domingo, 31 de janeiro de 2016

Religião não é investimento humano, diz Papa


ANGELUS

Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 31 de janeiro de 2016

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A narração do Evangelho de hoje nos leva, mais uma vez, como no domingo passado, à sinagoga de Nazaré na Galiléia onde Jesus cresceu em família e é conhecido por todos. Ele, que recentemente tinha iniciado sua vida pública, agora retorna pela primeira vez apresentando-se à comunidade em dia de sábado. Lê a passagem do profeta Isaías que fala do futuro Messias e por fim declara: “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir ” (Lc 4,21). Os conterrâneos de Jesus, a princípio espantados e admirados, em seguida, começaram a murmurar entre eles e a dizer: porque é que este que pretende ser o Consagrado do Senhor, não repete aqui na sua cidade, os prodígios que se diz ter feito em Cafarnaum e nas aldeias vizinhas? Então Jesus diz: “Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra” (v. 24), e apela aos grandes profetas de outrora Elias e Eliseu, que realizam milagres em favor dos pagãos para denunciar a incredulidade de seus povos. Então, os presentes se sentem ofendidos, se levantam indignados, expulsam Jesus e querem lança-lo no precipício. Mas ele, por força de sua paz “passando pelo meio deles, continuou o seu caminho” (v. 30). Sua hora ainda não tinha chegado.

Esta passagem do evangelista Lucas não é apenas a narração de uma briga entre vizinhos, como às vezes acontece em nossos bairros, motivada pela inveja e pelo ciúme, mas destaca uma tentação à qual o homem religioso está sempre exposto – todos nós estamos expostos – e da qual devemos decisivamente nos afastarmos. E que tentação é essa? É tentação de tratar a religião como um investimento humano e, por consequência, colocar-se num “contrato” com Deus buscando os próprios interesses. Em vez disso, na verdadeira religião trata-se de acolher a revelação de um Deus que é Pai e que cuida de cada uma das suas criaturas, mesmo daquelas menores e insignificantes aos olhos dos homens. Precisamente nisto consiste o ministério profético de Jesus: em anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão – nenhuma condição humana pode ser motivo de exclusão – do coração do Pai e que o único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios. O único privilégio aos olhos de Deus é o de não ter privilégios, de não ter padrinhos, de estar abandonados nas suas mãos.

“Hoje cumpriu-se a escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 21). O “hoje” proclamado por Cristo naquele dia, vale para todos os tempos; ressoa também para nós nesta praça, lembrando-nos da atualidade e da necessidade da salvação trazida por Jesus à humanidade. Deus vem ao encontro dos homens e das mulheres de todos os tempos e lugares, na situação concreta em que estes se encontram. Vem também ao nosso encontro. É sempre ele que dá o primeiro passo: vem visitar-nos com a sua misericórdia, levantar-nos da poeira dos nossos pecados, vem estender-nos a mão para tirar-nos do abismo em que o nosso orgulho nos fez cair, e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar pelo caminho do bem. Mas é sempre ele que vem nos encontrar, nos procurar.

Retornemos à sinagoga. Certamente naquele dia, na sinagoga de Nazaré, estava Maria, a Mãe. Podemos imaginar as batidas do seu coração, uma pequena antecipação do que vai sofrer sob a cruz, vendo Jesus, ali na sinagoga, antes admirado, depois insultado, ameaçado de morte. Em seu coração, pleno de fé, ela guardava cada coisa. Que ela nos ajude a nos converter de um deus de milagres ao o milagre de Deus, que é Jesus Cristo.

Depois do Angelus 

Cristãos devem ser missionários do Evangelho, pede Papa


JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA JUBILAR
Sábado, 30 de Janeiro de 2016


Existe uma estreita ligação entre a misericórdia e a missão: a Igreja tem uma vida autêntica quando professa e proclama aos homens a misericórdia de Deus. De fato, quando recebemos uma bela notícia, quando experimentamos uma alegria, é natural que tenhamos o desejo de transmiti-la aos outros. Por isso, como aconteceu com os primeiros discípulos, o sinal concreto de que realmente encontramos Jesus é que experimentemos a alegria de querer comunica-lo a quem está ao nosso redor. Todo o cristão deve ser um Cristóforo, um portador de Cristo, pois a misericórdia que recebemos do Pai, em Cristo, não nos é dada como uma consolação privada, mas nos chama a sermos instrumentos para que outras pessoas também possam receber este dom. 

BBB: O que há de pior na TV brasileira!


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Heróis?

São João Bosco


João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.

Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.

Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.

Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.

Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.

Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".


Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima. 

sábado, 30 de janeiro de 2016

Um homossexual pode ser sacerdote católico?


A pergunta surge como curiosidade e com relativa frequência sob o avanço da assim chamada “cultura gay”, que reivindica determinados “direitos”, é intensificada quando vêm à tona casos concretos de sacerdotes católicos que se dizem homossexuais, como no recente episódio do pe. Charamsa no Vaticano.

