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domingo, 1 de janeiro de 2012

Maria, Mãe de Deus - 1º de Janeiro


A consciência de fé teve necessidade de tempo para chegar a reconhecer esta verdade fundamental, pois na Sagrada Escritura Maria não é expressa formalmente sob o título “Mãe de Deus”.

Naquele tempo era contestado, pois parecia alusão às imagens pagãs dos nascimentos dos deuses e das mães dos deuses e ao criticá-lo relacionaram o mistério de Maria com Diana de Éfeso, “a Grande Mãe”, apontando-o como invenção gnóstico-pagã. Já a Igreja procurou “engavetar” isso, em vez de renunciar ao título.

Os nestorianos antigos negaram a Maria o título de Mãe de Deus, não para rebaixar Maria, antes argumentavam que Deus e o homem não tinham realizado em Cristo nenhuma unidade íntima e substancial, coisa que para eles era impossível.

Com efeito, negando o mistério mariano da maternidade divina, no fundo era atingido o Mistério de Cristo. Esta é uma prova de que Maria como Mãe de Deus é uma garantia do mistério homem-Deus.

O próprio Jesus no Evangelho, quando é declarada “bem-aventurada” a mulher que o carregou no seio (cf. Lc 11,27), responde chamando “bem aventurados aqueles que ouvem e põem em prática a Palavra de Deus” (cf. Lc 1,28;8,21;Mt 12,50; Mc 3,35), portanto, a Mãe de Jesus é o modelo original de todos os que acolhem a Palavra de Deus em um “coração honesto e bom” e “produzem fruto” (cf. Lc 8,15).

De fato, se Maria é a Mãe de Cristo segundo a carne, e Cristo é Cabeça da Igreja, seu Corpo Místico, Maria espiritualmente é Mãe deste Corpo a quem ela mesma pertence, a um nível eminente, como filha e irmã.

“Maravilhoso intercâmbio! O Criador assumiu uma alma e um corpo, nasceu de uma Virgem; feito homem sem obra de homem, dá-nos a sua Divindade”.

“Cristo pode nascer mil vezes em Belém, mas se não nascer em ti, permaneces eternamente perdido” (Ângelo Silésio + 1657).

“Como Ele fundou a cidade em que devia nascer, assim também criou a Mãe de quem devia nascer” (S. Agostinho; cf. Sf 3,14-15).

O Dogma de Maria Mãe de Deus foi definido pelo Concílio de Éfeso no ano 431. Os cristãos estavam discutindo a humanidade e a divindade de Jesus e concluíram algo também a respeito de Maria. Ela não é somente Mãe da parte humana, mas de toda a pessoa do Filho de Deus encarnado.

Quando se diz em alguns cantos que Maria é a Mãe do Criador, devemos entender que não se fala de Deus-Pai, mas de Deus-Filho, que participa da criação (cf. Jo 1,2ss). Maria é só Mãe de Deus-Filho feito homem em Jesus Cristo. Não é Mãe nem de Deus-Pai, nem do Deus-Espírito Santo.
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Fonte: O Culto a Maria Hoje, Paulinas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro

 
Possui um firme fundamento bíblico na profecia de Simeão[1], como também na presença de Maria junto à cruz[2]. A realidade da dor, que assume uma importância tal, a ponto de englobar toda a vida de Maria, assemelhou-se a mãe de Jesus também à vida sofredora dos homens.

Naturalmente, na base deste motivo da dor havia também outra estrutura, que nem sempre era compreendida e avaliada de maneira justa, quando se exaltava Maria no sentido puramente individual como Rainha dos Mártires, e dizia-se dela, que, “tendo amado mais que todos, também tinha sofrido mais que todos”.


Assim, no Ocidente, Ambrósio (+397) se perguntava se o que Maria tinha sofrido com o Senhor não tinha contribuído para a Redenção.


“A beatíssima Virgem cooperou na salvação... com efeito, só ela suportou os sofrimentos quando os discípulos fugiram”.


Maria, propriamente falando, não fez nada mais que não fosse realizado por toda a Igreja e por todo cristão; ela completou – no sentido das palavras de São Paulo a propósito do valor do sofrimento para a edificação da Igreja – “o que ainda falta à paixão de Cristo” [3].


Maria realizou com uma dedicação e uma eficácia universal, aquilo que é também tarefa de todos os redimidos, isto é, receber a obra do Redentor e, com uma receptividade ativa, transmiti-la aos outros. Neste sentido (limitado), Nossa Senhora das Dores reveste-se de uma importância única como cooperadora da Redenção.


A nova liturgia romana das horas não tem mais os responsórios das matinas do velho breviário, que cantavam a série das sete dores de Maria fazendo eco às palavras da Escritura: