomos, espíritos, magos, anjos, duendes, demônios – um cortejo de quimeras extintas pela luz elétrica – ressuscitam, assim, no ecletismo da nova religião, a mais relativista que já houve, apta a admitir quaisquer fantasias e ignorar contradições entre elas”.1

A nova mentalidade começa a invadir, infelizmente, até ambientes católicos!
Trata-se, como veremos, de um movimento organizado (e não espontâneo, como julgam alguns), direcionado contra a Religião de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que, por vezes, até se apresenta comocristão.

Seu nome? Não poderia ser mais genérico: Movimento Nova Era (ou, em inglês, New Age).


Nova Era: o disfarce sedutor do demônio

Monstro demoníaco, "divindade" da nova pseudo-religião

Movimento Nova Era (MNE) é a reunião de várias correntes esotéricas diferentes que, agora falando a mesma língua, almejam, segundo seus adeptos, o fim da chamada Era de Peixes e a instauração da Era de Aquários.

Durante as perseguições romanas, os primeiros católicos usavam alguns símbolos como identificação de sua Fé. Um deles, presente nas catacumbas e em vários objetos da época, era o peixe, que em grego, escreve-se ixtus, cujas letras são as iniciais de Iéssus Xcristós Teou Yiós Sotér (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador).

Essa Era de Peixes, que desejam extinguir, significa o Reino de Cristo na História, o cristianismo!

Para alcançar seus objetivos, tais organizações não raramente se revestem de uma aparência cristã e difundem mensagens pacifistas, ecológicas e filantrópicas. Todavia, por trás dessa capa, seguem elas uma doutrina esotérica e iniciática.

Já Nosso Senhor advertia: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 15).

O cristianismo: Religião revelada por Deus


Mosaico antigo com peixes, símbolo do cristianismo

 

“Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, porque em verdade vos digo, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado” (Mt 5, 17).

Com o cristianismo completou-se a Revelação oficial, iniciada desde o Paraíso.

Nesse sentido, ao contrário do que dizem os adeptos da Nova Era, o cristianismo não é uma era histórica, mas o cumprimento da obra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, guardada desde o Paraíso até a consumação dos séculos. Ele instituiu sua santa e única Igreja, ensinando e consolidando sua doutrina e convidando seus filhos à bem-aventurança eterna.

Esoterismo e iniciação contra o Cristianismo


Mosaico representando São Paulo

 

São Paulo já previa numa de suas epístolas: “O Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns homens renegarão sua fé, dando atenção a espíritos sedutores e doutrinas demoníacas” (1 Tim. 4,1).

A doutrina da Nova Era é esotérica, isto é, tem sua parte principal escondida, oculta, acessível apenas a pessoas iniciadas, que são lentamente levadas a negar o cristianismo.

Para essa transformação interna de cada homem, tais organizações utilizam rituais e práticas específicas, através das quais difundem sua doutrina, de fundo panteísta. Como veremos, essa doutrina não passa de uma reedição das antigas heresias panteístas, agora com roupagem nova.

“A Conspiração Aquariana” — manual da Nova Era


Capa do livro "A Conspiração Aquariana"

 Nova Era não se apresenta como um movimento unificado, sob a direção de um líder único, mas é uma constelação de pequenos movimentos.

Podemos caracterizar o Movimento Nova Era como uma grande mobilização de pequenos grupos, dispersos em diversos locais mas unidos no mesmo pensamento e objetivo, que formam uma enorme rede de ação e abrange centenas de entidades, instituições e grupos, sem que todos necessitem estar em contato ou mesmo se conhecer. Ao menos é assim que ele é apresentado.

Essa mega-rede é descrita pela escritora Marilyn Ferguson, em seu livro A Conspiração Aquariana, considerado por muitos como a “bíblia” da Nova Era 2:

“Cada segmento [de uma rede] é auto-suficiente. Não se pode destruir a rede pela destruição de um dos líderes ou de algum órgão vital. O centro — o coração — da rede se encontra em todos os lugares. A Conspiração Aquariana é, na verdade, uma rede de muitas redes destinadas à transformação social. [...] Seu centro está em toda a parte. [...] A Conspiração não pode ser detida, porque é uma manifestação da mudança nas pessoas”.3

Marilyn Ferguson, autora de "A Conspiração Aquariana"

Fazem parte desse movimento entidades como: Renascer, Grande Fraternidade Universal, Nova Acrópole, Universidade Holística, Sociedade Internacional de Meditação, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, Eubiose, Sociedade Teosófica, A Grande Pirâmide do Lago, Rosa Cruz Áurea, Perfeita Liberdade, Cidade da Paz, Movimento para Consciência de Krishna, Cadeia Mental Universal, Ordem dos 49, Clube Naturalista de Preservação da Vida, Himalaya Consultoria Vivencial, Abrasca (Associação Brasileira de Comunidades Alternativas), Legião da Boa-Vontade, Centro de Pesquisas de Discos Voadores, Fraternidade da Cruz e do Lótus etc.4

A transformação nas almas, método de conquista

 

Na introdução de sua obra, diz Marilyn Ferguson: “O ativismo social dos anos 60 e a ‘revolução da consciência’ do início dos 70 pareciam mover-se na direção de uma síntese histórica: a transformação social como resultante da transformação pessoal — a mudança de dentro para fora”.5

Essa nova tática de conquista da Revolução foi inúmeras vezes denunciada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. É a chamada Revolução Cultural, uma mudança gradual da vida cotidiana, dos costumes, das mentalidades, dos modos de ser, de sentir e de viver.6

O misticismo tribal e a extinção da razão



Em 1976, ainda no auge do comunismo, caracterizado como a III Revolução (a primeira é a pseudo-Reforma Protestante e a segunda a Revolução Francesa de 1789), Plinio Corrêa de Oliveira já demonstrava a metamorfose operada dentro do processo revolucionário rumo a uma IV Revolução – o tribalismo autogestionário e místico, hoje largamente incubado na Nova Era – denunciando suas características.7 Escreveu ele: “Bem entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal [da IV Revolução] tem que passar pela extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade individuais, gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberações e sensibilidade cada vez mais coletivos [...].

