terça-feira, 27 de junho de 2017

Vaticano expressa preocupação por Bispo sequestrado por autoridades da China


O Vaticano demonstrou sua preocupação por Dom Pietro Shao Zhumin, Bispo da Diocese chinesa de Wenzhou, detido em maio pela polícia comunista do país e sobre o qual não há notícias.

Em um comunicado, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, assegurou que seguem “grave preocupação a situação pessoal de D. Pedro Shao Zhumin, bispo Wenzhou, afastado de forma forçada da sua sede episcopal há já algum tempo”.

“A comunidade católica diocesana e os familiares não têm notícias, não conhecem os motivos de seu afastamento nem o lugar onde está detido. Sobre isso, a Santa Sé, profundamente entristecida por este e por outros episódios semelhantes, que infelizmente não facilitam o caminho de entendimento, deseja que Dom Pedro Shao Zhumin possa regressar o quanto antes à diocese e que lhe seja garantido desenvolver serenamente o seu ministério episcopal”.

“Somos todos convidados – acrescenta o Vaticano – a rezar por Dom Pietro Shao Zhumin e pelo caminho da Igreja na China”.

Dom Shao pertence à Igreja chamada “subterrânea”, ou seja, fiel a Roma e, portanto, em comunhão com o Vaticano e o Papa Francisco e separado da igreja patriótica chinesa controlada pelo governo.

O Prelado foi preso em várias ocasiões. Em 13 de abril, poucas horas antes do início do Tríduo Pascal na Semana Santa, foi detido pela polícia chinesa sem motivos aparentes. Nesse momento, as autoridades permitiram que alguns fiéis levassem roupa para ele, o que fez com que muitos entendessem que seu sequestro seria longo.

Um sacerdote explicou que o motivo principal seguramente era “não permitir que ele celebrasse os ritos pascais”, pois, por ser um bispo fiel a Roma, o governo não o reconhece. Além disso, em outros casos de sequestros de bispos por parte das autoridades chinesas, o governo tentou convencê-los a se inscrever na igreja patriótica.

A polícia o colocou em liberdade depois da Páscoa, mas no dia 18 de maio, Dom Shao foi chamado pelo Escritório dos assuntos religiosos da cidade e foi visto por algumas pessoas acompanhado de policiais. Desde então, está desaparecido. A única notícia que se soube é que no dia 22 de maio fez um pedido aos seus colaboradores para ter vinho de Missa, mas depois não se soube mais nada.

Alguns afirmam tê-lo visto há alguns dias no aeroporto acompanhado por autoridades chinesas que o introduziram em um veículo, porém não o levaram para sua casa, mas para um local desconhecido.
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ACI Digital

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