terça-feira, 10 de junho de 2014

O Papa disse ou não disse isso?


Recebi por torpedo. Uma amiga me encaminhava a frase, dizendo: “O Papa disse”.
 
Era um texto dirigido aos jovens. Eu mal tinha começado a ler, quando saltou à vista uma frase que dizia que precisamos de santos que comam pizza e bebam cerveja, e que tomem refrigerante de cola (e dizia até a marca!). Então percebi que era um texto falso, porque o Papa nunca, jamais teria feito, faz ou fará propaganda de uma marca comercial.

 
Pesquisei e descobri que tal texto já havia circulado na internet há alguns anos, sendo falsamente atribuído ao Papa João Paulo II, e agora o tinham reciclado para atribuí-lo ao Papa Francisco.

 
Outro dia, no Facebook, publicaram um texto com a foto do Papa Francisco. Começava citando algo que o Papa disse no Ângelus, mas depois seguiam umas frases tão repetitivas e enfeitadas, que ficava evidente que o Papa não as havia dito nem de brincadeira!

 
Alguém usou uma parte da homilia do Papa, acrescentou o que lhe deu na telha e publicou, como se o Papa tivesse dito tudo aquilo!
 
E o pior é que tal texto já circulava nas redes sociais e em sites católicos administrados por pessoas que o divulgavam com boa vontade, mas de maneira imprudente.



O que fazer diante desta avalanche de apócrifos? Como podemos saber se um texto atribuído ao Papa é autêntico e vale a pena divulgá-lo, ou se é falso (em cujo caso o melhor a ser feito é apagá-lo e pedir a quem o enviou que não o compartilhe mais)?
 
É simples: selecione o texto, copie e cole-o em um buscador da internet e observe as ocorrências. Imediatamente, você poderá ver os sites nos quais o texto foi publicado.

 
Se o texto realmente for do Papa, aparecerá, entre as primeiras ocorrências, o site do Vaticano (www.vatican.va), bem como outras páginas oficiais, como News.va e Rome Reports,, que costumam divulgar palavras do Papa que nem sempre saem no site do Vaticano, como, por exemplo, as homilias que Francisco pronuncia nas missas diárias na capela da sua casa em Santa Marta.


 
Porém, se o texto for falso, as primeiras ocorrências provavelmente serão blogs de pessoas particulares ou talvez páginas católicas não oficiais, administradas por pessoas que, pelo visto, se apressaram em publicar algo sem verificar sua autenticidade.
 
A regra de ouro é a seguinte: todo texto atribuído ao Papa precisa ser verificado: se for autêntico, divulgue-o; se não for, apague-o.
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Fonte: Desde la Fe
Disponível: Aleteia

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