“De que forma? — Nas tribos, a coesão entre os membros é assegurada sobretudo por um comum pensar e sentir, do qual decorrem hábitos comuns e um comum querer. Nelas, a razão individual fica circunscrita a quase nada. [...]  Ao pajé incumbe manter, num plano místico, esta vida psíquica coletiva, por meio de cultos carregados de ‘mensagens’ confusas, mas ‘ricas’, dos fogos fátuos ou até mesmo das fulgurações provenientes dos misteriosos mundos da transpsicologia ou da parapsicologia”.8

Do Amor de si ao esquecimento de Deus:
O homem justo faz do “amor de Deus” o eixo de sua vida, pelo qual ele julga todo o resto, cumprindo o maior dos Mandamentos: “amarás o Senhor teu Deus de todo o coração de toda a alma, de todo o entendimento, e com todas as suas forças” (Mc, 12, 30).

Na mesma linha, o catecismo da Igreja ensina que a finalidade do homem é “conhecer, amar e servir a Deus”.

A santidade consiste em amar a Deus até o esquecimento de si mesmo, a ponto de ser um outro Cristo ou, nas palavras de São Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim”.

Nesse amor sublime, fruto da inocência de alma, reside a verdadeira felicidade e o tesouro mais precioso de nossas almas, onde “o ladrão não chega, nem a traça rói”. (Lc. 12, 33)

Todavia, para os adeptos da Nova Era, não é a Deus que devemos conhecer e amar, mas a nós mesmos… Pois, segundo imaginam, Deus não é superior aos homens e digno de ser amado sobre todas as coisas, mas é igual aos homens!
Como conseqüência, o homem deve conhecer a si mesmo – através do que chamam de iluminação – e perceber que ele é “deus”.

Em outros termos, o igualitarismo, tantas vezes denunciado pelo magistério da Santa Igreja como oposto ao cristianismo (Ver Box 1, no final do artigo)., é agora exaltado até o destronamento de Deus.

Nova Era é a “religião” dos homens igualitários que se julgam “deuses”.

O igualitarismo corrompe a Criação

Cristo, Rei do Universo. Com uma tiara na cabeça e segurando o globo terrestre apoiado em Seu joelho, Cristo recebe a homenaem de soberanos representando as nações do universo.

Santo Tomás explica que é através dessa diversidade de características que se tem uma imagem mais perfeita de Deus. Os homens em seu conjunto, muito mais do que individualmente, formam um belíssimo mosaico refletindo as perfeições de seu Criador. 9

Por isso, diz a Sagrada Escritura que cada coisa feita por Deus era boa, mas o seu conjunto era “muito bom”. 10

Não podendo nada contra o Criador, o demônio investe contra o reflexo de Deus na criação e seduz os homens, através do orgulho, com a promessa utópica do igualitarismo.

“Sereis iguais a Deus”: a sedução da Nova Era

Com a mesma mentira com que seduziu Adão e Eva no Paraíso Terrestre [ver quadro ao final do artigo], a Serpente agora busca seduzir os homens do século XXI.

“Sereis iguais a Deus” (Gen. 3, 5). É o que promete a Nova Era para os que se deixam enganar pelo veneno igualitário do demônio.

É o orgulho levado às últimas conseqüências, mediante o qual o homem se esquece de Deus para amar a si sobre todas as coisas.

Lúcifer: o primeiro igualitário

A queda dos anjos rebeldes

Tu, desde o princípio, quebraste o meu jugo, rompeste os meus laços e disseste: – Não servirei!” (Jer 2, 20).

A esse brado igualitário de Lúcifer, que não desejou servir a seu Senhor, respondeu São Miguel: “Quem como Deus?”.11

Os anjos, assim como os homens, também tiveram sua prova, na qual deveriam escolher entre amar a Deus ou amar a si.

Os irmãos Gustavo e Sérgio Solimeo, em seu livro “Anjos e Demônios, a Luta Contra o Poder das Trevas”, assim se referem à prova dos anjos:

Segundo Santo Tomás de Aquino, essa soberba consistiu em que os anjos maus desejaram diretamente a bem-aventurança final, não por uma concessão de Deus, por obra da graça, e sim por sua virtude própria, como mera decorrência de sua natureza. Desse modo, quiseram manifestar sua independência em relação a Deus; eles recusaram assim a homenagem que deviam a Deus como seu criador e desejaram substituir-se a Ele e ter o domínio sobre todas as coisas: ‘ser como deuses’. (cf. Gen. 3, 5)”.12

Exatamente o que sustenta o Movimento Nova Era, é a salvação (bem-aventurança), não como obra da graça, mas como decorrência da própria natureza divina do homem.

Lúcifer: o anjo da “iluminação” esotérica

Antes da revolta dos anjos, segundo narra São João Bosco em sua conhecida História Sagrada, os anjos eram todos bons.

