quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Universidade Al-Azhar aos muçulmanos: ignorem as novas caricaturas


A Universidade de Al-Azhar, no Cairo, é o centro teológico mais respeitado do islamismo sunita e a segunda universidade mais antiga do mundo com funcionamento ininterrupto. Nesta quarta-feira, a instituição pediu que os muçulmanos ignorem as novas caricaturas do profeta Maomé publicadas pelo semanário satírico francês Charlie Hebdo: "A Al-Azhar pede a todos os muçulmanos que ignorem este ódio frívolo".

Em 6 de janeiro, a redação da revista francesa foi atacada em Paris por dois terroristas encapuzados e armados com Kalashnikov. Eles assassinaram 12 pessoas a sangue frio, 8 das quais eram cartunistas e jornalistas. A primeira edição do Charlie Hebdo após o ataque foi publicada hoje, com três milhões de exemplares que se esgotaram rapidamente.

O comunicado da Al-Azhar declara: “A misericórdia do profeta é maior e mais nobre que qualquer tentativa de desenhar caricaturas que não respeitam nenhuma norma moral ou de civilização". Na noite de terça-feira, os centros de pesquisa da universidade registraram que a publicação de novas caricaturas "que insultam o profeta" implicaria "fomentar o ódio".

A Liga Árabe e a Al-Azhar estiveram entre as primeiras entidades a condenar o ataque contra o semanário francês. Os ortodoxos sérvios também condenaram o “crime odioso” de Paris, mas pediram que “os sentimentos religiosos de todos sejam respeitados” e qualificaram as caricaturas blasfemas dos meios locais de comunicação como “violência espiritual”.
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ZENIT

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