segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Missa inculturada ou Missa avacalhada? (Parte II)


Dando continuidade ao post de ontem, vamos comentar alguns dos ritos avacalhados mais escandalosos. Esse tipo de perversão é um atentado à nossa fé, pois fere e vulgariza aquilo que o católico tem de mais sagrado e precioso: a Santa Missa.

MISSA PIMBA NA GORDUCHINHA

No ano passado, um padre holandês realizou uma “missa laranja” antes do último jogo da Copa do Mundo de Futebol para dar uma forcinha espiritual à seleção de seu país. O celebrante usou uma túnica laranja e decorou toda a Igreja – inclusive os paramentos do altar – com a mesma cor.


Não, você não está vendo coisas: as linhas na foto acima são as redes de uma trave. Afinal, se é pra esculhambar, tem que fazer direito! Descreve o site da BBC: “O padre chegou a simular um jogo de futebol dentro da igreja e, atuando como goleiro, pegou um pênalti cobrado por um fiel”. (1)

Resultado: o Santo Sacrifício do Altar foi desrespeitado, a Holanda perdeu o jogo e o padre foi suspenso pelo bispo local. Lembrando que naquele país o uso da maconha é liberado. Será que o padre…? Deixa pra lá.


MISSA O QUIOCÊ FOI FAZÊ NO MATO MARIA CHIQUINHA

Seguuuuuuuuura, cristão! Segura o Senhor Jesus, pra Ele não fugir do templo, de tanto desgosto…

Estão na moda as missas sertanejas, com padre usando chapéu de cowboy e cantando músicas típicas. Os sacerdotes mais talentosos – ou mais sem noção – arriscam até umas dedilhadas no violão.


Desde quando chapéu com abas virou paramento litúrgico? Parece um detalhe bobo, mas não é: o sacerdote está ali para representar Jesus Cristo, e não para dar entretenimento às suas fãs. Não é ele quem escolhe o que vestir, é a Igreja que determina, conforme o tempo litúrgico ou a celebração. A falta de apreço aos seus símbolos religiosos – em especial os paramentos e objetos da missa – é a uma dos sinais da decadência espiritual de uma comunidade.

E se o padre é no fundo um músico frustrado, que invista na sua carreira artística durante as festas de quermesse, as reuniões de grupos jovens e atividades afins. Mas pegar o violão e bancar o Sérgio Reis no meio da santa missa é um tanto demais, não?
Não há, ó gente, ó não… padres como esses sem noção! Não há, não há…

MISSA CHIMARRÃO

Ofertório em uma Missa
inculturada Gaúcha
As chamadas missas gaúchas, ou missas crioulas, ocorrem sobretudo durante a Semana Farroupilha, evento que homenageia os combatentes dessa famosa revolução.

Nessas missas, é comum que o simbolismo do rito romano seja ferido por paramentos sacerdotais nada ortodoxos (lenço no pescoço, por exemplo) e pela inserção de objetos nada litúrgicos, como cuia de chimarrão, erva-mate e rodas de carruagem. As orações são também bastante modificadas, pra ficar tudo beeeeem gauchesco.

E se fosse criada uma missa inculturada carioca? Se os gaúchos apresentam botas, chaleira e costela de churrasco no ofertório, nós aqui no Rio colocaríamos diante do altar uma prancha de surf, um CD de funk, uma fantasia de carnaval e uma foto da Helô Pinheiro, a eterna Garota de Ipanema! Também poderíamos inserir nossas gírias nas orações, que tal? Demorô!!!

Não, não é um baile! É uma missa avacalhada gaúcha em Foz do Iguaçu - PR

E, para falar da missa gaúcha, ninguém melhor do que um gaúcho de fato. Vejamos o que diz Rafael Vitola Brodbeck, do site Veritatis Splendor (grifos meus):

O altar onde se renova o Santo Sacrifício
é estilizado em forma de carroça.
Que LINDJO!
“A pretexto de gauchismo, desde os anos 70, se promove (…) essa empulhação travestida de tradição. (…) “A tal “Missa Crioula” dos CTGs [Centros de Tradições Gaúchos] é de uma falta de respeito que nunca vi em lugar nenhum! (…) O rito do MTG [Movimento Tradicionalista Gaúcho] é ilícito (ainda que a Missa seja válida), suas cerimônias não são coerentes com o rito romano, e sua celebração é totalmente artificial, pois partem do pressuposto de que o verdadeiro gauchismo é fazer tudo “de um modo gaúcho”: ora, isso é artificial, é um gauchismo fictício, industrializado. (…) “Não se confunda, outrossim, a Missa Crioula do MTG (…) com a belíssima Misa Criolla, de Ariel Ramirez, composição sacra com ritmos da pampa (…), toda em espanhol, para os textos do Ordinário (Kyrie, Gloria etc.), sem alterar a letra e sem palhaçadas. (…) “Creiam-me, meus caros, sou gaúcho e cultuador de nossa riquíssima tradição. Ando no dia-a-dia de bombacha, asso meu churrasco, vou a campo a cavalo. Mas cada coisa na sua hora. Como bem disse, tradição por tradição, a Missa crioula de tradicional não tem nada. É uma caricatura, um arremedo, e ouso dizer um deboche da verdadeira cultura gaúcha.”

MISSA ZUMBI DOS PALMARES

Essa é a missa preferida dos hereges da Teologia da Libertação.

Tem atabaque e berimbau? Tem, sim sinhô! Tem pipoca e cocada? Tem, sim sinhô! Tem padre caracterizado como pai de santo do Paraguai? Tem, sim sinhô! Nos dias mais animados, rola até um teatrinho e uma ginga de capoeira…


Mais uma vez, parte-se de uma caricatura: é como se os negros tivessem chegado ontem da África, e assim necessitassem de uma liturgia especialmente adaptada para que o anúncio do Evangelho se torne viável.