Lúcifer era o anjo mais belo que Deus havia criado.13 Deste fato resulta o seu nome, que significa aquele que ilumina, aquele que porta a luz: Lúcifer.

“Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago”(Lc 10, 18). Aquele que iluminava, agora vive nas trevas tentando os homens.

Para a Nova Era, o homem precisa atingir a consciência de que é deus, precisa se iluminar. A iluminação é o processo através do qual o homem perde a sua individualidade, entregando-se, como uma gota d’água no oceano, à grande energia primeira. Através dessa prática, o iniciado se reconhece divino, assim como todos os objetos, formando uma só energia com todos eles.

Panteísmo: a doutrina oculta do demônio

Gnomo, uma das "divindades" da nova pseudo-religião.

A filosofia básica da Nova Era é o panteísmo. Segundo essa heresia, existe apenas uma realidade, que é a energia cósmica (que alguns chamam de deus), o resto é o maya (ilusão). Toda a diversidade de seres (sejam minerais, vegetais, animais ou mesmo espirituais) é uma ilusão dos sentidos, que tende a ver diferenças onde só existe igualdade. Tudo é manifestação de uma mesma energia, que é divina e espalhada em todas as coisas.

O demônio é o pai dessa doutrina que busca enganar os homens e fazê-los participantes de sua revolta. Diz São João:“Foi [o Demônio] homicida desde o princípio, e não permaneceu na verdade” (Jo 8, 44).

Nesse sentido, é revelador o poema escrito por Pierre Weil, um dos expoentes da Nova Era e reitor da chamada universidade holística14, em seu livro A Revolução Silenciosa, no qual resume o orgulho panteísta e igualitário desse movimento: Diz ele, sobre si mesmo: “Sou desprovido de nome, porque todo nome me limita. Porém, muitos nomes me deram. Sou Brahman. Sou Brahma, Vishnu e Shiva. [...] Sou Jahvé. Sou Buda. Sou Cristo. Sou o Pai, com ou sem barba. Sou o Filho. Sou o Espírito Santo. Sou Allah, Sou Alfa e ômega, o começo e o fim. [...] Sou energia. Sou a natureza. [...] Sou Deus. Sou o Eterno. Sou Universo. [...] Sou você dentro do teu corpo. Sou também o teu próprio corpo. [...] Sou as partes que estão no todo. Sou o todo que está em todas as partes. [...] Sou o homem. Sou a mulher. [...] Sou sujeito, sou objeto, sou espaço entre os dois. [...] Sou o autor. Sou o ator. Sou o papel. Sou a peça. Sou o espectador. [...] Sou zero. Sou um. [...] Enfim sou a tua alma através da qual desfruto da imensa bem-aventurança de ser consciente da própria bem-aventurança” 15

A reencarnação evolucionista

 

Imaginando-se deus, o adepto da Nova Era naturalmente é levado a negar a justiça divina (já que essa justiça pressupõe a existência de Deus superior aos homens) e, em seu lugar, aceita a doutrina espírita da reencarnação.

Contra essa doutrina, há o ensinamento formal de São Paulo: “Está decretado que o homem morra uma só vez, e depois disto é o julgamento”(Hb 9, 27).

Autoconhecimento e redenção

 

Nova Era afirma que o problema do homem não é o pecado, mas a ignorância. Conhecer-se a si mesmo, eis o lema da Nova Era.

Não é mais a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo que abre as portas da eternidade, mas o próprio homem que se julga salvo pela sua natureza divina.
Desta forma, o supremo ato de amor de Deus é substituído pelo supremo ato de orgulho de quem julga ocupar o lugar de seu Criador.

Para esses adeptos, não há inferno, não há castigo, não há justiça. O erro (pecado) de uma vida não será castigado na eternidade, mas numa encarnação menos evoluída ou mais sofrida, onde aqui se faz, aqui se paga. É a chamada Lei do Carma.

Canalização da Energia Cósmica

 

Não é pensando que se ilumina, é mediante a meditação por dentro de si, mediante a canalização da energia por dentro do próprio corpo.

Para esse fim nos levariam o tarô, os búzios, quiromancia, astrologia, numerologia, cristais, certos tipos de medicina alternativa e de acupuntura etc. Tudo é usado para dar uma nova visão ao ser humano, uma nova maneira de experimentar a realidade.

Claro que várias dessas práticas abrangem um aspecto natural que pode produzir um resultado efetivo. Todavia, elas têm servido, em várias circunstâncias, para difundir a doutrina esotérica da Nova Era.

Os cristais e as pirâmides são muito usados pelos adeptos da seita, pois seriam uma maneira de canalizar essas energias e curar doenças, atrair prosperidade, levar a um grau de consciência superior.

Trata-se, na realidade, da volta ao paganismo primitivo, com suas milhares de superstições e idolatrias.

Nova Era é incompatível com a Fé Católica


Em seu Evangelho, São Mateus expõe a sábia advertência de Nosso Senhor: “Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Por isso, sede prudentes como as serpentes e sem malícia, como as pombas” (Mt 10, 16).

Dom Donald W. Montrose, enquanto Bispo diocesano de Stockton, na Califórnia, fez uma longa análise da influência satânica da Nova Era nos Estados Unidos. Em seu substancioso documento, afirma:

“Na superfície, o movimento New Age parece um movimento de paz. Entretanto, é ocultista, mesmo quando Satanás não é mencionado. O ‘deus’ da New Age não é o Deus do cristianismo. O ‘deus’ da New Age é uma espécie de energia impessoal que abarca o universo inteiro. Esta é uma forma de panteísmo. Não se deixem enganar pelas suas palavra sobre ecologia, a beleza do mundo natural, a fundamental bondade dos objetivos aparentes deste movimento. Não é um poder espiritual que vem de Deus, mas do reino da luz falsa e das trevas” 16.

