quinta-feira, 31 de julho de 2014

Por que gritam os "pastores evangélicos"???


Os Cristãos Católicos desde o início, nunca se utilizaram de artimanhas da oratória para converter o povo. Sobre isso, nos originais, alertava o apóstolo São Paulo: “Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte da oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo” (1Cor 1,17). Mas, de onde veio e quando apareceu a LAVAGEM CEREBRAL, esse jeito escandaloso com gritos, fala frenética e gestos bruscos de “pregar”, usado pelas seitas protestantes?


Jonathan Edwards, presbiteriano, descobriu acidentalmente essa técnica durante uma cruzada religiosa protestante em 1735, em Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os "pecadores" que compareceram aos seus encontros de “reavivamento” foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação.

O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia então dizer-lhes, "vocês são pecadores! vocês estão destinados ao inferno!". Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão profundamente afetados que, embora tivessem encontrado a "salvação eterna", eram também obcecados com a idéia diabólica de dar fim às próprias vidas.

Igreja Católica recebe aviso de bombardeio israelense


APELO HUMANITÁRIO

A situação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza continua se agravando, enquanto a comunidade internacional assiste de forma passiva o número de mortos superar a marca de 1.100, já se aproximando do recorde de mortes em uma ofensiva militar israelense em Gaza.

Nesta manhã, através dos contatos locais do Programa de Acompanhamento Ecumênico na Palestina e Israel do Conselho Mundial de Igrejas com seu Escritório em Jerusalém, recebemos o apelo da comunidade Católico Romana de Gaza, da Igreja da Sagrada Família.

Na mensagem, o padre local informa que a Igreja Católica da Sagrada Família, recebeu ordem de evacuação por parte do Exército Israelense, que planeja bombardear a região durante a noite. Diz o padre:

"A igreja de Gaza recebeu uma ordem de evacuação... eles vão bombardear a área de Zeitun e as pessoas já estão fugindo. O problema é que o padre George e as três irmãs [da congregação de] Madre Teresa têm 29 crianças portadoras de deficiências e nove senhores [idosos] que não podem andar. Como eles farão para sair? Se alguém pode interceder com alguém no poder, e orar, por favor, faça! Nós estamos tentando... que a nossa impotência seja tomada pela Tua Onipotência."[1]

A paróquia possui um projeto chamado a “Casa de Cristo em Gaza”, uma casa de cuidados dedicada a cuidar de crianças portadoras de deficiência. Contudo, estas crianças já foram removidas da Casa e transferidas para a Igreja da Sagrada Família, uma vez que o Exército Israelense já bombardeou a região onde se encontrava o projeto.

Reflexão sobre a perseguição dos cristãos no Oriente Médio


Hoje, em muitas partes do mundo, mesmo que com maior intensidade no Oriente Médio, os cristãos usam uma coroa de espinhos, carregam a cruz e vivem na pele a Via Crucis. Eles sofrem só por serem cristãos. Nós que vivemos no “mundo livre” olhamos de forma impotente enquanto os nossos irmãos e as nossas irmãs na  são perseguidos, expulsos das próprias casas e assassinados. 

Testemunhamos a prisão deles, as torturas, a destruição de suas propriedades e não podemos fazer quase nada. A oração é o apoio mais forte que podemos oferecer, mas aquilo de que precisam mais que tudo é da ajuda de Deus. As nossas palavras são fracas no contexto da agressão furiosa contra eles por parte dos terroristas.

Quantos cristãos vivem sobre o regime de opressão ou são alvo dos jihadistas. Não é, obviamente, a primeira vez que os cristãos sofrem por causa da fé, e todos nós sabemos bem que não será a última.

O volume de notícias e a rapidez vertiginosa de atualização podem parecer algo esmagador. Milhões de judeus e cristãos inocentes são o alvo por causa de suas convicções. Os terroristas parecem querer destruir todos os sinais do cristianismo no Oriente Médio, no Norte da África e em parte do sudeste da Ásia.

A perseguição de cristãos e judeus não se espalhou do Oriente Médio para a Europa porque os terroristas não querem ganhar territórios para si. Como outras ideologias do passado, inspiradas pelo demônio, buscam o domínio global das pessoas. O custo é o sangue. Existe também dor, medo e destruição. É como um câncer incontrolável que se difunde e mata.

Os governos existem para fazer com que as nações sejam seguras e livres. Os governos e as leis deveriam proteger as pessoas, preservar os direitos e a liberdade fundamental dada por Deus. Os governos do mundo não têm o dever de agir para aliviar os sofrimentos das vítimas do genocídio? As nações correm para ajudar as vítimas de desastres naturais. Quanto precisa ser pior sofrer por causa da ? Israel está combatendo agora quase sozinho pela paz e a segurança de todos os israelitas: judeus, cristãos e muçulmanos. Está combatendo pela vida dos seus cidadãos e pela sua sobrevivência como nação.

