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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Formação: que formação?


É raro participar de alguma assembleia diocesana ou paroquial onde nestes últimos anos não apareça a exigência ou a prioridade da FORMAÇÃO. Trata-se de um clamor que brota do desejo de conhecer mais e de preparar pessoas e agentes para desempenhar melhor o seu papel dentro da comunidade e no confronto com a cultura contemporânea.

Mas, qual é o sentido esta palavra? Ele significa criar convicção, dar uma forma, modelar, adquirir uma personalidade, um estilo de vida que caracterize alguém.

Podemos-nos também perguntar: como acontece a formação?

Logo nos deparamos com dois modelos de formação:
 
1.    Estática: parte das idéias, das normas, das doutrinas. Exige uma Verdade objetiva e absoluta. Nela prevalece a execução, é ativista, genérica, aérea, uniforme. Baseia-se na ascética, pois exige sacrifício e sublimação.

2.    Dinâmica: parte da vida, da situação de cada pessoa e de cada cultura, dos anseios, dos relacionamentos. Exige a elaboração de um projeto de vida e, portanto discernimento. Trata-se, portanto de uma formação situada, criativa, fecunda, existencial. Exige mística, convicção. Fundamenta-se numa experiência profunda de Deus.

Para nós cristãos a luz sempre nos vem da Palavra de Deus que de forma pedagógica interveio na vida e na história do seu povo.

Portanto toda a história do Povo de Deus manifesta a pedagogia de Deus que acompanha a sua caminhada e o forma ensinando-o progressivamente. O Salmo 118 sobre a lei de Deus louva o homem reto “que na lei do Senhor vai progredindo”.

Através dos profetas e dos acontecimentos, Ele vem acalentando o sonho da Terra Prometida e alterna o uso da bondade com o uso dos castigos, mas sempre trata com misericórdia e amor os seus filhos para reconduzi-los ao bom caminho.

No meio deste Povo a fidelidade de Deus se expressa na escolha de um “pequeno resto” o resto de Israel, os pobres de Javé aos quais manifesta o seu carinho e que cultiva, sobretudo em meio ao sofrimento, para manter viva a sua promessa. Até chegar à “plenitude dos tempos”, quando envia o seu Filho Jesus.(cfr. Gal 4,4).


Jesus, por sua vez, experimenta a progressividade e o crescimento na sua existência de vida. Lucas afirma no seu evangelho: “O menino crescia”(Lc 2,40). Ora, se há crescimento há progressão, há avanços, há aperfeiçoamento.

Jesus usa da pedagogia da progressão também com os apóstolos: prepara-os para a missão, às vezes é duro com eles, chama atenção, toma atitudes, mas sempre dá chance até a última hora: “Amigo, para que estás aqui?”(Mt 26,50).

Com as pessoas que não entendem ou não querem entender, ele usa de uma psicologia e de uma pedagogia de mestre: basta ver o diálogo com a Samaritana (Cfr Jo 4).

Torna-se duro, não com os pecadores, mas com os chefes, os doutores da lei, os fariseus e os sacerdotes porque impõem pesos nos outros, porque julgam e condenam sem dar chance. Típico é o caso do comportamento de Jesus na ocasião em que estavam apedrejando a mulher adúltera: ele apela para a fraqueza e o pecado de todos: “Quem não tiver pecado, atire nela a primeira pedra”(Jo 8,7).

Jesus ensina mais com a vida, a convivência, as atitudes, a partir dos fatos da vida do que com discursos e cursos: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Ele não apresenta uma Verdade formal, objetiva e fria, mas se propõe a si mesmo como a Verdade. Ora, ele é pessoa viva, uma verdade que palpita, que cativa e que abrange toda a pessoa: cabeça, coração, afetividade, sexualidade, relacionamentos e socialidade. Ele não é uma verdade abstrata, um sistema que se impõe e escraviza, mas Verdade que liberta e salva. São Paulo exclamará: “É para a liberdade que Cristo vos libertou!”(Gal 5,1).

A experiência da Igreja

A formação dos fiéis na Igreja nunca se deu somente a nível acadêmico, aliás a formação na Igreja abrange todos os aspectos da sensibilidade humana: a arte em todas as suas expressões, o conhecimento intelectual, as manifestações religiosas, os relacionamentos interpessoais, as várias fases da vida pessoal, familiar, social etc.