E João Paulo II, em pronunciamento aos bispos norte-americanos, previne os fiéis sobre a Nova Era e sua deletéria influência entre católicos:

“As idéias do movimento New Age conseguem às vezes insinuar-se na pregação, na catequese, nas obras e nos retiros, e deste modo influenciam até mesmo católicos praticantes, que talvez não tenham a consciência da incompatibilidade entre aquelas idéias e a fé da Igreja. Na sua visão sincretista e imanente, esses movimentos [...] tendem a relativizar a doutrina religiosa. [...] Além disso, apresentam com freqüência um conceito panteísta de Deus, o que é incompatível com a Sagrada Escritura e com a Tradição cristã” 17.

Devoção a Nossa Senhora: o antídoto profético

Imagem da Imaculada de Quito, muito venerada no Equador: com uma corrente, jugula a cabeça do demônio.

Nova Era é um dos venenos sedutores do demônio, que tenta os homens através do orgulho:“Amarás a ti mesmo sobre todas as coisas”, eis como se poderia  exprimir o lema da Nova Era.

Quando uma alma se deixa contaminar pelo amor próprio desordenado, fruto de seu orgulho, não há moral capaz de a controlar, não há mais verdade que ela não coloque em dúvida, não há hierarquia que ela não queira derrubar.
E como tudo isso é o oposto à Santíssima Virgem, que em sua humildade desejava ser a escrava da Mãe de Deus!

Nossa Senhora é o triunfo da humildade sobre o orgulho, do verdadeiroamor de Deus sobre a soberba igualitária.

Nesse sentido, escreve o grande missionário francês do século XVII e Doutor marial, São Luís Maria G. de Montfort: “O que Lúcifer perdeu por orgulho, Maria ganhou por humildade. O que Eva condenou e perdeu pela desobediência, salvou-o Maria pela obediência”18 · 

Em outro trecho, afirma ainda São Luís de modo profético sobre o papel da Mãe de Deus nos últimos tempos: “Por meio de Maria começou a salvação do mundo, e é por Maria que deve ser consumada” 19.

É o que aquele grande apóstolo mariano chama de Reino de Maria, no qual o império de Nosso Senhor estender-se-á sobre o “império dos ímpios, dos idólatras e dos maometanos” 20, estabelecendo sobre a Terra a plenitude do Reino de Cristo na História.

Todos que recorrem à Santíssima Virgem são atendidos

  
São Bernardo de Claraval, autor do "Lembrai-vos"

Fica o alerta: em nossas dificuldades, não procuremos soluções onde elas não existem; desconfiemos dessas práticas ocultistas, verdadeiras ciladas para a perdição das almas.

Pelo contrário, procuremos a solução verdadeira que Nosso Senhor Jesus Cristo nos concedeu: a intercessão de sua Santíssima Mãe que, misericordiosamente, também a nós foi dada como Mãe.  Procuremos aumentar nossa devoção a Ela, e assim seremos aliviados de nossos males, amparados em nossos problemas, atendidos em nossas súplicas.

É o que, de modo categórico, afirma o admirável Doutor da Igreja,São Bernardo de Claraval, em sua célebre e inspirada oração: “Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja”.

Box 1
Desigualdades na sociedade humana: doutrina pontifícia

Papa Pio X

São Pio X, no Motu proprio Fin dalla prima(18-12-1903), assim resume a doutrina de Leão XIII sobre as desigualdades na sociedade humana:

“I – A sociedade humana, tal qual Deus a estabeleceu, é formada de elementos desiguais, como desiguais são os membros do corpo humano; torná-los todos iguais é impossível; resultaria disto a própria destruição da sociedade humana.

“II – A igualdade dos diversos membros sociais consiste somente no fato de todos os homens terem a sua origem em Deus Criador; foram resgatados por Jesus Cristo e devem, segundo a regra exata dos seus méritos, ser julgados por Deus, e por Ele recompensados ou punidos.

“III – Disto resulta que, segundo a ordem estabelecida por Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários, ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais, todos unidos por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançarem o seu fim último no Céu e o seu bem-estar moral e material na Terra” (Acta Sanctæ Sedis, Ex Typographia Polyglotta, Romæ, 1903-1904, vol. XXXVI p. 341, apud Plinio Corrêa de Oliveira,Nobreza e Elites Tradicionais Análogas nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e Nobreza Romana, Livraria Civilização Editora, Porto, 1993, p. 296).

 Pio XI, na Encíclica Divini Redemptoris, afirma:

 “Deve-se advertir que erram de modo vergonhoso aqueles que opinam levianamente serem iguais, na sociedade civil, os direitos de todos os cidadãos, e não existir uma hierarquia social legítima” (Acta Apostolicæ Sedis, Vol. XXIX, Nº 4, 31/3/1937, p. 81, apud Plinio Corrêa de Oliveira, obra supracitada, p. 298).

