quinta-feira, 22 de junho de 2017

A coragem de assumir a Fé cristã diante dos carrascos


Aqueles homens santos foram presos e levados ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: «Que doutrina professas?» Justino disse: «Procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a doutrina verdadeira dos cristãos».

O prefeito Rústico inquiriu: «Que verdade é essa?» Justino explicou: «Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como o único Criador, desde o princípio, e autor de toda a Criação, das coisas visíveis e invisíveis, e o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, de Quem foi anunciado pelos profetas que viria ao género humano como mensageiro da Salvação e Mestre da boa doutrina. E eu, porque sou homem e nada mais, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a Sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias e sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a Sua vinda ao meio dos homens». Rústico perguntou: «Onde vos reunis? Diz-me em que lugar juntas os teus discípulos». 

Justino respondeu: «Eu vivo em casa de um certo Martinho, nos banhos de Timiotino. Ali, se alguém queria ir ver-me, comunicava as palavras da verdade». Rústico perguntou: «Portanto, tu és cristão?» Justino confirmou: «Sim, sou cristão». O prefeito Rústico perguntou a Caritão: «Diz-me tu agora, Caritão, também és cristão?» Caritão respondeu: «Sou cristão por graça de Deus». Rústico perguntou a Evelpisto: «E tu, de quem és, Evelpisto?» Evelpisto, escravo de César, respondeu: «Também sou cristão, libertado por Cristo, e por graça de Cristo participo da mesma esperança que estes». 

São João Fisher


Aos 14 anos já era o estudante que mais se sobressaia. Aos 20 foi nomeado professor do colégio São Miguel.

Doutorou-se na famosa Universidade de Cambridge, e aos 22 anos, obteve a dispensa da falta de idade, e foi ordenado sacerdote. Pouco depois recebeu a nomeação de vice-chanceler ou vice-reitor da grande universidade.

Em 1504, foi eleito nosso santo como bispo de Rochester, quando somente tinha 35 anos. E ele, como cumpria sempre com as responsabilidades que lhe confiavam, dedicou-se a este ofício com a todas as forças de sua forte personalidade.

Com um entusiasmo não muito frequente em sua época, dedicou-se a visitar todas e cada uma das paróquias para observar se cada um estava cumprindo com seu dever, e animar aos não muito entusiastas.

Aos sacerdotes insistia na grave responsabilidade de cumprir com muita exatidão seus deveres sacerdotais. Ia pessoalmente visitar aos mais pobres. Dedicava, além disso, muitas horas ao estudo e a escrever livros.

Fizeram-se muito famosos seus discursos fúnebres na morte do rei Henrique VII e no funeral da rainha Margarida. Mesmo sendo bispo e além disso chanceler da universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge.

Não dormia mais da seis horas. Fazia fortes penitências. Quando Lutero começou a difundir os erros dos protestantes, o bispo Fisher foi eleito para atacar tão fatais erros, e escreveu quatro livros para combater os erros dos luteranos.

Em um Sínodo de Inglaterra, o bispo Fisher protestou fortemente contra a mundanismo de alguns eclesiásticos, e a vaidade, daqueles que buscavam altos postos e não a verdadeira santidade.

Quando o rei Henrique VIII se dispôs divorciar de sua legítima esposa e casar-se com sua concubina Ana Bolena, o bispo João Fisher foi o primeiro a opor-se. E ainda que muitas altas personagens, por conservar a amizade do rei, declararam que esse divórcio poderia ser feito, João, ainda em perigo de perder suas responsabilidades e ser condenado à morte, declarou publicamente que o matrimônio católico é indissolúvel.

O terrível rei Henrique VIII declarou-se então chefe supremo da Igreja na Inglaterra em substituição ao Sumo Pontífice, e todos os que desejavam conservar suas altos postos na governo e na Igreja, o apoiaram. Porém João Fisher declarou que isto era absolutamente errado e em pleno Parlamento exclamou: “Querer substituir ao Papa de Roma pelo rei de Inglaterra, como chefe de nossa religião é como gritar um ‘morra’ à Igreja Católica”.

