domingo, 2 de fevereiro de 2014

Eucaristia: mastigar ou não?


Quando o povo mais idoso se preparava para fazer a 1ª comunhão, década de 70 para trás, não podiam mastigar a eucaristia. Esperavam se dissolver. Talvez excesso de cuidado, não sei! Repare no pessoal mais velho quando comunga. Dificilmente (não quer dizer nunca!) você irá ver alguém mastigando a hóstia.

Na época deles não se questionava nem se desrespeitava um catequista, professor ou alguém de mais idade. 

Mas e aí? Podemos ou não mastigar a hóstia?

A doutrina da conversão eucarística está no Evangelho. Claro que o nome “transubstanciação” não está, pois este é uma denominação técnica da Teologia. A Teologia é como um lapidador que trabalha em cima do diamante bruto da Revelação.

Jesus diz: ego sum panis vivus qui de cælo descendi, si quis manducaverit ex hoc pane vivet in æternum et panis quem ego dabo caro mea est pro mundi vita São João, 6, 51.

Ora Jesus deixa claro em sua afirmação:

1. Que O pão que ia dar era a Sua Carne.

2. Sua Carne era verdadeiramente Comida.

3. Ele então dá o Pão a seus discípulos.

4. E diz que é seu corpo.

5. E manda Todos comerem.

ACCIPITE ET MANDUCATE EX HOC OMNES: HOC EST ENIM CORPUS MEUM

Eis aí a transubstanciação.

A transubstanciação precisa de dois elementos essenciais, sem os quais ela não se realiza:

É necessário o sacramento da Ordem do sacerdote, bem como os ritos;

E é também necessário as matérias específicas sob as quais o milagre ocorre, sem alteração nenhuma dos ingredientes que a compõem. 

Assim, não se pode consagrar “arroz, aveia, feijão, ervilha, tomate, laranja, mamão, limão”, mas somente aqueles elementos presentes durante a última ceia e sob os quais Jesus mesmo decidiu transformar em Sua Carne e Sangue. Caso haja deterioração de um desses elementos, alteração de sua composição, como por exemplo um “mofo” ou até a adição algum outro ingrediente estranho, mesmo que não seja notado, a hóstia deixa de estar consagrada.



Os protestantes leêm a bíblia de trás para frente, leêm primeiro o que Jesus disse por último:

Hoc facite in mean commemorationem - Fazei em memória de mim.

Então logo em sua “sabedoria”, o que Cristo falou antes era tudo SIMBÓLICO, ou em linguagem mais popular - MENTIRA.

Pois quando Jesus disse que o Corpo era Verdadeiramente uma comida, queria na verdade dizer que era FALSAMENTE ouSIMBOLICAMENTE.

Então como fizeram os judeus em Jo 6,66 (o número da besta):durus est hic sermo quis potest - Isto é muito duro! Quem o pode admitir? simplesmente abandonam o ensinamento de Cristo.

Eles obviamente não sabiam que MEMÓRIA na linguagem e para o povo semita quer dizer = lembrança de forma que SE FIZESSE PRESENTE.

Então Jesus ao dizer Hoc facite in mean commemorationem - Fazei em memória de mim, disse “Fazei sabendo que eu estou realmente ali”. 

Obviamente não da maneira que eles conheciam, mas de uma maneira NOVA, MAS TOTALMENTE REAL.

Os católicos que costumam ler da maneira correta, compreendem o que Jesus disse, e quando chega na parte da Memória, vêem logo que Jesus não poderia ter feito tanta questão que se comesse o corpo dele, para Deus dizer que era um símbolo, e entendem da mesma maneira que os Semitas.

Não é de estranhar que os judeus, no mesmo Jo 6,66 entenderam que Jesus tinha dito que era preciso comer verdadeiramente com os dentes a sua carne, os judeus não entenderam era como Ele ia fazer, nem esperaram para saber.

Os judeus perguntam: Como ele poderá nos dar de COMER (=PHAGEIN, em aramaico) sua carne. Jo 6

PHAGEIN = MASTIGAR. Portanto eles entenderam de maneiraREAL.

Jesus responde: Quem não COMER (= TROGO, em aramaico)MINHA CARNE...

TROGO = DILACERAR COM OS DENTES. Ou seja, Jesus ao invés de mostrar que era simbólico se assim fosse, ele CONFIRMA MAIS ENFÁTICO AINDA, AQUELE QUE NÃO DILACERAR COM OS DENTES MINHA CARNE (POIS MINHA CARNE É VERDADEIRAMENTE UMA COMIDA), NÃO TERÁ A VIDA ETERNA.

Os judeus se retiraram, os protestantes também.

Os católicos dizem: Domine ad quem ibimus verba vitæ æternæ habes - Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.

A fé católica é o triunfo da lealdade, da sinceridade, do poder de Jesus. O protestante, pretendendo que Nosso Senhor falava no sentido figurado, faz do Divino Mestre um embusteiro comum que nos iludiu, exatamente na hora mais solene de sua vida, na véspera de sua morte, no instante em que se despedia de seus discípulos.

Agora refutando a irmã megera:

Não há problema, só é mais comum em padres mastigarem para não demorar para servirem a comunhão.

Particulamente nunca mastiguei, pois não vejo necessidade: o tamanho e o material de que é feito a Hóstia Imaculada não exigem que haja trituração.
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Fonte: Tradição em foco com Roma

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