segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O que é o Espiritismo?


O Espiritismo é a doutrina que acredita na reencarnação e na comunicação com os mortos.

A única relação que existe entre nós e aqueles que se encontram em outro plano espiritual é esta: que nós que estamos ainda peregrinos neste mundo, Igreja Militante, oramos pelas almas do purgatório, Igreja Padecente (2Mc 12,43-46; 2Tm 1,18; Tb 4,18;12,12; Jó 1,18-20; 1Jo 5,16-17; Eclo 38,16-24), e de que os santos, Igreja Triunfante, oram por nós (Tb 12,12.15; Ap 8,3-5; Hb 12,1; 2Mc 15,11-14; At 16,9-10). Esta forma de “comunhão dos santos” (Igreja Militante, Igreja Padecente e Igreja Triunfante) expressam mais nitidamente a universalidade da Igreja Católica como meio necessário para a salvação, haja vista que os que estão “fora dela” não poderão salvar-se, ou seja, as almas daqueles que estão no inferno: “Não existe arrependimento para eles [os anjos caídos] depois da queda, como não existe para os homens após a morte” (CIC, 393).

De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão, pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

MANIFESTAÇÕES ESPONTÂNEAS x MANIFESTAÇÕES PROVOCADAS

Conforme uma pesquisa feita pelo blog “O Catequista”, tanto católicos quanto espíritas admitem dois tipos de manifestação dos espíritos: as espontâneas e as provocadas. As manifestações espontâneas levam em conta que a iniciativa parte do além. Essas manifestações não afrontam a doutrina da Igreja. Já as manifestações provocadas têm sua iniciativa em nós, os vivos. Citando as Escrituras, temos o episódio em que o rei Saul pede à necromante de Endor que evoque a alma do falecido Samuel (I Samuel 28, 3-25). As manifestações provocadas, ou evocações, são divinamente proibidas (Ex 22,18; Lv 20,27; Dt 18,10-12; 1Sm 28,3-9; 2Rs 23,24-25; Is 8,19-20). O espiritismo é justamente isso: a evocação de gente morta.

EVOCAÇÃO x INVOCAÇÃO

A Evocação ou a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os espíritos do espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan Kardec. Sem evocação não há espiritismo. (Frei Boaventura, Espiritismo - Orientação para os Católicos, p.49).

Sobre a evocação dos mortos o Catecismo da Igreja Católica afirma no parágrafo 2116: Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos "médiuns", tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.

A “invocação” dos santos por sua vez, é defendida inclusive pelo Concílio de Trento, na seção XXV que afirma que “os santos que reinam juntamente com Cristo, rogam a Deus pelas pessoas, e que é útil e bom invocá-los humildemente, e recorrer às suas orações, intercessão e auxílio para alcançar de Deus os benefícios por Jesus Cristo seu Filho e nosso Senhor, que é nosso Único Redentor e Salvador“.

Embora os termos “intercessão” e “invocação” sejam relativos, a primeira uma vez colocada, a última a segue necessariamente.

PONTOS COMUNS E DIVERGENTES

O site “O Catequista”, na matéria “Espiritismo – os fantasminhas evocados não são camaradas”, enumera alguns pontos que os católicos e espíritas têm em comum, entre estes pontos, podemos citar:

1. O mundo não é só matéria (entendeu, ateu?);
2. Deus existe e é eterno, imutável, imaterial, único, onipresente, soberanamente justo e bom;
3. Deus criou o Universo;
4. Os valores do espírito são superiores aos valores da matéria;
5. O ser humano não é só matéria;
6. Depois da morte nossa alma continua viva e consciente;
7. A vida após a morte está condicionada a forma como vivemos no corpo;
8. Os falecidos não rompem com os que vivem ainda na Terra;
9.  No mundo do além nem todos são iguais;
10. Há espíritos perfeitos que vivem com Deus, que podem nos socorrer e ajudar;
11. Do mesmo modo, há espíritos maus que podem perturbar e prejudicar;
12. Reconhecem ambos a extraordinária figura do Nosso Senhor Jesus Cristo;
13. Que as leis morais do Evangelho são extraordinárias e que Jesus insistiu principalmente na caridade (entendeu crente?);
14.  Devemos fazer o bem e fugir do mal;
15.  Os pecados podem ser expiados;
16.  A virtude será premiada depois da morte.