As ameaças dos inimigos começaram a chegar sobre ele. Po5r duas vezes levaram-no ao presídio. Outra vez trataram de o envenenar. Inventaram sobre ele toda classe de calúnias, e como não o conseguiram intimidar, mandaram-no encerrado na Torre de Londres.

Tinha então 66 anos. Estando na prisão, recebeu do sumo Pontífice a nomeação de Cardeal. O ímpio rei exclamou: “Mandaram-lhe o chapéu de Cardeal, porém não poderá colocar, porque eu lhe mandarei cortar a cabeça”. E assim foi. Em 17 de junho de 1535 leram-lhe a sentença de morte.

O rei Henrique VIII mandava matá-lo para não aceitar o divórcio e para não aceitar que o rei substituísse ao Papa na governo da Igreja Católica. Ao chegar ao local onde lhe iriam cortar a cabeça, o venerável ancião dirige-se à multidão e lhes diz a todos que morre por defender a Santa Igreja Católica fundada por Jesus Cristo. Recita o “Tedeum” em ação de graças e, morre.



São João Fisher, valoroso soldado de Cristo, que repreendíeis as heresias de vossa época e exortáveis aos sacerdotes a cumprir com fidelidade total a todos os deveres de consagrados, vós que preferistes dar vossa vida a aceitar os erros, nós vos louvamos por vossa vida tão santa e atitudes firmes! Pedimo-vos esse mesmo dom de exortar aos que erram , sempre com caridade, para que não venhamos a pecar por negligência diante dos erros alheios. Por Cristo Nosso Senhor. Amém

quarta-feira, 21 de junho de 2017

CNBB lança concurso para o cartaz e o hino da Campanha da Fraternidade 2018


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a terça-feira, 20, o concurso para a escolha do cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. E no dia 21, o edital para a escolha da música tema da campanha.

Com base no tema da CF2018 “Fraternidade e superação da violência” e o lema “Vós sois todos irmãos”, o cartaz da Campanha da Fraternidade deverá conter além da arte, os dizeres do título e do lema. Além disso, é exigido também que a mensagem possa ser lida, entendida e assimilada pelo público a uma razoável distância de 10 metros.

Em relação às características, o edital sugere que a mensagem exposta no cartaz apresente um impacto no público e dê um maior destaque ao tema e, posteriormente, ao lema. Também é proposto que o candidato pense em uma arte que seja viável para ser aplicada além do cartaz como por exemplo, adesivo, camiseta, bonés, mochilas.

As criações deverão ser encaminhadas à sede da CNBB até o dia 20 de julho. O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB procederá a escolha do cartaz, tendo liberdade para sugerir as modificações necessárias. O autor será premiado com o manual dos subsídios da CF 2017 e terá o nome em todos os textos impressos.

“Os bispos do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) agradecem aos que se sentiram inspirados a partilhar do seu talento para construir o instrumental capaz de fazer chegar ao coração de cada irmão e irmã a mensagem de Jesus, nosso Senhor e Salvador. Por intercessão de Nossa Mãe Aparecida, desça sobre o povo brasileiro a bênção de Deus Pai e Filho e Espírito Santo”. 

RS: Bispo da Diocese de Novo Hamburgo esclarece padres sobre atuação dos Arautos do Evangelho


DIOCESE DE NOVO HAMBURGO
ESCLARECIMENTO AOS NOSSOS PADRES

A Diocese de Novo Hamburgo, através de Seu Bispo, Dom Zeno Hastenteufel, e atendendo o pedido de inúmeros leigos e leigas que foram lesados pelos “Arautos do Evangelho” (Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício) com Sede em São Paulo, SP, em suas visitas não autorizadas a casas e condomínios dos fiéis pertencentes a esta Diocese, com “campanhas” não esclarecidas, faz saber que:

-Em nenhum momento houve a concessão de licença para visitas ou para angariar qualquer tipo de fundos para seminários ou outras obras dos Arautos do Evangelho.