Pio XII, Alocução aos trabalhadores da Fiat(31-10-1948):

Papa Pio XII

“A Igreja não promete a igualdade absoluta que outros proclamam, porque sabe que o convívio humano produz sempre e necessariamente uma escala de graduações e de diferenças nas qualidades físicas e intelectuais, nas disposições e tendências internas, nas ocupações e nas responsabilidades” (Discorsi e Radiomessaggi di Sua Santità Pio XII, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol. X, p. 266, apud Plinio Corrêa de Oliveira, obra supracitada, p. 299). Santo Tomás de Aquino trata da questão da desigualdade, especialmente na Suma Teológica, I, Q. 47, a. 2
*   *   *
A serpente no paraíso terrestre: prefigura da Nova Era 


No Paraíso, o demônio, que tinha sido expulso do Céu pelo seu ato de orgulho e levado pela inveja, tomou a forma de uma serpente e tentou Eva para que ela comesse do fruto proibido: “De modo algum morrereis, e Deus sabe muito bem disso; ao contrário, se dela comerdes, abrir-se-ão vossos olhos, sereis iguais a Deus, conhecereis o bem e o mal” (Gen. 3, 5).

Após o Pecado Original, Deus, voltando-se para a serpente, disse-lhe: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher [Nossa Senhora], entre a tua descendência e a dela; ela te esmagará a cabeça e tu procurarás mordê-la no calcanhar” ¹.

São Luís Maria Grignion de Montfort assim explica esse trecho da Sagrada Escritura: “Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável que não só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer.”².

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1 – É praticamente unânime a posição dos grandes teólogos de que a mulher referida é Nossa Senhora, chamada também de Nova Eva, Mãe do Novo Adão, que é Nosso Senhor Jesus Cristo.

2 – São Luís G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, ed. Vozes, Petrópolis, p. 54.

Notas:

1 – “Folha de S. Paulo” — Revista Mais!, 13-10-02.
2 – Ferguson, Marilyn (1993), A Conspiração Aquariana: Transformações Pessoais e Sociais nos Anos 80; Ed. Record, Rio deJaneiro, 1993.
3 – Idem., pp. 201 a 205.
4 – A esse respeito, ver: Dioclécio Luz,  Roteiro Mágico de Brasília; vol. I e II., Codeplan, 1986.
5 – Op. cit., p. 18.
6 – Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Artpress, São Paulo, 1982, III Parte.
7 – Idem, ibidem.
8 – Idem, Parte III, cap. III, 2.
9 – Cfr. Summa Teológica, I, Q. 47, a2, c.
10 – Gênesis, 1, 31 e Suma Teológica, I, Q. 47, a.2, c.
11 – A expressão “Quem como Deus?” é a tradução do nome Miguel em hebraico.
12 – SOLIMEO; Gustavo Antônio e Luiz Sérgio (1994); Anjos e Demônios – a Luta Contra o Poder das Trevas; São Paulo, ed. Artpress; 1994.
13 – São João Bosco, História Sagrada, Ed. Salesiana, 1965, p. 13.
14 – Holismo é uma palavra que se refere a tudo (holos): tudo é a mesma energia divina.
15 – Weil, Pierre; A Revolução Silenciosa, Ed. Pensamento, São Paulo, p. 200 a 203.
16 – Montrose, Donald W., Voz de alerta nos Estados Unidos: perceber e combater o demônio é dever do católico, in Catolicismofevereiro de 1996, p.22 e 23.
17 – Pronunciamento aos bispos norte-americanos, em 18 de maio de 1993, apud Catolicismo, fevereiro de 1996, p. 22 e 23.
18 – São Luís G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, Vozes, Petrópolis, p. 55 e 56.
19 – Idem, p. 50.
20 – Idem, p. 61.
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Por Frederico R. de Abranches Viotti
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Quinze anos a mais: para quê?



No dia 5 de abril deste ano, na cidade de Barinas, na Venezuela, foi celebrada uma missa pela saúde de Hugo Chávez, que há anos vem se tratando de câncer. No final, o Presidente declarou: «Digo a Deus que, se o que já enfrentei não foi suficiente, aceito a doença, mas que ele não me leve ainda. Dê-me mais um tempo de vida, porque me restam muitas coisas a fazer por esse povo e por essa pátria».

Um mês após, no dia 6 de maio, deparei-me com esta notícia na internet: «Shaun Wilson-Miler, um jovem de apenas 17 anos, que mora em Melbourne, na Austrália, tem uma doença cardíaca crônica. Após dois transplantes de coração, os médicos lhe disseram que não teria muito tempo de vida. Sabendo disso, ele gravou um vídeo para se despedir dos amigos e familiares: “Oi, galera! Tenho más notícias para contar. Eu não vou ficar aqui por tanto tempo quanto pensei. Mas quero dizer que foi um passeio incrível, e não tenho arrependimentos. Viva a vida ao máximo, porque você nunca sabe o que vai acontecer! Eu quero agradecer à minha família e aos amigos. Por favor, não chorem por mim! Eu ficarei bem. Sentirei muita saudade. Amo vocês!». 

As palavras do presidente venezuelano e do jovem australiano me trouxeram à mente a história de Ezequias, assim narrada pela Bíblia: «O rei Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal. O profeta Isaías foi visitá-lo e lhe disse: “Assim fala o Senhor: Põe em ordem a tua casa porque vais morrer. Não poderás escapar!”. Então Ezequias virou o rosto contra a parede e fez esta prece: “Senhor, não te esqueças de que andei na tua presença com toda a fidelidade e de coração limpo, e que sempre procurei fazer o que era bom aos teus olhos”. E começou a chorar. Então a palavra do Senhor foi até ele por meio de Isaías: “Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas. Vou prolongar em quinze anos a duração de tua vida”» (Is. 38, 1-5).

