quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Natal nunca foi uma festa pagã


Nesta época do ano nós somos bombardeados com propaganda anticatólica questionando o abençoado dia do nascimento de Cristo como 25 de dezembro. Dizem-nos com arrogância que essa data era originalmente uma festa pagã. A Igreja Primitiva teria “escolhido” esta data para “Cristianizar” uma festa romana do sol. De acordo com essa teoria, a data do Natal foi estabelecida somente no século IV, quando nós temos a primeira evidência da Natividade sendo celebrada em Roma em 336. A conclusão: as origens do Natal são pagãs, e nós não sabemos realmente a data do nascimento do Salvador da humanidade.

Não nos deixemos ficar impressionados tão rapidamente com essas mentiras cujos objetivos são somente diminuir a homenagem que prestamos a Nosso Senhor Jesus Cristo e denegrir a Igreja Católica. De fato, o oposto é verdadeiro. A tese da origem pagã do Natal é que é um mito sem substância histórica.

Sem festival na Roma antiga em 25 de dezembro

Um governador colonial puritano interrompe os folguedos das festividades natalinas (1883)

A noção de que o Natal teve origem pagã começou a se espalhar no século XVII com os puritanos ingleses e os presbiterianos escoceses, que odiavam tudo o que era católico. Os puritanos odiavam tanto o Catolicismo que eles se revoltaram contra a chamada Igreja Anglicana porque, mesmo com suas heresias, eles a consideravam muito similar a Igreja Católica.

Eles tinham aversão a dias de festa e em particular, eles detestavam a festa do Natal com suas cerimônias, celebrações e costumes alegres. Como a Bíblia não deu data específica para o nascimento de Cristo, os puritanos argumentavam que isso era um artifício pecaminoso da Igreja Católica Romana que deveria ser abolido.

Mais tarde, pregadores protestantes, como o alemão Paul Ernst Jablonski tentaram demonstrar em obras pesudo-acadêmicas que 25 de dezembro era na realidade uma festa pagã romana, e que o Natal foi mais um exemplo de como a Igreja Católica medieval “paganizou" e corrompeu o "puro" cristianismo primitivo.(1)

Por volta da mesma época, o jesuíta Jean Hardouin com sua excêntrica teoria da falsificação universal que colocou em dúvida cada fonte histórica conhecida, de volta aos puritanos em sua teoria no Natal ter origens pagãs. Mas essa pesquisa foi largamente desacreditada dada suas afirmações absurdas. Por exemplo, ele afirmava que todos os Concílios da Igreja que aconteceram antes de Trento eram fictícios e quase todos os textos clássicos da Grécia e Roma Antigas eram falsos, feitos por monges no século XIII. Tais declarações são descaradamente absurdas, dados os incontáveis documentos originais demonstrando o oposto.

As duas principais reivindicações para o Natal ter origens pagãs asseveram que a Igreja primitiva escolheu 25 de Dezembro a fim de desviar os fiéis dos dias de festividade pagã romana. A primeira reivindicaçãoassevera que isso substituiu o antigo feriado da Saturnália, uma época de festas e estridentes danças e cantos acontecidos em dezembro em honra do deus pagão Saturno.

Agora, o festival da Saturnália sempre terminava o mais tardar em 23 de dezembro. Por que a Igreja Católica iria querer tirar a atenção dos seus fieis de uma celebração pagã, escolheriam uma data dois dias após a festa já ter terminado e quem quis já havia exagerado? Não faz sentido. Nenhum acadêmico sério acredita nessa alegação.


Natal estabelecido antes do festival pagão do sol


Aureliano instituiu o festival do sol para fortalecer um Império Romano moribundo

A segunda reivindicação é a de que a Igreja Católica estabeleceu o Natal em 25 de dezembro para substituir uma festa solar inventada pelo Imperador Aureliano em 274 d.C., o Dies Natalis Solis Invicti (Nascimento do Sol Invicto).

O fato de que o Natal entrou no calendário mundial (o calendário romano aceito) em 354 – que foi depois do estabelecimento do festival pagão – não significa necessariamente que a Igreja escolheu este dia para substituir o feriado pagão. Duas razões principais concordam com esta conclusão:

Primeira: deve-se simplesmente admitir que os cristãos primitivos começaram a celebrar o Natal apenas no século IV. Até o Édito de Milão ter sido publicado em 313, os católicos eram perseguidos e se encontravam nas catacumbas. Portanto, não havia festividade pública. Mas eles celebravam o Natal entre eles mesmos antes do Édito, como confirmam os hinos e preces dos primeiros cristãos (2).

Segunda: essa reivindicação é baseada em pressupostos falaciosos. Como o erudito Thomas Talley aponta em seu livro The Origins of the Liturgical Year [As Origens do Ano Litúrgico], o Imperador Aureliano inaugurou o festival do Nascimento do Sol Invicto tentando dar vida nova – renascer - um Império Romano moribundo. É muito mais provável, ele argumenta, que a ação do Imperador tenha sido uma resposta a crescente popularidade e força da religião Católica, que estava celebrando o Nascimento de Cristo em 25 de dezembro, e não o contrário. (3)

Não há evidência de que a celebração de Aureliano precedia a festa de Natal, e há mais razão para acreditar que estabelecer esse dia de festa – que nunca teve apoio popular e logo morreu – foi um esforço para dar um significado pagão a uma data que já era importante para os católicos romanos.

