quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Obama veta a lei que tira financiamento público à maior rede de abortos do mundo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vetou na última sexta-feira, 8, o projeto de lei que procurava cortar o financiamento com dinheiro de impostos a multinacional abortista Planned Parenthood Federation of America, investigada por acusações de tráfico de órgãos de bebês abortados em suas instalações.

O projeto de lei foi aprovado no dia 6 de janeiro deste ano pela Câmara de Representantes (deputados), um mês depois de ser aprovado pelo Senado dos Estados Unidos.

Em uma mensagem remetida no dia 8 de janeiro à Câmara de Representantes, Obama assinalou que devolve o projeto de lei “sem minha aprovação” e lamentou que esta proposta legislativa “efetivamente corte o financiamento a Planned Parenthood”.

Segundo Obama, a multinacional do aborto provê “uma variedade de importante cuidado preventivo e serviços de saúde”.

O presidente dos Estados Unidos e seu partido, o Partido Democrata, receberam importantes contribuições da Planned Parenthood nos últimos anos.

De acordo com o Center for Responsive Politics, em 2014, exatamente 153 parlamentares do Partido Democrata receberam mais de 676 mil dólares do PPFA. O mesmo Obama, em sua campanha de reeleição em 2012, recebeu aproximadamente 1,7 milhões de dólares da Planned Parenthood.

Em uma série de vídeos difundidos desde a metade do ano de 2015, o Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico) revelou que PPFA negocia e vende os órgãos e tecidos dos bebês abortados em suas instalações, por valores entre 35 e 100 dólares por “espécime”.

Em uma das reportagens do CMP, uma ex-trabalhadora de uma empresa que adquire órgãos e tecidos da Planned Parenthood revelou que em uma ocasião, dentro de uma clínica da multinacional, pediram-lhe extrair o cérebro de um bebê cujo coração ainda palpitava.

Diversas comissões do Congresso dos Estados Unidos abriram investigações contra a Planned Parenthood depois da divulgação dos vídeos. Em setembro do ano passado, o presidente do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental, Jason Chaffetz, apresentou 10 achados preliminares.

Entre seus achados, Chaffetz reportou que “Planned Parenthood é autossuficiente” e não precisa dos mais de 500 milhões de dólares de impostos americanos que recebe a cada ano.

Ao menos seis estados dos Estados Unidos retiraram recursos públicos à multinacional. Entre eles Texas, Arkansas, Alabama, New Hampshire, Utah e Louisiana.

Apesar de tudo isto, Obama argumentou em seu veto ao projeto de lei que corta o financiamento a Planned Parenthood que este “limitaria o acesso aos cuidados de saúde dos homens, mulheres e famílias em todo o país e causaria um impacto desproporcional em pessoas de baixos recursos”. 

Recentemente o Center for Medical Progress denunciou ao presidente dos Estados Unidos que, assim como chorou pelas vítimas dos diversos tiroteios produzidos nesse país durante os últimos anos, “manifeste a mesma indignação e compaixão pelos filhos que são assassinados a fim de que partes do seu corpo sejam divididas e vendidas em todo o país como automóveis usados”.

Claramente, não foi o caso.

Os líderes do Partido Republicano, depois do projeto de lei a fim de cortar o financiamento de impostos da Planned Parenthood, anunciaram que procurarão superar o veto em uma votação programada para o dia 22 de janeiro, o mesmo dia no qual será celebrada a Marcha pela Vida em Washington D.C.
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ACI digital

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