Quanto ao suposto “direito” homossexual a ser sacerdote, a Igreja católica não considera a ordem sacerdotal como um “direito” de ninguém, seja homossexual ou heterossexual: o sacerdócio é um chamado. E entre os elementos de verificação desse chamado há exigências como ser homem, batizado e heterossexual. Por quê? Por três razões simples: primeiro, porque o sacerdote representa Cristo, que é homem em todo o sentido e conotação antropológica do que significa “homem”; segundo, porque o sacerdote é esposo da Igreja, segundo a dimensão esponsal do sacerdócio; e terceiro, porque o sacerdote é chamado a ser “pai”.

A possibilidade de um homossexual ser admitido ou não nos seminários e, posteriormente, nas ordens sagradas, é levada em consideração pela Congregação para a Educação Católica (organismo da Santa Sé que se ocupa, entre outras cosas, do acompanhamento de todos os seminários do mundo), que publicou em 4 de novembro de 2005 o documento “Sobre os critérios de discernimento vocacional em relação com as pessoas de tendências homossexuais antes da sua admissão ao seminário e às ordens sagradas”.

O documento distingue dois aspectos sobre a homossexualidade: os atos homossexuais e as tendências homossexuais. Pelos primeiros, entende-se o exercício ativo da homossexualidade; pelo segundo, somente o impulso. Os atos implicariam um pecado e os segundos não, embora a Igreja os qualifique como “objetivamente desordenados”.

Ainda quanto às “tendências homossexuais”, o documento faz uma divisão ulterior: entre as profundamente arraigadas e as “tendências homossexuais que são expressão de um problema transitório” (como, por exemplo, o de uma adolescência ainda não terminada).

O texto estabelece que “[…] a Igreja, respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir ao seminário e às ordens sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente arraigadas ou apoiam a assim chamada ‘cultura gay’”.

As pessoas com tendência homossexual transitória poderia ser admitidas ao seminário, desde que essas tendências sejam “[…] claramente superadas ao menos três anos antes da ordenação diaconal”. 

Santa Jacinta de Marescotti


Jacinta era uma nobre da família Marescotti, da alta aristocracia romana. Sua família tinha fortes vínculos com a vida cristã e esta herança ela recebeu de seus pais.

Jacinta foi batizada com o nome de Clarice. Recebeu uma educação refinada. Ainda menina, foi entregue pelos pais a religiosas franciscanas, mas ela não demonstrava desejo de ser religiosa.

Muito bonita, culta e independente, Jacinta levava uma vida cheia de luxo e vaidades. Sonhava com um matrimônio e não com a vida religiosa. Sua primeira decepção foi quando sua irmã mais nova se casou com um marquês, que ela pretendia conquistar. Jacinta assumiu uma atitude mais altiva e insolente, freqüentando todas as diversões que a sociedade oferecia.

Jacinta, mesmo dentro do convento, vivia de vaidade. Não respeitou o voto de pobreza, vivendo num quarto decorado com luxo e usando roupas de seda. Mas Deus havia reservado o momento certo para a conversão definitiva de Jacinta.

A notícia do assassinato de seu pai e em seguida, uma grave doença, levaram Jacinta a mudar de vida. sinceramente se arrependeu, pedindo perdão a toda a comunidade. A partir daí tornou-se exemplo heróico de mortificação e pobreza.

Faleceu em 30 de janeiro de 1640. 

ORAÇÃO


Ó Deus, que prometestes habitar nos corações puros, dai-nos, pela intercessão de Santa Jacinta de Marescotti, viver de tal modo que possais fazer em nós a vossa morada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

EUA: Defensores do aborto gritam “Hail Satan” no Capitólio em Austin, Texas


A recente batalha entre pró-vidas e abortistas no estado do Texas, Estados Unidos, em torno de uma lei que pretende restringir o aborto até a 20ª semana de gestação está servindo para desmascarar o movimento dos que se autoproclamam pró-escolha. Na última semana, enquanto uma jovem contrária ao aborto discursava em frente ao Capitólio do Texas, em Austin, um pequeno número de militantes pelo aborto começou a gritar “Hail Satan” (Ave Satanás) em resposta às palavras da moça. As imagens foram capturadas pela câmera de um dos manisfestantes e divulgadas pelo The Blaze.

O Texas vive um dilema quanto à questão do aborto, desde que foi colocada em pauta uma proposta que impede o procedimento depois de cinco meses de gravidez. A medida ainda exige a atualização das instalações das clínicas que oferecem o serviço para se tornarem centros cirúrgicos. Se aprovada, a lei forçará o fechamento de 37 clínicas no estado, segundo os opositores. Na semana passada, a senadora democrata e favorável ao aborto Wendy Davis conseguiu impedir a votação do projeto, após discursar durante 13 horas seguidas. A política chamou a atenção nas redes sociais, sobretudo após o apoio do presidente americano Barack Obama, que publicou no seu twitter: “algo especial está acontecendo em Austin hoje à noite”, usando a hashtag #StandWithWendy (Fique com Wendy).

A causa abortista vem perdendo terreno nos Estados Unidos após a aprovação da famigerada lei Roe vs Wade, que completou 40 anos no último mês de janeiro, quando mais de 600 mil pessoas – na maioria, jovens – marcharam na capital americana pedindo a sua revogação. Foi a maior marcha contra o aborto da história dos Estados Unidos. A Revista Time, na sua edição de 04/01, chegou a publicar uma enorme reportagem admitindo que “em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que em muitos lugares desde a década de 1970”. 12 estados já aprovaram leis mais restritivas ao aborto, incluindo Nebraska, Kansas, Louisiana, Oklahoma, Indiana e Alabama. O mais recente caso foi o de Dakota do Norte que restringiu o aborto para seis semanas de gestação, quando já é possível ouvir os batimentos cardíacos do bebê. 