Homilia do Papa durante a Missa em Caserta


HOMILIA
Missa em Caserta, região sul da Itália
Sábado, 26 de julho de 2014

Jesus se dirigia aos seus ouvintes com palavras simples que todos pudessem entender. Esta noite também Ele nos fala por meio de breves parábolas, que se referem à vida cotidiana das pessoas daquela época. As semelhanças entre o tesouro escondido no campo e a pérola de grande valor veem como protagonistas um operário pobre e um rico comerciante. O comerciante buscou durante toda a sua vida algo de valor, que satisfizesse sua sede de beleza e viagem pelo mundo, sem trégua, na esperança de encontrar o que estava procurando. O outro, o agricultor, nunca se afastou de seu campo e realizava o trabalho de sempre, com a rotina diária habitual. No entanto, o resultado final é o mesmo: a descoberta de algo valioso. Para um, um tesouro, para o outro, uma pérola de grande valor. Ambos também estão unidos por um sentimento comum: a surpresa e alegria de ter encontrado o cumprimento de todos os desejos. Finalmente, os dois não hesitam em vender tudo para comprar o tesouro que encontraram. Através destas duas parábolas Jesus ensina o que é o reino dos céus, como podemos encontrá-lo e o que fazer para possuí-lo.

O que é o reino dos céus? Jesus não se preocupa em explicar. Explica-o desde o início do seu Evangelho: “O reino dos céus está próximo”. No entanto, não nos faz vê-lo diretamente, mas sempre numa reflexão, narrando um modo de agir de um patrão, um rei, as dez virgens… Ele prefere deixar-nos a intui-lo por meio de parábolas e comparações, sobretudo revelando os efeitos: o reino dos céus é capaz de mudar o mundo, como o fermento escondido na massa; é pequeno e humilde como um grão de mostarda que, no entanto, se tornará tão grande quanto uma árvore. As duas parábolas que queremos refletir nos fazem entender que o reino de Deus está presente na própria pessoa de Jesus. Ele é o tesouro escondido e a pérola de grande valor. É de se entender a alegria do agricultor e do comerciante: eles encontraram! É a alegria de todos nós quando encontramos a proximidade e a presença de Jesus em nossas vidas. Uma presença que transforma nossas vidas e nos torna sensíveis às necessidades dos irmãos; uma presença que nos convida a aceitar uns aos outros, incluindo os estrangeiros e imigrantes.

Como se encontra o reino de Deus? Cada um de nós tem um caminho particular. Para alguns, o encontro com Jesus é esperado, desejado, procurado por muito tempo, como é mostrado na parábola do comerciante. Para outros, acontece de repente, quase por acaso, como na parábola do agricultor. Isso nos lembra que o próprio Deus se deixa encontrar, no entanto, porque é Ele que primeiro quer nos encontrar e busca nos encontrar: veio para ser o “Deus conosco”. É Ele quem nos procura e se deixa encontrar também por aqueles que não o buscam. Às vezes, Ele se deixa encontrar em lugares incomuns e em momentos inesperados. Quando alguém encontra Jesus, fica fascinado, conquistado, e é uma alegria deixar o nosso modo habitual de vida, às vezes árido e apático para abraçar o Evangelho e deixar se guiar pela nova lógica do amor e do serviço humilde e desinteressado.

Francisco explica que o Reino de Deus é o maior tesouro e pede: “Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra!”


PAPA FRANCISCO
ANGELUS
Praça de São Pedro
Domingo, 27 de Julho de 2014

Amados irmãos e irmãs, bom dia!

As breves semelhanças propostas pela liturgia hodierna são a conclusão do capítulo do Evangelho de Mateus, dedicado às parábolas do Reino de Deus (13, 44-52). Entre elas há duas pequenas obras-primas: as parábolas do tesouro escondido no campo e da pérola de grande valor. Elas dizem-nos que a descoberta do Reino de Deus pode acontecer repentinamente, como para o camponês que arando, encontra o tesouro inesperado; ou então depois de uma longa busca, como para o comerciante de pérolas, que finalmente encontra a pérola de inestimável valor, há muito desejada! Mas tanto no primeiro como no segundo caso, permanece o dado primário que o tesouro e a pérola valem mais do que todos os demais bens e, portanto quando os encontram, o camponês e o comerciante renunciam a tudo o resto para poder comprá-los. Não têm necessidade de fazer raciocínios, nem de pensar nisto ou de meditar: dão conta imediatamente do valor incomparável daquilo que encontraram e estão dispostos a perder tudo para o poder comprar.

Assim é para o Reino de Deus: quem o encontra não tem dúvidas, sente que é aquilo que procurava, que esperava e que corresponde às suas aspirações mais autênticas. E é deveras assim: quem conhece Jesus, quem o encontra pessoalmente,permanece fascinado, atraído por tanta bondade, tanta verdade e tanta beleza, e tudo numa grande humildade e simplicidade. Procurar Jesus, encontrar Jesus: eis o grande tesouro!

Quantas pessoas, quantos santos e santas, lendo o Evangelho com o coração aberto, foram literalmente conquistados por Jesus, e converteram-se a Ele. Pensemos em são Francisco de Assis: ele já era cristão, mas um cristão «ao sabor da corrente». Quando leu o Evangelho, num momento decisivo da sua juventude, encontrou Jesus e descobriu o Reino de Deus, e então todos os seus sonhos de glória terrena esvaeceram. O Evangelho leva-nos a conhecer o Jesus verdadeiro, faz-nos conhecer o Jesus vivo; fala-nos ao coração e muda a nossa vida. E então, sim, deixamos tudo. Podemos mudar de vida concretamente, ou então continuar a fazer aquilo que fazíamos antes, mas nós somos outra pessoa, renascemos: encontramos aquilo que dá sentido, sabor e luz a tudo, inclusive às dificuldades, aos sofrimentos e até à morte.