O que será que João Paulo II achava disso? Com a palavra, o eterno papitcho (grifos meus), falando aos bispos do Regional Sul I, em 2003:

“Certamente, não é possível descurar aqui a consideração da cultura afro-brasileira (…). Trata-se da delicada questão de aculturação, especialmente nos ritos litúrgicos, no vocabulário, a nas expressões musicais e corporais típicas da cultura afro-brasileira. (…) “É evidente, porém, que se estaria distanciando da finalidade específica da evangelização, acentuar um destes elementos formadores da cultura brasileira, isolá-lo deste processo interativo tão enriquecedor, de modo quase a se tornar necessária a criação de uma nova liturgia própria para as pessoas de cor. Seria incompreensível dar ao rito litúrgico uma apresentação externa e uma estruturação – nas vestes, na linguagem, no canto, nas cerimônias e objetos litúrgicos – baseada nos assim chamados cultos afro-brasileiros, sem a rigorosa aplicação de um discernimento sério e profundo acerca da sua compatibilidade com a Verdade revelada por Jesus Cristo. (2)

Que fique bem claro: a ideia daqueles que promovem as missas afro NÃO É convidar os não-católicos à conversão; é, sim, incentivar os feiticeiros, idólatras e macumbeiros a conciliar sem problemas a fé cristã e o culto aos Orixás. Duvida? Então veja essa declaração lamentável de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba:

“Acreditamos cada vez mais fortemente que é possível o negro ser discípulo de Cristo e viver na Igreja sem deixar de ser negro, sem renunciar a sua cultura, sem ter de abandonar a religião dos Orixás.” (3)

Entendeu agora? Esses caras acham que um negro que renuncia à crença nos Orixás é “menos negro”, pois sofre um prejuízo cultural ao renegar a fé de seus “ancestrais”. Definitivamente, padres sincretistas têm pipoca no lugar do cérebro, só pode! Padre Paulo Ricardo não exagera quando diz que eles são TRAIDORES do cristianismo:

“Além do evidente abuso litúrgico que significam essas missas inculturadas (…), nós temos um grande erro moral, uma grande traição do cristianismo. (…) A evangelização supõe a conversão. Isso quer dizer que, onde quer que o cristianismo vá, ele irá necessariamente transformar as culturas, ele irá fazer necessariamente com que as mentalidade mudem. (…) “E assim todos os povos podem mudar, todas as culturas podem ser convertidas, todas as culturas – que têm algo de bom, mas também têm muita coisa de ruim – podem ser transformadas (…). Mas, você agora canonizar as culturas pagãs e dizer que elas são lindas, e assim apostatar a fé, deixando nosso senhor Jesus Cristo de lado, isso é simplesmente a traição do cristianismo.” (4)

AVISO: o vídeo a seguir contém cenas fortes. Não é recomendado para católicos fiéis com problemas cardíacos e gestantes. Tirem as crianças da sala!!!

Trata-se de uma missa afro realizada na Paróquia São José, no bairro Parque Guaraní, em São Paulo, em 2007. As cenas que aparecem a partir dos 3:45 min. são especialmente chocantes: um casal sacoleja loucamente diante do altar, ao som de “Pérola Negra”, de Daniela Mercury! De fato, uma pérola do sacrilégio nacional.


Outra característica estapafúrdia dessas missas afro é a veneração ao líder quilombola Zumbi dos Palmares. O homi é tratado como um verdadeiro santo, um “mártir da causa negra”. Mais preocupados em rebolar nas missas do que em estudar história, esses padres ignoram – ou fingem ignorar – que seu grande heroi tinha escravos. É o que constata o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil:

“Zumbi (…) mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo”. (5)

Assassino, senhor de escravos, sequestrador de mulheres… Que belo exemplo para os cristãos! Viva Zumbi dos Palmares, explorador de escravos negros mais amado do braziu-ziu-ziu!

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Que Nosso Senhor Jesus Cristo ilumine os bispos do Brasil, para que sejam fiéis ao Papa e para que cumpram o seu papel de combater sem hesitação estas atrocidades, verdadeiros deboches à nossa fé católica. Os promotores das missas avacalhadas podem ser até bem-intencionados, mas, de boa intenção, o terreiro da Mãe Nonoca tá cheio.

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Agradeço ao Bruno Cezar Psico por ter me sugerido a leitura do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil.

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NOTAS:
(2) Site do Vaticano. Discurso do Papa João Paulo II aosbispos do Regional Sul I do Brasil em visita “Ad Limina Apostolorum”. 23/01/2003
(3) PIRES, Dom José Maria. O Deus da vida nas comunidades afro-americanas e caribenhas. In: ATABAQUE – Cultura Negra e Teologia/ASETT – Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo. Teologia Afro-Americana. II Consulta Ecumênica de Teologia e Culturas Afro-Americana e Caribenha. São Paulo: Paulus, 1997. p.31.
(4) Site do Padre Paulo Ricardo. Vídeo A Resposta Católica: “MissasInculturadas”. 13/07/2011
(5) Narloch, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. São Paulo, Leya: 2011. p. 83
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Fonte: O Catequista

3 comentários:

  1. Esses que se dizem "sacerdotes" católicos são lobos! Todos serão cobrados por Deus incluindo os "fiéis". A Verdade que liberta, não está nessas missas! Mas com certeza a mão da teologia da liberação que não liberta está aí, a mão do mal!

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  2. Não tem nenhum Católico de fato nessa missas!

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  3. Não consigo chamar isso de 'missa'. Pode ser tudo, menos missa.

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