terça-feira, 26 de julho de 2011

DEDICAÇÃO DA IGREJA (Parte 3) - Significado


Celebra-se anualmente o aniversário da consagração ou bênção da Igreja, sob o nome de “DEDICAÇÃO DA IGREJA”. Como Salomão, por ordem de Deus, consagrara, solenemente o Templo em Jerusalém, assim a Santa Igreja, com belas e comoventes cerimônias, dedica e consagra os seus templos, antes de os entregar ao culto publico.

Com esta consagração, torna-se sagrado o lugar ou edifício que fica reservado exclusivamente aos atos do culto divino; usá-los para outros fins, não religiosos, seria uma profanação e até um sacrilégio. Se já os antigos respeitavam os templos, que erigiam aos seus deuses falsos, quanto mais nós, cristãos, devemos tratar respeitosa e santamente os templos e as igrejas que são destinados ao culto de Deus e à celebração dos misterios divinos! “À casa de Deus, se deve santidade”, afirma o profeta.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

É ESFORÇO, ESPERTEZA OU DOM?


Com grande sabedoria o Concílio encorajou a Igreja a estabelecer diálogo com o mundo moderno, e com as grandes religiões. Houve enormes tentativas. Mas até parece que, quanto maiores os esforços, menores os resultados. Vejamos só o gigantesco esforço desse homem aberto, que foi João Paulo II. Diante de erros históricos, cometidos por homens da Igreja, como o processo de Galileu, a inquisição espanhola, certas guerras de religião, o Papa pediu desculpas diante do mundo. Alguém perdoou?
Parece que não. Doze anos depois os ataques continuam, quase do mesmo jeito. É tão vantajoso bater em alguém que não tem a mínima condição de retribuir...Se todos seguissem o maravilhoso exemplo do Papa, como o mundo seria diferente. Não ficariam, travadas na garganta, as vozes de vingança, prestes a explodir. “Perdoai os vossos inimigos”, dizia Jesus. Isso daria condições de zerar os nossos conflitos, e recomeçar.

No campo ecumênico as tristezas são maiores do que as alegrias. Cinqüenta anos depois do Concílio, continuamos marcando passo. Houve uns pequenos consolos, algumas aproximações positivas. Mas além disso, somos parecidos com os corredores da fórmula um, cujo veículo, uma vez caído na caixa de brita, não sai mais do lugar. Os Anglicanos, algum dia, vão acertar os passos com os Católicos? Humanamente falando, jamais. Os Ortodoxos e os Católicos vão abandonar as suas agruras históricas, e procurar se acertar? Esqueçam. É inútil lembrar os Uniatas, que reconhecem o Papa. Parece que não passarão da situação atual.

Desnecessário lembrar os Albigenses. É da natureza humana adorar uma boa briga, e dar o troco por desaforos sofridos. Se depender do esforço de pessoas boas, ou até das espertezas e diplomacias humanas, estaremos desunidos para sempre (e com chance de aumentar a desunião). Mas o Eterno guarda uma carta na manga. Um dia mais, ou um dia menos, o Pai das Misericórdias nos concederá a unidade como um dom gratuito. O melhor que podemos fazer não é “dialogar”. Mas rezar. Pela humilde oração podemos antecipar os tempos. O que Jesus previu irá se cumprir: “haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo 10, 16). 

Fonte: Comunidade "SOU DA PARÓQUIA DA COHAB", no Orkut: http://bitw.in/Kqy
e, www.cnbb.org.br

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dedicação da Igreja (Parte II): Rito



"Esta é tua casa, Senhor, o lugar onde habitarás para sempre" (1Rs 8,13).
 