Não me atrevo a fazer comparações entre a piedade, a vida e o governo de Hugo Chávez e do rei judeu. Nem sou profeta para prever como terminará a existência o jovem de Melbourne. Ignoro se ambos receberão, como aconteceu com Ezequias, mais quinze anos de vida. O que, porém, sempre impressiona é a tristeza de Ezequias ante o seu fim iminente: «Devo ir-me embora no melhor de minha vida! Não verei mais o Senhor na terra dos viventes. Nunca mais verei um homem neste mundo!» (Is 38,10-11).

Nunca foi fácil para ninguém aceitar a morte. Não é apenas Hugo Chávez, Shaun Wilson-Miler ou Ezequias que o afirmam, mas a maior parte dos 55 milhões de pessoas que morrem todos os anos: 150.000 por dia e 6.500 por hora. Para os jovens, ela aparece como algo tão distante que quase não existe. Não será por isso que a maioria das vítimas da violência ou dos acidentes de trânsito se conta precisamente entre eles?

Se existe uma certeza na vida, é que ninguém escapa da morte. Mas, para quem se deixa guiar pelo Evangelho, ela adquire um sentido diferente e maravilhoso: a última etapa de uma série superada ao longo da existência, o derradeiro “sim” ou “não” dito a Deus através de intenções e atitudes. Para os que se deixaram guiar pelo amor, ela é o encontro com o Prêmio tão esperado: «Vinde, benditos de meu Pai, ocupar o lugar que vos foi preparado desde a criação do mundo!» (Mt 25, 34).

Para São Paulo, o crescimento humano tem um processo e um destino definidos: «Enquanto o nosso físico vai se deteriorando, o nosso interior vai-se renovando dia a dia. Uma tribulação momentânea nos proporciona uma eternidade de glória incomensurável. Isso acontece porque temos os olhos voltados não para as coisas visíveis, mas para as invisíveis. O que é visível é passageiro e o que é invisível é eterno. Sabemos que, quando a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dará outra morada no céu, que não é obra de mãos humanas, mas é eterna» (2Cor 4,16-18; 5,1).

Só tem sentido viver se for para fazer o bem. Caso contrário, quanto antes desaparecermos, melhor para a humanidade! Era assim que pensava São Paulo: «Não sei bem o que escolher: meu desejo é partir e estar com Cristo – o que seria muito melhor. No entanto, por amor a vocês, é preferível que eu continue a viver para ajudá-los a progredir e a gozar da alegria proporcionada pela fé» (Fl 1,22-25).

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

sábado, 3 de novembro de 2012

"Procuram-se santos e santas" (cf. Mt 5,1-12).



Domingo, o evangelho traz as bem-aventuranças de todos os santos e santas. Recordo as palavras do finado papa João Paulo II aos dois milhões de jovens do mundo inteiro reunidos em Roma, no Jubileu do ano 2000: “Vocês são os santos e as santas do novo milênio que podem transformar o mundo com a alegria, a fé e a criatividade”.

Depois de doze anos daquele histórico encontro, continuamos precisando de “santos e santas”, pessoas generosas, coerentes, artesãos da justiça e “fazedores” da Paz, referências e modelos para os jovens de hoje e de sempre.

As oito bem-aventuranças do evangelho de hoje, tempero da verdadeira felicidade, correspondem, como importância, aos dez mandamentos do primeiro testamento. Infelizmente são menos conhecidas.

O texto original de Mateus tem 72 palavras, o mesmo número dos povos conhecidos naquela época: a humanidade toda é convidada a acolher e vivenciar a mensagem de um Deus que não quer ficar feliz sozinho.

“Felizes vocês pobres” abre o texto e dá sentido ao resto.

Jesus não pede somente uma “distância espiritual” das riquezas, mas um desapego real e concreto. O sinal da ressurreição de Jesus, na primeira comunidade, é não ter ninguém que passe necessidade.

Pobres são aquelas pessoas e comunidades que, pela força do Espírito, responsabilizam-se pela felicidade e o bem estar dos outros, permitindo assim que Deus cuide de todos, fazendo experimentar sua paternidade.

É assim que o povo aflito e pisado, que chora pela injustiça social, política, religiosa e econômica, é consolado. A causa do sofrimento será eliminada por uma comunidade preocupada e comprometida com a justiça.

A terra no Oriente antigo era importante como hoje no interior do Brasil: um “sem terra” (manso) era um homem sem dignidade. Na comunidade das bem-aventuranças, este povo terá terra e dignidade porque será tratado com amor e consideração nunca experimentados.
A fome e a sede de justiça se compreendem melhor quando a comunidade multiplica e divide o pão e os peixes e todos os que comem ficam satisfeitos. Sacia-se a fome de justiça saciando a fome física dos outros e não permitindo nenhuma forma de injustiça.

Até aqui o texto coloca em xeque situações de sofrimento da humanidade e o chamado da comunidade. Agora, temos os efeitos dentro da comunidade que vive as bem-aventuranças.
As pessoas caracterizam-se como misericordiosas (não é um sentimento, mas uma ação concreta e ativa para sempre ajudar quem está em dificuldade); puras de coração (transparentes, apaixonadas e autênticas); construtoras de paz (aquelas que para conseguir a paz e a felicidade dos outros estão dispostos a perder a própria!).

Serão chamados filhos de Deus porque fazem o mesmo trabalho de Deus que os protegerá sempre. A perseguição não será um sinal de derrota, mas de crescimento da comunidade animada pelo Espírito.