-Após uma rápida visita de seus membros aos Bispos locais, com a cordial visita e entrega de algum presente, fez com que de maneira ardilosa utilizam o nome do Bispo local, sem a sua permissão, para seus empreendimentos, fez com que houvesse um desvio de recursos, prejudicando a Igreja local de suas necessidades;

-Não obstante, se faz necessário constatar, que mesmo a chamada promoção vocacional com os jovens dessa Diocese, em nenhuma ocasião foi informada ao Bispo local, fazendo com que as vocações fossem desviadas para seus centros de formação; 

-Os acontecimentos recentes junto de nossas famílias, nas mais variadas Paróquias da Diocese, bem como em outras Dioceses do Estado do RS, desde o início deste ano de 2017 e em anos anteriores, nos faz constatar e afirmar que o problema suscitado não é apenas de caráter eclesial, religioso e de fé; é um assunto público, que afeta diretamente os movimentos, grupos e pastorais paroquiais e aqueles que as integram e as diversas estruturas eclesiais. 

Arautos, a doutrina secreta: "Dr. Plínio incentiva a morte do Papa".


Toda repercussão aconteceu depois de um vídeo ter sido divulgado, no qual é possível ver membros do Arautos do Evangelho citando um diálogo entre o grupo e o Satanás em que é citada a morte do Papa Francisco, entre outros temas. Nas imagens divulgadas, o monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, um cânone honorário da Igreja Católica em Roma e líder da organização, protagoniza a cena e, segundo as informações oficiais, ele renunciou ao cargo. Confira a matéria:

Plínio Corrêa de Oliveira lá do além, sentado ao lado de Nossa Senhora, determina alterações climáticas e empenha-se a valer para que o Papa Francisco morra em breve. Esses são os tipos de absurdos valorizados pelos líderes da entidade Arautos do Evangelho. Para muitos ficou óbvio que havia razões bem sólidas na origem da decisão do Vaticano quando solicitou uma investigação sobre os Arautos, embora outros logo tratassem de torcer o pedido tentando enquadrar a decisão da Congregação para os Religiosos em uma intolerância inexistente contra as realidades eclesiais mais tradicionais e conservadoras.


Em 12 de junho, tornou-se pública a carta em que se comunicava o pedido de afastamento de monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, 77 anos, fundador e superior geral da sociedade clerical de vida apostólica "Virgo Flos Carmeli” e presidente da associação privada de fiéis "Arautos do Evangelho”, a primeira nascida e aprovada no novo milênio. Monsenhor Clá não faz nenhuma referência à profunda investigação iniciada pelo dicastério do Vaticano liderada pelo bispo brasileiro Cardeal João Braz de Aviz. Mas a coincidência temporal fala por si. 

“Eu fui um tolo”: pastor pede perdão por ofender católicos


O Pastor Claudio Duarte pediu desculpas por comentários críticos que supôs ter feito dentro de uma Igreja Católica aos dogmas “Maria, mãe de Deus” e “Virgindade perpétua”. “Em uma de minhas ministrações fiz uma brincadeira que não devia. Acabei criando uma situação desagradável para a fé de pessoas que me respeitam”, afirma o palestrante protestante.


“Eu não deveria ter falado da maneira que falei”, justifica o pastor. No vídeo que circulou na internet e descontentou os fieis, Claudio afirmava em tom jocoso que “ninguém pode ser mãe de alguém que é mais velho [a si]”.  

Catequese: "Os santos, testemunhas e companheiros de esperança".


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 21 de junho de 2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

No dia do nosso Batismo, ressoou para nós a invocação dos santos. Muitos de nós, naquele momento, éramos crianças, portanto, nos braços dos pais. Pouco antes de fazer a unção com o óleo dos catecúmenos, símbolo da força de Deus na luta contra o mal, o sacerdote convidou toda a assembleia a rezar por aqueles que estavam para receber o Batismo, invocando a intercessão dos santos. Aquela era a primeira vez em que, no curso da nossa vida, nos era presenteada esta companhia dos irmãos e irmãs “maiores” – os santos – que passaram pela nossa mesma estrada, que conheceram nossos mesmos cansaços e vivem para sempre no abraço de Deus. A Carta aos Hebreus define esta companhia que nos circunda com a expressão “multidão de testemunhas” (12, 1). Assim são os santos: uma multidão de testemunhas.