A Igreja, desde que construída como edifício destinado unicamente e de modo estável a reunir o povo de Deus e a realizar os atos sagrados, torna-se casa de Deus. Por isso, de acordo com antiquíssimo costume da Igreja, convém que seja dedicada ao Senhor mediante rito solene. Quando a igreja é dedicada, tudo o que nela se encontra , fonte batismal, cruz, imagens, órgão, sinos, estações da “via-sacra”, deve considerar-se abençoado e erigido com o próprio rito da dedicação, não sendo precisa nova bênção ou ereção. Toda igreja dedicada deve ter um Titular.
Convém se mantenha a tradição da Liturgia Romana de encerrar sob o altar relíquias dos Mártires ou de outros Santos. Note-se que sejam partes dos corpos e que de tamanho tal que isso seja notado e que sejam postas sob a mesa do altar.

A liturgia de dedicação principia com as I Vésperas no dia anterior, quando havendo relíquias são apresentadas para veneração pública. Se existem relíquias, é muito conveniente que seja celebrada uma vigília com as mesmas. Tais cerimonias se fazem em uma capela ou outro local fora da Igreja a ser dedicada.

Preparativos

Deve-se preparar:
a) no local onde sai a procissão:
  • Pontifical Romano
  • Missal Romano
  • Paramentos para todos (lembremo-nos das vimpas)
  • Insígnias para o bispo (especialmente nesta ocasião seria conveniente que usasse dalmática)
  • Cruz processional (sem velas)
caso se transportem relíquias, prepara-se ainda:
  • cofre com as relíquias, ladeado de flores e tochas
  • para os diáconos que vão transportá-las salva, estola e dalmáticas vermelhas, se os que carregam forem padres, estola e casula vermelhas. Se não forem mártires os mesmos paramentos, mas brancos.
b) No presbitério da igreja a ser dedicada:
  • Missal Romano
  • Lecionário
  • Caldeirinha com água e hissopo
  • Santo Crisma
  • Toalhas para limpar a mesa do altar
  • Toalha impermeável e 1 ou 2 outras toalhas para o altar
  • cruz e sete velas (ou no mínimo 2) para o altar
  • Lavabo e manustérgio para lavar as mãos do Bispo
  • (Sabonete e limão para lavar as mãos, tirando o óleo e o cheiro característico do Santo Crisma)
  • gremial e manícoto
  • pequeno fogareiro
  • pão, vinho e água para a celebração da missa
  • flores para enfeitar o altar
  • uma vela pequena que o bispo há de entregar ao diácono
  • véu-umeral, caso também se inaugure a capela do santíssimo sacramento ou o sacrário
Início

O bispo é comodamente recebido, se iniciar-se a celebração em outra igreja, reza como de costume onde se encontra a reserva Eucarística. Se for na própria igreja e não houver ali reserva eucarística, segue da porta para o vestiário.
Para se entrar na Igreja a ser dedicada existem 3 opções: procissão, entrada solene, entrada simples. Dando-se preferência à primeira.

NOTA DE FALECIMENTO



É com imenso pesar que anunciamos o falecimento de dom frei Henrique Johannpotter ocorrido nesta terça-feira, 19 de julho.
A notícia é da Pascom Arquidiocesana:

Faleceu hoje, 19 de julho, após uma parada cardíaca, no Hospital São Domingos (São Luís - MA) Dom Frei Henrique Johannpotter, ofm,78a.

Dom Henrique foi Bispo da Diocese de Bacabal no período de 1989 a 1997, sendo o segundo Bispo daquela Diocese. Como Bispo Emérito Dom Henrique estava morando na cidade de Bacabal, na congregação dos frades menores.

O seu sepultamento está previsto para amanhã, 20 de julho, na cidade de Bacabal - MA.

A Arquidiocese de São Luís do Maranhão, na pessoa de seu Arcebispo Dom Belisário da Silva e todo o povo de Deus, se solidariza com os irmãos da Diocese de Bacabal, em virtude da perda de Dom Henrique.


Fonte: Pascom Arquidiocesana

sábado, 16 de julho de 2011

DEDICAÇÃO DA IGREJA (Parte 1)


"Esta é tua casa, Senhor, o lugar onde habitarás para sempre" (1Rs 8,13).
                         

