terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mapa astral, Tarô, Búzios… I say NO, NO, NO!


Ano Novo, vida nova e… velhas ilusões. Especialmente na época de virada do ano, as pessoas acorrem a cartomantes, astrólogos, médiuns e outros supostos videntes do futuro. O que motiva essa busca? A fé? Não, justamente o contrário: a FALTA DE FÉ. Por não confiarem nos desígnios e na Providência de Deus, muitos – até mesmo cristãos – tentam resolver suas inseguranças e incertezas por meio de previsões.

É bem verdade que há católicos que buscam essas coisas por ingenuidade, por não terem sido devidamente iluminados com a doutrina da Igreja, e assim imaginam não há nada de mau. Outros, mesmo tendo recebido da devida catequese, agem deliberadamente como pagãos. A uns e a outros, fica o aviso: Deus ABOMINA essas práticas.

Não é que Deus não curte, não acha legal, não aprecia… não! Ele ABOMINA!

“Não se achará no meio de ti (…) nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor.” (Deut 18,10-12)



Quando vamos entender – e crer – que Deus é Pai? Ele não abandona Seus filhos na confusão e no engano. Se temos dúvidas sobre decisões a tomar, se tememos o futuro, o caminho é simples: peçamos a Jesus, em oração, que dê rumo à nossa vida, e busquemos entre o povo de Deus homens sábios que possam nos servir como guias. É o que diz a Bíblia:

“Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus – que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação – e ser-lhe-á dada.” (Tiago 1,5)

“O Senhor, teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que devereis ouvir”. (Deut 18,15)

Alguém pode questionar: mas essa condenação à astrologia e adivinhação não seria mais uma daquelas leis caducas do antigo Testamento? De modo algum! O Novo Testamento renovou e reafirmou esse ensinamento. Momentos antes de morrer apedrejado, Santo Estêvão disse:

“Mas Deus afastou-se e os abandonou ao culto dos astros do céu…” (Atos 7, 42)

As chamadas “previsões” – seja por meio de mapa astral, búzios, cartas, leitura de mãos etc. – nada mais são do que o que a Bíblia chama de “adivinhações”. Quando uma pessoa busca essas coisas, ela está deixando claro que Deus não lhe basta.

Não basta ouvir da boca do próprio Cristo que nada devemos temer, pois até os fios de cabelo da nossa cabeça estão contados (Lc 12,7)…

Não basta saber que Ele prometeu estar conosco até o fim dos tempos (Mt 28,20)…

Não! O Deus Todo-Poderoso não basta! É preciso consultar astrólogos, adivinhos, macumbeiros… Talvez neles esteja a salvação, não é mesmo? A solução dos nossos problemas! Aham…

Especificamente em relação à astrologia, muitos encomendam aos astrólogos o mapa astral de cada ano, com a desculpa de que não buscam meramente previsões, mas sim o autoconhecimento. Se é assim, não seria mais lógico buscar no rico tesouro da Tradição da Igreja os instrumentos para se conhecer melhor, em vez de recorrer ao paganismo? Eis alguns meios católicos:

· Ler e meditar as Escrituras, em especial, o Evangelho;

· Ler sobre a vida dos santos (quanto maior é a intimidade com o Criador, maior é a consciência sobre si mesmo, seus dons, fraquezas e desejos);

· Buscar um diretor espiritual que lhe sirva como bom conselheiro e pastor;

· Fazer os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
  
Além da questão de ser um pecado grave contra o primeiro Mandamento – Amar a Deus sobre todas as coisas, e assim confiar somente n’Ele –, recorrer a médiuns e adivinhos expõe a pessoa ao risco de contaminação espiritual. Pois se é verdade que a maioria dos “videntes” são charlatões, alguns deles podem realmente possuir um espírito de adivinhação. E certamente tal espírito não vem de Deus!

  
Seja lá o que for que o ano novo lhes reserva (risos, lágrimas, vitórias, perdas, aprendizados…), fiquem certos: na amizade e fidelidade a Cristo tudo certamente concorrerá para o seu bem!
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O Catequista

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