Somos chamados a participar da infinita santidade de Deus. E deste modo cada um, de acordo com sua personalidade e capacidade, realiza um aspecto desta santidade divina.

Uns brilham mais na misericórdia, outros no trabalho pela justiça, a paz e a integridade da criação, outros na vida interior de oração, outros no serviço apostólico, outros na educação dos menores, na promoção da saúde,... E você?


Roberto Minora, 
missionário comboniano e membro da CJP
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Fonte: http://cjpazsaoluis.wordpress.com/

Santo e Santa



Passado o clima de finados, a Igreja celebra a vida de todos os bem-aventurados que, na história de muita gente, num verdadeiro testemunho de autenticidade, de liberdade e de semelhança com a perfeição de Deus, são chamados de santos. A santidade não é realidade apenas de alguns, mas para todas as pessoas de boa vontade e bem intencionadas na vida.

A bíblia fala das bem-aventuranças como caminho de santidade, de seguimento de Jesus Cristo. Elas subvertem os critérios do mundo, porque os menos reconhecidos e desvalorizados, são chamados de felizes. É uma felicidade diferente, porque o sofrimento causa alegria, gera os bem-aventurados na vida eterna. 

A santidade acontece no interior da pessoa. Temos algo de santo e de pecador. A diferença está no que é orientado para o amor. O amor vem de Deus, e acontece de forma ilimitada, podendo ocasionar os “pobres em espírito”, que não é pobreza material e nem espiritual, mas a capacidade de usar tudo para o bem comum.

A pobreza evangélica é sinal de um mundo novo, um imperativo para a justiça social. É resistir ao mal sem fazer as coisas desonestas, procurando realizar a ordem querida por Deus. Por isto se fala em fome e sede de justiça, dos que sofrem por ver seus direitos desrespeitados, mas têm certeza da justiça divina.
Os santos e as santas são aqueles que podem estar diante de Deus sem máscaras e não têm nada a esconder. São encantados com os valores do mundo, mas sabem conduzi-los para Deus. Usam as medidas justas, mesmo em contradição com as maldades em prática. Por isto sofrem a sorte de Cristo, o desprezo e o ódio.

A esperança é a força motivadora da vida humana dentro da história. Ela está apoiada nos valores que, vividos com honestidade, ajudam no cumprimento da vocação que temos na direção da santidade. Isto tem que acontecer num mundo em que muitas estruturas e valores são construídos de forma que contrariam os princípios do Evangelho e dificultam a prática do bem.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Igreja faz memória dos Fiéis Defuntos e celebra a esperança na vida eterna



Neste dia 2 de novembro celebra-se o Dia de Finados, momento de fazer memória aos parentes e amigos já falecidos, em uma manifestação pública de afeto. Para os cristãos, este é também o momento de olhar para o futuro e ter o conforto de saber que o destino está em Deus e que a morte nada mais é do que o nascimento para a vida eterna.

O Salvador ilumina o mistério da dor, quer pessoal, quer social. Cristo ensina a olhar a morte além da angústia e do medo. Ele venceu o lado angustiante da morte, através da sua Ressurreição. E, através da Ressurreição, foi possível abrir a porta da esperança para a eternidade. Cristo transformou a morte, que anteriormente era vista como um túnel escuro e sem saída, em uma passagem luminosa, um caminho para a Páscoa de cada um.
Na Epístola aos Tessalonicenses, São Paulo afirma: “Não queremos, irmãos, que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim precisamos crer também que Deus levará, por Jesus e com Jesus, os que morreram.” “Consolai-vos, portanto, uns aos outros com estas palavras” (cf. I Tessalonicenses, 4,13 a 15 e 18).

Desta forma, é necessário perceber que, em Cristo, a morte pode ser enfrentada e vencida. Segundo o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro Dom Nelson Francelino, em artigo publicado em ocasião do dia de finados de 2011, apesar de ser uma experiência dolorosa, viver em comunhão com o Senhor permite que a morte final tome um significado novo: “Certamente a morte continua dolorosa, ela nos desrespeita; mas, se no dia a dia aprendermos a viver unidos a Cristo e a vivenciar as pequenas mortes de cada momento em comunhão com Senhor que venceu a morte, a morte final será um ‘adormecer em Cristo’”, afirmou.

Por isso, mais que uma ocasião para lembrar-se dos irmãos falecidos, o dia de Finados é sempre uma oportunidade para alargar o conceito de vida, reforçando a esperança de um dia estar diante do Pai. A Igreja Católica também se faz presente nos cemitérios através de seus presbíteros, diáconos permanentes, agentes da Pastoral das Exéquias e leigos consagrados, celebrando missas, realizando ações pastorais e oferecendo assistência às famílias de pessoas falecidas. Na Arquidiocese do Rio de Janeiro, são mais de mil Ministros da Consolação e Esperança que trabalham nos 19 cemitérios da cidade levando esperança e consolação àqueles que perderam seus entes queridos.

Festejo de Nossa Senhora Rainha da Paz - Convite!



“25 Anos Evangelizando com Maria, em busca da Paz”.


Irmãos e irmãs,

Com imensa alegria a comunidade do 3º conjunto convida você e sua família para o Festejo de Nossa Senhora Rainha da Paz, no período de 10 a 18 de novembro de 2012. Vamos honrar e louvar a Deus através de Maria, a “Estrela da Evangelização”, aquela cujo “sim” trouxe aos homens e mulheres a Nova e Eterna Aliança em seu Filho, Jesus Cristo.