Leiamos o Evangelho. Leiamos o Evangelho. Já falamos sobre isto, recordais-vos? Cada dia devemos ler um trecho do Evangelho; e também trazer connosco um pequeno Evangelho, no bolso, na bolsa, contudo ao alcance da mão. E ali, lendo um trecho encontraremos Jesus. Ali, no Evangelho, tudo adquire sentido e encontramos aquele tesouro, ao qual Jesus chama «o Reino de Deus», ou seja, Deus que reina na tua vida, na nossa vida; Deus que é amor, paz e alegria em cada homem e em todos os homens. É isto que Deus quer, foi por isto que Jesus se entregou a si mesmo, a ponto de morrer numa Cruz, para nos libertar do poder das trevas e nos transferir para o reino da vida, da beleza, da bondade e da alegria. Ler o Evangelho significa encontrar Jesus e ter aquela alegria cristã, que é um dom do Espírito Santo.

Caros irmãos e irmãs, a alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus transparece, vê-se. O cristão não pode manter a sua fé escondida, porque ela transparece em cada palavra, em cada gesto, até nos mais simples e quotidianos: transparece o amor que Deus nos concedeu mediante Jesus. Por intercessão da Virgem Maria, oremos para que venha a nós e ao mundo inteiro o seu Reino de amor, justiça e paz.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Posso comungar com minhas próprias mãos o Corpo e Sangue do Senhor?


Para responder a esse questionamento é preciso, antes de mais nada, esclarecer o que significa a hóstia consagrada. O Catecismo da Igreja Católica, em seu número 1374, diz que:

No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por exclusão, como se as outras não fossem reais, mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo.”

E o Catecismo dedica ainda os próximos números a explicar, por meio das palavras dos grandes santos da Igreja a importância e majestade da Eucaristia. Diante disso, a resposta para a pergunta parece óbvia: não é permitido comungar com as próprias mãos o Corpo e o Sangue de Cristo. Entretanto, na prática, as ações não são assim, tão claras. A Igreja, por isso, teve sempre um cuidado extremo para com as espécies consagradas e várias instruções foram publicadas nesse sentido. A Instrução Geral do Missal Romano no número 160 é bem clara quanto ao modo de se comungar:

“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "

Não existe margem para erro diante dessa instrução, porém, em muitas paróquias o erro acontece e o que se vê são fiéis tomando a hóstia consagrada com as mãos, molhando-a no preciosíssimo Sangue de Cristo, na chamada “comunhão self-service”. No caso da comunhão por intinção só existe uma forma de recebê-la: na boca, diretamente das mãos do sacerdote. É o que diz a instrução Redemptionis Sacramentum, no número 104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada”. O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:

"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)

Jihadistas iraquianos justificam a destruição de santuários em Mossul


Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) justificaram a destruição de santuários religiosos na segunda maior cidade do Iraque, Mossul, por considerarem que tinham sido construídos sobre sepulturas, o que é semelhante à idolatria.

"A demolição de estruturas erguidas sobre sepulturas é uma questão muito clara do ponto de vista religioso", afirmou o grupo sunita radical em um comunicado nesta terça-feira.

"Nossos antecessores piedosos fizeram isso (...) e não há nenhum debate sobre a legitimidade de demolir ou remover esses túmulos e santuários", acrescentou o grupo, que tomou várias cidades no norte, no leste e no oeste do Iraque após uma ofensiva lançada em 9 de junho.

O texto faz referência à demolição de uma cúpula erguida sobre o túmulo de Zayd ibn al-Khattab, o irmão do segundo califa do Islã (século VII), por ordem de Mohammad Ibn Abdul Wahhab, o fundador do wahhabismo, uma corrente mais rígida do Islã seguida pelos jihadistas.

Khattab, que teria morrido heroicamente em batalha, ganhou fama póstuma, e Abdel Wahhab via na cúpula construída sobre seu túmulo um objeto de idolatria.

Nos últimos dias, o EI tem destruído importantes locais religiosos em Mossul, a capital do "Califado" proclamado no fim de junho nas áreas controladas pelo movimento no Iraque e na Síria.

Qual é o destino do espírito que é condenado ao inferno?


O Catecismo da Igreja Católica ensina que a "pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual" (CIC 362). Não há dúvida quanto ao significado de "corpo". Já quanto à "alma" o Catecismo diz que ela "muitas vezes designa na Sagrada Escritura a vida humana ou a pessoa humana inteira. Mas designa também o que há de mais íntimo no homem e o que há nele de maior valor, aquilo que mais particularmente o faz ser imagem de Deus: ‘alma’ significa o princípio espiritual no homem" (CIC 363).

Seria correto, portanto, dizer que o homem é constituído de "corpo e alma", porém, como explicar a afirmação de São Paulo que se referiu ao homem como "corpo, alma e espírito" (conf. 1 Ts 5,23)? Novamente é o Catecismo que fornece a resposta ao dizer que "‘espírito’ significa que o homem está ordenado desde a sua criação para seu fim sobrenatural, e que sua alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus" (CIC 367).

A natureza humana surge da união profunda entre o corpo e a alma. Essa junção é tão íntima que "se deve considerar a alma como forma do corpo", ou seja, é por causa da "alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano e vivo; o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza" (CIC 365). À tendência do homem (corpo e alma) para Deus é que forma o espírito.

Deste modo, se o espírito é a tendência do homem para a comunhão com Deus, o Inferno é justamente não participar dessa comunhão, ou seja, é a ausência de Deus. Satanás foi criado para a comunhão com Deus e quando resolveu se fechar para ela, se autodestruiu. Esta é a realidade do Inferno, a autodestruição.