São Pedro Nolasco


No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.

No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.

Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.


São Pedro Nolasco, rogai por nós!

Qual a diferença entre ressurreição e reencarnação?


Algumas pessoas creem na doutrina da reencarnação. Até mesmo alguns cristãos chegam a partilhar dessa crença, confundindo-a às vezes com a doutrina da ressurreição. Mas se compararmos estas duas doutrinas, perceberemos que uma nada tem a ver com a outra, mas que ambas se excluem.

Ressurreição significa ressurgir, voltar à vida. Assim, Jesus ressuscitou porque morreu e, após 3 dias, voltou a viver no mesmo corpo (observe que seu corpo havia desaparecido do sepulcro; cf. Mt 28,5-7; Mc 16,6; Lc 24,3-4 e Jo 20,1-9), ainda que este corpo tenha se tornado glorioso, podendo ser tocado (Jo 20,17.27) e também atravessar portas e paredes sem a necessidade de serem abertas ou derrubadas (Jo 20,19.). O corpo de Jesus ressuscitado é um corpo semelhante ao que receberemos no final dos tempos.

Reencarnação significa voltar a encarnar, materializar-se novamente. É uma doutrina espírita, que não possui nenhuma base bíblica, nem encontra amparo na Tradição e no Magistério da Igreja; portanto, não pode ser aceita por nenhum cristão. A doutrina da reencarnação afirma que o espírito do falecido assumirá um novo corpo para fins de purificação, ou seja, as sucessivas reencarnações de um espírito o fazem alcançar a perfeição no final deste longo processo, purificando-se assim das culpas e pecados cometidos nas reencarnações anteriores. Alguns pensadores que acreditam na reencarnação chegam a afirmar duas outras aberrações: que o espírito humano pode reencarnar-se no corpo de algum animal ou vegetal e que quando um espírito atinge a perfeição pode se transformar em deus!

A reencarnação é um absurdo para o cristão por vários motivos:

Em Hb 9,27 lemos que “para os homens está estabelecido morrerem uma só vez e em seguida vem o juízo”. Isso significa que após nossa morte receberemos o veredito final de Deus: ou estamos salvos ou seremos condenados; e se formos condenados, não haverá outra chance (reencarnação) para chegarmos à perfeição.

Em Lc 23,43 lemos que Jesus afirmou ao bom ladrão que fôra crucificado com Ele: “Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. Pela doutrina do Espiritismo, apesar de ser um bom ladrão, este não estaria totalmente purificado – pois havia roubado – e precisaria encarnar-se novamente. No entanto, Jesus lhe dá a sentença final: ele está salvo.

Os escritores do Novo Testamento afirmam que Jesus morreu pelos nossos pecados, venceu a morte e, assim, nos garantiu a Vida Eterna. Ora, se houvesse reencarnação, para que precisaríamos de um redentor? Nós mesmo, pelos nossos próprios méritos alcançariamos a perfeição e a salvação como Jesus. Logo, a reencarnação mina a base do Cristianismo que é aceitar Jesus como verdadeiro Deus e Homem. 

São Valério Triviri


Uma tradição antiga informa que Valério foi discípulo do apóstolo Pedro que o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas historicamente esta informação carece de veracidade.

O que sabemos é que Valério foi realmente bispo em Tréviri realizou um ótimo trabalho de evangelização. Suas ações em favor da fé e da Igreja o incluíram na lista dos santos.

Nos registros do Vaticano encontramos a seguinte afirmação sobre Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal.

Valério morreu dia 29 de janeiro de um ano incerto do século IV.

ORAÇÃO


Inspirai-nos, o Deus de amor, pela intercessão de São Valério, o zelo pastoral pelos mais abandonados e necessitados de conversão. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Comissão Para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz divulga nota


DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO

1. A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB se dirige, neste 28 de janeiro - Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo - a todas as pessoas e instituições que se empenham em eliminar este crime, para encorajá-las a continuar lutando até sua completa erradicação.

2. O dia 28 de janeiro é celebrado no Brasil como o dia “D” do combate ao trabalho escravo. A data lembra o assassinato de três auditores fiscais do trabalho e de seu motorista, ocorrido em 28 de janeiro de 2004, durante a fiscalização de grandes fazendas da região de Unaí (MG). 

3. De 1995 até hoje mais de 50 mil pessoas já foram resgatadas do trabalho escravo pela fiscalização federal. O Brasil, como poucos outros países, tem uma definição legal, clara e atual do que é o trabalho em condição análoga à de escravo. Este se caracteriza pela imposição de jornada exaustiva, ou pela submissão a condições degradantes, ou pela prática da servidão por dívidas ou do trabalho forçado. A comunidade internacional, precisamente a OIT, reconhece e parabeniza o avanço da legislação brasileira neste campo.

