sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Como me tornar um MAU catequista?


Na época em que o Pe. Paulo Ricardo lançou o vídeo “Como posso me tornar um bom catequista?”, nós estávamos justamente preparando um post com o mesmo título. Mas o padre foi mais rápido…

Então, resolvemos levar adiante a nossa reflexão, porém, partindo do ponto de vista oposto: “Como posso me tornar um MAU catequista?”.

Reconheço que, diversas vezes, cometi alguns dos erros que apontaremos a seguir. Vivendo e aprendendo!

E você, se identifica ou já foi vítima de algum dos tipos de catequista abaixo?

1.                  Catequista ungido

Ele se acha tão, mas tããão inspirado pelo Espírito Santo – ô grória! – que não se preocupa em estudar os temas com cuidado, antes de cada aula.

2.                  Catequista PPT

Ao utilizar recursos de mídia, deixa de lado a virtude da temperança. Assim, 85% de suas aulas são realizadas por meio da exposição de slides de Power Point. Haja Redbull pro povo não dormir no escurinho!

3.                  Catequista Chicotinho di Zizuiz

Ao apresentar a moral cristã, dá ênfase nas proibições e punições da ira divina. Não sabe mostrar o quando a fidelidade à proposta cristã é conveniente para vida cotidiana das pessoas, nem busca apresentar a lógica e a sabedoria de Deus por trás de cada Mandamento.

4.                  Catequista caótico

Costuma perder o foco do tema inicialmente proposto para o dia (isso quando ele tem algum plano de aula). Começa falando sobre a Eucaristia, emenda com camisinha e termina discorrendo sobre a Inquisição Espanhola.


5.                  Catequista no Divã

Não tem grana pra pagar um bom analista, então faz das aulas de catequese o seu divã. Passa quase todo o tempo da aula falando da própria vida, dos seus dramas, tragédias, frustrações, ansiedades – tudo a título de “testemunho”.

6.                  Catequista Embromation

Faz pose de sabe-tudo. E, quando alguém pergunta algo que ele não sabe, em vez de dizer “não sei, vou me informar e depois te falo”, o sujeito inventa qualquer coisa besta pra dizer.

7.                  Catequixta Xou da Xoxa

Insiste em tratar os crismandos adolescentes como crianças grandes, e promove muitas dinâmicas imbecilóides para entretê-los. Haja vela, barbante, sabão e bexigas.
É muita diverxão! Ou não…

8.                  Catequista #NuncaliSãoTomásdeAquino

Quando questionado sobre algum artigo de fé, diante da falta de argumentos, se safa sempre com a sentença: “Isso é dogma!”. Ele ignora que, apesar de todo o mistério o dogma encerra, podemos refletir sobre ele, a partir de bases bíblicas e filosóficas, e reconhecer a sua razoabilidade.

9.                  Catequista Matrix no seu Quadrado

Foge de temas polêmicos mais do que o Cascão foge da chuva. Passa batido pelos Dez Mandamentos, especialmente por aqueles menos populares entre a galera.

Quando algum catecúmeno lhe faz uma pergunta espinhosa, em vez de encarar a questão e responder objetivamente, dá um “Matrix” e se esquiva (saiba mais no post “Meus crismandos são todos ateus").


10.              Catequista retro

Por alguma razão estranha, ele acha que estamos nos anos 1920. Alimenta a doce ilusão de que todos os seus crismandos são católicos convictos.

Na sua cabecinha iludida, todos já creem perfeitamente em Deus, na divindade de Jesus e na Igreja. Então, não precisa discutir as razões desta fé, basta derramar sobre os crismandos as informações sobre a moral e a doutrina católicas.

11.              Catecrente

Em vez de se ater à doutrina da Igreja, incha a catequese com o fermento dos fariseus e prega um monte de regras de comportamento ultra-rígidas, como se fossem mandamentos para todos os católicos.

Ele se esquece que a maioria dos catecúmenos é de cristãos “principiantes”, e não de postulantes à vida monástica.

Demoniza a bebida alcoólica, as festas, o jogo de futebol e a depilação do sovaco.

12.              Catequista Jorge Ben Jor

Acha o máximo falar uma palavra só pela metade, e fazer a turma completar o restante:

– Jesus Cristo é o Senhor do Uni…
– …verso!


Só que, bem diferente da canção do cara que mó num pá tropi abencoá por Dê, sua técnica não faz o menor sucesso. Deixa o pessoal com aquela sensação de “Tia Teteca’s class Revival”.


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Fonte: O Catequista

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