Jornalista muçulmana sai em defesa dos cristãos perseguidos no Iraque


“Somos todos cristãos”: este é o título de uma campanha lançada pela jornalista iraquiana Dalia Al Aqidi, de religião islâmica, para expressar a própria contrariedade à perseguição que sofrem os cristãos de Mossul

Entrevistada pelo jornal libanês “Annahar”, a jornalista explicou sua decisão de usar a cruz, enquanto apresentava o jornal, explicando o seu gesto com estas palavras: “O pluralismo religioso foi aquilo que fez do Iraque o berço da civilização, das ciências e da cultura”. 


Al Aqide se pergunta: “que benefícios teria a história e a civilização se estivermos voltando atrás? Os cristãos são o povo desta terra e não podemos ir adiante sem eles, ou na ausência de qualquer componente do Iraque”. 

Depois dirigiu suas palavras a “quem acusa os outros de infidelidade, vocês é que não crêem, que são apóstatas, politeístas, vocês cortadores de cabeças. Sou um simples ser humano que defende os direitos dos filhos do próprio país independente da identidade deles”. 


É possível receber a comunhão em uma Igreja Ortodoxa?


A Igreja oriental, também conhecida como Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, tem como uma de suas características o não reconhecimento da autoridade papal, ou seja, somente por essa particularidade - existem outras - percebe-se que a Igreja Ortodoxa não está em comunhão plena com a Igreja Católica Apostólica Romana. O Código de Direito Canônico normatiza essa conduta no Cânon 844:

"§ 2. Sempre que a necessidade o exigir ou verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e contanto que se evite o perigo de erro ou indiferentismo, é lícito aos fiéis, a quem for física ou moralmente impossível dirigir-se a um ministro católico, receber os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos enfermos das mãos de ministros não-católicos, em cuja Igreja esses sacramentos são válidos."

Assim, é possível receber os sacramentos em outra Igreja, desde que eles sejam válidos, para isso, é preciso existir a sucessão apostólica. Desta forma, esse mesmo princípio não pode ser aplicado aos sacramentos recebidos em igrejas evangélicas porque nelas não existe a validade do sacramento.

E preciso considerar ainda que, para receber os sacramentos em Igreja Ortodoxa deve existir uma impossibilidade física ou moral de o fiel comparecer em uma Igreja Católica Apostólica Romana.

O Código contempla ainda a possibilidade de pessoas não-católicas receberem os sacramentos:

"§ 3. Os ministros católicos administram licitamente os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos enfermos aos membros das Igrejas orientais que não tem plena comunhão com a Igreja católica, se eles o pedirem espontaneamente e se estiverem devidamente preparados; vale o mesmo para os membros de outras Igrejas que, a juízo a Sé Apostólica no que se refere aos sacramentos, se acham nas mesmas condições que as referidas Igrejas orientais."

Tribunal Europeu: “casamento” gay não é direito humano


O mais elevado tribunal de direitos humanos da Europa destruiu a esperança de que imporia judicialmente o “casamento” de mesmo sexo quando disse a um transexual (um homem que se tornou mulher) e sua esposa que uma união civil deveria ser boa para eles.

A lei europeia de direitos humanos não exige que os países “garantam acesso ao casamento para duplas de mesmo sexo”, de acordo com um parecer do Tribunal Europeu de Direitos Humanos num caso que testa os limites remotos da possibilidade em lei e na prática.


As partes do litígio e apoiadores do “casamento” de mesmo sexo reconhecem que o resultado era previsível. Apesar disso, o parecer tem um efeito devastador nos direitos gays na Europa, destruindo a esperança de que o “casamento” de mesmo sexo possa se tornar uma realidade ali. Os fatos do caso são distintos.


Heli Hämäläinen, da Finlândia, teve uma operação de mudança de sexo em 2009 para parecer anatomicamente como uma mulher, apesar de ter gerado um filho com sua esposa de 10 anos em 2002. Antes da operação, ele tentou mudar sua identidade legal de homem para mulher, sem sucesso.


Ele entrou com processo diante do tribunal europeu quando foi informado de que não seria possível enquanto ele permanecesse casado, pois a Finlândia não permite que pessoas do mesmo sexo se casem. Hämäläinen e sua esposa insistem em que suas convicções religiosas os impedem de buscar um divórcio e que as uniões civis não lhes dão todos os benefícios como o casamento na lei finlandesa.


O tribunal europeu foi inequívoco. Não só disse que a lei europeia de direitos humanos não contempla o “casamento” de mesmo sexo, disse que as uniões civis são boas o suficiente para as duplas de mesmo sexo.


O tribunal confirmou que a proteção da instituição tradicional do casamento é um interesse válido do Estado — implicitamente endossando a opinião de que relações entre indivíduos do mesmo sexo não são idênticas ao casamento entre um homem e uma mulher, e podem ser tratadas de forma diferente na lei.

Quebrar imagens é uma atitude evangélica?


Têm-se repetido, no país, atitudes agressivas contra a Igreja Católica no que diz respeito ao direito de praticar sua fé que inclui a veneração (não adoração) de imagens. Não entrarei aqui na discussão dos argumentos sobre a legitimidade bíblica e histórica a respeito do uso ou não de tais símbolos, mesmo porque, no meu entender, a questão já foi resolvida no II Concílio de Nicéia, no ano de 787, e seria perder o tempo e a paz, ficar discutindo algo já definido por cristãos do oriente e do ocidente.