4. Nos dias de hoje, ao continuar tratando a pessoa do trabalhador como se coisa fosse a pretexto de auferir mais lucro na sua exploração, a escravidão assume formas diversas, inclusive diferentes da antiga escravidão. Nossa economia deve se prezar acima de tudo pelo valor da dignidade humana, o que implica, entre outras coisas, em abolir a prática do trabalho escravo nas várias atividades onde já foi flagrada nos últimos 20 anos: na pecuária, nas lavouras, no desmatamento, na construção civil, na confecção, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros, nos barcos ou nos serviços domésticos.

5. Os trabalhadores e as trabalhadoras em situação de migração são as principais vítimas do trabalho escravo. Entre estes, os estrangeiros, imigrantes em nosso país, são os que estão ainda mais expostos à exploração, devido à sua específica situação de vulnerabilidade e por necessitarem com urgência prover o próprio sustento e o da família. Evidencia-se, pois, a importância de tratar os imigrantes e refugiados com respeito e oferecer-lhes condições dignas de trabalho. O mesmo vale para todos os migrantes.   

Padre é acusado de agressão por vídeo postado nas redes sociais


Um vídeo viralizou nas redes sociais nos últimos dias, ao mostrar um sacerdote saudando crianças durante o rito da paz, na Missa, balançando a cabeça e dando tapas. Diante das cenas, muitos o acusaram de cometer agressão, o que levou outras pessoas, principalmente as que o conhecem a defendê-lo, dizendo se tratar de uma brincadeira.

O caso aconteceu na Paróquia da Ressurreição, em Ceilândia, Brasília. As imagens são do pároco, o Padre José Roberto Angelotto.


Em apenas uma das páginas que postou o vídeo, este já teve mais de 17 milhões de visualizações e quase 400 mil compartilhamentos. Entre os mais de 61 mil comentários, alguns classificaram o sacerdote como agressor.

“Vocês acham normal? Pra mim é um abuso com a inocência das crianças. Pra mim não é brincadeira”, escreveu uma internauta.

Outro comentário dizia: “Com certeza este padre não está no normal... Isso é agressão pura e simplesmente... Nesta hora na missa, inclusive, as pessoas próximas se cumprimentam ou apertam as mãos em sinal de paz ou através de gestos com a cabeça e nunca tentam agredir o outro... Não é brincadeira! Lastimável!”.

Por outro lado, entre as pessoas que disseram ser apenas uma brincadeira do padre com as crianças, um deles afirmou que ações como essa fazem com que os pequenos queiram voltar à Missa. “Obrigada Padre Angeloto, por nos lembrar que rir é o melhor remédio contra o mal humor”, escreveu.

“Também vou à essa igreja”, postou outra internauta, segunda quem esta “é uma igreja enorme e que sempre está lotada”.

“Nunca vi nenhum pai obrigando nenhuma criança a ir ao altar! Ao contrário, vejo crianças atentas a missa, o padre não precisa nem chamá-las que as mesmas vão ao seu encontro no momento certo. É aquela coisa, estão julgando uma parte sem conhecer o inteiro! Essa igreja fica localizada em uma região onde precisa muito da palavra de Deus e vão acabar prejudicando um padre que sabe levá-la excelentemente!”, observou ela.

Casamento entre irmãos poderá ser liberado no Brasil


Projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça agora precisa ser votado pelos deputados federais. Apesar de polêmico o projeto já conta com a simpatia de 318 deputados.

De acordo com o projeto os irmãos que manifestarem o desejo de união matrimonial devem obter inicialmente uma autorização dos pais, caso sejam menores de 21 anos. Para maiores de 21 anos bastará procurar um cartório para oficializar a união civil. Caso desejem o casamento no religioso bastará solicitar ao próprio cartório uma carta declaratória. Este documento obrigará padres e pastores a realizarem a cerimônia religiosa.

A previsão de votação do projeto é para o final do primeiro semestre legislativo de 2016. Caso seja aprovado na Câmara dos Deputados bastará a sanção da presidente para que os casamentos possam ocorrer a partir de outubro.

No Brasil esta prática é proibida pelo artigo 1521 do Código Civil. Irmãos de mesmos pais ou de pais diferentes são impedidos de casar, não só por razões de ordem moral, como também genética. No entanto, o deputado federal Carlos Magalhães Pedreira (PT – MA) quer rever este dispositivo legal e aprovar o casamento entre irmãos no Brasil. 

Rebeldes do ERS se detêm em nome do Papa, na República Centro-Africana


Até os rebeldes do ERS, ouvindo o nome do Papa Francisco, pararam. Quando um seminarista da paróquia de Santo André disse aos guerrilheiros ugandenses que seu carro e o computador eram um presente do Papa, não os tocaram”, disse à Agência Fides Dom Juan José Aguirre Muñoz, Bispo de Bangassou, território da paróquia de Santo André de Bakouma, sudeste da República Centro-africana. Em 21 de janeiro a paróquia foi atacada por um grupo de rebeldes do ERS (Exército de Resistência do Senhor), uma formação de origem ugandense que durante anos espalha o terror na região da República Centro-africana.

