domingo, 30 de julho de 2017

São Leopoldo Mandic


São Leopoldo Mandic foi um herói dos confessionários. Nasceu em Castelnovo de Cátaro, na Dalmácia (ex-Iugoslávia) em 12 de maio de 1866 e foi batizado como Adeodato Mandic. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens.

Com 16 anos, ingressou na Ordem dos Capuchinos, em Bassano del Grappa, em 1884 e em 1890 já era Sacerdote, quando tomou o nome de Leopoldo.

Em 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, na Itália, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até a morte.

Chegou aos 76 anos. Um tumor no esôfago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto.


As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto.

Em 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”.

O papa João Paulo II o incluiu no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e “apóstolo da união dos cristãos”, modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.

Ele tornou-se santo principalmente por trazer a paz e o perdão. Sua vida lembra aos padres a importância do Sacramento da Reconciliação, o seu bem incomparável e a poderosa ajuda da penitência.



Deus de bondade infinita e sumo bem, que fizestes de São Leopoldo um instrumento da Vossa misericórdia para com os pecadores e um fervoroso promotor da unidade entre os cristãos, concedei-nos por sua intercessão, a graça de nos renovarmos cada vez mais para podermos levar a todos os homens o Vosso amor, e cooperar eficazmente na união de todos os crentes mediante o vínculo da paz. Por nosso Senhor, amém.

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