No caso atual em nosso país, trata-se de um problema sério que fere a legislação a respeito da liberdade religiosa. Não há dúvida que nossos governantes devem estar atentos para que não se desenvolva um clima de odium religionis e isto venha a terminar numa verdadeira guerra entre adeptos de crenças diferentes, o que não interessaria a ninguém.

Quarta feira, dia 16 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo, aconteceu mais um ato de vandalismo religioso, o terceiro em poucas semanas, desta vez na cidade de Sacramento-MG. Um rapaz de 20 anos que se apresentou como evangélico quebrou as imagens de uma igreja, destruindo inclusive peças de grande valor artístico tombadas por órgãos governamentais de proteção ao patrimônio histórico. Aprisionado, o tal rapaz se disse doente mental, tendo sido até mesmo internado em clínica para tratamento desta natureza. Geralmente, quando acontecem estes desrespeitosos atos de violência e fanatismo, aparece um advogado para defender o réu com tal argumentação e tudo fica por isso mesmo.

Certo é que os casos de agressão religiosa deste tipo, e desrespeito à crença alheia, têm sido praticados por pessoas que se dizem evangélicas. Não temos notícias, s.m.j, de católicos que tenham invadido igrejas não católicas para praticar agressões por motivos religiosos, nem mesmo sendo doentes mentais saídos de alguma clínica. Isto não quer dizer que os católicos sejam melhores que os evangélicos e nem que os evangélicos sejam melhores que os católicos, mesmo porque os evangélicos autênticos nunca fariam tais agressões, pois qualquer vandalismo, desrespeito, atitudes violentas e preconceituosas não são evangélicas e seriam um contra-senso. As atitudes iconoclastas praticadas em várias partes do Brasil ultimamente têm sido condenadas por Pastores evangélicos e outros membros de várias correntes não católicas, o que nos dá a certeza de que os vândalos que invadem igrejas ou quebram imagens não são verdadeiros evangélicos, mas muito mais usurpadores deste nome. Estou convicto de que, se houver algum Pastor que incentivasse isto, certamente não encontraria apoio em seus irmãos de crença que sejam sérios. Seriam, inclusive, co-autores do ato criminoso.

Não é Deus excessivamente severo ao condenar o homem?


Por definição, o Inferno é um “estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados” (CIC 1033).

Ora, a palavra auto-exclusão não deixa margem para qualquer dúvida: não é Deus quem condena o homem, mas o próprio homem. Mas, como isso ocorre? Para se compreender como o próprio homem pode renegar a comunhão com Deus é preciso entender que ele é totalmente, tragicamente livre. Tão livre que pode, no instante final, virar as costas para Deus.

Deus respeita a liberdade humana, como respeitou a liberdade dos anjos quando, liderados por Lúcifer disseram: “Não serviremos”. Tanto para eles quanto para os homens existe um caráter de irrevogabilidade nessa decisão, que é selada no momento último. Assim diz o Catecismo:

“...não existe arrependimento para eles (os anjos) depois da queda, como não existe para os homens após a morte” (392). Portanto, é o homem, no momento final, quem decide de que lado ficará e não Deus que o condena.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Papa aos evangélicos pentecostais: o Espírito Santo faz a diversidade, mas também a unidade.


O Espírito Santo faz a diversidade, mas faz também a unidade na Igreja: foi o que disse o Papa Francisco durante o encontro da manhã desta segunda-feira na "Igreja Pentecostal da Reconciliação" em Caserta, sul da Itália, aonde foi encontrar o Pastor Giovanni Traettino, seu amigo dos tempos de Buenos Aires e que, como ele, há muitos anos trabalha em prol do ecumenismo.

Participaram do encontro cerca de 200 pessoas, em sua maioria pentecostais oriundos, além da Itália, dos EUA, Argentina e de outros países.

Foi um encontro muito bonito, familiar, entre o Papa Francisco e o pastor amigo, reunido com a sua comunidade. Comovido, Traettino saudou o Papa em meio aos aplausos afetuosos dos presentes:

"Caríssimo Papa Francisco, meu amado irmão, é grande nossa alegria por esta sua visita: uma grande e inesperada graça, impensável até pouco tempo atrás. E poderá ver isso nos olhos das crianças e dos anciãos, dos jovens e das famílias. Nós lhe queremos bem! (aplausos) E deve saber de uma coisa: também entre nós, evangélicos, temos muito afeto por sua pessoa (aplausos) e muitos de nós, todos os dias, rezamos por sua pessoa. Ademais, é muito fácil lhe querer bem. Muitos de nós acreditam, inclusive, que sua eleição a Bispo de Roma tenha sido obra do Espírito Santo (aplausos)."

O Pastor Traettino – que em 1º de junho passado participara do encontro do Papa no Estádio Olímpico de Roma com a Renovação Carismática – recordou o esforço de Francisco ao ir pela segunda vez a Caserta e afirmou: "Com homens como o senhor há esperança para nós cristãos!"

Em seguida, falou da unidade da Igreja fundada em Jesus Cristo. Disse que o centro da nossa vida é estar na presença de Jesus e que a fé é um encontro pessoal com Ele.