“Os agressores eram cerca de vinte, em maioria ugandenses, e falavam em swahili e inglês; por isso, precisavam de um intérprete. Agrediram o seminarista e as irmãs de uma ordem mexicana que trabalham lá”, disse o bispo espanhol Fides. O bispo acrescentou que o grupo esteve “nas salas da paróquia e na casa das religiosas durante 2 ou três horas, e foram embora sem saquear a aldeia. Levaram o rádio, dinheiro, alimentos, medicamentos e até roupas intimas, destruíram portas e móveis. Enviei marceneiros para refazer portas e janelas”.

Como recordou, em Bakouma “não há militares da MINUSCA (Missão ONU na República Centro-africana) nem das forças especiais ugandenses e estadunidenses enviadas para expulsar o ERS”. Dom Aguirre explicou que “a MINUSCA enviou uma missão para indagar sobre o episódio, e também os estadunidenses que se encontram em Obo enviaram uma patrulha em helicóptero. Tivemos a impressão que seja os militares ugandenses como os estadunidenses sabiam que nossa paróquia seria atacada”, diz Dom Aguirre, que conclui: “em todo caso, a vida da paróquia continua, as irmãs permaneceram no local, como alicerces de bronze da fé e da missão”. 

O celibato sacerdotal, um caminho de liberdade


“O celibato sacerdotal mantém todo o seu valor, também no nosso tempo, caracterizado por uma profunda mudança de mentalidade e de estruturas”. Palavras que parecem escritas hoje, mas cujo autor é o beato Paulo VI, que as colocava antes das várias questões apresentadas no começo da encíclica Sacerdotalis Caelibatus (n. 1-12). Palavras que inspiraram o congresso internacional que acontecerá do 4 ao 6 de fevereiro de 2016 na Sala Loyola da Pontifícia Universidade Gregoriana. Intitulado “O celibato sacerdotal, um caminho de liberdade”, o congresso deseja investigar a promessa celibatária como valor, analisando a sua positividade como modo autenticamente humano de doar-se na liberdade e a sua legitimidade para afirmar eclesialmente o próprio “sim” a Deus.

O primeiro dia começará com a saudação introdutória do Reitor Magnifíco da Gregoriana, o jesuíta Pe. François-Xavier Dumortier, e com a apresentação do congresso, organizado por mons. Tony Anatrella, psiquiatra, sacerdote da diocese de París e docente no Colégio des Bernardins. A seguinte conferência será do Card. Marc Ouellet, Prefeito para a Congregação dos Bispos, e também membro da Companhia dos sacerdotes de São Sulpizio, cujo carisma é a formação dos candidatos ao sacerdócio na direção dos seminários e na atualização do clero.

Na manhã de sexta-feira, 5 fevereiro, o tema do congresso será abordado segundo uma perspectiva bíblica pela Dra. Rosalba Manes (Faculdade de Missiologia e Teologia – Gregoriana), analisando o dom do celibato como apresentado no Novo Testamento, e por uma perspectiva histórica pelo Pe. Joseph Carola, SJ (Faculdade de Teologia – Gregoriana), que apresentará o apelo à tradição na defesa do celibato sacerdotal por parte do teólogo Johann Adam Mohler. 

A Grande verdade da Igreja de Jesus.


Durante minha infância, sempre segui a doutrina Católica como verdade universal, nunca duvidei dos ensinamentos, mas como toda criança, não conseguia ter plenos entendimentos sobre muitas questões religiosas, como o significado dos sacramentos, da liturgia, dos porquês das tradições, e não era por falta de explicações, mas sim pela pouca idade limitando o poder de entendimento, mesmo assim, agradeço a minhas Catequistas que com atenção e carinho nos guiaram através da infância, e ainda hoje me lembro de muitas de suas aulas.

Ao entrar na adolescência, começaram a surgir dúvidas, sempre ocasionadas por pessoas de outras religiões geralmente protestantes evangélicos, que vinham me dizer “sua religião está errada por isto e por aquilo...” e a me questionar “Por que vocês “adoram” imagens se na Bíblia diz que é pecado? Por isto vocês irão para o inferno!” “Quem deu autoridade ao Papa para ser o líder da igreja?” “Confessar os pecados a Deus já é suficiente, por que contam para os padres?” “Maria não deve ser venerada, não era virgem e teve vários filhos” “Por que a igreja proíbe o casamento de sacerdotes” e assim por diante. Por toda esta infinidade de absurdos protestantes, contato com eles e falta de discernimento normal a uma criança, eu sofri uma crise de fé imensa que durou da adolescência até a vida adulta, mas ao mesmo tempo nunca aceitei as igrejas evangélicas, pois eu sabia que existiam milhares de denominações diferentes dessas igrejas, e cada uma com sua própria doutrina e entendimentos diferentes sobre diversas questões, cada uma se dizendo a verdadeira igreja de Cristo. Cheguei a ponto de abominar as religiões por conta das dúvidas, e ao invés de tentar esclarecê-las simplesmente deixei de frequentar a igreja.

Há algum tempo comecei a me assustar com o grande numero de pessoas se convertendo para as igrejas evangélicas, entre eles muitos conhecidos meus por terem as mesmas dúvidas e enganos proferidos por evangélicos, e da mesma forma que muitos fazem “não procurar esclarecimento”, eles caíram nas armadilhas.