Todas as noites haverá a reza do terço (18:30), seguida de Celebração Eucarística (19:30) e momentos de convivência no largo. Contamos com sua presença!

Abaixo, segue a programação:



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Infância, Adolescência e Juventude Missionária - IAJUM



Irmãos e irmãs, missionários e missionárias, como disse D. Pedro Casaldáliga: “Desejaria que cada uma, cada um de nós pudesse visitar, pelo menos no espírito, a própria pia batismal, mergulhar nela a cabeça e redescobrir a missionariedade do próprio batismo. Sou batizado? Então devo ser missionário! Se não sou missionário, então...não sou cristão”.

Isso nos faz pensar que nossa cristandade se concretiza na nossa vida missionária! E sobre isso não há o que discutir.

É pensando dessa forma que as coordenações regionais da Infância, Adolescência e Juventude Missionária convidam a todos (as) os (as) batizados (as) para nossa V Assembleia Regional. Com o objetivo de planejar, avaliar e refletir sobre nossa caminhada no Maranhão.

Convidamos em especial os coordenadores diocesanos da Infância e Juventude Missionária, podendo ainda se fazer presente mais duas pessoas da coordenação.

Nas Dioceses que ainda não tem coordenação de um ou de outro seguimento, pode ser enviado pessoas que tenham condições de se comprometer em implantar na sua Diocese.


01 – Data:

30/11 a 02/12/2012. Com início na sexta-feira, dia 30 às 18h com o jantar e encerramento, após o almoço, no domingo, dia 02 às 13h.

02 – Local da Assembleia:

Em São Luís – No Centro de Formação dos Combonianos – Rua dos Magistrados – Praia do Olho D`água.

Quem usar o táxi pedir para ir ao SESC Olho D’água. Na mesma rua do SESC, seguir adiante até a última rua à direita (Rua dos Magistrados) e ir até quase o final da rua.

Quem for de ônibus, pegar qualquer um que vá para o terminal de integração da Cohab e lá pegar o ônibus Olho d’água. Pedir ao cobrador que pare no Supermercado Bom Preço, no retorno do Olho D’água. Lá chegando, ligar para nós 8716-1971 (Raquel).

04 - Ficha de Inscrição

Será preenchida na entrada, na sexta-feira. Solicitamos, no entanto que envie por qualquer meio de comunicação o número de pessoas que irão por Diocese. Gostaríamos que, de cada uma, fosse pelo menos 04 representantes. Ligar para Raquel (98) 8716-1971.

05- Taxa de Inscrição

A taxa de inscrição será de apenas R$ 65,00 pelo Encontro todo.

06 – Liturgia

        Pedimos que as Dioceses se preparem para estes momentos:
        Oração e apresentação – Dia 30 às 19h30 – Grajaú
        Missa Missionária– Dia 01 às 7h - Bacabal
        Via-Sacra Missionária – Dia 01 às 17h30 – São Luís
        Missa Missionária – Dia 02 às 7h – Brejo
        Celebração do envio - Dia 02 às 11h – Caxias

07 – Noite de Confraternização

A Confraternização será organizada pela Juventude Missionária Regional. Será surpresa. Socilitamos para esse momento, uma contribuição financeira.

08 – Comunicação

Pedimos, encarecidamente, que se reúnam antecipadamente para planejarem as principais datas nas quais incluam a presença da infância, adolescência e juventude missionária regional para articulação nas dioceses, com o objetivo de prepararmos melhor nosso calendário 2013.

Lembramos ainda que essa Assembleia é de caráter formativo, de planejamento e eletivo (para a Juventude Missionária).

Haverá também, a venda de camisas e de materiais missionários, por isso é importante separar um dinheirinho para aquisição desses materiais.

Na “alegria de sermos discípulos missionários,” despedimo-nos, contando com a presença de todos e todas em nossa Assembleia.


São Luís (MA) 29 de outubro de 2012.
                                                                                                                                                                        
Raquel Almeida                                                                                                
Coordenadora Regional da IAM                                                               



Liebert Douglas
Coordenador Regional da JM

assin
                       
Armando Martin Gutierrez
Bispo de referência da Animação missionária - MA


Curso Arquidiocesano da Campanha da Fraternidade 2013



Tema: Fraternidade e juventude – Lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6, 8).

Aos
Párocos e vigários paroquiais, 
coordenadores/as diocesanos/as da CF e equipes de campanhas, demais pastorais, movimentos e organismos interessados no tema.

Prezados/as.

Mais uma vez estamos nos aproximando de uma formação importante para nossos agentes de pastoral. Como acontece todo ano, precisamos nos preparar para trabalhar bem mais uma Campanha da Fraternidade. É do consenso de todos a importância dessa preparação dos agentes que se dedicam no processo de evangelização em nossas comunidades. Por isso propomos com antecedência o Curso de Formação para multiplicadores da CF 2013.  


Data: 26 e 27 de novembro de 2012.

Horário: 14h30 às 17h  e 19 às 21h30 (duas turmas).

Local: Salão Paroquial da Igreja São José e São Pantaleão.

Taxa única de R$ 15,00 (quinze reais) incluindo o Texto-Base.

Inscrição: no local da formação.

O que levar: material para anotações, e muita disposição para aproveitar bem do curso.

Não devemos esquecer a importância da participação das “equipes paroquiais de campanhas”, que terão como principal tarefa a multiplicação dos conteúdos nas paróquias e comunidades.

São Luís, 30 de outubro de 2012.


Vera Lúcia Silva Brito.

Secretária Arquidiocesana de Pastoral