Os cristãos, no combate contra o mal, não se desesperam. O cristianismo cultiva uma incurável confiança: não crê que as forças negativas e que dividem possam prevalecer. A última palavra sobre a história do homem não é o ódio, não é a morte, não é a guerra. Em todo momento da vida nos assiste a mão de Deus e também a discreta presença de todos os crentes que “nos precederam com o sinal da fé” (Canone Romano). A existência deles nos diz, antes de tudo, que a vida cristã não é um ideal inatingível. E junto nos conforta: não estamos sozinhos, a Igreja é feita de inúmeros irmãos, muitas vezes anônimos, que nos precederam e que pela ação do Espírito Santo estão envolvidos nos eventos de quem ainda vive aqui embaixo.

A do Batismo não é a única invocação dos santos que marca o caminho da vida cristã. Quando dois noivos consagram o seu amor no sacramento do Matrimônio, é invocada de novo para eles – desta vez como casal – a intercessão dos santos. E esta invocação é fonte de confiança para os dois jovens que partem para a “viagem” da vida conjugal. Quem ama verdadeiramente tem o desejo e a coragem de dizer “para sempre” – “para sempre” – mas sabe ter necessidade da graça de Cristo e da ajuda dos santos para poder viver a vida matrimonial para sempre. Não como alguns dizem: “até que o amor dure”. Não: para sempre! Do contrário é melhor que não se case. Ou para sempre ou nada. Por isso na liturgia nupcial se invoca a presença dos santos. E nos momentos difíceis é preciso ter a coragem de levantar os olhos para o céu, pensando em tantos cristãos que passaram pela tribulação e preservaram brancas suas vestes batismais, lavando-as no sangue do Cordeiro (cfr Ap 7, 14): assim diz o Livro do Apocalipse. Deus nunca nos abandona: toda vez que temos necessidade virá um anjo seu a nos levantar e infundir consolação. “Anjos” algumas vezes com uma face e um coração humanos, porque os santos de Deus estão sempre aqui, escondidos no meio de nós. Isso é difícil de entender e também de imaginar, mas os santos estão presentes na nossa vida. E quando alguém invoca um santo ou uma santa, é justamente porque está próximo a nós.

Quem são os Amigos da Cruz?


Um Amigo da Cruz é um homem escolhido por Deus, entre 10 mil que vivem segundo os sentidos e a razão para ser unicamente um homem todo divino e elevado acima da razão, e todo em oposição aos sentidos, por uma vida e uma luz de pura fé e por um amor ardente pela Cruz.

Um Amigo da Cruz é um rei todo-poderoso e um herói triunfante do demônio, do mundo e da carne em suas três concupiscências. Pelo amor às humilhações, esmaga o orgulho de Satanás; pelo amor à pobreza, triunfa da avareza do mundo; pelo amor à dor, amortece a sensualidade da carne.

Um Amigo da Cruz é um homem santo e separado de todo o visível, cujo coração está acima de tudo quanto é caduco e perecível, e cuja conversa está no Céu; que passa pela Terra como estrangeiro e peregrino; e que, sem lhe dar o coração, a contempla com o olho esquerdo e com indiferença, calcando-a com desprezo aos pés.

Um Amigo da Cruz é uma ilustre conquista de Jesus Cristo crucificado no Calvário, em união com sua Santa Mãe; é um Benoni ou um Benjamim, filho da dor e da dextra, gerado em seu dolorido coração, vindo ao mundo por seu lado direito atravessado e coberto da púrpura de seu sangue. Dada a sua extração sangrenta, só respira cruz, sangue e morte ao mundo, à carne e ao pecado, para estar totalmente oculto, aqui na Terra, com Jesus Cristo em Deus.