quinta-feira, 4 de abril de 2013

Nem Marco Feliciano, nem Jean Wyllys.



“A boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12,34).

Tenho acompanhado as notícias e comentários da guerra surgida entre o deputado Jean Wyllys e o deputado Marcos Feliciano. Aparentemente tenta-se transmitir ao público brasileiro que se trava uma guerra dos homossexuais contra os religiosos e vice-versa mas como tenho o costume de pensar bem antes de agir, encaro a situação de forma bem diferente.

Vamos analisar primeiro o deputado Jean Wyllys que a meu ver, como muitos outros políticos brasileiros, adora um ibope. Foi eleito deputado não por vocação, mas aproveitando sua popularidade depois de participar de um dos programas mais vis e baixos da Tv brasileira que é o Big Brother Brasil resolveu manter seus cofres cheios candidatando-se deputado e recebendo mensalmente um salário de R$ 26.700, permitam-me abrir um parêntese (até hoje não entendo como alguém recebendo um salário desse tamanho pode representar o povo brasileiro. Um trabalhador que recebe o salário de R$ 678 tem que trabalhar cerca de três anos e meio para receber o salário de apenas um mês de um deputado, isso sem contar as várias regalias que eles possuem: passagens aéreas, planos de saúde nos melhores hospitais particulares – e não públicos – do país, 15º salário, etc...). 

Segundo a Wikipédia: O ex-BBB foi eleito deputado federal com a menor quantidade de votos pelo Rio de Janeiro, com 13.016 (0,2%) votos válidos, ele conseguiu a vaga graças ao desempenho do deputado federal Chico Alencar, do seu partido, que conquistou 240.671 (3%) dos votos”.

Um deputado que se diz “representante da classe GLS” (na verdade, eu pensava que quem fosse eleito político o seria para o povo e não para um grupo ou para um partido), tem espalhado o ódio e a confusão tendo a religião como seu principal alvo e inimigo instaurando uma síndrome chamada de homofobia que se trata da manifestação preconceituosa contra pessoas com tendências homossexuais. E, desde que assumiu a câmara dos deputados em Brasília, não faz outra coisa senão declarar guerra aos cristãos e a todos os valores religiosos, de forma particular, os valores familiares: casamento e adoção de crianças.

Infelizmente os movimentos GLS que têm apoiado este deputado exigem respeito às suas posições, mas ao mesmo tempo agem com desrespeito e intolerância religiosa. Não vamos longe e mostro a vocês apenas algumas mensagens que este deputado dirige-se ao Bispo emérito de Roma, Bento XVI, quando tão logo este criou uma conta no Twitter:


Diante de tal atitude, o que dizer de uma pessoa como Jean Wyllys? Além destes comentários infelizes que afrontam o representante de mais de 1 bilhão de católicos no mundo inteiro, Jean Wyllys é também acusado de dar outras infelizes declarações, tais como:



Como já ouvi dizer, “o desesperado odeia e destrói a imagem da beleza que ele não possui”. Passemos então ao outro deputado. 

O deputado e pastor Marco Feliciano que está no seu primeiro mandato. Não vou muito longe, para você saber de quem se trata este deputado, aqui estão as suas descrições conforme a página da Wikipédia:

Um vídeo que mostra o pastor pedindo a senha do cartão de crédito  de um fiel de sua igreja foi divulgado. Nas imagens, Feliciano diz: "É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus é ruim." O parlamentar afirmou que "estava brincando" na ocasião.

E para quem só acredita vendo, aqui vai o vídeo:



Atualmente ele responde a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por homofobia e estelionato, por ter sido acusado de receber 13 mil reais para realizar um culto no estado dório Grande do Sul sem ter comparecido ao evento.[5][6] Uma reportagem do jornal Correio Braziliense fez uma denúncia dizendo que Feliciano desvia dinheiro público, através de seu cargo como deputado federal, para beneficiar sua igreja e empresas de sua propriedade.[7]

Esta nota da Wikipédia que eu mesmo coloquei em itálico é apenas a ponta do iceberg de toda a confusão, pois o mais grave ele mesmo fez questão de postar em seu microblog, Twitter, as seguintes palavras:




Além do mais, é possível encontrarmos um vídeo no Youtube em que o pastor dirige severas críticas à Igreja Católica e aos cristãos com tendências homossexuais. Confira no link:


E onde está o problema nisso tudo?  O problema é que este mesmo pastor foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos. E além do deputado Jean Wyllys, vários brasileiros assinaram uma petição contra o deputado Marco Feliciano afim de que ele deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Em meio a essa intriga está a população. De um lado, alguns católicos e evangélicos que dão força e apoio ao deputado Marco Feliciano, de outro, parte dos evangélicos rejeitam ser representados por ele e outros setores da sociedade que consideraram absurdas e racistas os comentários do pastor.

Há quem acredite que Deus está ao lado do pastor e que este está sofrendo perseguição por ser um legítimo representante divino, outros defendem o deputado Jean Wyllys pois os direitos de todos devem ser respeitados e o deputado Marco Feliciano de forma alguma pode defender o povo brasileiro assumindo a presidência da Comissão de Direitos Humanos.

E eu aqui, fico me perguntando onde estão os direitos humanos? O que a população recebeu com tudo isso? Nada! E sabe por quê? Por que além de serem deputados, Marco Feliciano e Jean Wyllys possuem algo em comum: nem um e nem outro fazem jus ao cargo que ocupam. Ambos são arrogantes, intolerantes, e anunciam uma tolerância que só favorece ao seu grupo e não à nação. Bem que disse Jesus Cristo: “A boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12,34). Com a popularidade em alta, ambos deputados podem ter garantida a sua reeleição.

Em minha opinião os católicos, evangélicos e todas as pessoas de boa vontade são obrigados a não declarar partido em favor de nenhum dos dois deputados, pois ambos possuem pensamentos e ações que agem em desacordo com os direitos humanos, ambos promovem ações que desrespeitam ao povo brasileiro e, portanto, embora exerçam suas funções pelo voto que lhes foram confiados, exercem de forma ilegítima, imoral e incoerente com aquilo que um dia prometeram cumprir.

Peçamos ao Justo Senhor e Juiz da História, Jesus Cristo, que conduza os políticos brasileiros à verdadeira prática da justiça e do amor, para que sejam tolerantes e saibam respeitar na verdade as posições contrárias mantendo a ética e o decoro, e que aprendam que poder é um serviço prestado ao povo e que aquele que não serve é por que não possui, na verdade, poder algum.


Gilberto Passos

Um comentário:

  1. Fico com o papa, esse sim é um político chefe de estado, ele sim assumiu que a homossexualidade não é algo aceitável, tentou combate-la...renunciou...

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