Assim a Igreja forma os fiéis quando celebra, quando faz festa, quando realiza obras sociais, quando prepara as pessoas para os ministérios (ordenados ou não), quando organiza a atividade pastoral, quando usa os meios de comunicação. A formação, portanto, não consiste apenas em organizar cursos e palestras, mas abrange todas as suas expressões da vivência eclesial.

É claro que, vivendo na história, a Igreja tem adotado, ao longo dos séculos, a metodologia de ensino, de educação e de formação de cada época.

Hoje o método da Igreja, sobretudo aqui na AL é participativo, indutivo, a partir da experiência, interativo e aberto ao diálogo.

No Doc. de Aparecida se afirma que “a formação é permanente e dinâmica, de acordo com o desenvolvimento das pessoas e com o serviço que são chamadas a prestar, em meio às exigências da história” (DA 279) E quando fala da formação bíblico doutrinal, acrescenta: “Junto a uma forte experiência religiosa e uma destacada convivência comunitária, nossos fiéis necessitam aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e os conteúdos da fé, visto que esta é a única maneira de amadurecer sua experiência religiosa. Neste caminho acentuadamente vivencial e comunitário, a formulação doutrinal não se experimenta como um conhecimento teórico e frio, mas como uma ferramenta fundamental e necessária no crescimento espiritual, pessoal e comunitário” (DA 226d).

Enfim, na Igreja a formação significa em primeiro lugar estilo de vida segundo o evangelho para alcançar a plena maturidade em Cristo e testemunho de vida. Isso, naturalmente, inclui também a participação a cursos de formação, a encontros para conhecer e motivar mais o testemunho e a vivência.

Mas, participar de cursos e ter títulos acadêmicos, até de teologia, sem ter uma vida que testemunhe o evangelho no amor, no perdão, na solidariedade, no desapego, no respeito dos outros e na fraternidade, não significa ter a “forma Christi”, que só se dá na configuração a Cristo Senhor. Em outras palavras, a formação cristã aponta para uma vida de santidade. E nós na Igreja devemos trabalhar para isso se quisermos que a formação ajude na trans-formação da vida das pessoas, das nossas comunidades e da sociedade em que vivemos.

Dom Francisco Biasin
Bispo de Barra do Piraí/Volta Redonda (RJ)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Imagens e Ídolos*



“Deus criou o homem da terra, formou-o segundo a sua própria imagem” (Eclo 17,1).

No Antigo Testamento (AT) é proibido fabricar imagens de Deus:

Deuteronômio 4,27-28; Êxodo 20,3-6; Isaías 40,18-25; 46,5

Entretanto, Deus manifesta a sua glória, não através dos bezerros de ouro:

Êxodo 32; 1Reis 12,26-33

Nem de outras imagens fabricadas pelos homens, mas através da criação:

Oséias 8,5; Sabedoria 13; Romanos 1,19-23

Dar valor às imagens não significa idolatria. A imagem é uma forma importante de comunicação, e o homem sensato sabe dar, sem exageros, devido valor às imagens. A Igreja Católica é injustamente acusada de idólatra, pois algumas pessoas tomam do AT argumentos para a acusação:

Deuteronômio 5,8-9

Todos os povos que estavam em contato com o povo de Israel consideravam a imagem não só como símbolo da divindade, mas também como habitação da própria divindade, ou seja, a própria divindade a habitava de fato. Ela era de certa forma o mesmo “deus” representado. Assim de acordo com esta mentalidade primitiva oriental, na imagem da divindade residia um fluído pessoal divino. Quando alguém fazia uma imagem, o “deus” deveria vir residir nela, já que toda a imagem realizava um apelo a que o “deus” viesse habitá-la. Era uma espécie de dublagem da divindade simbolizada. Por isso a Bíblia conta que quando Raquel, esposa de Jacó, rouba os ídolos de seu pai Labão, ele se queixa que roubaram os seus “deuses” e não suas imagens. Realmente é falta contra Deus adorar ídolos, acreditar que eles podem realizar algo, quando são de pedra, pau ou gesso, e nem podem responder:

Salmo 115,4-8 (113,12-16); Ezequiel 14,3; 2Coríntios 6,16-18; Isaías 44,9-20; Jeremias 10,2-5; Sabedoria 15,14-15; Deuteronômio 4,28; 1Macabeus 2,1-2

No entanto, o mesmo Deus que proíbe que se façam ídolos para a adoração é o mesmo que manda que se façam imagens para a veneração:[2]