Por sua vez, o Papa falou da diversidade que não é divisão e recordou quem é que faz a unidade na Igreja:

"O Espírito Santo faz a diversidade na Igreja e essa diversidade é tão rica, muito bonita; mas, depois, o próprio Espírito Santo faz a unidade. E assim a Igreja é una na diversidade. E para usar uma palavra bela de um evangélico, que amo muito, uma diversidade reconciliada pelo Espírito Santo."

A unidade – observou ainda – não é uniformidade, porque "o Espírito Santo faz duas coisas: faz a diversidade dos carismas, e depois faz a harmonia dos carismas". O ecumenismo é justamente buscar que "essa diversidade seja mais harmonizada pelo Espírito Santo e se torne unidade".

O Pontífice pediu perdão, como pastor dos católicos, pelas leis emanadas no passado contra os protestantes, vez que estas tiveram apoio de católicos.

Em seguida, respondeu aos que ficaram surpresos pelo fato de o Papa ter ido visitar pentecostais. Na verdade, foi restituir a visita que lhe haviam feito em Buenos Aires, disse ele mesmo:

"Alguém estará surpreso: 'O Papa foi visitar evangélicos!' Foi encontrar irmãos! – respondeu (plausos). Porque, na verdade, foram eles que vieram por primeiro me encontrar em Buenos Aires. E isso é um testemunho. Vieram e se aproximaram. E assim começou esta amizade, esta proximidade entre os pastores de Buenos Aires. E hoje aqui. Agradeço muito a vocês, peço que rezem por mim, preciso muito... para que ao menos eu seja melhor. Obrigado! (aplausos)."

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Em meio à perseguição massiva contra os cristãos, os bispos do Iraque se perguntam: "Por que o mundo se cala?"


Os líderes cristãos do Iraque continuam se perguntando por que o mundo finge ignorar a situação das minorias cristãs do país.
 
Reunidos na semana passada em Erbil, cidade próxima de Mossul, os líderes das comunidades católicas e cristãs ortodoxas do Iraque lançaram seu apelo às pessoas de todo o mundo para romperem o silêncio em torno à limpeza étnica perpetrada contra os cristãos e outras minorias.
 
"Temos que perguntar ao mundo: por que vocês se calam? Por que vocês não falam? Os direitos humanos existem ou não existem? E se existem, onde é que eles estão?", questionou o bispo auxiliar de Bagdá, dom Shlemon Warduni, em entrevista à Rádio Vaticano. "Há muitos, muitos casos que devem despertar a consciência de todo o mundo. Onde é que está a Europa? Onde é que está a América?".

 
Dom Warduni acrescentou que o silêncio do Ocidente é agravado por rumores de que mais de 2.000 militantes das tropas do grupo extremista EI (Estado Islâmico) "são mercenários europeus e norte-americanos".

 
Warduni declarou que, na manhã da reunião, os bispos se dirigiram ao presidente do Curdistão, que se comprometeu: "Ou partimos todos juntos, ou ficamos, mas todos juntos. Nós temos que parar essa gente, que está cometendo atropelos, fazendo coisas terríveis contra as pessoas, as crianças, os idosos, os doentes". O líder curdo "garantiu proteção para os cristãos", completou o bispo auxiliar.

 
Por sua vez, o patriarca da Igreja Católica Caldeia no Iraque escreveu para o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, pedindo mais pressão sobre o governo iraquiano e a comunidade internacional a fim de reforçarem a assistência aos cristãos e às minorias perseguidas pelos militantes islâmicos do Iraque.

 
"A nossa comunidade tem sofrido uma parcela desproporcional do sofrimento causado por conflitos sectários, ataques terroristas, migração e, agora, até mesmo pela limpeza étnica: os militantes querem acabar com a comunidade cristã", escreveu o patriarca Louis Raphael I Sako.

 
Partidos políticos cristãos se voltaram na quarta-feira ao escritório da ONU em Ankawa para exigir que a comunidade internacional proteja os cristãos iraquianos.

 
Especula-se que mais de 1,2 milhão de pessoas tiveram que fugir das próprias casas durante o último mês. Com a violência e a instabilidade se espalhando aterradoramente e as temperaturas do verão chegando aos 30 graus, as pessoas desabrigadas enfrentam urgente necessidade de auxílio. Além das minorias iraquianas perseguidas em seu próprio país, há mais de 225.000 refugiados da Síria vivendo no norte do Iraque. O Estado Islâmico está controlando atualmente 40% do território do Iraque e 30% do da Síria.


domingo, 27 de julho de 2014

"O Perdão de Assis" ou "Indulgência da Porciúncula"


A pouca distância de Assis, antiqüíssima cidade da Úmbria, foi edificada em 352 uma pequena capela de quatro piedosos eremitas vindos da Palestina e foi dedicada à Virgem Santíssima. No século VI, esta capela foi dada aos Monges Beneditinos do Monte Subásio, os quais, ampliaram e embelezaram-na. Ali, com as 'porções de terras' que tinham, veio o nome Porciúncula, ou seja, "porçãozinha" ou "pequena porção" [de terras]. Em seguida pois, pela freqüente aparição dos Anjos, foi chamada de Santa Maria dos Anjos.

O Seráfico Pai São Francisco de Assis, quando tomou a sua vida santa, vendo o quanto abandonada e decaída aquela capela, reparou-a pela fervente devoção que tinha pela Mãe de Deus, da qual lhe foi revelado que aquela igrejinha lhe era querida, de modo especial entre todos aqueles consagrados em seu Nome. Em seguida, São Francisco ganhou-a do Abade Teobaldo, monge beneditino, e ali se retirou comos seus companheiros, quando foi forçado a abandonar o Tugúrio de Rivotorto.

