domingo, 1 de novembro de 2015

Feministas picham Igreja Catedral, em São Paulo, defendendo o ‘direito’ de matar bebês.


Cartão-postal da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé, na região central, amanheceu tomada por pichações favoráveis ao aborto, após ato realizado contra o Projeto de Lei 5.069/2013. 

Após manifestação, realizada nesta sexta-feira (30), no centro da capital de São Paulo, contra projeto de lei que, entre outras medidas, dificulta o chamado “aborto legal” e restringe a venda de medicamentos abortivos no país, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo amanheceu neste sábado (31), com portas e paredes pichadas. Em nota, os padres que administram a Catedral lamentam e repudiam os atos de vandalismo contra a igreja, que é um “monumento arquitetônico-artístico de referência para a cidade de São Paulo”.


Frases como “se o papa fosse mulher, o aborto seria legal” e “tire seus rosários dos meus ovários” estavam entre as pichações. No início da noite de anteontem, a manifestação contra o projeto começou na Avenida Paulista e terminou por volta das 21h30 na Praça da Sé. A Polícia Militar informou que 3.000 pessoas participaram do ato, enquanto a organização do evento estimou 15.000.




Segundo nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, as pichações foram feitas após o término do ato. Portas e paredes foram pichadas. “Diariamente entram na Catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados que são acolhidas fraternalmente. Por isso, lamentamos e repudiamos a pichação ocorrida na noite de 30 de outubro último”, informou a Igreja, em nota assinada pelo padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral Metropolitana, e pelo padre Helmo César Faccioli, auxiliar do cura. A nota destaca ainda o valor arquitetônico e artístico da Catedral da Sé e denominou a ação dos manifestantes como uma “provocação destrutiva”. “A liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja Católica em nosso país, não justifica ato de vandalismo.”


Uma das organizadoras do protesto, a programadora cultural Jaqueline Vasconcellos, disse que o ato “não representa o pensamento da manifestação”. “Mas entendemos e nos solidarizamos com as mulheres que se manifestaram contra a instituição. Entendemos que a Igreja Católica é um instrumento do patriarcado”, afirmou. Jaqueline disse ainda não ser “contra nenhuma religião”.


Um boletim de ocorrência foi registrado no 8.º Distrito Policial (Brás) no fim da tarde de ontem. Até as 20h50, ainda não havia informações sobre a identificação de autores das pichações nem prisões. A limpeza das paredes e portas da Catedral da Sé está prevista para ser realizada hoje.

Veja a íntegra da nota:


Padres repudiam vandalismo contra Catedral


Ato de Indignação

A Catedral Metropolitana de São Paulo constitui monumento arquitetônico-artístico de referência para a cidade de São Paulo. Está localizada diante do marco zero da cidade. É edifício religioso que simboliza a fé cristã professada pela Igreja Católica Apostólica Romana. É também casa para todos. Diariamente entram na catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados que são acolhidas fraternalmente. Por isso, lamentamos e repudiamos a pichação ocorrida na noite de 30 de outubro último,  ao término de manifestação em repúdio ao PL 5069/2013.

A liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja católica em nosso país, não justifica ato de vandalismo. A liberdade não é sinônimo de provocação destrutiva de nenhum patrimônio arquitetônico-artístico de qualquer instituição.

Desejamos que atos como esse não venham a se repetir para que sejam preservados não só o direito de expressão mas também o respeito ao patrimônio da população.

Padre Luiz Eduardo Baronto
Cura da Catedral Metropolitana

Padre Helmo César Faccioli
Auxiliar do Cura



Jovens de diferentes paróquias e movimentos 
se apresentaram voluntariamente
para limpar as pichações feitas nas paredes externas do templo.


No final da celebração da Solenidade de Todos os Santos, neste domingo (1/11), Dom Odilo comentou os atos de vandalismo praticados contra a Catedral da Sé. O Cardeal afirmou que a Igreja é contra tudo que agride a dignidade da mulher, mas ressaltou que quem luta pelo respeito à mulher deve lutar também pela dignidade da vida não nascida. 


O arcebispo lamentou as pichações e ressaltou que a Igreja seguirá proclamando com firmeza e serenidade a Palavra de Deus. Fazendo menção à leitura proclamada durante a missa, o Cardeal encorajou os fiéis a seguirem firmes na fé mesmo diante das tribulações, depois, Dom Odilo foi conversar com os jovens que se ofereceram voluntariamente para limpar as pichações nas paredes da catedral. O arcebispo agradeceu a disponibilidade deles.




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Arquidiocese de São Paulo
Com informações: Estadão

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