Embora haja uma crença comum nos tópicos acima enumerados, seus conceitos e ideias são bem diferentes. Em contrapartida, o Espiritismo, segundo o Prof. Felipe Aquino, nega 40 verdades de fé que listamos abaixo:

1 – Nega o mistério, e ensina que tudo pode ser compreendido e explicado.
2 – Nega a inspiração divina da Bíblia.
3 – Nega o milagre.
4 – Nega a autoridade do Magistério da Igreja.
5 – Nega a infalibilidade do Papa.
6 – Nega a instituição divina da Igreja.
7 – Nega a suficiência da Revelação.
8 – Nega o mistério da Santíssima Trindade.
9 – Nega a existência de um Deus Pessoal e distinto do mundo.
10 – Nega a liberdade de Deus.
11 – Nega a criação a partir do nada.
12 – Nega a criação da alma humana por Deus.
13 – Nega a criação do corpo humano.
14 – Nega a união substancial entre o corpo e a alma.
15 – Nega a espiritualidade da alma.
16 – Nega a unidade do gênero humano.
17 – Nega a existência dos anjos.
18 – Nega a existência dos demônios.
19 – Nega a divindade de Jesus.
20 – Nega os milagres de Cristo.
21 – Nega a humanidade de Cristo.
22 – Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade perpétua, Assunção, Maternidade divina).
23 – Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave!).
24 – Nega o pecado original.
25 – Nega a graça divina.
26 – Nega a possibilidade do perdão dos pecados.
27 – Nega o valor da vida contemplativa e ascética.
28 – Nega toda a doutrina cristã do sobrenatural.
29 – Nega o valor dos Sacramentos.
30 – Nega a eficácia redentora do Batismo.
31 – Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.
32 – Nega o valor da Confissão.
33 – Nega a indissolubilidade do Matrimônio.
34 – Nega a unicidade da vida terrestre.
35 – Nega o juízo particular depois da morte.
36 – Nega a existência do Purgatório.
37 – Nega a existência do Céu.
38 – Nega a existência do Inferno.
39 – Nega a ressurreição da carne.
40 – Nega o juízo final.

Em Lucas 16,19-31 encontramos a parábola do rico e de Lázaro, em que no inferno, o rico pediu a Abraão para que a alma do bom Lázaro voltasse ao mundo dos vivos e aconselhasse os seus parentes. Abraão negou-lhe tal pedido uma vez que eles já têm tudo o que precisam para seguir os caminhos de Deus: "Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam!" (v. 29). Além do mais seria estranho que Deus enviasse espíritos para se manifestar a um grupo que nega as verdades que Ele revelou, mais estranho ainda se tal procedimento não acontecesse para levá-los à verdade e é ao menos muito duvidoso que estes espíritos que se manifestam sejam enviados por Deus uma vez que "Se [os vivos] não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão" (v. 31).

REENCARNAÇÃO

Outro ensinamento muito ensinado pelos espíritas é a doutrina da reencarnação também rejeitada pelas Sagradas Escrituras: Hebreus 9,27 diz que “os homens morrem uma só vez e após isso vem o juízo”. Além disso, na cruz Jesus disse para o ladrão arrependido: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”(Lc 23,43). Na parábola do rico e de Lázaro que citamos anteriormente, ambos quando morrem recebem imediatamente um a salvação e outro a condenação, e Abraão ainda afirma: “Há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não o podem, nem os de lá para cá” (Lc 16,26).

Por incrível que pareça mas um dos trechos bíblicos mais usados pelos espíritas a favor da reencarnação é justamente o que Jesus claramente condena esta prática, vejamos: “Disse Jesus a Nicodemos: “em verdade eu te digo: quem não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”. Nicodemos perguntou-lhe: “Como pode nascer alguém que já é velho? Acaso pode entrar de novo no ventre da mãe e nascer?” Jesus respondeu: “Na verdade, eu te digo: quem não nascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires de eu ter dito: deveis nascer de novo” (Jo 3,3-7). Embora a expressão “nascer do alto” tenha o mesmo significado em grego de “nascer de novo”, como entende Nicodemos no v.4, Jesus fala de um novo nascimento de Deus, da água (Batismo) e do Espírito Santo (conversão) e não da “carne” (reencarnação), e pra deixar isso bem claro Jesus diz: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (v.6), e acrescenta: “Se não acreditais quando vos falo de coisas terrenas, como haveis de acreditar se vos falar de coisas celestes? (v.12)”. 

Portanto, irmãos, como cristãos católicos “despojemo-nos das obras das trevas e vistamos as armas da luz” (Rm 13,12). Abandonemos estas práticas condenadas e nos voltemos a Deus “paciente e misericordioso” (cf. Nm 14,18).

Jesus vive e Ressuscitou!


Gilberto Brito Passos
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