Êxodo 25,18-20; 37,07-09; 40,18; 1Crônicas 28,18; 2Crônicas 3,10-13



Moisés, Josué e os Sumos Sacerdotes Judeus sempre se prostraram diante da Arca da Aliança para consultar a Deus. Sobre a Arca da Aliança que ficava no Templo de Jerusalém,[3] existiam dois Querubins de ouro:

Êxodo 25,1-22; Hebreus 9,1-5; Ezequiel 1,5-13; 10,1-9.14-22

Também na Igreja Católica, a exemplo do Templo de Jerusalém existem imagens que nos recordam as coisas celestiais. Ter imagens no Templo, portanto, não se configura como idolatria, de maneira nenhuma. Portanto, aqueles que recriminam os católicos deveriam primeiramente provar que as imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Maria Santíssima e dos Santos são realmente imagens daqueles deuses estrangeiros. Uma coisa é imagem, outra é ídolo. O mesmo Deus que proibiu fazer imagens (de ídolos) mandou fazer imagens (de não-ídolos):

Números 21,3-9; Sabedoria 16,5-8;

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia 2011 com o estudo do Livro do Êxodo

“Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo”, com essa frase, de São Jerônimo, que a Igreja celebra, nesse mês de setembro, o Mês da Bíblia. Neste ano, o estudo proposto pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), será o Livro do Êxodo, capítulos 15,22 a 18,27, que é conhecido como o “Livro da Travessia”.

O Mês da Bíblia tem como tema “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”, e o lema “Aproximai-vos do Senhor”.

O presidente da Comissão para a Animação Bíblico-catequética e arcebispo de Pelotas (RS), dom Jacinto Bergmann, escreveu uma mensagem para toda a comunidade cristã que celebra o Mês da Bíblia.

Dom Jacinto pede que todos procurem viver intensamente o esse mês, em todas as comunidades cristãs espalhadas pelo território nacional. “Que bom que temos um Subsídio elaborado pela Comissão para a Animação Bíblico-catequética, que, usado em nossos Grupos Bíblicos, nos ajudará a conhecer e interpretar, a comungar e orar, a evangelizar e proclamar a Palavra de Deus e assim caminharmos sempre mais para uma verdadeira animação bíblica da pastoral, formando entusiastas discípulos missionários de Jesus Cristo”, destacou.

O Subsídio

O Subsídio apresenta vários textos para estudo, reflexão, oração e prática para o Mês da Bíblia de 2011. Não pretende dizer tudo, mas apontar pistas para o trabalho individual e comunitário. Foi pensado como material de apoio, isto é, traz elementos informativos a serem desenvolvidos posteriormente e indica também roteiros práticos, que podem orientar grupos de reflexão e leitura orante sobre o assunto.

Leia abaixo a íntegra da mensagem de dom Jacinto Bergmann, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética da CNBB.

Mês da Bíblia

Mês de Setembro para a nossa Igreja no Brasil já é, por uma bonita tradição, sinônimo de MÊS DA BÍBLIA. O grande São Jerônimo, presbítero e doutor, cuja memória celebramos no final do mês de setembro, dia 30, nos motivou desde o início e motiva ainda hoje para a dedicação do mês de setembro inteiro para ser o da Bíblia. Sabemos da importância do trabalho bíblico de São Jerônimo realizando a tradução da Vulgata; e sua frase é emblemática: “Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo”.

Também já é uma bonita tradição, a CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, oferecer um tema para o Mês da Bíblia para o estudo, a reflexão, a oração e a vivência da Palavra de Deus. O tema pode girar ou em torno de trechos bíblicos, ou de um Livro bíblico, ou até de um conjunto de Livros bíblicos. A escolha do tema para o Mês da Bíblia deste ano de 2011, concentrou-se no trecho do Livro do Êxodo, capítulos 15,22 a 18,27, que é conhecido como o “Livro da Travessia”. É necessário olharmos as etapas da travessia desértica do Povo de Deus, saindo do Egito e buscando a Terra Prometida: as dificuldades enfrentadas pelo Povo de Deus, tanto os problemas da natureza, quanto os desafios oriundos pela convivência humana, criaram a necesidade de enraizar e vivenciar a fé, a esperança e o amor em Deus. Queremos aprender com o Povo de Deus a realizarmos a nossa travessia de discipulado e missão. Eis, pois, o tema tão propício para o Mês da Bíblia de 2011: “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”. Mas, o fundamental em tudo isso, é estar próximo ao Senhor Deus. Assim, do capítulo 16, versículo 9, é tirado também o lema: “Aproximai-vos do Senhor”.

