domingo, 4 de outubro de 2015

Ideologia de gênero e poder financeiro: o que está por trás da campanha mundial contra a família?


A Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, em Roma, organizou no último dia 30 de setembro o debate “Ideologia de gênero: uma revolução antropológica”, com a participação de Filippo Savarese, da “Manif Pour Tous – Itália”, da psiquiatra Dina Nerozzi, do padre dominicano Giorgio Maria Carbone, especialista em Bioética, e do economista Federico Iadicicco, membro da associação ProVita.

Federico Iadicicco abordou em particular os grandes interesses financeiros que propagam o chamado “indiferentismo sexual” e, por conseguinte, atacam a constituição familiar. Entre as observações compartilhadas pelo economista italiano, destacam-se:

Grandes corporações multinacionais como a Apple, a Coca-Cola, a Pepsi, a Nike, a Motorola, a Kodak, a Open Society de George Soros, as fundações MacArthur, Ford, Goldman e Rockefeller, entre outras gigantes, bancam grandes e constantes aportes de dinheiro às chamadas “causas LGBT”.

É de interesse dessas corporações desintegrar os “organismos intermediários”, como a família, a fim de destruir paulatinamente os laços comunitários e de relacionamento, deixando o ser humano cada vez mais sozinho e sem vínculos. Quanto mais solitário for o indivíduo, mais frágil ele será, e essa fragilidade o torna um consumidor e um súdito perfeito: ele buscará na compulsão do consumo as tentativas de preencher o próprio vazio. Além disso, sem vínculos familiares, sociais e comunitários fortes, ele representa pouco ou nenhum perigo para a gigantesca indústria que governa o mundo.

Particularmente importante para essa estratégia de desintegração humana é a popularização e generalização da chamada “barriga de aluguel”: afinal, quanto mais gente ignorar a identidade da própria mãe e do próprio pai, mais frágeis ficam os vínculos de paternidade-maternidade e filiação.

O poder econômico e financeiro impõe a sua agenda aos poderes políticos, que passam a ser marionetes das grandes corporações mundiais. É chamativa, por exemplo, a grande atenção dedicada pelos organismos supranacionais à imposição da ideologia de gênero nas legislações dos países. A Organização Mundial da Saúde, que deveria estar concentrada em resolver os verdadeiros problemas de saúde que afligem o mundo, está muito mais interessada em impor diretrizes ideológicas de educação sexual para crianças e em implantar a teoria de gênero nas escolas para manipular desde cedo as novas gerações. 

Todos os países do Ocidente já adotam alguma ou várias leis contrárias à família. Há muito mais projetos voltados a simplificar os divórcios do que a corroborar os casamentos. Em vez de se apoiar a família natural, composta por um homem-pai, uma mulher-mãe e os filhos amorosamente gerados, acolhidos e criados por eles, há muito mais empenho em esvaziar o conceito natural de matrimônio e equiparar ao casamento qualquer tipo de união romântica, por mais fugaz, despreparada e inconsistente que seja.

Para silenciar quem se opõe à equiparação das uniões gay ao casamento, assim como à adoção de crianças por casais gays, impõem-se leis apresentadas como de “combate à homofobia”: elas basicamente criminalizam a opinião, ameaçando com a cadeia os cidadãos dispostos a exercer o direito de pensar e de expressar-se livremente em defesa do conceito natural de matrimônio, por exemplo.

Os poderes financeiros mundiais influenciam o mundo inteiro de maneira não relacionada exclusivamente a uma determinada orientação política. No entanto, é notório que a ideologia da autoproclamada esquerda do século XXI promove abertamente o laicismo e o individualismo. Segundo Federico Iadicicco, “a ideologia de gênero está para a esquerda de hoje como o marxismo esteve para a esquerda de ontem”.
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Aleteia

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