sábado, 14 de novembro de 2015

Tirem as mãos dos nossos filhos


Em matéria moral e mesmo ética, pouco se pode esperar - com honrosas exceções - da atual mídia televisiva brasileira, como também de países tradicionais e conservadores. Felizmente via redes sociais nos é dado a oportunidade democrática de saber a verdade através da chamada “boca a boca virtual”. Por esse meio foi possível arregimentar mais de um milhão de pessoas na tarde de 20/Junho/2015 (num sábado com chuva), para defender a beleza da família, ao dizer não à pestilenta “ideologia de gênero”, ocorrida na praça de São João de Latrão em Roma (*). O chamamento para o “defendemos nossos filhos”, com diversos cartazes “sim a família tradicional”, “a família salvará o mundo”, “vamos defender nossas crianças”, teve apoio de várias correntes de fé, como cristãos católicos e evangélicos, muçulmanos e judeus; logicamente, não da grande mídia.

Essa monumental reação familiar ocorrida na Itália deverá ser um bom exemplo para o Brasil, pois em muitas das nossas escolas – de modo sorrateiro, quando todo mundo está plugado nas porno-novelas, e sem qualquer consulta pública aos pais – nossas crianças estão sendo “doutrinadas” por esta absurda teoria contrária às leis da natureza, sem qualquer fundamento científico e, muito pior, contra à Lei Divina para nós cristãos. A ideologia de gênero foi definida pelo Papa Francisco como um “erro da mente humana”, que ameaça prejudicar a serenidade psicossexual de gerações inteiras. 

Permitimo-nos tirar algumas contradições dos gurus da dita “ideologia de gênero”. Por exemplo, dizem: - não existe “homem” e “mulher”; “Sexo” seria um fato biológico e “gênero” uma construção social. Estranhamente, que construção social seria essa quando gênero, etimologicamente, nos remete à definição sexual como fato biológico? Por esse viés, não poderiam existir os conceitos “homossexual” e “heterossexual”; quer queira ou não, o termo gênero, na ótica social, nos induz à visão sexual nitidamente biológica. Conclui-se que a “ideologia de gênero” destrói os mesmos direitos dos “homossexuais” e combate os que lutam pelos direitos deles.

Outra contradição (existem “n”), o “gay” não pode mudar de orientação, uma vez que é, deverá ser sempre, está no seu “dna”; mas o heterossexual pode e até deve mudar de orientação sexual se isto lhe compraz(?)

Mais absurdo se torna quando nos deparamos com as condições científicas da sexualidade humana; o sexo de cada um está codificado em seus genes – XX para a mulher, XY para o homem. Portanto, é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, pois a identidade sexual “está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do DNA”, ou seja, não pode ser mudado. O procedimento cirúrgico que a moderna tecnologia permite para mudança de sexo é apenas uma externalidade, jamais mudará seu caráter intrínseco que está nas células e na sua psique. Por isso, quando se quer identificar o gênero sexual de uma múmia ou um fragmento de um ser humano de milhares de anos passados aplica-se o teste de DNA.

A “Ideologia da Ausência de Sexo”, produzido nos laboratórios de engenharia social da corrente marxista, evidenciam a rebelião contra um Deus Criador; segundo suas demências materialistas-ateístas, os dois sexos masculinos e femininos são construtos culturais, por efeito, sujeitos a modificações de interesse ao sabor das pessoas envolvidas. Relativismo puro.

A mensagem ou reivindicação na Itália era de um país real, para a maioria esmagadora: “a família é aquela que se baseia no casamento entre um homem e uma mulher, e nossos filhos têm o direito a uma mãe e a um pai” na palavra de seu organizador Massimo Gandolfini.

Antes que se alastre esta peste moral e se perca o controle, chegou a hora dos pais das famílias brasileiras se posicionarem rigorosamente a favor da família, da Lei de Deus que criou o maravilhoso par humano: homem e mulher. Os inimigos de Deus querem as almas de nossas crianças... Por isso, ”tirem as mãos sujas dos nossos filhos”.


Sergio Sebold
Economista e Professor Independente

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ZENIT

Católicos Online

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