domingo, 1 de março de 2015

O caminho de Jesus sempre nos leva à felicidade, diz Papa no Angelus


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 22 de fevereiro de 2015

Irmãos e irmãs, bom dia.

Domingo passado a liturgia nos apresentou Jesus tentado por Satanás no deserto, mas vitorioso sobre a tentação. À luz desse Evangelho, tomamos novamente consciência de nossa condição de pecadores, mas também da vitória sobre o mal oferecida àqueles que seguem o caminho da conversão e, como Jesus, querem fazer a vontade do Pai. Neste segundo domingo da Quaresma, a Igreja nos indica a meta deste caminho de conversão, ou seja, a participação na glória de Cristo, que resplandece no rosto do Servo obediente, que morreu e ressuscitou por nós.

O Evangelho narra o evento da Transfiguração, o cume do ministério público de Jesus. Ele está a caminho de Jerusalém, onde se cumprem as profecias do "Servo de Deus" e se consumirá o seu sacrifício redentor. As multidões não compreendem isso: diante da perspectiva de um Messias que contrasta com suas expectativas terrenas, o abandonam. Eles achavam que o Messias seria um libertador do domínio romano, um libertador da pátria e esta perspectiva de Jesus não agrada, e eles o deixam. Também os Apóstolos não entendem as palavras com que Jesus anuncia o êxito da sua missão na paixão gloriosa paixão, não entendem! Jesus, então, toma a decisão de mostrar a Pedro, Tiago e João, uma antecipação de sua glória, que acontecerá após a ressurreição, para confirmá-los na fé e encorajá-los a segui-lo no caminho da prova, no caminho da Cruz. E assim, em um monte alto, imerso na oração, se transfigura diante deles: o seu rosto e toda a sua pessoa irradia uma luz fulgurosa. Os três discípulos se assustam, enquanto uma nuvem os encobre e soa do alto- como no Batismo no Jordão - a voz do Pai: "Este é meu Filho muito amado; ouvi-o" (Mc 9,7). Jesus é o Filho que se fez Servo, enviado ao mundo para realizar através da Cruz o projeto de salvação, para salvar a todos nós. A sua plena adesão à vontade do Pai torna sua humanidade transparente à glória de Deus, que é Amor.

Jesus revela-se como o ícone perfeito do Pai, o esplendor da sua glória. É o cumprimento da revelação; por isso, ao lado dele transfigurado aparecem Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas, como se quisesse dizer que tudo termina e começa em Jesus, na sua paixão e na sua glória.

A mensagem para os discípulos e para nós é esta: "Escutai-o!". Escutem Jesus, Ele é o Salvador: sigam-no. Ouvir Cristo, de fato, consiste em assumir a lógica do seu mistério pascal, colocar-se em caminho com Ele para fazer da própria existência um dom de amor aos outros, em dócil obediência à vontade de Deus, com atitude de despojamento das coisas mundanas e de liberdade interior. Em outras palavras, estar preparado para "perder a própria vida" (cf. Mc 8,35), doando-a a fim que todos os homens sejam salvos: assim, nos encontraremos na felicidade eterna. O caminho de Jesus sempre nos leva à felicidade, não se esqueça! O caminho de Jesus sempre nos leva à felicidade. Haverá sempre uma cruz no meio das provas mas no final sempre nos leva à felicidade. Jesus não nos engana, nos prometeu a felicidade e nos dará se seguirmos em seus caminhos.

Com Pedro, Tiago e João subamos também nós hoje ao Monte da Transfiguração e paremos para contemplar o rosto de Jesus, para colher a mensagem e traduzi-la em nossas vidas, para que nós também possamos ser transfigurados pelo amor. Na realidade, o amor é capaz de transfigurar tudo. O amor transfigura tudo! Vocês acreditam nisso? Sustente-nos neste caminho a Virgem Maria, que agora invocamos com a oração do Angelus.

(Depois do Angelus)

Papa condena "brutalidade intolerável" com cristãos no Oriente

Queridos irmãos e irmãs,

Infelizmente, não para de chegar notícias dramáticas da Síria e do Iraque, relativas a violência, sequestros de pessoas e abusos que atingem cristãos e outros grupos. Queremos assegurar aos envolvidos nestas situações que não nos esquecemos deles, mas estamos próximos e rezamos insistentemente para que o quanto antes se coloque um fim à brutalidade intolerável da qual são vítimas. Junto com os membros da Cúria Romana ofereci nesta intenção a última Santa Missa dos Exercícios Espirituais, sexta-feira passada. Ao mesmo tempo peço a todos, segundo as suas possibilidades, que se empenhem para aliviar o sofrimento daqueles que são provados, muitas vezes, por causa da fé que professam. Rezemos por estes irmãos e irmãs que sofrem por causa da fé na Síria e no Iraque... Rezemos em silêncio...

Desejo recordar também a Venezuela, que está vivendo novamente momentos de grande tensão. Rezo pelas vítimas e, em particular, pelo menino morto há alguns dias em San Cristobal. Exorto todos a rejeitar a violência e a respeitar a dignidade de cada pessoa e a sacralidade da vida humana e encorajo-os a empreender um caminho comum pelo bem do país, para abrir espaços de encontro e de diálogo sincero e construtivo. Confio o querido país à materna intercessão de Nossa Senhora de Coromoto.

Dirijo uma cordial saudação a todos - famílias, grupos paroquiais, associações - peregrinos de Roma, da Itália e de outros países.

Saúdo os fiéis de San Francisco, Califórnia, e os jovens das paróquias da ilha de Formentera.

Grupos de Fontaneto d'Agogna e Montello; Corpo de Bombeiros de Tassullo; e os jovens de Zambana.

Saúdo cordialmente os seminaristas de Pavia, juntamente com seu reitor e diretor espiritual. Eles acabaram de terminar o retiro e hoje retornam à diocese. Pedimos por eles e por todos os seminaristas a graça de se tornarem bons sacerdotes.


Desejo a todos um bom domingo. Não se esqueça, por favor, rezem por mim. Bom almoço e adeus!
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ZENIT

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