Após o começo da vida adulta e agora universitário cursando Administração de Empresas e muito mais esclarecido comecei então organizar um estudo que já vinha realizando há algum tempo através de trabalho sério de pesquisa por conta própria, através dos textos bíblicos, comparando evangelhos, as versões da Bíblia de protestantes e Católicos, ensinamentos, tradições, história geral e história da religião, textos antigos, patrísticos e entre eles apócrifos, troca de informações com religiosos de diversas igrejas, pesquisas em trabalhos de teólogos etc. Toda a fonte de informação disponível eu pesquisei para saber o que havia de errado com a Igreja Católica Apostólica Romana, e para minha surpresa, e ainda não terminei esses estudos, descobri que não havia e não há nada de errado com a nossa igreja, a igreja de Jesus, mas sim com os protestantes.

Através de alguns textos aqui apresentados e sendo um resumo de meus estudos, posso demonstrar com a ajuda de outros irmãos, os grandes erros dos protestantes. Alguns destes trechos foram tirados de textos de ex-evangélicos estudiosos da igreja, que encontraram as mesmas respostas que eu encontrei e se converteram à igreja Católica e outros textos de minha autoria por minha própria pesquisa que sanou todas as dúvidas sobre a Igreja Católica.


Testemunhos de um ex-protestante (a fonte original contém 150 razões para ser católico, retirado do site Veritatis, com publicação de Jaime Francisco de Moura, eu coloquei apenas alguns trechos). Obs. vários trechos de passagens bíblicas foram incorporadas por mim para ilustrar o testemunho:

No geral as Igrejas Protestantes, são culpadas ao elevar demais a figura do Pastor. Por este motivo, congregações evangélicas passam por crises severas, dividindo-se em outras quando um pastor vai embora, provando-se que suas filosofias e doutrinas são centradas no homem, em lugar de Deus.

Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. (2Tm 4, 3). Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. (2Tm 4, 4). 

São Tomás de Aquino


Tomás nasceu em 1225, na Campânia, da família feudal italiana. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Ainda jovem, mesmo co a resistência da família, fez-se dominicano.

Em Paris estudou com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bolonha e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes.

Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou.

Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, em 07 de março de 1274. É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.

ORAÇÃO


Deus de amor e bondade, dai-me, pela intercessão de Santo Tomás, inteligência e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Proposta de Marcha para Satanás não era uma iniciativa inocente, alerta Bispo


Circulou pelas redes sociais nos últimos dias a proposta de uma “Marcha para Satanás”, que ocorreria em 17 de janeiro, em diferentes cidades do Brasil, mas não aconteceu. A iniciativa, de acordo com os responsáveis, seria uma crítica ao que chamou de “Estado teocrático” e defenderia a liberdade. Diante disso, o Bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Leomar Brustolin alerta para o significado desse ato, ressaltando que “a questão simbólica não é inocente”.

“Se alguém preferir negar Cristo, é livre para tal, entretanto, ao defender o culto a Satanás, deve recordar que ele é ausência de luz”, adverte o Prelado.

Conforme destacou em seu artigo “Satanás no Estado laico?”, “a organização do evento usou uma linguagem sedutora para que a proposta fosse aceita pela sociedade”. Eles reivindicavam “o distanciamento das posições religiosas, especialmente as cristãs, nas decisões legais que norteiam o Brasil”.

“A marcha para a glória de Satanás queria ser acolhedora de todas as classes supostamente excluídas pela religião e se mostrava contra o fundamentalismo extremista”, explica o Bispo, acrescentando que “essa marcha pretendia fazer com que as pessoas passassem a olhar o mundo com outro perfil: sem tabus ou normas morais; com liberdade absoluta, sem culpa ou pecado".

“Ensinam que o Deus judaico-cristão é preconceituoso, e que no satanismo não há preconceito”.

Por outro lado, Dom Brustolin assinala que os cristãos defendem a liberdade religiosa e sabem como a intolerância pode levar à uma cultura de morte.

Da mesma forma, afirma que os cristãos entendem que o Estado é laico. “Entretanto – ressalva –, a sociedade e a cultura não são laicas. Elas são pautadas por valores, ideias e símbolos que expressam suas crenças e seus ideais.  Pretender uma isenção total desse conjunto de fatores que constituem o ser humano é uma abstração”.

Para o Bispo auxiliar de Porto Alegre, independentemente de ser maioria no Brasil, os cristãos não podem se calar frente a propostas que “pretendam desprezar o que lhes é mais sagrado: a dignidade da pessoa humana em sua dimensão integral e solidária”.

“Nem todos precisam concordar com a fé cristã, mas os valores humanistas que o cristianismo comporta merecem a reflexão de todos”, observa o Bispo, ao indicar que se trata de garantir a liberdade, acompanhada pelo respeito à alteridade. 

Placa em igreja de Ponta Grossa – PR, que pedia que “mulheres usem roupas comportadas”, é retirada após polêmica nas redes sociais.


A Placa deixada em frente à porta da Igreja Sagrado Coração de Jesus conhecida como Igreja dos Polacos na Praça Barão de Guaraúna, em Ponta Grossa, orienta as mulheres a usarem roupas "comportadas" quando entram no templo. "Senhoras e moças: por favor, respeitem a casa de Deus, não entrem neste templo com trajes imodestos tais como: shorts, minissaias e blusas decotadas", diz a mensagem da placa.

