terça-feira, 3 de junho de 2014

Por que casar-se é melhor que juntar-se?


A Igreja Católica enfrenta atualmente grandes desafios diante da erosão da figura do casamento em diversas sociedades, sobretudo ocidentais. Pelo que se prevê, a proliferação das uniões livres e dos divórcios serão temas centrais no sínodo da família, que será realizado no início de outubro, no Vaticano, de acordo com um prognóstico de Fernando Pliego, pesquisador social em temas como a família.

De acordo com estudos sociológicos, “observa-se uma queda muito importante da população que se casa, e um aumento importante das uniões livres. Há alguns países nos quais a situação já se inverteu: há mais uniões livres que casamentos”.
 
“Esta é uma realidade muito importante diante de qualquer decisão que a Igreja Católica tomar sobre o casamento e a vida das famílias”, especificou Fernando, com base nas pesquisas internacionais que fundamentam seus estudos.
 
O pesquisador considerou que “é oportuno que o sínodo faça uma análise adequada da realidade”.



Os casamentos são mais sólidos

O especialista fez uma distinção entre o casamento e os motivos pelos quais a união livre frequentemente fracassa, e comentou que a proliferação deste tipo de uniões que se está dando atualmente com mais frequência entre os jovens “é um problema para a Igreja Católica e para todo aquele que estiver interessado em fortalecer o vínculo entre homem e mulher”.

O especialista comentou que, no casamento, “as pessoas têm um projeto claro de uma comunidade de ajuda e de amor, de cooperação; então, a expectativa e a esperança são muito fortes; por isso, ele é mais sólido, tem mais clareza e é muito mais estável que a união livre”.

Fernando acrescentou que “o casamento tem força porque tem uma expectativa, sempre e quando falamos de um matrimônio por uma religião – como a Igreja Católica. Os que entram pela união livre se separam muito mais facilmente que os que entram pelo matrimônio”.

O anterior se sustenta em que os matrimônios têm mais expectativas do que envolve um projeto de vida compartilhada, e têm uma comunidade solidária de cooperação, de carinho e de amor. “Então, como têm esta expectativa, a relação é muito mais sólida.”

O pesquisador destacou que “nem toda união livre é igual, e isso permitiria ter três estilos de trabalho com os jovens”.

Ele citou três tipos de união livre: a que é resultado de uma relação casual, sem expectativas nem projetos de futuro; há outra que considera que é como um teste; e uma terceira na qual os jovens dizem: “Nós não nos casamos agora porque precisamos juntar dinheiro, construir uma casa, terminar os estudos...” – mas é uma união livre com a expectativa de formar uma família e ter um projeto de vida compartilhada.


Fernando comentou que este tipo de união livre é uma espécie de “casamento natural”, no qual o casal faz um pacto profundo de vida, mas ainda não o concretiza em um compromisso formal com implicações institucionais.
 
Por Francisco Luna Macías

Disponível: Aleteia

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