Numa noite de inverno do ano de 1216, enquanto o Homem Seráfico, aceso de zelo ardentíssimo, pensava sobre a conversão e a salvação dos pecadores, uma luz suave o circundou e um Anjo o convidou para a Capela, onde o esperavam Nosso Senhor, a sua Santíssima Mãe e muitíssimos Anjos. Francisco se prostrou na capela e adorou a Jesus e venerou a Virgem Santíssima e os Anjos. Enquanto ele se humilhava assim na vildade do seu nada, Jesus lhe deu a coragem de pedir a graça que lhe agradava. E São Francisco então, como novo Moisés, não pensou em si, mas em todas as almas e respondeu: "Senhor, peço que todos aqueles que, arrependidos e confessados, entrando nesta igrejinha, tenham o perdão de todos os seus pecados e a completa remissão das penas devidas às suas culpas". E Jesus a ele: "Grande é a graça que me pedes, ó Francisco; todavia, concedo-lha a ti, se minha Mãe me pedir". Francisco então pediu a mediação da Virgem Maria, a qual com sua súplica, seu Divino Filho concedeu a graça. Porém, quis que apresentasse ao seu Vigário, o Sumo Pontífice, para obter a sua confirmação.

Dito isto, cessou a visão e Francisco imediatamente foi ao Papa Honório III e ele, depois de várias dificuldades, lhe confirmou a graça, limitando-a, porém, a um dia somente, por todos os anos e fixando para esta o dia 2 de agosto, a começar das Vésperas da Vigília.

Iraque: Patriarcas do Oriente preparam encontro para salvar cristãos do país


As Igrejas do Oriente estão se organizando para denunciar, a uma só voz, as ações do neo-proclamado califado islâmico no Iraque. E para pedir ao mundo, mas sobretudo aos responsáveis religiosos muçulmanos, para condenar com coragem os crimes perpetrados contra os cristãos. Foi o que informou o site Terrasanta.net, em uma reportagem sobre a dramática condição em Mosul.

“Estamos trabalhando – declarou Ignatius Aphrem II, Patriarca da Igreja Sírio-ortodoxa, que conta com muitos fiéis na Síria e Iraque – para organizar um encontro com todos os nossos irmãos Patriarcas do Oriente. Um encontro para discutir entre nós e tomar decisões a respeito do que aconteceu em Mosul e está acontecendo no Oriente. Criaremos uma delegação de cristãos do Oriente para ir às Nações Unidas e apresentar as nossas razões, ali, ou onde for necessário”.

“Os fundamentalistas do califado – revela ainda o site – estão demonstrando governar pela mais cega intolerância: nesta linha se coloca, por exemplo, a crucifixão de 12 muçulmanos moderados nas proximidades de Aleppo, ocorrida há alguns dias; a profanação sistemática dos santuários cristãos; e o recente edito que impõe a todas as mulheres do califado a obrigação da mutilação genital”.

Os cristãos do Oriente Médio, num contexto similar, correm o risco, sem eufemismo, de serem varridos. “Condenamos as ações do Estado Islâmico que não representa o Islã com o qual convivemos por 13 séculos. Este tipo de Islã – acrescenta Aphrem III – não tem respeito pelos livros sagrados e pelas relações humanas. Por isto, nós apelamos aos nossos amigos muçulmanos e aos seus governantes, para que tomem uma posição clara contra estas ações e este fenômeno que contradiz o Alcorão. Ao mesmo tempo, estamos consternados com o silêncio da maior parte dos lideres muçulmanos e dos responsáveis civis em relação ao que está acontecendo em Mosul. As manifestações de solidariedade não são suficientes”.

A Eucaristia é remédio para quem está em pecado mortal?


O Doutor Angélico, ao falar do sacramento da Eucaristia, ensina que este é o maior de todos os sacramentos, porque, “ao passo que nos outros sacramentos está contida uma certa virtude instrumental participada de Cristo”, “nele está contido o próprio Cristo substancialmente” [1]. Por esse motivo, a Igreja sempre prestou a este sacramento o culto de adoração, reconhecendo que, debaixo do véu das espécies eucarísticas, estava escondido, realmente, ninguém menos que o próprio Deus.

Ao falar de “comunhão”, então, é preciso reconhecer, com coragem, o primado de Deus. Na celebração da Santa Missa, quando os fiéis se aproximam da mesa eucarística, devem ter em mente que aquele ato de “comunhão” é apenas um sinal visível de algo que já acontece invisivelmente em sua alma, em estado de amizade com o Senhor. São João Paulo II ensina que “a integridade dos vínculos invisíveis é um dever moral concreto do cristão que queira participar plenamente na Eucaristia, comungando o corpo e o sangue de Cristo”. E acrescenta: “Não basta a fé; mas é preciso perseverar na graça santificante e na caridade” [2].

Por isso o Apóstolo já advertia à comunidade de Corinto que se examinasse antes de aproximar-se da Eucaristia, pois “quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor” [3]. Na mesma linha, São João Crisóstomo levantava a sua voz, pedindo aos fiéis que não se abeirassem “desta Mesa sagrada com uma consciência manchada e corrompida”: “De fato, uma tal aproximação nunca poderá chamar-se comunhão, ainda que toquemos mil vezes o corpo do Senhor, mas condenação, tormento e redobrados castigos” [4]. O Concílio de Trento corroborou este costume da Igreja, afirmando que “é preciso um exame para que ninguém, por mais contrito que ele considere, se aproxime da sagrada Eucaristia sem antes confessar sacramentalmente, caso esteja consciente de algum pecado mortal” [5].