O aviso chamou a atenção de fiéis e de toda a população. A mensagem, colocada na entrada do templo por determinação do Padre Paulo, divide opiniões: há quem concorde com a placa e acredite que a "Casa de Deus" exige regras, mas também há quem pense que não passa de um ato "machista e retrógrado". 

Adolescente entra em igreja e quebra imagens em Duque de Caxias, RJ


Um adolescente de 13 anos quebrou duas imagens santas de uma igreja em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ), na tarde de terça-feira. O caso na Catedral de Santo Antônio e o jovem estava acompanhado da mãe, quando interpelou uma mulher que rezava e depois derrubou as imagens de Nossa Senhora Imaculada Conceição e do Sagrado Coração de Jesus. As duas imagens compõem o altar da catedral há três décadas.

A diocese de Duque de Caxias, através do padre Renato Gentile, repudiou o ato e acredita que seja uma ação isolada, causada por distorção do que está escrito na bíblia e pelo fundamentalismo adotado por outras igrejas  que não representam a totalidade dos irmãos e irmãs de doutrinas evangélicas". 

Papa convida fiéis a serem mediadores de misericórdia


CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 27 de janeiro de 2016


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Na Sagrada Escritura, a misericórdia de Deus está presente ao longo de toda a história do povo de Israel.

Com a sua misericórdia, o Senhor acompanha o caminho dos Patriarcas, dá a eles filhos apesar da condição de esterilidade, os conduz por caminhos de graça e de reconciliação, como demonstra a história de José e dos seus irmãos (cfr Gen 37-50). E penso em tantos irmãos que se afastaram em uma família e não se falam. Mas esse Ano da Misericórdia é uma boa ocasião para se reencontrar, para se abraçar e se perdoar e esquecer as coisas ruins. Mas, como sabemos, no Egito a vida para o povo foi dura. E justamente quando os israelitas estão para sucumbir que o Senhor intervém e traz a salvação.

Lê-se no livro do Êxodo: “Muito tempo depois morreu o rei do Egito. Os israelitas, que gemiam ainda sob o peso da servidão, clamaram, e, do fundo de sua escravidão, subiu o seu clamor até Deus. Deus ouviu seus gemidos e lembrou-se de sua aliança com Abraão, Isaac e Jacó. Olhou para os israelitas e os reconheceu” (2, 23-25). A misericórdia não pode ficar indiferente diante do sofrimento dos oprimidos, ao grito de quem está submetido à violência, reduzido à escravidão, condenado à morte. É uma dolorosa realidade que afeta toda época, inclusive a nossa, e que faz sentir muitas vezes impotentes, tentados a endurecer o coração e pensar em outra coisa. Deus, em vez disso, “não é indiferente” (Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2016, 1), nunca tira o olhar da dor humana. O Deus de misericórdia responde e cuida dos pobres, daqueles que gritam em seu desespero. Deus escuta e intervém para salvar, suscitando homens capazes de ouvir o gemido do sofrimento e de trabalhar em favor dos oprimidos.

É assim que começa a história de Moisés como mediador de libertação para o povo. Ele enfrenta o Faraó para convencê-lo a deixar partir Israel; e depois guiará o povo, pelo Mar Vermelho e pelo deserto, rumo à liberdade. Moisés, que a misericórdia divina salvou, logo que nascido, da morte nas águas do Nilo, se faz mediador dessa mesma misericórdia, permitindo ao povo nascer à liberdade salvo das águas do Mar Vermelho. E também nós, neste Ano da Misericórdia, podemos fazer este trabalho de ser mediadores de misericórdia com as obras de misericórdia para nos aproximarmos, para darmos alívio, para fazer unidade. Tantas coisas boas podem ser feitas. 

Por que voltar ao uso do latim na liturgia?


Erroneamente, muitas pessoas acreditam que o Concílio Vaticano II inaugurou uma nova era na Igreja Católica e que, dentro dessa nova mentalidade trazida por ele, o latim teria sido abolido.

Muitos dizem, inclusive, que João Paulo II e seu antecessor, deixaram de lado o uso do latim e que o Papa Bento XVI quer agora voltar atrás. Todas essas afirmações não são verdadeiras. Muitos citam o CVII sem ao menos terem lido os seus documentos, criando-se assim uma expectativa que não corresponde à realidade. Em primeiro lugar, portanto, é preciso ir às fontes, ou seja, ler e entender o que dizem os documentos e o que o Papa Bento XVI pensa, de fato, por meio de seus escritos.

O CVII publicou um documento importantíssimo específico sobre a Sagrada Liturgia, intitulado Sacrosanctum Concilium, que em seu artigo 36, parágrafo 1º, diz:

36. § 1. Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular.

Ora, da expressão “deve-se conservar” infere-se que não houve ruptura de nada e que aquilo que já existia deve ser “mantido”. Ou seja, é preciso continuar fazendo aquilo que a Igreja fez ao longo de dois mil anos: usar o latim na liturgia.

Mas, então, o que foi que o CVII fez efetivamente? Qual foi a mudança que ele trouxe? O parágrafo seguinte é que responde:

36. § 2. Dado, porém, que não raramente o uso da língua vulgar pode revestir-se de grande utilidade para o povo, quer na administração dos sacramentos, quer em outras partes da Liturgia, poderá conceder-se à língua vernácula lugar mais amplo, especialmente nas leituras e admonições, em algumas orações e cantos, segundo as normas estabelecidas para cada caso nos capítulos seguintes. 

