sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Holyween: "Noite dos Santos".


O fenômeno do Halloween, introduzido pela cultura celta e por tradições pagãs, estabeleceu-se tão exuberantemente em nossa realidade, ridicularizando, assim, o princípio cristão da comunhão dos santos.

O mundo oculto define a noite de 31 de outubro como o dia mais mágico do ano, o ano novo do mundo esotérico. As notícias internacionais em qualquer parte do mundo estão cheias de eventos amedrontadores que acontecem nesta noite.

As novas gerações são acostumadas ao culto do horror e da violência, tornando "normais" as figuras e diversões assustadoras e repulsivas: fantasmas, vampiros, bruxas e demônios, com a falsa motivação de exorcizar e superar o medo da morte.

"Nós não queremos ser intolerantes, retrógrados ou fazer censura - diz Dom Pasqualino Di Dio, exorcista da diocese de Piazza Armerina, Itália – mas devemos afirmar que, além de não respeitar as nossas tradições, o escopo do fenômeno Halloween é a difusão de uma mentalidade mágica que às vezes inconscientemente ou ingenuamente através de festas é introduzida”.

O Halloween faz do espiritualismo e do macabro seu centro inspirador, tentando boicotar e transformar a recordação de todos os santos e a celebração pelos fiéis defuntos em um evento de marketing, de negócios do macabro.

Tudo isso está lentamente entrando nas escolas, promovido como uma brincadeira educativa. Quando vemos os nossos filhos copiando o costume americano de "trick or treat", pedindo doces de casa em casa, tudo parece inofensivo e divertido, mas será que não estamos introduzindo, inconscientemente, um ritual pagão? Às vezes, as escolas são enfeitadas para comemorar o Halloween, mas se negam a montar um presépio no Natal.

Na noite de 31 de outubro, muitas paróquias organizam várias atividades para celebrar Holyween - Noite dos Santos -, por meio de vigílias de oração e evangelização. Uma noite em oração é um verdadeiro desafio contra as noites sem sentido que muitas vezes vivem tantos jovens que procuram a felicidade na direção errada. A paróquia carmelita de Gela, por exemplo, há seis anos organiza uma vigília de oração que começa com a Missa, depois, adoração eucarística, e continua com confissões até tarde da noite.

"Devemos olhar para os santos e para os nossos entes queridos - continua Dom Pasqualino - isto é, para o mistério da morte de modo luminoso, com o olhar para o céu. Por anos, convidamos os fiéis a não exporem esqueletos ou fantasmas, máscaras de monstros, zumbis ensanguentados ou caveiras, mas o mais belo rosto da Igreja e da nossa terra: os santos. Os santos nos recordam que a santidade é possível se nos tornarmos pessoas capazes de dar um significado forte para as nossas vidas e de mudar o mundo, começando com as pequenas coisas de todos os dias". 

"A Festa de Todos os Santos leva-nos a celebrar o santo cujo nome trazemos e é também a festa de cada um de nós, chamados à santidade - diz o exorcista -. A mentalidade do mundo de hoje, muitas vezes nos engana fazendo a santidade parecer algo de extraordinário e inalcançável por pessoas comuns. Na realidade, é uma meta que Deus nos deu e tornou-a acessível a todos que creem em Cristo".

"A santidade não é medida conforme os milagres e os fenômenos místicos extraordinários que muitas vezes a acompanham, mas conforme o amor a Deus e ao próximo. A santidade consiste em transformar as coisas ordinárias em extraordinárias", concluiu Dom Pasqualino.
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ZENIT

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