quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O crime que o Papa Francisco considera “vergonhoso e intolerável”.


“Encorajo as pessoas que, de algum modo, ajudam os menores escravizados e abusados a se libertarem desta opressão. Auspicio aos que têm responsabilidade de governo que combatam com decisão esta chaga, dando voz aos nossos irmãos mais pequeninos, humilhados em sua dignidade. É preciso fazer todo esforço para debelar este crime vergonhoso e intolerável.”

Essa é a exortação do Papa no dia em que a Igreja reza e reflete sobre o tráfico de seres humanos, por ocasião da memória de Santa Josefina Bakhita, vítima do tráfico ainda quando criança.

“Esta jovem escravizada na África, explorada e humilhada não perdeu a esperança e levou adiante a fé e acabou por chegar como migrante na Europa. E ali sentiu o chamado do Senhor e se fez freira. Rezemos Santa Josefina por todos os migrantes, refugiados, explorados que sofrem tanto, tanto”, disse Francisco. 

Mianmar

O Pontífice pediu uma oração especial pelos rohingya, grupo étnico expulso de Mianmar. “Vão de um lugar a outro porque ninguém os querem. Não são cristãos, mas são nossos irmãos e há anos sofrem, torturados, assassinados, simplesmente por levarem avante sua tradição e a fé muçulmana. Rezemos por eles”, pediu Francisco recitando um Pai-Nosso com os fiéis.

O tráfico no Brasil

Na Audiência Geral, estava presente um grupo da Talitha Kum, a rede mundial de religiosas que combate este fenômeno. A coordenadora desta rede é a Ir. Gabriella Bottani, que adquiriu sua experiência neste campo sendo missionária no Brasil.

No país, o tráfico assume inúmeras conotações, sendo as mais conhecidas para exploração laboral e sexual. Mas não se engane: o tráfico pode estar por trás da servidão doméstica, ainda muito comum em alguns Estados brasileiros. Ouça acima um testemunho extraído do Livro “Tráfico de Mulheres na Amazônia”.
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Aleteia

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