Santa Ângela Mérici


Ângela Mérici nasceu em 1470 no norte da Itália. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa.

Na infância ficou órfã de pai e de mãe e foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis.

Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade.

As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristã para as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura.

A fundadora morreu aos setenta e cinco anos, em 27 de janeiro de 1540 e foi canonizada, em 1807.

ORAÇÃO


Senhor, Pai de misericórdia, que na virgem Santa Ângela quisestes dar-nos um exemplo de prudência e caridade, concedei-nos que, iluminados pelas suas virtudes e ajudados pela sua intercessão, sejamos fiéis à vossa doutrina em toda a nossa vida. Amém.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Homilética: 4º Domingo Comum - Ano C: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lc. 4,24).


No Evangelho (Lc 4,21-30) encontramos Jesus na Sinagoga, onde Jesus disse: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabais de ouvir. Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíram as sua boca” (Lc 4,22). Mas, os nazarenos logo se deixaram envolver em considerações demasiadamente humanas: E diziam: “Não é este o filho de José? E se era realmente o Messias, porque não fazia ali os mesmos milagres que tinha feito em outros lugares? Não tinham igual direito os seus conterrâneos?

Pressentindo os seus protestos, Jesus responde: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lc. 4,24). Mas, nem por isso muda de atitude. Pelo contrário procura demonstrar-lhes que o homem não pode ditar leis a Deus e que Deus tem a liberdade de distribuir os seus dons a quem quer.

“Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra”. E por quê? Eu acho que não se pode responder a essa pergunta se antes não se sabe o que é um profeta. Como você imagina o imagina? Às vezes se pensa que o profeta é um ser absorto em contemplação, um tanto distraído, num estado de exaltação mística que o faz praticamente alienado da terra; outras vezes, como um sujeito estranho, com umas roupas estragadas, barbas sem fazer, uma pessoa que vive denunciando e gritando contra tudo aquilo que é oposto à causa de Deus; a terceira imagem que me vem à mente é a de um homem que parece que tem uma bola de cristal para adivinhar o futuro, profeta acaba sendo alguém que sabe o futuro. Pura imaginação! Eu nunca vi nenhuma dessas três imagens na vida real, contudo conheço vários profetas: cada cristão, pelo batismo, é sacerdote, profeta e rei!

Tal é a sorte que o mundo guarda para aqueles que, como Cristo têm por missão o anúncio da verdade. Confirma-o o episódio bíblico da Vocação de Jeremias  (cf. Jr 1,4-5. 17-19). Deus tinha escolhido Jeremias como profeta, antes de nascer, mas, ao tomar conhecimento, por revelação divina, quando jovem, desta eleição, treme e, pressentindo futuras contrariedades, quer recusar. Mas Deus anima-o: “Não temas porque estarei contigo para te livrar” (Jr 1,8). O homem escolhido por Deus, para ser porta-voz da Sua palavra, pode contar com a graça de Deus que se lhe antecipa e o acompanhará em todas as situações. Não lhe faltarão contrariedades, perigos e riscos, tal como não faltaram aos profetas e ao próprio Jesus. Apesar disso, Deus também o anima, tal como aconteceu a Jeremias: “eles farão guerra contra ti, mas não te vencerão, porque eu estou contigo para defender-te” (Jr 1,19).

O profeta é uma pessoa que foi introduzida no Mistério de Cristo através do Batismo, que “viu” – com os olhos da fé – o Pai e o Filho e o Espírito Santo, e entendeu o plano de Deus para a humanidade e para cada ser humano. Depois dessa proximidade com Deus, o cristão-profeta se dedica a anunciá-lo convencido de que seguir o desígnio de Deus é o que realmente realiza o ser humano em quanto tal. Essa visão sobrenatural do profeta pode produzir, e de fato produz, verdadeiros choques na cultura atual cuja visão materialista, hedonista e naturalista se vê denunciada. No entanto, a denúncia é uma conseqüência do anúncio. Eu acho que não deveríamos descrever como tarefa principal do profeta a denúncia, mas o anúncio. Nós somos anunciadores e edificadores. O cristão não é um desmancha-prazer, um destruidor de coisas boas, um amargado com vontade de amargar a vida dos outros. Se um filho de Deus chega a destruir algo é simplesmente como consequência do anúncio de edificação. Como os fundamentos nem sempre estão prontos para receber o evangelho, eles caem, mas imediatamente se construirá e se fará um edifício muito mais forte e belo que o anteriormente edificado.

Uma última consideração: um profeta de Deus diz sempre a verdade. Procurará dizê-la sempre com graça humana e sobrenatural, mas a dirá! Uma coisa é a simpatia para dizer as coisas, outra é enganar. Desses últimos profetas estamos fartos: eles deveriam falar em nome de Deus e não falam, leigos que tem vergonha de dizer que são católicos, sacerdotes que não tem coragem de falar que utilizar anticoncepcional é pecado, jornalistas que disfarçam a verdade com meias mentiras. Não! Assim não se é profeta! Não podemos ser como cães que não ladram.