 A riqueza simbólica da liturgia de dedicação de uma igreja constitui uma verdadeira catequese que exige ser aprofundada e degustada. Oferecemos ao leitor algumas considerações sobre o significado desse belo cerimonial litúrgico.

Desde os primórdios do Cristianismo, os fiéis se reuniam em assembléia (ecclesiæ) para celebrar a Eucaristia, ministrar os sacramentos e ouvir a pregação da Palavra de Deus. Os lugares de reunião eram habitualmente suas próprias casas, onde utilizavam a sala mais espaçosa para esse fim. Alguns desses locais de culto são mencionados no Novo Testamento.

É certo - afirma o rubricista espanhol, Pe. Joaquín Solans, em seu Manual Litúrgico - que os Apóstolos celebravam os Divinos Mistérios em casas particulares. Nos Atos dos Apóstolos (20, 7-11), conta-se que São Paulo o fez num terceiro andar, adornado com muitas lâmpadas, onde se haviam reunido os fiéis, aos quais, depois de bem instruídos, distribuiu o Pão Eucarístico.

Também é tradição certa que o Príncipe dos Apóstolos, São Pedro, se hospedava em Roma em casa do senador Pudente. Ali se congregavam os cristãos para ouvir suas instruções, assistir aos santos Mistérios e receber a Sagrada Eucaristia. Pode-se ainda ver esse venerando recinto na igreja de Santa Pudenciana, filha do fervoroso e santo senador 1.
Com o tempo, as casas nas quais se reunia a assembléia passaram a ter cômodos específicos reservados para o culto divino. E, a partir do fim do século II, esses prédios começam a ser chamados de Domus Ecclesiæ.
          
            Ao longo do século III, esses aposentos foram crescendo em importância e as outras partes do edifício, destinadas a finalidades profanas, vão sendo separadas dele. A Domus Ecclesiæ se transforma em Domus Dei.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu te adoro, Hóstia Divina!


A PROPÓSITO DA ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO E A MISSA: 
APRENDENDO DA HISTÓRIA
                                                                                                                                                                  
A prática de adorar o Santíssimo na missa hoje: alguns exemplos.

Chega a ser impressionante, nestes últimos anos, a volta das manifestações de adoração ao Santíssimo Sacramento durante a celebração do memorial do sacrifício de Cristo, isto é, durante ou imediatamente após a missa.

Muita gente, na hora da consagração, tem o costume de sussurrar exclamações, como: "Meu Jesus, eu te adoro", ou, “Meu Senhor e meu Deus”, ou, "Senhor, eu creio em Ti, mas aumenta minha fé", etc.

Muitos padres, na hora da consagração, levantam devagar e solenemente, bem alto, a hóstia consagrada e, depois, o cálice, para adoração dos fiéis. Olhos fixos no pão e no vinho consagrados, ao som das campainhas, todos adoram a Jesus que "desceu sobre o altar", como dizem.

Há padres que, logo após a consagração, interrompem a Oração Eucarística, saindo com o Santíssimo Sacramento em procissão pela nave da Igreja- chamam essa procissão de "passeio"- para adoração dos fiéis com manifestações de aplausos, toques na hóstia por parte dos fiéis para receber a cura, etc.

Muitos, após a consagração, substituem a aclamação memorial "Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição" por cantos de adoração como: "Eu te adoro, hóstia divina", ou, "Bendito, louvado seja, o Santíssimo Sacramento", etc.

Muitos cristãos e cristãs, assim que recebem a comunhão, têm o hábito de se ajoelhar na capela do Santíssimo Sacramento para adorar Jesus presente ali no sacrário. Como se não tivessem acabado de "receber Jesus" no templo do seu próprio corpo!...