Datas baseadas nas Escrituras

A data da concepção de Isabel estabelece a base para saber o nascimento de Cristo

Mas vamos deixar o território de conjecturas e retornar os registros históricos. Há ampla evidência para demonstrar que, mesmo que a data do Natal não tenha se tornado oficial até 354, claramente ela foi estabelecida muito tempo antes de Aureliano ter instituído seu dia de festa pagã.

A concepção de São João Baptista é a âncora histórica para saber a data do Natal, baseada em cálculos detalhados e cuidadosos de datas feitos pelos primeiros Pais da Igreja.

O antigo tractatus De solstitiia registra a tradição do Arcanjo Gabriel aparecendo a Zacarias no Templo quando ele estava servindo como sumo sacerdote no Dia da Expiação (Lc 1,8). Isso situa a concepção de São João Baptista durante a Festa dos Tabernáculos no fim de setembro, como disse o Arcanjo Gabriel (Lc 1,28) e seu nascimento nove meses mais tarde no momento do solstício de verão. (4)

Como o Evangelho de Lucas afirma que o Arcanjo Gabriel apareceu a Virgem Maria no sexto mês após a concepção de João (Lc 1,26), isso situa a concepção de Cristo no equinócio de primavera, ou seja, no momento da Páscoa Judaica, no fim de março. Seu nascimento seria assim no fim de dezembro no momento do solstício de inverno.

Que estas datas, baseadas na Tradição e na Escritura, são confiáveis é confirmado por recente evidência tirada dos Manuscritos do Mar Morto, cujos autores estavam bastante preocupados com datas de calendários, essenciais para estabelecer quando deveriam celebradas as festas da Torah. A data encontrada nos Manuscritos torna possível saber os serviços rotativos dos sacerdotes no Templo nos tempos do Antigo Testamento e mostram definitivamente que Zacarias serviu como sacerdote do Templo em setembro, confirmando assim a tradição da Igreja Primitiva. (5)

A Igreja Católica determinou 25 de março como a data da concepção de Nosso Senhor muito antes de Aureliano decidir fazer sua festa solar. Por exemplo, por volta de 221 d.C, Sexto Julio Africano escreveu aChronographiai na qual ele afirma que a Anunciação foi em 25 de março. (6) Uma vez que a data da Encarnação estava estabelecida, era uma simples questão de adicionar nove meses para chegar a data do nascimento de Nosso Senhor: 25 de dezembro. Essa data não seria oficial até o fim do quarto século, mas ela foi estabelecida muito tempo antes de Aureliano ou Constantino. Ela não tinha nada que ver com festivais pagãos.

Nós podemos estar certos de que os primeiros apologistas católicos e Pais da Igreja, que viveram próximos do tempo dos Apóstolos, estavam totalmente cientes das datas associadas com o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos eles tinham fontes de calendários em mãos e eles não permitiriam que qualquer inverdade fosse introduzida na liturgia católica. A data do nascimento de Cristo foi transmitida por eles como sendo 25 de dezembro, um domingo.

Discursando sobre o verso de Lucas 2,7, Pe. Cornélio a Lápide comenta sobre a arquitetura dessa escolha: “Cristo nasceu no domingo, porque esse foi o primeiro dia do mundo.… Cristo nasceu numa noite de domingo, em ordem com Suas maravilhas, então no dia em que Ele disse Haja luz, e houve luz, foi o mesmo dia em que, à noite, a luz brilhou na escuridão para os de coração justo, isto é, o sol da justiça, Cristo o Senhor.” (7)

___________________________________
Notas:

1.       Thomas Talley, The Origins of the Liturgical Year, Collegeville, MN: Liturgical Press, 1991), p. 88.
2.       Daniel-Rops, Prières des Premiers Chrétiens, Paris: Fayard, 1952, pp. 125-127, 228-229
3.       Talley, The Origins of the Liturgical Year, pp. 88-91.
4.       O folheto é intitulado 'De solstitiia et aequinoctia conceptionis et nativitatis domini nostri iesu Christi et iohannis baptista,' in Ibid., p. 93-94. Talley também fornece outros documentos históricos de escritores da Igreja primitiva mostrando que as datas da Concepção e Morte de Nosso Senhor foram estabelecidas bastante cedo.
5.       Shemaryahu Talmon, Professor Emérito da Universidade Hebraica de Jerusalém e máximo estudioso dos Manuscritos, publicou um estudo aprofundado sobre os serviços rotativos dos sacerdotes no Templo em 1958 e os manuscritos de Qumran para ver as atribuições durante os tempos do Novo Testamento. Martin K Barrack, “It Comes from Pagans,” Second Exodus online.
6.       Ibid.

