sábado, 23 de novembro de 2013

Por que nascem pessoas com deficiência?

STEVIE WONDER ficou cego ainda bebê. 
Você acha que ele é mais "sofrido" ou tem menos possibilidade 
de ser feliz do que uma pessoa que enxerga?

Ao ver uma pessoa deficiente de nascença, muitos se perguntam: porque alguns nascem deficientes e outros nascem “perfeitos”? Ainda que a maioria não tenha coragem de declarar isso, no fundo desta pergunta está a crença de que uma pessoa deficiente tem menor potencial para se realizar, para ser feliz, do que uma pessoa “normal”. Será?

Para compreendermos essa questão, é necessário, primeiramente, que nos demos conta de um problema anterior: por causa do pecado original, nem a nossa alma nem o nosso corpo estão de acordo com o plano de Deus ao criar os homens. Tudo tende a se corromper, tudo está fora do lugar, tudo decai. Feridos por esta mancha, todos nós nascemos com deficiências e limitações, sejam elas de ordem física, psicológica, emocional ou econômica, entre outras.

Se entendermos isso, veremos que o leque de perguntas deve ser ampliado:

·    Por que alguns são gerados por pais se amam e se respeitam, e outros são recebidos neste mundo por um casal em crise e amargurado?

·   Por que alguns nascem em um lar onde há fartura, e outros nascem em uma família miserável?

·   Por que alguns nascem sendo amados pelo pai e pela mãe, e outros já nascem rejeitados por um deles, ou por ambos?


A deficiência física ou intelectual de um recém-nascido nos abala de modo especial porque torna evidente aos nossos olhos algumas das dificuldades que aquela criança terá na vida; entretanto, uma criança “normal” também nasce com uma série de deficiências, que não chamam tanto a nossa atenção por não serem explícitas visualmente. São limitações internas ou relativas ao ambiente social e familar, porém não menos dramáticas.

Para a coisa ficar mais clara, vamos partir de um exemplo concreto. Olhe para a foto aí ao lado: o que você vê? A maioria das pessoas vê beleza, sensualidade, talento, glamour, sucesso… Sim, Marilyn Monroe, ícone pop e uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos, tinha tudo isso de sobra. Mas o que pouca gente percebe é que ela sofria pelas consequências de suas graves deficiências familiares de nascença. Jamais conheceu o pai, e sua mãe foi internada em um hospício quando ela era ainda muito pequena. Apesar de ter os pais vivos, a menina era, na prática, uma órfã.

Marilyn passou boa parte da infância em casas de parentes e orfanatos. Sendo uma criança desprotegida, foi abusada sexualmente na infância por vários anos. É bem possível que ela tenha sido um lindo bebê, aparentemente “perfeito”. Entretanto, nasceu emocionalmente mutilada, sem o amor e a presença do pai e, logo depois, sem os cuidados da mãe. Quem poderá dizer que o “fardo” do seu desamparo de nascença – que a expôs a sabe-se lá quantas dores e humilhações ao longo de toda a sua vida – é menor do que o de uma criança que nasce com alguma deficiência física ou intelectual? Quem poderá vislumbrar e medir a grandeza dos obstáculos que se apresentam diante de cada pessoa, assim que ela nasce?

Os deficientes físicos ou intelectuais precisam que a sociedade olhe para as suas limitações de forma objetiva e sem pieguice: eles têm necessidade de atendimento médico especializado, cultura, educação e lazer; de acessibilidade nas ruas, nos meios de transporte, no comércio etc. Mas… ter pena? Como diziam meus sábios amiguinhos do Jardim de Infância, quem tem pena é galinha!

Assim, não é realista quem vê o deficiente físico ou intelectual como um coitado que sofre mais do que os outros. Filhos de Adão e Eva, coitados somos todos nós, que já nascemos destinados a morrer (ô dó!). Cada indivíduo carrega as suas mazelas, as suas frustrações, os seus traumas… e cada um sabe onde o seu calo aperta.

A ideia de que os deficientes físicos ou intelectuais de nascença são pessoas potencialmente infelizes resulta, muitas vezes, no preconceito e na segregação dessas pessoas na sociedade. Em um nível mais crítico de rejeição, muitos chegam até mesmo a pensar que seria melhor que as pessoas deficientes nem chegassem a nascer. E isso explica porque mais de 90% das crianças com Síndrome de Down são abortadas na Europa e nos EUA.

Assim como todos nós somos “coitados”, do ponto de vista das nossas chagas de naturezas diversas, também todos todos nós somos imensamente abençoados. Temos motivos de sobra para ter esperanças e sorrir! Há 2 mil anos, Deus se encarnou no ventre de uma Virgem, se fez Menino; Ele se dignou a descer de Sua glória nos Céus e vir até nós, a nos olhar nos olhos e a nos ensinar o caminho para a verdadeira vida. Ele nos amou, a ponto de se entregar na cruz por nós.

Então, como cadeirantes ou “andantes”, sendo pobres ou ricos, tendo sido crianças amadas ou negligenciadas, podemos caminhar com Jesus, nos tornar pessoas melhores com o tempo, amar como Ele amou, gozar do “cêntuplo” ainda nesta vida e, no fim, partilhar de sua Eterna Vitória.


Graças a Deus, somos muito mais do que infelizes filhos de Eva: somos filhos da doce e poderosa Virgem Maria!

Nascido em um país onde 90% dos bebês com Síndrome de Down são abortados, 
o menino americano ANDY REIGSTAD (de camiseta amarela) 
sempre foi desejado e é amado pelos pais. 
Você acha que ele tem menos possibilidade de ser feliz do que você?
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Título Original: Por que nascem pessoas deficientes?

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