Há padres - e leigos também - que incentivam a adoração do Santíssimo imediatamente após a missa, dando assim a impressão de que a comunhão não valeu, ou valeu pouco. Pois, dada a importância que se dá à adoração e bênção do Santíssimo logo após a missa, a comunhão no corpo e sangue de Cristo acaba caindo no esquecimento, em segundo plano. Como vi e ouvi, certa vez pela televisão, um padre animador proclamar solenemente e com todo entusiasmo para a multidão, assim que terminou a missa presidida pelo Bispo: "Meus irmãos, agora vamos receber a benção do Santíssimo Sacramento... Não existe benção mais importante do que esta!" Conclusão: a maior bênção, que foi a participação no memorial do sacrifício de Cristo, isto é, na missa recém-celebrada, deixou de ser a mais importante!...

Alguns chegam a substituir a bênção final da missa pela bênção do Santíssimo Sacramento.


São alguns exemplos ilustrativos de como estão resgatando por aí o sentido da missa mais como ato de adoração ao Santíssimo do que como celebração do mistério pascal na forma de uma ceia. Inclusive com manifestações de adoração ao Santíssimo Sacramento imediatamente após a missa, colocando-a em segundo plano...

São costumes que tiveram uma origem, bem como um motivo por que se originaram, na história da Igreja. Vejamos o que diz a história a respeito. Ela pode nos ensinar muita coisa e nos iluminar em nossas práticas celebrativas da Eucaristia hoje.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Invadiram a Missa



A Santa Sé já disse em vários documentos, a CNBB confirmou, os especialistas em liturgia disseram, mas nós cantores e compositores, sobretudo os grupos de cantos na missa, não nos corrigimos. Não damos a menor importância aos que sabem mais do que nós. Desprezamos a sabedoria e a catequese dos outros colegas, para impor as nossas canções. E daí, se teólogos, comunicadores e liturgistas, que estudaram há anos a fio o culto e o conteúdo da fé, nos pedem canções que se traduzam o que se celebra naquele dia?

Compositores a cantores parecem ser inatingíveis pelo conteúdo da fé. Continuam cantando as mesmas coisas, domingo após domingo, em geral, no momento errado da missa, simplesmente porque gostam delas, porque é do seu movimento, ou porque estão divulgando seu último cd. Vale tudo! Qualquer mensagem vale!

Insistimos em cantar canções erradas, com texto errado, no momento errado da missa.  Maria de Nazaré, no ofertório; Eu louvarei, no glória; Anjos subindo e descendo, na abertura da missa... O autor compôs um canto de louvor para ser cantado em noites de louvor e, de repente, um grupo, que só gosta de cantar louvor, põe todas elas na missa, invadindo o espaço da canção litúrgica, que deve, por exigência da Igreja, abordar outras catequeses. A missa daquele domingo fica prejudicada. As leituras e o sermão vão numa direção; e as canções na direção oposta. Não há diálogo! Prevalecem os cantores.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CELEBRAÇÃO MARCA O PRIMEIRO ANO DA PARTIDA DO SEMINARISTA MARIO DAYVIT


Aconteceu ontem (dia 04/07) as 19:00hs na Igreja São José e São Pantaleão a celebração Eucarística que marcou o primeiro ano da partida de Mario Dayvit.




Pais, parentes, familiares e amigos lembraram a trajetória de vida do ilustre seminarista de nossa arquidiocese, que foi morto vítima de arma de fogo no dia 04 de julho de 2010.


A celebração foi presidida pelo padre Jadson e concelebrada pelo padre Orlando Ramos, Pe. Roney, Pe. Helio, pe. Heitor, Pe. Fausto e pe. Arão. Antes da celebração aconteceu o terço da paz motivado pelos seminaristas de Teologia e Filosofia.


 A todos nos resta somente termos a firme esperança de um dia, com ele, estarmos sentados à mesa do Pai.


A familia que chora à perda sua perda, fica de nossa parte um sentimento de conforto e esperança em Deus que não desampara seus filhos, mas os consola e cuida de cada um.


Disponível em: http://luigi-macedo.blogspot.com/ Acesso em: 06/07/2011