Hoje, no entanto, algumas pessoas têm, senão negado esse ensinamento, pelo menos obscurecido sua importância. Tratam a Eucaristia com irreverência e desrespeito, distribuem a comunhão como quem distribui qualquer coisa no meio da rua e querem porque querem que todas as pessoas comunguem, mesmo que nem todas estejam verdadeiramente em comunhão com Cristo, isto é, em estado de graça.

Contra o tráfico de pessoas, Cristo Redentor fica com o coração azul


A data 30 de julho marca o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, instituída pela ONU em 2013. Todos os países do mundo que aderiram à Campanha Coração Azul realizam ações de grande visibilidade neste período para conscientizar a sociedade sobre a importância do tema. A cor azul foi escolhida porque em países do Norte representa a tristeza. 

A ação na capital carioca é organizada pelo Comitê Social Coração Azul Rio em parceria com diversas instituições e movimentos e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh) e a Prefeitura do Rio de Janeiro, além da Arquidiocese que este ano tem a Campanha da Fraternidade da CNBB com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”. 


A Iluminação no Cristo Redentor contará também com uma oração rezada pelo Bispo auxiliar Dom Luiz Henrique da Silva Brito. A atividade terá a presença de movimentos sociais, autoridades políticas e público geral. A subida para Corcovado começa às 17h por meio do Bondinho que na ocasião será gratuito. 


O Portal Vermelho conversou com a presidenta do Comitê Social Coração Azul Rio, Marília Guimarães, que deu detalhes sobre o trabalho constante realizado pela entidade. De acordo com ela, o objetivo da campanha este ano é mobilizar a sociedade civil e divulgar os métodos utilizados para o tráfico de pessoas que estão cada vez mais sofisticados. De acordo com ela, este enfrentamento ao crime é um processo muito complexo por isso as denúncias são tão importantes. 

Ampliada trégua humanitária na Faixa de Gaza


Israel aprovou na noite deste sábado uma extensão de 24 horas - até a meia-noite de domingo - da trégua humanitária na Faixa de Gaza, a pedido das Nações Unidas, mas o movimento palestino Hamas rejeitou a medida e manteve os disparos de foguetes contra o território israelense.

O gabinete de Segurança "aprovou a solicitação das Nações Unidas sobre uma trégua humanitária válida até a meia-noite de domingo", revelou um alto funcionário israelense, que pediu para não ser identificado.

O Exército "prosseguirá com suas operações contra os túneis", destacou o funcionário, acrescentando que o cessar-fogo envolve a suspensão dos ataques aéreos, marítimos e terrestre, mas com a manutenção das tropas israelenses no terreno.


O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, rejeitou a extensão do cessar-fogo afirmando que "qualquer trégua humanitária não terá valor sem a retirada dos tanques israelenses da Faixa de Gaza, sem que seus habitantes possam voltar as suas casas e sem que as ambulâncias transportando os corpos possam circular livremente".


Segundo o Exército hebreu, o Hamas violou o primeiro período de cessar-fogo (mesmo antes da extensão) com disparos de foguetes e tiros de morteiro a partir da Faixa de Gaza. "Os terroristas escolheram utilizar a janela humanitária em Gaza" para atacar.


As Brigadas Ezzedine al-Qassam - braço armado do Hamas - confirmaram os disparos de foguetes contra o sul de Israel e Tel Aviv.


Em resposta, a artilharia israelense abriu fogo contra o setor de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, de onde partiram os foguetes", informou à AFP um oficial hebreu.


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia pedido neste sábado "às partes a extensão da trégua humanitária por mais sete dias".


Em Paris, em uma reunião internacional para buscar uma trégua duradoura, os chefes da diplomacia de Estados Unidos, Catar, Turquia e de outros países europeus pediram a extensão do cessar-fogo, que a princípio seria de 24 horas. Eles também apelaram por uma trégua duradoura o mais rápido possível, que responda às necessidades legítimas de israelenses e palestinos.


Mais de 1.000 palestinos, em sua grande maioria civis, morreram e outros 6.000 ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, no dia 8 de julho.


Israel perdeu 42 soldados. Os foguetes lançados de Gaza também mataram dois civis israelenses e um trabalhador tailandês no território de Israel. As últimas baixas fatais foram o capitão Liad lavi, 22 anos, e o sargento Rami Chalon, 39, ambos da Infantaria, que estavam hospitalizados em estado crítico.


Há 138 militares israelenses hospitalizados, sendo sete em estado grave.


Os habitantes da Faixa de Gaza expulsos de seus lares pela violência aproveitaram a frágil trégua para voltar aos seus bairros, onde viram cenas de desolação: casas destruídas, corpos enegrecidos em meio às ruínas e poças de sangue sobre as marcas dos tanques israelenses.


Em meio à trégua, as equipes de emergência palestinas já encontraram 147 corpos, sendo 29 no leste de Gaza, 13 nos campos de refugiados de Deir al-Balah, Bureij e Nousseirat, 32 e Beit Hanoun (norte) e 11 em Khan Yunis e Rafah (sul).


No setor de Beit Hanun, correspondentes da AFP viram o corpo de um socorrista do Crescente Vermelho em um hospital parcialmente destruído por um bombardeio israelense.