sábado, 1 de outubro de 2016

Jesus descrito por um pagão que o conheceu


Carta escrita ao Imperador romano Tibério César (14 a 37 d.C.) por Publius Lentulus, da Judéia, predecessor de Pôncio Pilatos. A carta se refere a Jesus Cristo, que naquela época principiava as suas pregações nas terras da Palestina:

O Senador Publius Lentulus da Judéia ao César Romano:

Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te.

Há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, criador do Céu e da Terra.

Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas palavras, dá vista aos cegos, cura doentes e surpreende toda a Jerusalém.

Belo e de aspecto insinuante, é um homem de justa estatura, e a sua figura é tão majestosa que todos o amam irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice, e ao mesmo tempo tal dignidade, que ao olhar-se para ele cada qual se sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.

O cabelo dele, até a altura das orelhas, é da cor das searas quando maduras, emoldurando divinamente a sua fronte radiosa de jovem mestre; caindo em anéis reluzentes, espalha-se pelos ombros com uma graça infinita, sendo então de uma cor indefinível, como o vinho claro e brilhante. Ele o traz apartado ao meio por uma risca, à moda dos nazarenos. A barba é da cor do cabelo e não muito larga, e também é dividida ao meio. O olhar de paz é profundo e grave, com reflexos de várias cores nos olhos, e o mais surpreendente é que resplandecem. As pupilas parecem os raios do Sol. Ninguém pode fitar-lhe o rosto deslumbrante.

O seu porte é muito distinto. Possui encanto e atrai os olhares. Tão belo o quanto pode um homem ser belo, ele é o mais nobre que imaginar se possa, e muito semelhante à sua mãe, a mais famosa figura de mulher que até hoje apareceu nesta terra.

Nunca foi visto sorrindo, mas já foi visto chorando várias vezes. As mãos e os braços são de uma grande beleza, que é um prazer contemplá-los. Faz-se amigo de todos e mostra-se alegre com gravidade. Quando é visto em público, aparece sempre com grande simplicidade. Quer fale, quer opere, fá-lo sempre com elegância e sobriedade. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora. Fala um idioma de misterioso encanto, e as multidões, compostas de judeus e de naturais da Capadócia, Panfília, Cirene e de muitas outras regiões, ficam perplexas ao ouvi-lo, pois cada qual o ouve como se fosse no próprio idioma pátrio.

Se a tua majestade, ó César, deseja vê-lo, avisa-me, que eu logo to enviarei. Apesar de nunca ter estudado, é senhor de todas as ciências. Em sua expressão divina, ele é a sublimação individualizada do magnetismo pessoal. As criaturas disputam-lhe a presença encantadora. As multidões seguem-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase todos buscam tocar-lhe a vestidura, pois dele emanam irradiações virtuosas que curam moléstias pertinazes. Ele produz espontaneamente um clima de paz, que atinge a quantos lhe gozam a excelsa companhia. Anda com a cabeça descoberta e quase descalço, e a sua túnica alvíssima combina com a sutileza de seus traços delicados.

Muitas pessoas, quando o vêem ao longe, escarnecem dele, mas quando ele se aproxima e estão na sua frente, então tremem e admiram-no. De sua figura singular, extraordinária de beleza simples, vem um quê diferente, que arrebata as multidões, e essas serenam, ouvindo as suas promessas sobre um eterno reinado.

Os hebreus dizem que nunca viram homem semelhante a ele, cuja sabedoria excede a dos gênios. Nunca ouviram conselhos idênticos, nem tão sublime doutrina de humildade e de amor como a que ensina este Cristo. Amável ao conversar, torna-se temível quando repreende, mas mesmo nesse caso revela segurança e serenidade. É sobremodo sábio, modesto e muito casto. É um homem, enfim, que por suas divinas perfeições excede os outros filhos dos homens.

Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também o acusam a mim, ó César, dizendo que ele é contra a tua majestade, porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus, e assevera que acima do teu poder, ó César, reina um único Deus, Todo-Poderoso, consolador de todos os homens desesperados e aflitos.

Ando apoquentado com estes hebreus que pretendem convencer-me de que ele nos é prejudicial. Mas os que o conhecem e a ele têm recorrido afirmam que ele nunca fez mal a pessoa alguma, e antes emprega todos os seus esforços para fazer toda a humanidade feliz.

Estou pronto, ó César, a obedecer-te e a cumprir o que nos ordenaste.
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"Apologia Cristã", Ribeirão Preto, SP, p. 31

10 comentários:

  1. Deve ser mentira, pois na Época ninguém o chamava de Cristo como cita a carta acima.

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    1. ELIZABETE DO REGO NASCIMENTO DA COSTA17 de janeiro de 2020 às 10:19

      Caríssimo, esta carta é verdadeira tenha alegria por lê-la, ela está exposta no vaticano, porque outra igreja, usar o texto não quer dizer, que ela não seja real, é uma pena não tê-la sido colocada na bíblia, tenho muita dor por isto, mas eu a coloquei na contra capa da minha bíblia de estudo, como é linda esta carta relatando a beleza do meu Senhor , E DE MARIA, A QUESTÃO DE PALAVRAS, E UMA TRADUÇÃO, POR ISTO O TRADUTOR, COLOCOU O NOME DO SENHOR DE JESUS CRISTO, de Jesus Cristo, É questão só de tradução. PODE PROCURA E TIRAR A DÚVIDA COM QUALQUER HISTORIADOR. BOM DIA

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  2. Deve ser mentira, pois na Época ninguém o chamava de Cristo como cita a carta acima.

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  3. Pura mentira. A única descrição do SenhorJesus está no livro do profeta Isaias e é o oposto do que cita a tal carta fictícia.

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  4. Essa "carta", já foi dito, aparece no livro espírita "Há Dois Mil Anos", de Chico Xavier. Muito me espanta que seja transcrita aqui como documento sério. Que escorregada feia!

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    1. Esta carta não aparece no livro "Há dois mil anos". Esta carta é de um personagem do livro Publius Lentulus, Senador Romano que viveu a epoca de Jesus. Esta carta está no Vaticano e é aceita como real.

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  5. Assim como varios historiadores duvidam da autenticidade da carta , tambem varios outros asseguram que os relatos nela contidos podem ser reais . Realmente existiram 43 pessoas chamadas Publiua sLentulus na regiao , sendo que somente uma viveu na regiao da judeia ao tempo de Cristo . Alem do mais , existiram mais de uma carta como essa descrevendo a , talvez , aparencia de Jesus . A alegaçao de que a carta e uma frude do sec XVI tambem nao procede uma vez que existem evidencias dela bem antes como no sec 3 e 4 uma vez que obras de arte apareceram com a imagem descrita . Uma outra ainda mais remota aponta para os anos 30 ou 40 depois de cristo valendo-se dos mesmos argumentos . O vativcano aceita como real

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  6. Prefeito....antes das pessoas fazerem comentários, deveriam ler....pesquisar para não escreverem bobagens

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