7.       Cornelius a Lapide, Commentaria in Scripturam Sanctam, Paris: Vives 1877, Lucas 2,7, vol 16, p. 57.
______________________________________________
Autora: Marian T. Horvat
Traduzido por Andrea Patricia
Fonte: Borboletas do Luar

2 comentários:

  1. Natal na Igreja Antiga.

    Clemente de Alexandria (150dC) chegou a declarar que os teólogos Cristãos do Egito “não guardavam nenhum dia do ano a não ser o Natal do Senhor” [conf. o Stromata (I.21)]1. Esses cristão. na Antiguidade já celebravam.
    Alguns Cristãos Antigos Comemoravam o Natal 6 de Janeiro.foi no Seculo IV que o Natal passou a ser comemorado 25 de Dezembro.

    ResponderExcluir
  2. Natal.

    O Natal é a data que se comemorar o Nascimento de Jesus.

    Na verdade Jesus já existia no Céu como Deus Filho.porem Deus Filho veio a esse mundo nascendo como Humano para Salvar os Humanos.por isso os Cristãos comemoram o Natal.
    O Nascimento de Jesus foi comemorado pelo anjo de Deus que aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11). Os Anjos no Céu comemoraram:Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas2:14).
    Celebrar o Natal de Jesus é lícito e conveniente ao cristão, O Natal é uma festa legitimamente cristã, o Nascimento de Jesus também foi comemorada pela família de Jesus, em uma casa, juntamente com sábios do Oriente, cerca de dois anos após seu nascimento de Jesus (Mateus 2:1-16).

    Natal na Igreja Antiga Cristã.

    Clemente de Alexandria (150dC) chegou a declarar que os teólogos Cristãos do Egito “Não guardavam nenhum dia do ano a não ser o Natal do Senhor” [conf. o Stromata (I.21)]1. Esses cristãos na Antiguidade já celebravam.
    Alguns Cristãos Antigos Comemoravam o Natal 6 de Janeiro.foi no Seculo IV que o Natal passou a ser comemorado 25 de Dezembro.
    Alguns dizem a Mentira que o Natal surgiu no Século IV de uma Festa romana de Adoração só sol porém isso é Mentira.porque existe documentos Cristã antigos do Ano 200,Começo do Século III que provam que Cristãos já observavam o Natal como citação de Clemente de Alexandria.

    A importância de se comemorar o Natal é recordar que Jesus se fez Humano para vir ser nosso Salvador é por isso é motivo de felicidade e motivo para comemorar.

    Práticas e símbolos do Natal.

    Ceia de Natal

    Era costume na Europa, onde as gente costumavam manter a porta das suas casas abertas para receber viajantes a Noite.
    A Ceia de Natal. simboliza a união e a confraternização das famílias.na véspera de Natal, os familiares se reúnem à mesa para a ceia de Natal.

    Árvore de Natal

    Relatos históricos dizem que primeira árvore de Natal surgiu no norte da Europa no século XVI.
    origem da árvore de Natal veio do conceito das Árvores do Paraíso. Que eram utilizadas em representações medievais que eram feitas na frente de Igrejas Cristãs na véspera de Natal.
    No calendário da igreja primitiva de santos, 24 de dezembro era o dia de Adão e Eva.,a Árvore do Paraíso representava o Jardim do Éden. Essas representações eram como um uma jeito de contar as histórias da Bíblia para as gente que não sabiam ler.

    Bolas.

    As bolas coloridas que decoram a árvore de Natal representam os frutos das árvores.

    Anjos.

    São usados para lembrar de Gabriel, o anjo que anunciou à Maria que ela daria à luz a Jesus e os
    os anjos Foram os mensageiros de Javé Deus que anunciam ao povo o nascimento de Jesus.

    As estrelas.

    estrelas de Natal representam a estrela que indicou aos reis magos onde Jesus estava, pois queriam adorá-lo e dar presentes.

    Sino

    O sino de Natal é o símbolo que representa o anúncio do nascimento de Jesus.
    Usados na decoração das árvores de Natal e das portas.

    Velas.

    Dizem que na Alemanha, um senhor costumava colocar velas na sua janela para iluminar o caminho dos viajantes a Noite
    Assim, as velas natalinas assumem o papel de representar a luz que o nascimento de Jesus traz para a vida dos humanos, porque Jesus veio para vencer as trevas.
    velas acesas na noite de Natal representam Jesus que é a luz do mundo.

    presépio.

    Francisco de Assis foi primeiro montar um presépio no século XIII, na Itália, Francisco quis recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar para o povo como teria acontecido.

    Papai Noel.

    Papai Noel é baseada Bispo Nicolau que viveu na Turkia no Século IV que dava moedas próximas às chaminés de gente anmais necessitadas e o Bispo Cristão Nicolau era muito querido por crianças.Bispo Nicolau era um Cristão seguido de Jesus Cristo:O Filho de Deus.

    ResponderExcluir