domingo, 6 de dezembro de 2020

Bispo gaúcho critica normas que restringem participação de fiéis nas Missas


“As autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação em relação ao aumento de casos do covid-19 no Estado”. A afirmação é do Bispo da Diocese de Frederico Westphalen, Dom Antônio Carlos Rossi Keller ao criticar medidas adotadas pelo governo do Rio Grande do Sul que restringem a participação dos fiéis na Missa por causa da pandemia do coronavírus.

As restrições de circulação e distanciamento de pessoas do Governo gaúcho atingem a participação de fiéis nas Missas 

Frente ao aumento do número de casos infecção por coronavírus, o governo do Rio Grande do Sul adotou novas medidas e suspendeu temporariamente o sistema de cogestão, que permitia as prefeituras a adotarem restrições mais brandas.

Desde terça-feira, 1º de dezembro, 19 das 21 regiões Covid do estado passaram para bandeira vermelha, de alto risco epidemiológico.

“As novas restrições à circulação de pessoas e a suspensão do sistema de cogestão do Distanciamento Controlado devem durar duas semanas, mas, se for necessário, não está descartado a prorrogação do prazo ou alteração dos protocolos”, diz o site do governo do Rio Grande do Sul.

Generalização absurda: autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pelo aumento de casos da covid-19 no Estado

Dom Rossi Keller denunciou em publicação feita no Instagram que, no Rio Grande do Sul, “as autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação em relação ao aumento de casos da covid-19 no Estado.

Entre as medidas estabelecidas pelo governo, algumas dizem respeito a “Missas e serviços religiosos” e determinam a participação de no “máximo 30 pessoas” ou “10% da lotação”.

Autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação em relação ao aumento de casos da covid-19 no Estado

Nas restrições impostas pelo governo em seu Protocolo de Distanciamento, além dos protocolos gerais como uso de máscara, álcool em gel, distanciamento, ventilação natural, as medidas adotadas proíbem “o consumo de alimentos e bebidas”.

Diante dessas medidas restritivas, Dom Rossi Keller denunciou em publicação feita no Instagram que, no Rio Grande do Sul, “as autoridades sanitárias pretendem culpar a Igreja pela situação em relação ao aumento de casos da covid-19 no Estado. Pelas restrições constantes no Protocolo de distanciamento controlado estabelecem: 10% da lotação das Igrejas ou 30 pessoas nos locais de culto”.

O Bispo de Frederico Westphalen afirmou que “esta generalização é absurda e inaceitável”.

Abusiva intervenção no Direito Litúrgico, arbitrariedade que pode impedir a distribuição da Sagrada Eucaristia

Dom Rossi Keller destacou que “a proibição de que haja ‘distribuição de alimentos e bebidas’ pode também configurar-se em uma abusiva intervenção no Direito Litúrgico, já́ que pode significar a arbitrariedade de se impedir a distribuição da Sagrada Eucaristia”.

Encerrando sua denúncia, o Prelado confirmou suas críticas afirmando:

“Nós bispos do Rio Grande do Sul vamos tomar as medidas necessárias para que haja maior respeito para com a Igreja Católica”. (JSG)
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GaudiumPress

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