quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pelo direito de não fumar, uma decisão cristã.


No dia mundial de luta contra o tabagismo é importante ou até conveniente fazermos uma reflexão espiritual e cristã.   Santo Tomás afirmava que se uma pessoa era obrigada a praticar o bem, ela podia fazer uma coisa boa, porém não era boa.  

A política do politicamente correto invade muitas vezes a liberdade civil do cidadão, tratando a este como um infante ou menor. Há campanhas contra o fumo que estão a beira da criminalização do ato de fumar.   Não deixa de ser verdade o dano social, que o tabagismo semeia, e o alto preço  que ele ocasiona para a saúde pessoal.    

Nesta mesma linha tem que se respeitar o direito do não fumante, a não ser obrigado à inalação de fumo passivamente, uma situação de veras mais gritante é o do embrião no ventre materno de uma mãe fumante.   Por isso, um cristão deve valorizar muito a sua saúde, pois nosso corpo pertence a Jesus, e somos pelo batismo templos do Espírito Santo.


Foi para liberdade que o Espírito de Deus nos libertou, e toda dependência de uma droga mesmo denominada social é uma ameaça ao autodomínio e a temperança, virtudes que nos ajudam a seguir a Cristo. O amor ao irmão fumante, nos coloca na atitude de respeito, ajuda e intercessão, despertando a consciência do malefício do fumo, e pelo menos a ter a caridade de não poluir o ambiente e o espaço dos não fumantes.   

É possível e digno libertar-se do fumo, recuperando o gosto e o sabor das coisas, a beleza e significado religioso do simples ato de respirar, e a liberdade de viver sem as amarras da dependência química do cigarro.  O fumo não trás alegria nem glamour, o verdadeiro encanto e prazer está numa vida saudável, sóbria e equilibrada.  


Deus seja louvado.


Dom Roberto Francisco Ferreira Paz
Bispo Diocesano de Campos (RJ)

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