Vamos viver intensamente o Mês da Bíblia em todas as nossas comunidades cristãs espalhadas pelo território nacional. Que bom que temos um Subsídio elaborado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, que, usado em nossos Grupos Bíblicos, nos ajudará a conhecer e interpretar, a comungar e orar, a evangelizar e proclamar a Palavra de Deus e assim caminharmos sempre mais para uma verdadeira ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL, formando entusiastas discípulos missionários de Jesus Cristo.

Dom Jacinto Bergmann,
Arcebispo de Pelotas e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

"Católico não praticante"


“Sou católico, mas não sou praticante!” Eis a forma suave, descarada, preguiçosa e, sobretudo, enganadora de afirmação cristã. Ser cristão assim não custa nada. E não adianta nada. Não tem a cruz que o Mestre disse que tínhamos que carregar. E não tem mérito. Mostra, sim, muita saliência. Esta maneira de ser cristão não tem graça nem jeito. Lembra-me café que não tem cafeína, leite que não tem gordura, cigarro que não tem nicotina, pinga que não tem álcool, refeição que não tem comida, carro que não tem motor, acúcar sem sacarose, partida de futebol sem bola... 

Esta afirmação também não tem possibilidade de existir. Este tipo de fiéis quer ser, mas não é. Faz de conta, mas só conta fazer. Nunca faz. É como cometas religiosos; emitem algum brilho, mas não é próprio. Têm o mínimo de crença e o máximo de afirmação. Pensam ter fé, mas não têm a fé que pensam. Ser católico não praticante fica bem e exige pouco. Pretende dizer muito, mas não diz o que pretende. É uma afirmação que pertence à cultura do vazio, do oco, do fácil, do descartável, da mentira... hoje tão freqüente na nossa sociedade. 

É autoafirmar-se sem nada dizer de válido. É autodesculpar-se sem a ninguém convencer. Para muitos, o que exige algum sacrifício é pesado demais, socialmente incorreto, pessoalmente opressor e alienante. Pelo contrário, procurar o prazer é preocupação constante, exaltação máxima do egoísmo pessoal, pretenciosa realização quotidiana. Ser católico não praticante é deixar-se levar pela enxurrada do desinteresse de muitos que, por aí, andam. É ir na onda dos que nada querem fazer e tudo dizem ser. É como ser bombeiro não praticante, médico não praticante, amigo não praticante, pai e mãe não praticante e trabalhador não praticante. Ser católico não praticante é negar a Deus e aos irmãos o que lhes é devido. É viver à deriva. O saboroso “faz de conta”!. É deixar tudo ao deus dará. É invenção enganosa. Pura e falsa pretensão. 


Fonte: http://www.paroquiadechapadinha.com/2011/02/artigo-catolico-nao-praticante.html

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Invadiram a Missa



A Santa Sé já disse em vários documentos, a CNBB confirmou, os especialistas em liturgia disseram, mas nós cantores e compositores, sobretudo os grupos de cantos na missa, não nos corrigimos. Não damos a menor importância aos que sabem mais do que nós. Desprezamos a sabedoria e a catequese dos outros colegas, para impor as nossas canções. E daí, se teólogos, comunicadores e liturgistas, que estudaram há anos a fio o culto e o conteúdo da fé, nos pedem canções que se traduzam o que se celebra naquele dia?

Compositores a cantores parecem ser inatingíveis pelo conteúdo da fé. Continuam cantando as mesmas coisas, domingo após domingo, em geral, no momento errado da missa, simplesmente porque gostam delas, porque é do seu movimento, ou porque estão divulgando seu último cd. Vale tudo! Qualquer mensagem vale!

Insistimos em cantar canções erradas, com texto errado, no momento errado da missa.  Maria de Nazaré, no ofertório; Eu louvarei, no glória; Anjos subindo e descendo, na abertura da missa... O autor compôs um canto de louvor para ser cantado em noites de louvor e, de repente, um grupo, que só gosta de cantar louvor, põe todas elas na missa, invadindo o espaço da canção litúrgica, que deve, por exigência da Igreja, abordar outras catequeses. A missa daquele domingo fica prejudicada. As leituras e o sermão vão numa direção; e as canções na direção oposta. Não há diálogo! Prevalecem os cantores.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sobre nós

CATEQUESE DE EUCARISTIA



Objetivo: catequizar as crianças com o preceito deixado por Jesus Cristo.
Reunião: domingo após a Missa das 9:30
Local: sala 15
Contato:  Marília Pavão – 3238-3030